Em 2011 o mundo ficou em choque ao descobrir que a China produziu pílulas com carne humana. Na época, a explicação dada foi que um feto teria sido expelido e embalado em cápsulas em forma de pó e vendido como suplemento alimentar no mercado negro do país.
Agora, um novo esquema milionário ilegal de vendas de pílulas pela internet para a Coreia do Sul foi desvendado e a atenção se volta para a confirmação de presença de carne humana na formulação.
A Internet
Dois chineses com 20 anos de idade foram presos por suspeita de vender pílulas de carne humana na internet. Eles anunciavam para turistas que as pílulas tinham efeito sobre o peso, favorecendo o emagrecimento e teriam sido vendidas a 80 pessoas.
O sistema de inteligência da Coreia do Sul, juntamente com a polícia, apreendeu os dois chineses por violarem leis que regulamentam assuntos farmacêuticos.
Consumo para poucos
Cada comprimido era vendido por um valor equivalente a R$ 40,00 reais. O responsável por vender as “cápsulas de carne humana” negociou, através dos dois chineses presos, mais de R$ 1,2 milhão de reais em transações realizadas via internet. Além disso, as cápsulas não foram vendidas apenas para a Coreia do Sul, mas também para a China.
Cápsulas com 100% de DNA humano
O Instituto Nacional de Ciência Forense da Coreia do Sul analisou a composição química das pílulas de emagrecimento. Os resultados foram aterrorizantes quando os farmacêuticos encontraram 100% de compatibilidade com a sequência de nucleotídeos do DNA humano. Além disso, dezenas de compostos proibidos foram encontrados na formulação.
Consumidores enganados
A publicidade em torno das cápsulas dizia apenas se tratar de um “medicamento eficaz para emagrecimento”. Eles estavam sendo vendidos em um shopping na China e alguns revendedores coreanos compraram lotes para revender no país. Os compradores, ao que tudo indica, não sabiam da composição macabra das cápsulas.
Ainda em circulação
Aparentemente, as pílulas foram fabricadas pelo mesmo grupo que chocou o mundo em 2011. Estima-se que um grande volume tenha sido colocado à venda e que ainda esteja em circulação no mercado negro da Coreia do Sul.
A polícia ainda não tem todos os dados sobre a quadrilha e existem suspeitas que as cápsulas tenham sido distribuídas também no Japão. As autoridades coreanas pedem que ninguém compre ou consuma medicamentos sem estar na rotulagem adequada e proveniente de laboratórios conhecidos.
Estima-se que existam mais de 667 pontos de venda na China e 14 tipos de pílulas.
Jornal Ciência
Fotos: Divulgação
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