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FOTOS: Brasileiro se muda para a Califórnia para plantar maconha, ganha dez copas de melhor haxixe e vira ídolo

HAROLD WINSTON, O BAMF, DEIXOU O BRASIL AOS 18 ANOS PARA VIAGEM DE UMA SEMANA EM AMSTERDÃ E NÃO VOLTOU MAIS (FOTO: MALACHI BANALES/ DIVULGAÇÃO)

Proibido no Brasil e seis vezes mais caro que o ouro. O cristal de poucos centímetros, levemente amarelado, quase transparente, é exposto em lojas especializadas em maconha da Califórnia, na costa oeste dos Estados Unidos, como uma joia.

Cada grama do extrato ultraconcentrado de maconha produzido pelo brasileiro Harold Winston, mais conhecido como Bamf, de 34 anos, pode custar até US$ 250 — o equivalente a cerca de R$ 1.000. A porção é suficiente para fazer dois cigarros — misturando com tabaco ou ervas – ou usar até cinco vezes num bong — purificador, geralmente feito de vidro, utilizado para fumar maconha.

Harold deixou o Brasil em 2003, há 16 anos, atraído pelo desejo de trabalhar com cannabis. Antes de deixar o país, ele tinha plantado 400 pés de maconha no quintal da casa onde vivia com a família em Belo Horizonte. A mãe dele descobriu, destruiu o plantio e pagou ao filho uma viagem para ele passar uma semana em Amsterdã, na Holanda. Ele nem chegou a pegar o voo de volta e, desde então, só visitou a terra natal em festas de fim de ano.

Nesse período, Harold viveu cinco anos na Holanda, ganhou 10 prêmios em competições de maconha nos Estados Unidos e se tornou uma das maiores referências do mundo canábico.

No Brasil, o plantio, a venda ou a doação de maconha são considerados tráfico de drogas, crime punido com penas de 5 a 15 anos de prisão, além de multas. Usar a erva é considerada apenas uma contravenção. Nesses casos, o usuário deve prestar serviços à comunidade e fazer um curso sobre os danos causados pelo uso de drogas.

O advogado Ricardo Nemer, da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas (Reforma) diz que muitas vezes a distinção entre usuário e traficante, feita principalmente pela Polícia Civil, é incerta e pode resultar em punições injustas.

“Depende do ‘achismo’ do delegado. Não há regra do que é pequena ou grande quantidade. Isso causa uma grande insegurança jurídica e enquadra diversos usuários como traficantes. Um exemplo são as pessoas que cultivam maconha para fazer extratos (como os produzidos por Bamf) e precisam de muitas plantas”, explica o advogado.

Mas o que há de tão especial na maconha concentrada?

“Você dá uma simples puxada e é como se você tivesse fumado uns dez baseados inteiros”, diz Fernando Badaui, de 43 anos, vocalista da banda CPM22. “Não tem nenhuma impureza. É como degustar um bom vinho. Quando você fuma uma maconha comum, tem o papel, folhas, galhos e tudo mais junto, fora a sujeira. Aquilo que o Bamf faz é o puro extrato de THC, o princípio ativo que causa a brisa. Eu já experimentei maconha em diversos países que visitei e digo que essa está entre as melhores do mundo.”

FERNANDO BADAUI (À ESQ.), VOCALISTA DA BANDA CPM22, VISITOU DIVERSAS VEZES O BRASILEIRO HAROLD WINSTON, NA CALIFÓRNIA (FOTO: FERNANDO BADAUI/ ARQUIVO PESSOAL)

Badaui é conhecido por ser um combativo ativista nas redes sociais pela liberação da maconha. No Instagram, por exemplo, ele faz constantes publicações para defender a descriminalização do uso e a regulamentação do plantio da erva no Brasil. Ele conta ter conversado com o skatista Bob Burnquist, outro assíduo defensor da cannabis.

“Falei pro Bob que a gente está junto nessa. A imagem dele é muito importante para mostrar que um atleta de elite pode usar maconha”, afirmou Badaui em entrevista à BBC News Brasil.

O brasileiro Harold diz que Badaui o visita duas vezes por ano na Califórnia e que já experimentou vários de seus produtos. “A gente virou amigo. Ele é um ativista que representa muito nossa luta e eu acho lindo todos esses caras de peso desmistificando o uso da maconha. Eles demonstram que podem fumar e serem grandes profissionais. A manifestação pública dessas pessoas é um dos caminhos para a legalização no Brasil”, afirmou.

‘Amor’ pela erva

Harold nasceu na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, mas seus pais avaliaram que não teriam condições de criá-lo. Aos três meses de idade, o bebê foi adotado por americanos que viviam em Belo Horizonte e o batizaram com o nome do avô americano.

“Eu sempre fui um moleque doido, talvez pelo fato de ser adotado. Fui expulso de todas as escolas por onde passei em Belo Horizonte”, conta o brasileiro. Ele diz que ter se tornado uma referência na produção de maconha na Califórnia é a realização de seu maior sonho.

Todo esse amor pela maconha, conta Bamf, começou assim que experimentou a erva pela primeira vez, aos 16 anos.

“O problema foi que eu gostei demais, irmão. Um dia depois de sentir aquela sensação, comprei 25 gramas (suficiente para produzir até cerca de 50 baseados). Foi doido. A partir daquele dia, eu queria ver coisas sobre maconha o dia todo, queria experimentar a melhor maconha do mundo e fiquei na caça daquilo. Naquele mesmo ano, descobri o haxixe e pirei de vez”, conta o brasileiro aos risos.

Na época, ele passou a ter acesso e consumir grandes quantidades de haxixe trazido do Paraguai. Mas ele conta que sentia desgosto por consumir algo sujo e de procedência desconhecida. Seu sonho passou a ser produzir seu próprio concentrado, de alta pureza.

400 plantas no quintal

Sem se importar com as leis brasileiras, o adolescente passou a plantar maconha no quintal de casa, em 2002. E num volume capaz de atrair muita atenção.

 

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“Eu meti 400 plantas lá. Falei para a minha mãe que era ayahuasca porque era legal. Mas depois de certo tempo, uma amiga dela foi lá em casa e viu o cultivo. Eu estava na esperança de que não acontecesse nada, mas essa mulher colocou algumas folhas no bolso antes de ir embora. Dois dias depois, minha mãe descobriu que era maconha, ficou puta comigo e destruiu todas as plantas”, diz Harold.

Além de sustentar seu consumo diário da erva, o cultivo fornecia material para que fizesse seus primeiros testes. Na época, ele conta que passava o dia cuidando das plantas, estudando e discutindo novas técnicas para aumentar sua produção e fazer extratos de qualidade. Sua fonte era o site brasileiro Growroom, o maior fórum online sobre maconha da América Latina, com mais de 120 mil inscritos.

“O Growroom para mim era um portal da coisa mais secreta do mundo. Passava o dia ali como um louco, como se o fórum fosse um livro aberto na minha frente. Ali, foi com certeza minha primeira escola, a base de tudo que aprendi até hoje”, relata.

Depois de duas semanas sem falar com o filho por conta da plantação em seu quintal, sua mãe, Nilza Cozac, o chamou para dar uma bronca e ter uma conversa franca. Cozac, conta Harold, foi a primeira mulher a se formar em direito em Minas Gerais e tinha um profundo conhecimento sobre a legislação.

“Minha mãe já tinha mais de 60 anos, mas era muito cabeça aberta. Ela me alertou que uma plantação daquele tamanho era motivo para o governo querer tomar nossa casa, um dos poucos assuntos que despertavam atenção do governo e policiais. E disse que me presentearia com uma viagem de uma semana para Amsterdã, na Holanda, quando completasse 18 anos. Ela queria que eu conhecesse um lugar onde pudesse fumar maconha sem problemas”, conta.

Viagem para Amsterdã

A mãe cumpriu a promessa. E ele nunca mais voltou para o Brasil.

“Eu fiquei muito louco quando cheguei lá (em 2003). Parecia uma criança em loja de brinquedo. Fiquei matutando como eu poderia ficar na Holanda e passar a vender maconha por um preço 100 vezes melhor do que as pessoas no Brasil. Minha mãe ficou desesperada quando soube”.

Harold conta que morou durante um ano em um apartamento para refugiados africanos em Amsterdã, que alugava por 300 euros. Durante esse tempo, ele fez contatos e aprimorou seus conhecimentos sobre a erva.

“Eu me envolvi com pessoas que achava que tinham maconha e haxixe bom. Na Holanda, a maconha é apenas tolerada. Durante os cinco anos que fiquei no país, vi muita gente sendo presa, inclusive conhecidos. Logo começaram a me dizer que eu estava no lugar errado, que eu deveria ir para a Califórnia”, diz.

Depois de fazer uma série de pesquisas e assistir a vídeos no YouTube, ele decidiu se mudar para os Estados Unidos.

Primeiro, ele foi para Nova York, mas depois de um ano vivendo “num frio dos infernos” e presenciando uma forte repressão policial contra usuários de maconha, ele resolveu se mudar, em 2009, para Los Angeles, na Califórnia, onde vive até hoje.

“Eu mal cheguei e enlouqueci. Eu fiquei gritando na rua, literalmente, porque a cada esquina tinha loja para você comprar equipamentos. Você fica louco mesmo. Entrei na primeira que eu vi e fiquei conversando com o dono durante horas sem parar”, lembra Bamf com euforia.

Três dias depois de chegar à “meca” da maconha, Harold comprou uma luz especial – ideal para seis plantas – e começou a plantar a própria erva dentro de casa. Seis meses depois, tinha dez lâmpadas. Um ano depois, tinha 15.

Depois da longa experiência em Amsterdã, o jovem avaliou que o mercado na Califórnia tinha bons equipamentos, uma legislação muito favorável, mas ainda era pouco desenvolvido. Sua maior surpresa, porém, foi quando assistiu à uma edição da Cannabis Cup, a maior competição de maconha dos EUA, promovida pela revista High Times.

“Eu não acreditei que os caras vacilavam tanto. Num país de primeiro mundo, com ótimos equipamentos e maconha boa, eles poderiam fazer muito mais”, relata o brasileiro. Aquele era o incentivo que faltava para ele começar sua própria produção e buscar seu espaço no mercado.

Riscos para a saúde

O professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador, há 30 anos, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da universidade, Dartiu Xavier, condena o uso de maconha por adolescentes, como fez Harold.

“Eu acho que ninguém deveria fumar antes dos 18. Alguns autores dizem a partir dos 21. O ponto mais preocupante é que a maconha pode desencadear uma psicose, quando o usuário sai da realidade. Caso ele tenha uma predisposição para isso, a maconha pode funcionar como um gatilho”, explicou.

Por outro lado, o médico afirma que no seu ponto de vista a regulamentação do uso da maconha diminuiria o consumo da erva no país e seria um avanço na área da saúde.

“Nos lugares onde existem políticas mais tolerantes ou legalização, como a Holanda ou Estados Unidos, as pessoas não fogem das informações. Há inclusive uma grande política de redução de riscos. No clima de proibicionismo como há aqui, ninguém tem informação. A Holanda, inclusive, é um dos poucos países onde o consumo de maconha vem caindo. Uma prova cabal de que a proibição do uso aumenta o consumo”, afirmou Xavier.

Entretanto, o coordenador do Projeto Antitabágico do Hospital Universitário da USP, João Paulo Lotufo, diz que qualquer relaxamento em relação ao consumo de maconha seria um erro.

“Nos Estados Unidos e no Uruguai, onde o uso é permitido, dobrou o número de dependentes. Se hoje há um surto psicótico a cada 100 pessoas, se libera, você dobra para 2. Vai subir o número de acidentes automobilísticos causados pelo uso da droga, sem contar que as lesões causadas pela maconha no cérebro são irreversíveis”, disse o médico.

BAMF GANHOU DEZ PRÊMIOS – OITO CONSECUTIVOS – DE MELHOR EXTRAÇÃO DE MACONHA PELA REVISTA MAIS IMPORTANTE SOBRE O ASSUNTO NOS EUA (FOTO: BBC)

Lotufo diz ainda que a maconha é mais cancerígena que o tabaco (com base em estudo publicado na revista European Respiratory Journal em 2008) e que os custos arrecadados com impostos em caso de regulamentação não seriam suficientes nem mesmo para bancar o aumento dos gastos com saúde.

“O imposto arrecadado com a venda de cigarros também não cobre a lesão que o tabaco provoca no sistema de saúde. Liberar o uso no Brasil seria um absurdo. Alguns falam na internet que a maconha é medicinal, mas não tem nada disso. O canabidiol (CBD) sim é medicinal, mas trata-se de um extrato que nada tem a ver com o uso recreativo”, afirmou o médico da USP.

Para ele, a pressão para a regulamentação do uso recreativo ocorre por uma forte pressão financeira, que ignora os riscos à saúde.

Técnica secreta

O primeiro passo de Harold Winston para entrar no mercado canábico foi convencer Nikka T, produtor do que muitos consideram o melhor haxixe vendido nos EUA na época, a ensiná-lo a fazer o produto. Haxixe é uma pasta densa feita da resina de maconha, fumada em bong, narguilé ou em cigarro- misturado com tabaco ou maconha.

“Fiquei enchendo o saco dele igual um fã durante seis meses, até que um dia ele resolveu me ensinar. Ele me convidou e eu fui até o Colorado para aprender a técnica e, na semana seguinte, eu já era o melhor hashmaker (produtor de haxixe) da Califórnia. Isso foi há nove anos, na mesma época que minha mãe morreu de câncer”, relata ele.

Ao contrário do haxixe vendido no Brasil, feito com restos de maconha de baixa qualidade, muitas vezes feito das sobras de resina que grudam na mão das pessoas que colhem a planta no Paraguai, o produto de Bamf passa por um complexo processo.

Assim que ele fez o primeiro haxixe usando uma técnica de extração à base de água, sem solventes, ele teve a certeza de que tinha condições de era algo inédito e quis colocar seu produto à prova num campeonato. Mas, para isso, era necessário ser dono de um dispensário. Apenas a loja Buds and Roses aceitou o pedido.

O produto de Bamf chamou a atenção logo no momento da inscrição por conta de sua cor clara – sinal de pureza – e por ser o único feito com água. A maioria dos concentrados, conta Harold, é feita com gás butano – o mesmo usado em isqueiros.

 

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Em meio a 40 competidores, o brasileiro ganhou seu primeiro seu primeiro troféu. No dia seguinte, ele viu sua popularidade disparar e seu produto se tornar uma referência num dos mercados mais exigentes do mundo. A demanda foi tão grande que ele conta ter ficado sete dias sem dormir fazendo haxixe sozinho em sua casa para dar conta de alguns pedidos.

Uma das encomendas foi feita pelo grupo americano de rap Cypress Hill. “Eles encostaram na minha casa com um caminhão cheio de maconha para eu fazer haxixe para eles. Perguntei se estavam loucos porque eu demoraria um ano para terminar aquilo sozinho. Uma semana após terminar o serviço, eles levaram outro caminhão cheio”, conta.

Pouco tempo depois, Harold fundou sua própria empresa, a Bamf, que aos poucos virou o nome com o que Harold passaria a ser conhecido no mercado canábico. O nome significa Badass Motherf***er e foi inspirado em uma cena do filme Pulp Fiction.

A Bamf começou a se tornar uma referência de qualidade na Califórnia. Ganhou oito Cannabis Cups consecutivas de melhor haxixe e passou a ser cultuado por usuários de maconha não só na Califórnia, mas ao redor do mundo.

“O campeonato não dá dinheiro, mas no momento que você sai do palco com o troféu, aparecem mais de 50 donos de lojas querendo comprar tudo o que você tem. Gente tirando maços de dinheiro e do bolso. Eu pensava que era até policial querendo me pegar”, conta.

A marca começou a virar moda. A Bamf passou a vender camisetas, souvenirs e sementes. No Instagram, a marca é elogiada por diversos consumidores – alguns, famosos – americanos e brasileiros. Mas o crescimento trouxe alguns problemas para Harold e ele sente medo dessa expansão.

“A Bamf me deixou muito satisfeito e ciumento. Hoje, tenho 35 funcionários, mas sinto medo de ampliar demais, crescer, e precisar entregar meu segredo para mais pessoas. Eu criei um monstro. Imagine criar um gorila dentro de um quarto. Uma hora você vai tomar um soco. Aconteceu isso comigo. Teve gente que veio, aprendeu e hoje criaram as coisas deles. Mas como eu comecei primeiro que todo mundo, ainda estou alguns passos à frente”, afirmou.

Mesmo assim, ele revelou à BBC News Brasil alguns “segredos” da estratégia para se obter um produto de alta pureza.

“O segredo maior é olhar para as flores da maconha como se ela fosse uma vaca. No momento em que você abate a vaca, ela deve estar em ambiente refrigerado para não degenerar. Quando você corta a maconha é a mesma coisa porque ela começa a morrer. Se você não mantiver ela refrigerada em uma hora para manter ela viva, a planta começa a secar e perde óleo”, afirmou.

Harold não deu mais detalhes, mas afirmou que mantém a planta congelada até o momento da extração, e que “o solvente e o produto devem ser mantidos em temperaturas negativas”.

Maconha no Brasil

Harold diz que sua empresa está em plena expansão e conta que acabou de comprar uma área de 2 hectares – equivalente a mais de dois campos de futebol – no Estado de Oregon apenas para plantar maconha rica em CBD, usado principalmente para a produção de remédio.

Essa cepa não tem THC, o princípio ativo da planta, que causa o “barato”. Ele diz que fará isso porque se sente na obrigação de se colocar em todos os setores do mundo canábico.

Harold se diz triste com a lei de drogas brasileira. Para ele, a legalização do cultivo, comércio e consumo da erva poderiam ser de grande ajuda à combalida economia do país.

“A salvação do Brasil é a maconha. É a única coisa que pode gerar milhares de empregos e trilhões de reais no mercado econômico de maneira imediata e o povo precisa entender isso. O país está perto da linha do Equador, tem um clima perfeito e terra abundante, emprego. Sem falar que a maconha é matéria-prima de 35 mil produtos diferentes, num ciclo de dois meses. Para quê cortar árvore? Eu amo o Brasil e estou doido para e poder trabalhar com o que eu gosto no meu país”, afirmou.

Ele pondera, por outro lado, que até mesmo o mercado americano ainda não é tão claro sobre o que pode ser feito.

“Eu mesmo fui preso há três anos. Aqui é legal, mas ao mesmo tempo não é. Fui parado por um policial e tinha 20 kg de maconha no carro. Eu tinha uma licença e disse que mostraria ao policial, mas ele disse que rasgaria o documento caso eu mostrasse. A sorte é que nos EUA você não é condenado até esgotar o processo. Depois de dois anos e meio, fui absolvido”, afirmou.

Na Califórnia, a venda da maconha recreativa é legal. Por outro lado, a erva continua classificada como um narcótico ilegal sob a lei federal americana.

“Há um conflito de leis federais e estaduais que cria uma zona cinzenta nos Estados Unidos. Há a legalização, mas por outro lado há uma grande dificuldade para conseguir as licenças e isso causa uma grande insegurança jurídica”, diz o advogado Ricardo Nemer.

Já no Brasil, ativistas dizem que o caminho mais provável para descriminalizar o uso da maconha e dar o primeiro passo rumo à legalização é o julgamento no STF de um processo que pode revogar o artigo 28 da Lei Antidrogas. Isso permitiria a posse de pequenas quantias e plantio da erva para consumo próprio.

Esse processo, parado desde 2015 após o ministro Teori Zavascki pedir vistas, está marcado para ser retomado no dia 5 de junho. A pausa ocorre porque, depois da morte de Zavascki, o caso foi para as mãos de Alexandre de Moraes.

No ponto de vista do músico Badaui, que diz ter visitado diversos países onde há regulamentação, tolerância ou descriminalização do uso da cannabis, diz que é apenas uma questão de tempo para que o mesmo ocorra no Brasil.

“Há dez anos, esse assunto era tratado como tabu. Hoje, todos sabem que esse consumo não vai parar e que não tem como seguir outro caminho a não ser o da legalização. Por mais conservador que seja o governo, o Brasil sempre seguiu o modelo americano. É hora de desmantelar o mercado negro e explorarmos economicamente a cannabis”, afirmou o músico.

Bamf também acha que a legalização da cannabis no Brasil não deve demorar. Ele diz que diversos setores da sociedade estão fazendo uma grande pressão no sentido de permitir o consumo e o comércio da erva, como ocorreu antes da legalização em países como Canadá e Uruguai.

“Chega uma hora em que a polícia não tem condições de ir atrás de quem planta e fuma. Os próprios policiais se questionam se eles devem ir atrás de político ladrão e grandes bandidos ou se vão ficar perdendo tempo indo atrás de usuário de maconha num país com tanto problema de verdade.”

Época Negócios, com BBC

 

 

Opinião dos leitores

  1. Isso é uma grande notícia, quando muitos chorão os seus filhos mortos pelas drogas aí vem essa grande materia ,isso sim é louvável!!!

    1. Eu ia comentar justamente isso. Mas pelo seu Nick vc deve estar sendo irônico. Já Eu, falo sério.

  2. Reportagem muito educativa, que esse doido fique por lá mesmo, aqui já temos muitas cracolândias.

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Geral

BANCO MASTER: integrantes da PGR e do BC reagem com incômodo à acareação marcada por Toffoli em fase inicial do inquérito

Foto: Ton Molina/STF

Integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Banco Central classificaram como atípica a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de marcar uma acareação no inquérito que apura suspeitas de irregularidades no Banco Master. A informação é do jornal ‘O Globo‘.

A oitiva está prevista para a próxima terça-feira, em pleno recesso do Judiciário, e reunirá o dono do banco, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino Santos. A decisão foi tomada de ofício, sem pedido da PGR ou da Polícia Federal.

Investigadores avaliam que a apuração ainda está em fase inicial e que seria necessário reunir mais provas antes de confrontar versões. A acareação foi marcada após o Banco Central barrar a venda do Master ao BRB e decretar a liquidação da instituição, em meio a suspeitas de operações fraudulentas.

Na quarta-feira, Toffoli negou pedido da PGR para cancelar a acareação. Juristas ouvidos consideram a medida incomum e apontam risco de constrangimento a técnicos do Banco Central chamados como testemunhas.

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Cirurgia de Bolsonaro foi um sucesso e sem intercorrências, diz Michelle

Imagem: reprodução/Instagram

A cirurgia para correção de hérnia inguinal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi concluída por volta das 12h50 desta quinta-feira (25) e ocorreu sem intercorrências, segundo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O procedimento durou cerca de quatro horas, conforme previsão médica, e havia sido autorizado na última segunda-feira (23) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante a internação, Bolsonaro terá como principal acompanhante Michelle Bolsonaro e poderá receber visitas dos filhos, também autorizadas pelo STF.

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PESQUISA DATAFOLHA: 35% se identificam com a direita e 22% com a esquerda

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Pesquisa Datafolha revela que 35% dos brasileiros se identificam com a direita e 22% com a esquerda, somando 57% da população posicionada nos polos políticos. Outros 35% se distribuem entre centro, centro-direita e centro-esquerda, enquanto 8% não souberam responder.

Quando a pergunta foi sobre identificação com lideranças políticas, 40% se declararam petistas e 34% bolsonaristas. Outros 18% se disseram neutros, 6% não apoiam nenhum dos dois e 1% não respondeu. Desde 2022, apoiadores de Lula foram maioria em 9 dos 11 levantamentos da série histórica.

A pesquisa mostra diferenças por faixa etária, escolaridade e religião. Jovens tendem mais ao centro, enquanto pessoas com 60 anos ou mais se concentram majoritariamente à direita. Evangélicos se declaram mais à direita do que católicos.

O levantamento foi feito após a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, entre os dias 2 e 4 de dezembro, com 2.002 entrevistados em 113 municípios, e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

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Governo do RN nomeia 758 aprovados em concurso da Sesap, atendendo decisão judicial

Foto: reprodução/N10

O Governo do Rio Grande do Norte publicou no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (25) a nomeação de 758 candidatos aprovados em concurso público da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

As nomeações atendem a uma decisão judicial que determina a substituição de contratos temporários por servidores efetivos, a fim de evitar a interrupção dos serviços na rede estadual de saúde.

Foram convocados ao todo 758 profissionais

  • 527 técnicos em enfermagem

  • 4 técnicos em farmácia

  • 49 técnicos em laboratório

  • 34 técnicos em radiologia

  • 20 biomédicos

  • 43 enfermeiros

  • 26 farmacêuticos

  • 18 farmacêuticos em análises clínicas

  • 19 fisioterapeutas

  • 11 clínicos gerais

  • 7 nefrologistas

Os convocados são oriundos dos concursos regidos pelos Editais nº 01 e 02/2025, da Secretaria de Administração (Sead) e da Sesap, e passam a integrar o quadro efetivo do Estado, conforme a legislação vigente.

O Diário Oficial traz ainda as orientações para a posse, com prazos, documentação exigida e exames médicos admissionais obrigatórios.

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Geral

NATAL EM NATAL: Shows gratuitos em Ponta Negra começam nesta quinta (25); veja programação e como chegar

Foto: reprodução

A programação de shows do Natal em Natal começa nesta quinta-feira (25) com apresentações gratuitas na orla da nova Ponta Negra. O palco montado reúne atrações voltadas ao público local e turistas.

Entre os nomes confirmados para esta quinta-feira (25) estão Gilmar Bezerra, Fernanda e Gislaine, Marquinhos Gomes e Rafaella Marçal, que substitui David Sacer que teve problemas logísticos para chegar à capital potiguar, segundo informou a Prefeitura do Natal em nota.

Além dos shows, o público poderá acessar o Camarote Solidário, com ingressos limitados trocados por três latas de leite em pó em pontos oficiais.

Programação – Quinta-feira (25/12)

Orla de Ponta Negra

Gilmar Bezerra
Fernanda e Gislaine
Marquinhos Gomes com participação de Kaline Araújo
Rafaella Marçal

Transporte será gratuito no retorno para casa

Para facilitar a vida de quem vai curtir os shows, a STTU montou uma operação especial: a volta será gratuita em todas as noites. A medida busca garantir que todo mundo possa aproveitar o evento com segurança e acesso ao lazer.

Na ida, a tarifa segue normal (R$ 4,90). No dia 25, quem usa cartão NuBus paga a tarifa social de R$ 2,45. Pagamentos em dinheiro permanecem no valor integral.

Linhas especiais e corujões

Entre os dias 25 e 30 de dezembro, o Natal em Natal contará com linhas extras e a operação dos corujões. Os ônibus partem da Avenida Engenheiro Roberto Freire, em frente ao Hotel Ponta Negra Flat.

Linhas especiais:

SE7 – Ponta Negra ↔ Nova NatalSE8 – Ponta Negra ↔ Parque dos CoqueirosSE9 – Ponta Negra ↔ Planalto

Corujões:

N-73 – Santarém/Ponta NegraE – Felipe Camarão/Cidade Nova/Ponta Negra

Horários desta quinta (25/12)

SE7, SE8 e SE9: 23h40, 0h10, 0h40 (3 ônibus), 0h50, 1h, 1h20 e 1h40.
Corujões N-73 e E: 0h10, 0h40 (3 ônibus), 0h50, 1h, 1h10, 1h20 e 1h40.

Viagens extras:

3h20 (linha E) e 3h40 (linha N-73).

No total, serão 37 ônibus e 43 viagens somente nesta noite. O Natal em Natal segue até o dia 30 com programação gratuita em Ponta Negra, reunindo cultura, música e lazer para todas as idades.

Programação de shows de 26 a 31/12:

26/12 – Sexta-feira

Bonde do Gragra
Soanata
Zé Vaqueiro
Dilsinho

27/12 – Sábado

DJ Local
Circuito Musical
Zezo
Luan Estilizado

28/12 – Domingo

Hiago Medeiros
Priscila Freire
Léo Santana
Calcinha Preta

29/12 – Segunda-feira

DJ Local
Raynel Guedes
Nuzio Medeiros
Sorriso Maroto

30/12 – Terça-feira

DJ Local
Pedro Lucas
Cláudia Leitte
Limão com Mel

31/12 – Quarta-feira

DJ Local
Giullian Monte
Israel Fernandes
Durval Lelys
Henry Freitas
Ricardo Chaves

AVENIDA DA ALEGRIA – REDINHA

31/12 – Quarta-feira

Banda Detroit
Ricardo Chaves
Banda Mel

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Geral

Moraes e Galípolo omitiram encontros das agendas oficiais

Fotos: Lula Marques/ Agência Brasil | Wilton Junior/Estadão

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não registraram em suas agendas oficiais encontros realizados recentemente entre ambos. A informação é da coluna da jornalista Andreza Matais, do Metrópoles.

Em nota divulgada na terça-feira (23), Moraes informou ter se reunido com Galípolo em duas ocasiões: em 14 de agosto, após o ministro ser alvo de sanções dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky, e em 30 de setembro, depois de a mesma medida atingir sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes.

Apesar da confirmação, nenhum dos encontros consta nas agendas públicas. Moraes não divulga seus compromissos oficiais.

Já Galípolo costuma registrar reuniões no sistema e-Agendas, da Controladoria-Geral da União (CGU), mas não há registros no dia 14 de agosto. Em 30 de setembro, duas audiências previstas foram listadas, mas ambas acabaram canceladas. Procurado pela coluna da jornalista Andreza Matais, do Metrópoles, o chefe de gabinete de Galípolo não respondeu.

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Geral

EDITORIAL ‘O GLOBO’: STF fracassa em transparência e prestação de contas

Foto: Cristiano Mariz / Agência O Globo

Duas condições são críticas para o funcionamento pleno das instituições numa República. Primeiro, elas precisam ser transparentes. Segundo, devem prestar contas regularmente de suas atividades ao público. Em ambos os quesitos, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem falhado sistematicamente. É constrangedor que o Supremo tenha levado tanto tempo para se manifestar sobre as revelações do GLOBO a respeito do caso mais rumoroso que chegou à Corte nos últimos tempos, as suspeitas de falcatruas envolvendo o Banco Master. Mais constrangedor ainda é o processo continuar sob sigilo.

No dia 9 deste mês, a colunista Malu Gaspar, do GLOBO, revelou que o escritório de Viviane de Moraes, mulher do ministro Alexandre de Moraes, mantinha contrato com o Master pelo qual receberia R$ 3,6 milhões mensais ao longo de três anos para defender os interesses do banco junto a uma ampla lista de órgãos públicos, como Cade, Receita Federal ou Banco Central (BC). A revelação causou estranhamento, mas Moraes e o STF mantiveram silêncio por duas semanas.

Na última segunda-feira, a colunista do GLOBO noticiou que Moraes manteve contatos telefônicos e uma reunião presencial com o presidente do BC, Gabriel Galípolo. De acordo com o relato de seis fontes diferentes ouvidas por ela, Moraes fazia pressão em favor do Master. O BC levou 24 horas para se manifestar a respeito. Em nota de apenas duas linhas, confirmou que houve reuniões entre Moraes e Galípolo, mas afirmou que o tema tratado nelas foram os efeitos da Lei Magnitsky (os Estados Unidos impuseram em julho sanções a Moraes com base nessa lei; a liquidação do Master ocorreu em 18 de novembro).

O STF também levou 24 horas para se manifestar. Enviou uma nota sumária a jornalistas, que não publicou em seu site, confirmando reuniões de Moraes com Galípolo para tratar “exclusivamente” dos efeitos da Magnitsky. Assim como o BC, não informou a data das reuniões. Apenas quase 35 horas depois que a notícia veio à tona, enviou uma segunda nota, negando ter havido contatos telefônicos e informando que houve duas reuniões, em 14 de agosto e 30 de setembro.

A falta de transparência e a demora nas explicações deixam dúvidas no ar e dão maior gravidade à crise. A situação é ainda mais nebulosa, pois o ministro Dias Toffoli, relator do caso do Master no STF, pôs o processo sob nível altíssimo de sigilo. Isso ocorreu, como revelou o colunista do GLOBO Lauro Jardim, logo depois que Toffoli viajou a Lima no jato de um empresário para assistir à final da Libertadores, na companhia do advogado de um diretor do Master. Toffoli alega que não tratou do caso na viagem e que só foi sorteado relator naquele mesmo dia.

É inaceitável que, diante de tantos fatos comprometedores, o processo do Master continue sob sigilo. É imperativo que Toffoli suspenda a medida e que as investigações passem a tramitar com total transparência. Também urge que o STF adote um código de conduta como o defendido pelo presidente da Corte, ministro Edson Fachin, de modo a dirimir todas as situações que gerem conflito de interesse. O objetivo deve ser não só preservar a imagem, mas a própria missão do Supremo, sobre cuja integridade não pode pairar nenhuma dúvida. Seria uma medida saneadora para as instituições da República, que revigoraria a democracia.

O Globo

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Morre mulher que teve pernas amputadas após ser atropelada e arrastada pelo ex em SP

Foto: reprodução

Após quase um mês de internação depois de ter sido atropelada e arrastada pelo ex na Marginal Tietê, em São Paulo, Tainara Souza Santos, de 30 anos, morreu por volta das 19h desta quarta-feira (24/12) no Hospital das Clínicas.

A morte foi confirmada por familiares e pelo advogado da vítima, Fábio Costa. Segundo ele, a causa foi falência múltipla dos órgãos. O velório será realizado nesta quinta-feira (25/12).

Em decorrência do ataque, Tainara teve as duas pernas amputadas e passou, na última segunda-feira (22/12), por nova cirurgia para amputação na altura da coxa e reconstrução dos glúteos.

O suspeito, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi preso no dia 30 de novembro em um hotel na zona leste da capital.

Nas redes sociais, a mãe de Tainara pediu orações e justiça, afirmando que a filha “descansou após muito sofrimento”.

Opinião dos leitores

  1. Perguntar não ofende: Pq o feminicídio aumentou tanto no governo de Lula. Até um filho dele também foi acusado por uma ex mulher. Algum petista sabe responder esse aumento absurdo de feminicídio? Já pensaram se fosse no governo Bolsonaro…

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Jair Bolsonaro confirma pré-candidatura de Flávio em carta aos brasileiros antes de cirurgia; leia a íntegra

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) leu nesta quinta-feira (25), na porta do hospital onde Jair Bolsonaro está internado, uma carta manuscrita pelo ex-presidente antes de passar por uma cirurgia.

No texto, Bolsonaro afirma que decidiu indicar Flávio Bolsonaro como pré-candidato à Presidência da República em 2026. Embora a carta traga a data de 25 de dezembro, Flávio disse que recebeu o documento no dia 23, por meio de um advogado, e que ele teria sido escrito na Superintendência da Polícia Federal.

Segundo o senador, a carta serve para eliminar dúvidas sobre a posição do pai e reforçou a necessidade de unidade da direita para enfrentar o PT. “Para mim, não muda nada, mas pode mudar para quem duvidava”, afirmou.

Bolsonaro passa por uma cirurgia de hérnia inguinal na manhã do Natal, com duração estimada de três horas. De acordo com Flávio, o ex-presidente está sem soluços, e os médicos ainda avaliarão se será necessário outro procedimento.

Leia a íntegra da carta:

“Ao longo da minha vida, tenho enfrentado duras batalhas, pagando um preço alto, com a minha saúde e família, para defender aquilo que acredito ser o melhor para o nosso Brasil.”

Diante desse cenário de injustiça, e com o compromisso de não permitir que a vontade popular seja silenciada, tomo a decisão de indicar Flávio Bolsonaro como pré-candidato à presidência da república em 2026.”

Entrego o que há de mais importante na vida de um pai: o próprio para a missão de resgatar o nosso Brasil. Trata-se de uma decisão consciente, legítima e amparada no desejo de preservar a representação daqueles que confiaram em mim.”

Ele é a continuidade do caminho da prosperidade que iniciei bem antes de ser presidente, pois acredito que precisamos retomar a responsabilidade de conduzir o Brasil com justiça, firmeza e lealdade dos anseios do povo brasileiro.”

Que Deus abençoe e o capacite na liderança dessa corrente de milhões de brasileiros que honram a Deus, a pátria, a família e a liberdade.”

Brasília, 25 de dezembro de 2025.
Jair Messias Bolsonaro.”

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COTA DE TELA: Governo Lula torna obrigatória exibição de filmes brasileiros nos cinemas

Foto: Freepik

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (24) um decreto que torna obrigatória, a partir de 2026, a exibição de filmes brasileiros nas salas de cinema de todo o país.

A norma regulamenta a Cota de Tela, estabelece um número mínimo de sessões para produções nacionais e será fiscalizada pela Ancine. O decreto também foi assinado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes.

A medida, segundo o governo, visa garantir espaço contínuo e diversificado para o cinema brasileiro no circuito comercial, evitando a concentração em poucos títulos e ampliando o acesso a diferentes produções nacionais.

O governo afirma que a iniciativa busca fortalecer o setor audiovisual, estimulando a produção, a circulação de filmes e a geração de empregos e renda.

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