A Superintendência Regional do Ministério do Trabalho em Mato Grosso realizou uma diligência na obra da Arena Pantanal há uma semana e ordenou que os trabalhos no canteiro fossem paralisados em virtude da falta de segurança para os funcionários que trabalham no local. A ordem foi de paralisar toda a obra.
Na última segunda-feira, a empreiteira que constrói o estádio, Mendes Júnior, apresentou sua defesa ao órgão federal, junto com uma relação de procedimentos que teria tomado para solucionar os problemas encontrados. A Superintendência do Trabalho, porém, não acatou a maioria das explicações, e manteve a obra embargada em três dos quatro setores da Arena Pantanal, liberando as atividades, na última terça-feira, apenas no setor Oeste. Até a publicação deste post, portanto, apenas 25% do canteiro da Arena Pantanal estava ativo.
Esta é a segunda vez só em outubro que uma obra de estádio da Copa é paralisada em virtude da falta de segurança para os trabalhadores. Na última terça-feira, a Justiça do Trabalho do Paraná liberou as obras da Arena da Baixada, que haviam sido embargadas na semana passada.
Voltando ao caso da Arena Pantanal, foram encontradas situações que não ofereciam segurança aos trabalhadores no elevador e em escadas que levam a setores mais altos do estádio, segundo informou a empreiteira Mendes Júnior ao UOL Esporte. A empresa disse também que irá resolver as irregularidades encontradas até o final da semana.
Nas escadas, o que está faltando são porta-corpos, grades de segurança que isolam o vão central das escadarias dos degraus por onde caminham os trabalhadores. No setor Oeste, único onde as obras já foram liberadas, a Mendes Júnior instalou os porta-corpos, conforme pode se ver na foto abaixo abaixo, tirada no canteiro da Arena Pantanal na última terça-feira e publicada na última quarta pela jornalista cuiabana Adriana Vandoni.
Este não é o único problema que obra da Arena Pantanal enfrenta atualmente. Na semana passada, o processo licitatório para a compra das cadeiras da Arena Pantanal, realizado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, foi anulado após o Ministério Público apontar indícios de direcionamento da concorrência.
Agora, a menos de três meses da data oficial de entrega do estádio que será utilizado na Copa do Mundo de 2014, o Estado de Mato Grosso terá que dar início a uma nova concorrência para comprar e instalar mais de 40 mil assentos. Até agora, o custo estimado da obra é de R$ 525 milhões, pagos integralmente pelo contribuinte de Mato Grosso, via financiamento do governo federal.
Procurada pela reportagem na última quarta-feira, a empreiteira Mendes Júnior afirmou que daria mais explicações sobre o embargo da obra por meio de nota oficial até o fim do dia, o que não aconteceu.
Já quem é dona do estádio e está pagando pela obra, responsável última pelo sucesso da obra e da Copa em Mato Grosso, a Secopa-MT (Secretaria Extraordinária para a Copa), quando procurada pelo UOL Esporte para falar sobre o episódio, recomendou que a reportagem procurasse a Mendes Júnior. É mole?
UOL Esporte
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