Diversos

FOTOS: Brasileiro se muda para a Califórnia para plantar maconha, ganha dez copas de melhor haxixe e vira ídolo

HAROLD WINSTON, O BAMF, DEIXOU O BRASIL AOS 18 ANOS PARA VIAGEM DE UMA SEMANA EM AMSTERDÃ E NÃO VOLTOU MAIS (FOTO: MALACHI BANALES/ DIVULGAÇÃO)

Proibido no Brasil e seis vezes mais caro que o ouro. O cristal de poucos centímetros, levemente amarelado, quase transparente, é exposto em lojas especializadas em maconha da Califórnia, na costa oeste dos Estados Unidos, como uma joia.

Cada grama do extrato ultraconcentrado de maconha produzido pelo brasileiro Harold Winston, mais conhecido como Bamf, de 34 anos, pode custar até US$ 250 — o equivalente a cerca de R$ 1.000. A porção é suficiente para fazer dois cigarros — misturando com tabaco ou ervas – ou usar até cinco vezes num bong — purificador, geralmente feito de vidro, utilizado para fumar maconha.

Harold deixou o Brasil em 2003, há 16 anos, atraído pelo desejo de trabalhar com cannabis. Antes de deixar o país, ele tinha plantado 400 pés de maconha no quintal da casa onde vivia com a família em Belo Horizonte. A mãe dele descobriu, destruiu o plantio e pagou ao filho uma viagem para ele passar uma semana em Amsterdã, na Holanda. Ele nem chegou a pegar o voo de volta e, desde então, só visitou a terra natal em festas de fim de ano.

Nesse período, Harold viveu cinco anos na Holanda, ganhou 10 prêmios em competições de maconha nos Estados Unidos e se tornou uma das maiores referências do mundo canábico.

No Brasil, o plantio, a venda ou a doação de maconha são considerados tráfico de drogas, crime punido com penas de 5 a 15 anos de prisão, além de multas. Usar a erva é considerada apenas uma contravenção. Nesses casos, o usuário deve prestar serviços à comunidade e fazer um curso sobre os danos causados pelo uso de drogas.

O advogado Ricardo Nemer, da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas (Reforma) diz que muitas vezes a distinção entre usuário e traficante, feita principalmente pela Polícia Civil, é incerta e pode resultar em punições injustas.

“Depende do ‘achismo’ do delegado. Não há regra do que é pequena ou grande quantidade. Isso causa uma grande insegurança jurídica e enquadra diversos usuários como traficantes. Um exemplo são as pessoas que cultivam maconha para fazer extratos (como os produzidos por Bamf) e precisam de muitas plantas”, explica o advogado.

Mas o que há de tão especial na maconha concentrada?

“Você dá uma simples puxada e é como se você tivesse fumado uns dez baseados inteiros”, diz Fernando Badaui, de 43 anos, vocalista da banda CPM22. “Não tem nenhuma impureza. É como degustar um bom vinho. Quando você fuma uma maconha comum, tem o papel, folhas, galhos e tudo mais junto, fora a sujeira. Aquilo que o Bamf faz é o puro extrato de THC, o princípio ativo que causa a brisa. Eu já experimentei maconha em diversos países que visitei e digo que essa está entre as melhores do mundo.”

FERNANDO BADAUI (À ESQ.), VOCALISTA DA BANDA CPM22, VISITOU DIVERSAS VEZES O BRASILEIRO HAROLD WINSTON, NA CALIFÓRNIA (FOTO: FERNANDO BADAUI/ ARQUIVO PESSOAL)

Badaui é conhecido por ser um combativo ativista nas redes sociais pela liberação da maconha. No Instagram, por exemplo, ele faz constantes publicações para defender a descriminalização do uso e a regulamentação do plantio da erva no Brasil. Ele conta ter conversado com o skatista Bob Burnquist, outro assíduo defensor da cannabis.

“Falei pro Bob que a gente está junto nessa. A imagem dele é muito importante para mostrar que um atleta de elite pode usar maconha”, afirmou Badaui em entrevista à BBC News Brasil.

O brasileiro Harold diz que Badaui o visita duas vezes por ano na Califórnia e que já experimentou vários de seus produtos. “A gente virou amigo. Ele é um ativista que representa muito nossa luta e eu acho lindo todos esses caras de peso desmistificando o uso da maconha. Eles demonstram que podem fumar e serem grandes profissionais. A manifestação pública dessas pessoas é um dos caminhos para a legalização no Brasil”, afirmou.

‘Amor’ pela erva

Harold nasceu na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, mas seus pais avaliaram que não teriam condições de criá-lo. Aos três meses de idade, o bebê foi adotado por americanos que viviam em Belo Horizonte e o batizaram com o nome do avô americano.

“Eu sempre fui um moleque doido, talvez pelo fato de ser adotado. Fui expulso de todas as escolas por onde passei em Belo Horizonte”, conta o brasileiro. Ele diz que ter se tornado uma referência na produção de maconha na Califórnia é a realização de seu maior sonho.

Todo esse amor pela maconha, conta Bamf, começou assim que experimentou a erva pela primeira vez, aos 16 anos.

“O problema foi que eu gostei demais, irmão. Um dia depois de sentir aquela sensação, comprei 25 gramas (suficiente para produzir até cerca de 50 baseados). Foi doido. A partir daquele dia, eu queria ver coisas sobre maconha o dia todo, queria experimentar a melhor maconha do mundo e fiquei na caça daquilo. Naquele mesmo ano, descobri o haxixe e pirei de vez”, conta o brasileiro aos risos.

Na época, ele passou a ter acesso e consumir grandes quantidades de haxixe trazido do Paraguai. Mas ele conta que sentia desgosto por consumir algo sujo e de procedência desconhecida. Seu sonho passou a ser produzir seu próprio concentrado, de alta pureza.

400 plantas no quintal

Sem se importar com as leis brasileiras, o adolescente passou a plantar maconha no quintal de casa, em 2002. E num volume capaz de atrair muita atenção.

 

Visualizar esta foto no Instagram.

 

Smoke me out @bamf_extractions @bamf_genetics @bamfeastcoast #bamfextractions #diamonds #bamfgenetics #allheartnohype

Uma publicação compartilhada por BAMF (@bamf_extractions) em

“Eu meti 400 plantas lá. Falei para a minha mãe que era ayahuasca porque era legal. Mas depois de certo tempo, uma amiga dela foi lá em casa e viu o cultivo. Eu estava na esperança de que não acontecesse nada, mas essa mulher colocou algumas folhas no bolso antes de ir embora. Dois dias depois, minha mãe descobriu que era maconha, ficou puta comigo e destruiu todas as plantas”, diz Harold.

Além de sustentar seu consumo diário da erva, o cultivo fornecia material para que fizesse seus primeiros testes. Na época, ele conta que passava o dia cuidando das plantas, estudando e discutindo novas técnicas para aumentar sua produção e fazer extratos de qualidade. Sua fonte era o site brasileiro Growroom, o maior fórum online sobre maconha da América Latina, com mais de 120 mil inscritos.

“O Growroom para mim era um portal da coisa mais secreta do mundo. Passava o dia ali como um louco, como se o fórum fosse um livro aberto na minha frente. Ali, foi com certeza minha primeira escola, a base de tudo que aprendi até hoje”, relata.

Depois de duas semanas sem falar com o filho por conta da plantação em seu quintal, sua mãe, Nilza Cozac, o chamou para dar uma bronca e ter uma conversa franca. Cozac, conta Harold, foi a primeira mulher a se formar em direito em Minas Gerais e tinha um profundo conhecimento sobre a legislação.

“Minha mãe já tinha mais de 60 anos, mas era muito cabeça aberta. Ela me alertou que uma plantação daquele tamanho era motivo para o governo querer tomar nossa casa, um dos poucos assuntos que despertavam atenção do governo e policiais. E disse que me presentearia com uma viagem de uma semana para Amsterdã, na Holanda, quando completasse 18 anos. Ela queria que eu conhecesse um lugar onde pudesse fumar maconha sem problemas”, conta.

Viagem para Amsterdã

A mãe cumpriu a promessa. E ele nunca mais voltou para o Brasil.

“Eu fiquei muito louco quando cheguei lá (em 2003). Parecia uma criança em loja de brinquedo. Fiquei matutando como eu poderia ficar na Holanda e passar a vender maconha por um preço 100 vezes melhor do que as pessoas no Brasil. Minha mãe ficou desesperada quando soube”.

Harold conta que morou durante um ano em um apartamento para refugiados africanos em Amsterdã, que alugava por 300 euros. Durante esse tempo, ele fez contatos e aprimorou seus conhecimentos sobre a erva.

“Eu me envolvi com pessoas que achava que tinham maconha e haxixe bom. Na Holanda, a maconha é apenas tolerada. Durante os cinco anos que fiquei no país, vi muita gente sendo presa, inclusive conhecidos. Logo começaram a me dizer que eu estava no lugar errado, que eu deveria ir para a Califórnia”, diz.

Depois de fazer uma série de pesquisas e assistir a vídeos no YouTube, ele decidiu se mudar para os Estados Unidos.

Primeiro, ele foi para Nova York, mas depois de um ano vivendo “num frio dos infernos” e presenciando uma forte repressão policial contra usuários de maconha, ele resolveu se mudar, em 2009, para Los Angeles, na Califórnia, onde vive até hoje.

“Eu mal cheguei e enlouqueci. Eu fiquei gritando na rua, literalmente, porque a cada esquina tinha loja para você comprar equipamentos. Você fica louco mesmo. Entrei na primeira que eu vi e fiquei conversando com o dono durante horas sem parar”, lembra Bamf com euforia.

Três dias depois de chegar à “meca” da maconha, Harold comprou uma luz especial – ideal para seis plantas – e começou a plantar a própria erva dentro de casa. Seis meses depois, tinha dez lâmpadas. Um ano depois, tinha 15.

Depois da longa experiência em Amsterdã, o jovem avaliou que o mercado na Califórnia tinha bons equipamentos, uma legislação muito favorável, mas ainda era pouco desenvolvido. Sua maior surpresa, porém, foi quando assistiu à uma edição da Cannabis Cup, a maior competição de maconha dos EUA, promovida pela revista High Times.

“Eu não acreditei que os caras vacilavam tanto. Num país de primeiro mundo, com ótimos equipamentos e maconha boa, eles poderiam fazer muito mais”, relata o brasileiro. Aquele era o incentivo que faltava para ele começar sua própria produção e buscar seu espaço no mercado.

Riscos para a saúde

O professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador, há 30 anos, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da universidade, Dartiu Xavier, condena o uso de maconha por adolescentes, como fez Harold.

“Eu acho que ninguém deveria fumar antes dos 18. Alguns autores dizem a partir dos 21. O ponto mais preocupante é que a maconha pode desencadear uma psicose, quando o usuário sai da realidade. Caso ele tenha uma predisposição para isso, a maconha pode funcionar como um gatilho”, explicou.

Por outro lado, o médico afirma que no seu ponto de vista a regulamentação do uso da maconha diminuiria o consumo da erva no país e seria um avanço na área da saúde.

“Nos lugares onde existem políticas mais tolerantes ou legalização, como a Holanda ou Estados Unidos, as pessoas não fogem das informações. Há inclusive uma grande política de redução de riscos. No clima de proibicionismo como há aqui, ninguém tem informação. A Holanda, inclusive, é um dos poucos países onde o consumo de maconha vem caindo. Uma prova cabal de que a proibição do uso aumenta o consumo”, afirmou Xavier.

Entretanto, o coordenador do Projeto Antitabágico do Hospital Universitário da USP, João Paulo Lotufo, diz que qualquer relaxamento em relação ao consumo de maconha seria um erro.

“Nos Estados Unidos e no Uruguai, onde o uso é permitido, dobrou o número de dependentes. Se hoje há um surto psicótico a cada 100 pessoas, se libera, você dobra para 2. Vai subir o número de acidentes automobilísticos causados pelo uso da droga, sem contar que as lesões causadas pela maconha no cérebro são irreversíveis”, disse o médico.

BAMF GANHOU DEZ PRÊMIOS – OITO CONSECUTIVOS – DE MELHOR EXTRAÇÃO DE MACONHA PELA REVISTA MAIS IMPORTANTE SOBRE O ASSUNTO NOS EUA (FOTO: BBC)

Lotufo diz ainda que a maconha é mais cancerígena que o tabaco (com base em estudo publicado na revista European Respiratory Journal em 2008) e que os custos arrecadados com impostos em caso de regulamentação não seriam suficientes nem mesmo para bancar o aumento dos gastos com saúde.

“O imposto arrecadado com a venda de cigarros também não cobre a lesão que o tabaco provoca no sistema de saúde. Liberar o uso no Brasil seria um absurdo. Alguns falam na internet que a maconha é medicinal, mas não tem nada disso. O canabidiol (CBD) sim é medicinal, mas trata-se de um extrato que nada tem a ver com o uso recreativo”, afirmou o médico da USP.

Para ele, a pressão para a regulamentação do uso recreativo ocorre por uma forte pressão financeira, que ignora os riscos à saúde.

Técnica secreta

O primeiro passo de Harold Winston para entrar no mercado canábico foi convencer Nikka T, produtor do que muitos consideram o melhor haxixe vendido nos EUA na época, a ensiná-lo a fazer o produto. Haxixe é uma pasta densa feita da resina de maconha, fumada em bong, narguilé ou em cigarro- misturado com tabaco ou maconha.

“Fiquei enchendo o saco dele igual um fã durante seis meses, até que um dia ele resolveu me ensinar. Ele me convidou e eu fui até o Colorado para aprender a técnica e, na semana seguinte, eu já era o melhor hashmaker (produtor de haxixe) da Califórnia. Isso foi há nove anos, na mesma época que minha mãe morreu de câncer”, relata ele.

Ao contrário do haxixe vendido no Brasil, feito com restos de maconha de baixa qualidade, muitas vezes feito das sobras de resina que grudam na mão das pessoas que colhem a planta no Paraguai, o produto de Bamf passa por um complexo processo.

Assim que ele fez o primeiro haxixe usando uma técnica de extração à base de água, sem solventes, ele teve a certeza de que tinha condições de era algo inédito e quis colocar seu produto à prova num campeonato. Mas, para isso, era necessário ser dono de um dispensário. Apenas a loja Buds and Roses aceitou o pedido.

O produto de Bamf chamou a atenção logo no momento da inscrição por conta de sua cor clara – sinal de pureza – e por ser o único feito com água. A maioria dos concentrados, conta Harold, é feita com gás butano – o mesmo usado em isqueiros.

 

Visualizar esta foto no Instagram.

 

Follow @bamf_genetics @bamf_genetics @bamf_genetics USA RELEASE COMING SOON! #bamfgenetics #bamfextractions #allheartnohype

Uma publicação compartilhada por BAMF (@bamf_extractions) em

Em meio a 40 competidores, o brasileiro ganhou seu primeiro seu primeiro troféu. No dia seguinte, ele viu sua popularidade disparar e seu produto se tornar uma referência num dos mercados mais exigentes do mundo. A demanda foi tão grande que ele conta ter ficado sete dias sem dormir fazendo haxixe sozinho em sua casa para dar conta de alguns pedidos.

Uma das encomendas foi feita pelo grupo americano de rap Cypress Hill. “Eles encostaram na minha casa com um caminhão cheio de maconha para eu fazer haxixe para eles. Perguntei se estavam loucos porque eu demoraria um ano para terminar aquilo sozinho. Uma semana após terminar o serviço, eles levaram outro caminhão cheio”, conta.

Pouco tempo depois, Harold fundou sua própria empresa, a Bamf, que aos poucos virou o nome com o que Harold passaria a ser conhecido no mercado canábico. O nome significa Badass Motherf***er e foi inspirado em uma cena do filme Pulp Fiction.

A Bamf começou a se tornar uma referência de qualidade na Califórnia. Ganhou oito Cannabis Cups consecutivas de melhor haxixe e passou a ser cultuado por usuários de maconha não só na Califórnia, mas ao redor do mundo.

“O campeonato não dá dinheiro, mas no momento que você sai do palco com o troféu, aparecem mais de 50 donos de lojas querendo comprar tudo o que você tem. Gente tirando maços de dinheiro e do bolso. Eu pensava que era até policial querendo me pegar”, conta.

A marca começou a virar moda. A Bamf passou a vender camisetas, souvenirs e sementes. No Instagram, a marca é elogiada por diversos consumidores – alguns, famosos – americanos e brasileiros. Mas o crescimento trouxe alguns problemas para Harold e ele sente medo dessa expansão.

“A Bamf me deixou muito satisfeito e ciumento. Hoje, tenho 35 funcionários, mas sinto medo de ampliar demais, crescer, e precisar entregar meu segredo para mais pessoas. Eu criei um monstro. Imagine criar um gorila dentro de um quarto. Uma hora você vai tomar um soco. Aconteceu isso comigo. Teve gente que veio, aprendeu e hoje criaram as coisas deles. Mas como eu comecei primeiro que todo mundo, ainda estou alguns passos à frente”, afirmou.

Mesmo assim, ele revelou à BBC News Brasil alguns “segredos” da estratégia para se obter um produto de alta pureza.

“O segredo maior é olhar para as flores da maconha como se ela fosse uma vaca. No momento em que você abate a vaca, ela deve estar em ambiente refrigerado para não degenerar. Quando você corta a maconha é a mesma coisa porque ela começa a morrer. Se você não mantiver ela refrigerada em uma hora para manter ela viva, a planta começa a secar e perde óleo”, afirmou.

Harold não deu mais detalhes, mas afirmou que mantém a planta congelada até o momento da extração, e que “o solvente e o produto devem ser mantidos em temperaturas negativas”.

Maconha no Brasil

Harold diz que sua empresa está em plena expansão e conta que acabou de comprar uma área de 2 hectares – equivalente a mais de dois campos de futebol – no Estado de Oregon apenas para plantar maconha rica em CBD, usado principalmente para a produção de remédio.

Essa cepa não tem THC, o princípio ativo da planta, que causa o “barato”. Ele diz que fará isso porque se sente na obrigação de se colocar em todos os setores do mundo canábico.

Harold se diz triste com a lei de drogas brasileira. Para ele, a legalização do cultivo, comércio e consumo da erva poderiam ser de grande ajuda à combalida economia do país.

“A salvação do Brasil é a maconha. É a única coisa que pode gerar milhares de empregos e trilhões de reais no mercado econômico de maneira imediata e o povo precisa entender isso. O país está perto da linha do Equador, tem um clima perfeito e terra abundante, emprego. Sem falar que a maconha é matéria-prima de 35 mil produtos diferentes, num ciclo de dois meses. Para quê cortar árvore? Eu amo o Brasil e estou doido para e poder trabalhar com o que eu gosto no meu país”, afirmou.

Ele pondera, por outro lado, que até mesmo o mercado americano ainda não é tão claro sobre o que pode ser feito.

“Eu mesmo fui preso há três anos. Aqui é legal, mas ao mesmo tempo não é. Fui parado por um policial e tinha 20 kg de maconha no carro. Eu tinha uma licença e disse que mostraria ao policial, mas ele disse que rasgaria o documento caso eu mostrasse. A sorte é que nos EUA você não é condenado até esgotar o processo. Depois de dois anos e meio, fui absolvido”, afirmou.

Na Califórnia, a venda da maconha recreativa é legal. Por outro lado, a erva continua classificada como um narcótico ilegal sob a lei federal americana.

“Há um conflito de leis federais e estaduais que cria uma zona cinzenta nos Estados Unidos. Há a legalização, mas por outro lado há uma grande dificuldade para conseguir as licenças e isso causa uma grande insegurança jurídica”, diz o advogado Ricardo Nemer.

Já no Brasil, ativistas dizem que o caminho mais provável para descriminalizar o uso da maconha e dar o primeiro passo rumo à legalização é o julgamento no STF de um processo que pode revogar o artigo 28 da Lei Antidrogas. Isso permitiria a posse de pequenas quantias e plantio da erva para consumo próprio.

Esse processo, parado desde 2015 após o ministro Teori Zavascki pedir vistas, está marcado para ser retomado no dia 5 de junho. A pausa ocorre porque, depois da morte de Zavascki, o caso foi para as mãos de Alexandre de Moraes.

No ponto de vista do músico Badaui, que diz ter visitado diversos países onde há regulamentação, tolerância ou descriminalização do uso da cannabis, diz que é apenas uma questão de tempo para que o mesmo ocorra no Brasil.

“Há dez anos, esse assunto era tratado como tabu. Hoje, todos sabem que esse consumo não vai parar e que não tem como seguir outro caminho a não ser o da legalização. Por mais conservador que seja o governo, o Brasil sempre seguiu o modelo americano. É hora de desmantelar o mercado negro e explorarmos economicamente a cannabis”, afirmou o músico.

Bamf também acha que a legalização da cannabis no Brasil não deve demorar. Ele diz que diversos setores da sociedade estão fazendo uma grande pressão no sentido de permitir o consumo e o comércio da erva, como ocorreu antes da legalização em países como Canadá e Uruguai.

“Chega uma hora em que a polícia não tem condições de ir atrás de quem planta e fuma. Os próprios policiais se questionam se eles devem ir atrás de político ladrão e grandes bandidos ou se vão ficar perdendo tempo indo atrás de usuário de maconha num país com tanto problema de verdade.”

Época Negócios, com BBC

 

 

Opinião dos leitores

  1. Isso é uma grande notícia, quando muitos chorão os seus filhos mortos pelas drogas aí vem essa grande materia ,isso sim é louvável!!!

    1. Eu ia comentar justamente isso. Mas pelo seu Nick vc deve estar sendo irônico. Já Eu, falo sério.

  2. Reportagem muito educativa, que esse doido fique por lá mesmo, aqui já temos muitas cracolândias.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Prefeitura de São Gonçalo entrega quadra de esportes de Guanduba revitalizada e com iluminação em LED

Os moradores da comunidade de Guanduba compareceram, na noite desta quarta-feira (19), à cerimônia de entrega da Quadra de Esportes José Cabral Bezerra, que passou por reforma. O espaço, que até pouco tempo era sinônimo de abandono, agora foi revitalizado e devolvido à população.

Presentes na solenidade a deputada estadual Terezinha Maia, a secretária Mada Calado, representando a primeira-dama e senadora Zenaide Maia, além dos vereadores, moradores, atletas, outras autoridades e lideranças locais.

Durante o discurso, o prefeito Jaime Calado enfatizou: “Quando se trabalha com amor e boa vontade, o resultado é esse: um espaço pronto para atender de forma digna o nosso povo”.

A secretária de Esportes, Rayane Rocha, destacou o esforço conjunto para a execução da obra. “O prefeito Jaime teve um cuidado especial com essa quadra. Era um pedido da comunidade e um requerimento da vereadora Aninha Siqueira. Esse é um trabalho construído por muitas mãos”, afirmou.

Milena Silveira, moradora da região há 18 anos, também celebrou a entrega do equipamento. “Como moradora, me sinto orgulhosa do trabalho da gestão do prefeito Jaime Calado. Saber que nossos atletas vão ter esse espaço como ele deve ser me deixa muito feliz”, disse.

Os serviços envolveram as Secretarias de Juventude, Esporte e Lazer (Semjel) e Infraestrutura (Seminfra) na execução da pintura da quadra, manutenções de alvenaria, da rede hidráulica, da rede elétrica, das grades e redes de proteção. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) realizou a substituição dos postes e das luminárias convencionais por luminárias em LED.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

Mexicana conquista Miss Universo após crise envolvendo insulto de organizador

Foto: REUTERS/Chalinee Thirasupa

A mexicana Fátima Bosch, 25, foi eleita Miss Universo 2025 nesta sexta-feira (21), em Bangkok, na Tailândia. A final coroou a modelo após semanas marcadas por uma forte polêmica dentro do próprio concurso. A brasileira Maria Gabriela Lacerda avançou até o Top 30.

No início de novembro, Bosch foi alvo de um ataque público do executivo tailandês Nawat Itsaragrisil, um dos responsáveis pela edição deste ano. Durante uma live no dia 4, ele chamou a Miss México de “estúpida”, alegando que ela não produzia conteúdo suficiente sobre a Tailândia em suas redes sociais. O episódio constrangeu a candidata, que deixou o local acompanhada pela Miss Iraque, enquanto outras concorrentes tentavam protestar, mas foram interrompidas por uma ordem ríspida de Nawat.

A repercussão foi imediata e gerou solidariedade internacional. Bosch declarou que o comportamento do organizador foi “desrespeitoso” e que episódios como esse reforçam a importância de mulheres usarem sua visibilidade para se posicionar. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, chegou a elogiá-la publicamente, ressaltando sua postura firme diante da agressão.

Diante da pressão, a Organização Miss Universo repudiou a atitude de Nawat, e o presidente do concurso, Raúl Rocha, afirmou que o executivo teria suas funções reduzidas. Nawat apareceu chorando em uma coletiva, dizendo ter sido “traído”, e acabou pedindo desculpas na abertura do evento. Mesmo em meio à turbulência, Bosch seguiu na competição e acabou levando o título máximo.

Com informações do G1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Janja volta a errar português e diz “somos atoras” em entrevista na COP30

Vídeo: Reprodução/X

A primeira-dama Janja Lula da Silva protagonizou uma nova gafe gramatical durante entrevista à CNN na COP30, em Belém. Ao defender a inclusão da pauta de gênero nas discussões climáticas, ela afirmou que “somos atoras”, quando o correto seria “atrizes”. A declaração ocorreu enquanto Janja explicava seu papel como enviada especial para Mulheres na Conferência.

Segundo a primeira-dama, a participação feminina precisa estar no centro da agenda ambiental. “Tenho trabalhado para colocar as mulheres na centralidade da agenda climática. Mais do que participantes, somos atoras [sic] principais da mudança climática”, disse.

O deslize desta quinta-feira não é isolado. Em 2024, Janja já havia viralizado ao se referir a “cidadões globais” em um vídeo gravado no Central Park, em Nova York, durante campanha contra a fome. Outro erro marcante ocorreu no mesmo ano, quando utilizou “abrido” no lugar de “aberto” ao falar sobre políticas sociais em evento na Universidade de Columbia.

As falas da primeira-dama voltaram a provocar repercussão nas redes sociais, onde críticos e apoiadores relembraram o histórico de equívocos linguísticos nos discursos de Janja.

Com informações do poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Após críticas, Lula deve compensar indicação ao STF escolhendo mulher para comandar a AGU

Foto: Reproduções

A decisão de Lula de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal reacendeu cobranças de movimentos que defendem maior presença feminina e negra no Judiciário. Em nota conjunta, Fórum Justiça, Plataforma Justa e Themis afirmaram que o governo precisa converter “discursos em práticas” e romper o ciclo de baixa representatividade no sistema de Justiça. Embora a escolha para o STF frustre essas expectativas, aliados do presidente afirmam que ele deve nomear uma mulher para substituir Messias na AGU.

Entre as mais cotadas estão Anelize Almeida, procuradora-geral da Fazenda Nacional; Isadora Cartaxo de Arruda, secretária-geral de Contencioso; e Adriana Venturini, procuradora-geral federal — todas em posições de liderança intermediária na AGU. Caso Lula opte por manter o comando da pasta nas mãos de um homem, o nome mais forte é o do atual número 2, Flávio Roman.

As entidades que criticaram a indicação de Messias destacam que o debate não é sobre a qualificação do novo ministro, mas sobre o “padrão excludente” que, segundo elas, permanece na formação das altas instâncias jurídicas. A nomeação reduz ainda mais a presença feminina no Supremo, que agora conta apenas com Cármen Lúcia como única ministra.

Desde 2023, quando Lula escolheu Flávio Dino para a vaga deixada por Rosa Weber, a Corte perdeu metade de sua representação feminina. Com isso, cresce a pressão para que o presidente equilibre simbolicamente a escolha do STF com uma mulher no comando da Advocacia-Geral da União.

Com informações do O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Lula terá encontro com chanceler alemão no G20 após polêmica sobre críticas a Belém

Foto: Wagner Meier/Getty Images

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará, neste sábado (22), uma reunião bilateral com o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, durante a cúpula do G20 em Joanesburgo, na África do Sul. O encontro está previsto para as 14h30 no horário local e ocorrerá no mesmo centro que sediará as discussões do grupo.

A informação é da coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles. A agenda entre os dois líderes acontece dias depois de Merz provocar repercussão no Brasil ao afirmar que jornalistas alemães teriam ficado “aliviados” ao deixar Belém, cidade que recebeu a COP30. As declarações geraram reação política, incluindo voto de censura aprovado pelo Senado brasileiro. Lula também rebateu a fala, dizendo que o chanceler deveria ter conhecido melhor a cultura paraense antes de emitir críticas.

Além da conversa com o alemão, Lula participará de outra reunião bilateral ainda no G20, desta vez com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, marcada para sexta-feira (21). O petista chega a Joanesburgo pela manhã e ficará hospedado em Sandton, região nobre da cidade.

Após cumprir a agenda na cúpula, Lula deixará a África do Sul no domingo e fará uma parada em Maputo, Moçambique, para uma breve visita oficial. A comitiva presidencial na viagem é reduzida e inclui apenas os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda).

Com informações do Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Gleisi celebra recuo dos EUA e diz que vitória derruba “traidores da pátria”

Foto: Gil Ferreira/SRI

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, classificou como uma “vitória do presidente Lula” a decisão dos Estados Unidos de retirar a tarifa extra de 40% aplicada a produtos brasileiros como café, carne e frutas. Em publicação na rede X, ela afirmou que o gesto do governo Trump comprova a eficácia da postura de Lula nas negociações e aproveitou para criticar opositores, chamando-os de “traidores da pátria”. Entre os citados, estão Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e o governador paulista Tarcísio de Freitas.

Segundo Gleisi, Lula conduziu o diálogo com Donald Trump com “seriedade e altivez”, mantendo firmeza diante das pressões e coordenando uma mobilização do governo e da sociedade. Ela destacou ainda o papel do vice-presidente Geraldo Alckmin e do Itamaraty na condução técnica das tratativas, que resultaram no recuo parcial do tarifaço.

O documento divulgado pela Casa Branca atribui a mudança ao avanço das negociações após uma conversa entre Trump e Lula no início de outubro, embora ressalte que o diálogo continuará. A medida específica beneficia apenas o Brasil, diferentemente da retirada anterior, no dia 14, quando Washington revogou tarifas de 10% para vários países.

A decisão foi celebrada também por setores ligados ao agronegócio. A senadora Tereza Cristina afirmou que a volta dos produtos brasileiros ao mercado norte-americano em condições competitivas é positiva para os dois países, lembrando que itens como carne e café vinham pressionando os preços internos nos EUA.

Com informações do Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Cada um com sua opinião.
    Vou esperar o outro lado da moeda pra ver se acontece alguma coisa.
    Hehehehe…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Indicação de Jorge Messias reduz média de idade do STF

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A escolha de Jorge Messias para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal diminuiu a média de idade da Corte para 58,9 anos — antes, com Barroso, era de 60,9. Aos 45 anos, o atual advogado-geral da União poderá se tornar o ministro mais jovem do tribunal e permanecer por quase três décadas, até atingir a idade máxima de 75 anos.

Nos últimos anos, a indicação de quadros abaixo dos 50 anos tem se tornado recorrente entre diferentes governos. Cinco dos seis últimos escolhidos por Michel Temer, Jair Bolsonaro e Lula chegaram ao STF antes de completar cinco décadas de vida, com exceção de Flávio Dino, nomeado aos 55. Hoje, seis dos dez ministros da Corte são “sub-50”, tendência que ganhou força desde a redemocratização, embora não seja inédita — Dias Toffoli segue como o mais jovem nomeado nesse período, aos 41 anos.

Messias, porém, chega ao tribunal com uma trajetória marcada por cargos-chave no Executivo. Procurador de carreira, atuou no Banco Central, na Fazenda Nacional e no Ministério da Educação durante a gestão de Aloizio Mercadante, período em que se aproximou do PT. Ganhou projeção nacional na crise de 2016, quando seu nome apareceu na ligação entre Dilma Rousseff e Lula divulgada pela Lava Jato — episódio posteriormente classificado como ilegal pelo próprio STF.

Após atuar no Senado e integrar o grupo de transição do governo Lula em 2022, Messias consolidou influência na Esplanada, especialmente com Rui Costa, Fernando Haddad, Gleisi Hoffmann, Esther Dweck e Paulo Teixeira. Caso tenha o nome confirmado pelo Senado, somará juventude ao colegiado e reforçará a tendência recente de um Supremo composto por ministros com potencial de longa permanência no tribunal.

Com informações do O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

COP30 entra no último dia sob pressão por acordo e sob impacto de incêndio na área de negociações

Foto: Alex Ferro/COP30

A COP30 chega ao seu dia final, nesta sexta-feira (21), em Belém, cercada por incertezas e pela expectativa de um esforço concentrado para destravar o acordo climático. A presidência brasileira da conferência acredita em um mutirão diplomático de última hora, apesar de reconhecer que o cronograma ficou ainda mais apertado após o incêndio que atingiu a Blue Zone — setor onde ocorrem as decisões mais sensíveis entre as delegações.

O fogo, que fechou a área por horas e provocou atendimentos médicos por inalação de fumaça, repercutiu internacionalmente e, segundo o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, interferiu diretamente no ritmo das tratativas. Em entrevista à CNN, ele afirmou que o incidente encurtou o tempo disponível e ocorre justamente quando temas delicados, como a transição energética e a redução do uso de combustíveis fósseis, seguem sem consenso.

A Polícia Federal já abriu investigação para apurar a origem das chamas, com uma das hipóteses apontando para um micro-ondas incompatível com a rede elétrica do pavilhão. O episódio ocorre dias após a ONU alertar o governo brasileiro sobre riscos estruturais da conferência, incluindo falhas elétricas, problemas de refrigeração, alagamentos e questões de segurança.

O ambiente de incerteza também é alimentado pela multiplicação de propostas paralelas, os chamados road maps, que dividem as prioridades das delegações e dificultam avanços no debate sobre o fim dos combustíveis fósseis e no financiamento para adaptação climática. Diante do impasse, o secretário-geral da ONU, António Guterres, cobrou resultados e reforçou que não há caminho possível sem uma transição energética justa e sem ampliar significativamente os recursos destinados à adaptação até 2030.

Com informações da CNN

Opinião dos leitores

  1. A extrema esquerda tá assumindo o controle TOTAL do Brasil via indicações de ministro do supremo tribunal Federal. Hoje, o STF governa o Brasil sem precisar ser votado pelo povo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Jornalistas do Grupo Globo reagem à escolha de Messias e acusam Lula de usar STF como extensão do governo

 

View this post on Instagram

 

A post shared by Diário 360 (@diario360)

Vídeo: Reprodução/Diário 360

A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal provocou fortes reações dentro do Grupo Globo. Na análise exibida nesta quarta-feira (20), comentaristas afirmaram que o movimento representa uma interferência direta do Executivo no Judiciário, classificando a estratégia como típica de regimes com tendências autoritárias.

Para os comunicadores do grupo, o fato de Lula ter escolhido um aliado de confiança máxima — responsável por defender judicialmente o governo e por sustentar publicamente pautas como a regulação das redes sociais — evidencia uma tentativa de transformar o STF em um espaço alinhado ao Planalto. Eles destacaram que Messias atuou intensamente nas formulações jurídicas que blindam iniciativas do governo federal.

Segundo a crítica, a nomeação não apenas compromete a independência da Corte, como também reproduz um padrão visto em países como Venezuela e Nicarágua, onde presidentes fortaleceram influência sobre tribunais superiores para consolidar poder. Para eles, a escolha sinaliza a continuidade de uma “engrenagem de aparelhamento”.

Em tom contundente, comentaristas afirmaram que colocar um assessor jurídico pessoal no Supremo “é a forma clássica de garantir que o tribunal se torne extensão do governo”.

Com informações do Diário 360

Opinião dos leitores

  1. Esse teve a coragem de falar a verdade do que muitos jornalista não tem, ou não fala para não perde o emprego. A corda Brasil! A ditadura cívil chegou em favor dos poderosos faz tempo, a esquerda ilude o pobre com migalhas e comem milhões.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Lula celebra recuo dos EUA e diz que redução de tarifas reflete “respeito ao Brasil”

 

View this post on Instagram

 

A post shared by BandNews TV (@bandnewstv)

Vídeo: BandNews TV

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (20), que recebeu com satisfação a decisão dos Estados Unidos de retirar a sobretaxa aplicada sobre uma série de produtos brasileiros. Em discurso no Salão Internacional do Automóvel, em São Paulo, Lula disse que a resposta brasileira à pressão tarifária foi “serena” e contribuiu para que Washington recuasse. “Quando veio a supertaxação, muita gente entrou em pânico. Eu não tomo decisão com febre. Se decidir com a cabeça quente, a chance de errar é enorme”, declarou.

Lula afirmou que a postura firme e calma do governo foi determinante para o gesto da Casa Branca. “Hoje estou feliz porque o presidente Trump começou a reduzir as taxações. Isso acontece quando a gente conquista respeito. Ninguém respeita quem não se respeita”, afirmou o petista durante o evento.

A decisão americana, anunciada também nesta quinta (20), elimina a tarifa de importação de 40% sobre itens exportados pelo Brasil. A lista inclui café, chá, frutas tropicais e seus sucos, cacau, especiarias, banana, laranja, tomate e carne bovina. A remoção das tarifas foi oficializada por meio de uma ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump.

No documento, Trump justifica o recuo afirmando ter conversado por telefone com Lula e ter concordado em iniciar negociações para tratar dos problemas abordados no Decreto Executivo 14.323, que havia embasado as tarifas iniciais. Segundo o governo americano, as tratativas seguem em andamento.

Com informações da BandNews

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *