Foto: Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo
Glenn Greenwald, co-fundador do The Intercept, pediu demissão do site hoje. Ele alegou que foi censurado por causa de um artigo que escreveu sobre Joe Biden, candidato a presidente dos Estados Unidos.
Glenn escreveu um texto sobre o pedido de demissão e publicou no site Substack. Também prometeu que vai publicar, neste mesmo site, o artigo sobre Biden. Segundo ele, trata-se de um texto com “sessões críticas” sobre o candidato democrata e o filho dele, Hunter Biden. O jornalista afirmou que os outros editores do The Intercept estão apoiando Biden com veemência e por isso não quiseram publicar o artigo no The Intercept.
“O artigo censurado, baseado em e-mails revelados recentemente e depoimentos de testemunhas, levantou questões críticas sobre a conduta de Biden. Não contentes em simplesmente impedir a publicação deste artigo no meio de comunicação que eu co-fundei, esses editores da Intercept também exigiram que eu me abstivesse de exercer um direito contratual de publicar este artigo em qualquer outra publicação”, escreveu Gleen.
O jornalista também alegou que não via problemas por discordar dos editores politicamente. Mas queria que o site publicasse textos com opiniões diferentes e desse liberdade para os leitores decidissem quem está certo.
No texto, Gleen relembrou a própria trajetória como jornalista, desde quando era colunista, e citou que sempre pediu liberdade para escrever o que quisesse, com independência e sem censura, algo que também prezava no The Intercept. Agora, segundo ele, o site age de forma diferente.
“A iteração atual do The Intercept é completamente irreconhecível quando comparada com a visão original. Em vez de oferecer um local para a discordância, para vozes marginalizadas e para perspectivas desconhecidas, está rapidamente se tornando apenas mais um meio de comunicação com lealdades ideológicas e partidárias obrigatórias”, afirmou Glenn, entre outras críticas, sobre problemas recentes.
Durante o texto, Glenn citou as reportagens que publicou no site The Intercept Brasil, que ficaram conhecidas como “Vaza-Jato”.
“O Intercept fez um ótimo trabalho. Seus líderes editoriais e gerentes do First Look apoiaram firmemente as reportagens difíceis e perigosas que fiz no ano passado com meus bravos jovens colegas do The Intercept Brasil para expor a corrupção nos mais altos escalões do governo Bolsonaro, e nos apoiaram enquanto suportávamos ameaças de morte e prisão”, lembrou Glenn.
Por fim, Glenn indicou que estava aguentando bem os problemas que via no site, mas a censura foi a gota d’água para que ele saísse. Também disse que cogita criar um novo meio de comunicação futuramente. E no final do texto, ele divulgou o e-mail com o pedido de demissão que enviou, no qual também apresenta as críticas contra o The Intercept.
UOL
Com certeza, José Macedo, o Glenn, provou do próprio veneno. João Macena.
Provou do próprio veneno.
Não existe meio de comunicação isento, todos têm uma “agenda” (pra ficar no termo norte-americano) e trabalham para concretizar esses objetivos.
Agora foi o filme que queimou, entre os seus pares.
Ele não aguentou o fumo grosso foi ???ja vai tarde !!!