Jornalismo

FOTOS: Roberto Carlos é o cara, ainda mais na Urca de Lamborghini conversível

Reportagem sensacional no O Globo desse domingo mostra um pouco da vida do Rei Roberto Carlos no bairro onde reside no Rio, a Urca. Vale a pena ler cada parágrafo.
Roberto Carlos percorre a Urca, onde mora, em seu Lamborghini conversívelFoto: Leo Martins / Agência O Globo
Roberto Carlos percorre a Urca, onde mora, em seu Lamborghini conversível Leo Martins / Agência O Globo

RIO – Quinze para as cinco da tarde de uma terça-feira, o Lamborghini branco vem deslizando rapidamente pela curva fechada que leva à Rua Marechal Cantuária, na Urca. O cara que pilota o arrojado carango veste azul claro, traz uma expressão confiante no rosto e tem os cabelos esvoaçados pelo vento. O ronco barulhento do exclusivíssimo conversível italiano ecoa pelo bairro. Ao longo da rua, alguns comerciantes e transeuntes fazem saudações. O motorista acena de volta, com gestos rápidos. Aquela é a hora do Rei, quando Roberto Carlos passa de repente com seu novo carrão.

Não são nem dois quilômetros, nem cinco minutos diários. Em seu trajeto, Roberto sai de sua cobertura na Avenida Portugal, sempre entre 16h30m e 17h, e dirige até uma portentosa mansão no alto da ladeira da Rua São Sebastião, onde fica seu estúdio. Regressa para casa por volta das 21h. Embora rápida, sua passagem é um ritual cotidiano, uma atração no pacato bairro, onde muitos sabem de cor os carros dele e quase todos têm histórias — verídicas ou míticas — para contar sobre o Rei.

Natural de Campina Grande, Eraldo Silva está à frente do bar e restaurante Urca Grill há oito anos. Atrás do balcão, contemplou, por muitas vezes, Roberto passando a bordo da famosa Mercedes Benz SLC, de 1978. Viu, também, o calhambeque azul, assim como o Cadillac vermelho. De uns três anos para cá, acompanhou seu retorno aos luxuosos esportivos, com os dois Audis R8 conversíveis e o novíssimo Lamborghini Gallardo LP 570-4 Spyder Permormante, adquirido há poucos meses e avaliado em R$ 1,5 milhão (mesma faixa de preço de uma Ferrari). Especula-se no mercado automobilístico que o carro, o mesmo em que o Rei apareceu na abertura de seu especial de fim de ano da TV Globo, seja o único deste modelo no país, importado sob encomenda pelo cantor.

— O pessoal daqui está acostumado. Mas já vi fã tentando parar o carro dele, mulher querendo subir no capô. O segurança vem atrás, em outro carro. Quando ninguém acena, o Rei volta — conta Eraldo. — Quero trazer minha mãe da Paraíba e botar ela sentada aqui de frente, para ver ele passar.

São poucas as pessoas acostumadas a ver um Roberto Carlos no dia a dia. O eletricista Orlando Prado costuma ver dois: além de cruzar com o verdadeiro pelas ruas da Urca, onde trabalha, ele ainda é vizinho, na Lapa, de Carlos Evanney, o mais famoso sósia do Rei.

— Eu saio de casa e vejo a cópia do homem, chego no trabalho, e o original passa de carro. Esse mundo às vezes é engraçado, não é? — indaga o eletricista, que está preparando “um trabalho de crooner com canções de Roberto”.

O primeiro encontro de Orlando com o Rei aconteceu nos anos 60, quando o primeiro trabalhava na antiga “Revista do Rádio”. Depois, o eletricista esbarraria com o cantor por diversas vezes na TV Tupi — que ficava no prédio do antigo Cassino da Urca — e em boates onde trabalhou como iluminador. Enquanto faz reparos na iluminação de uma banca de jornal, ele conta que, recentemente, atravessava distraído a São Sebastião quando o súbito roncar de um Audi R8 vermelho o fez saltar de susto.

— Pô, Roberto. Assim você me mata — ele garante ter dito.

— Olha pra frente, meu camarada! — ele jura ter respondido um bem-humorado Roberto, dando sua tradicional gargalhada, acenando seu característico byyye e pisando forte no acelerador.

Morador da São Sebastião, o engenheiro Pedro Roitman teve alguns encontros com o cantor na estreitíssima rua. Dentro de seu Focus, ele já se viu frente a frente com alguns dos possantes do Rei. Apenas um dos dois podia passar.

— É um pouco inusitado estar nessa situação com o Roberto Carlos. Ele é paciente, mas prefiro manobrar para deixá-lo passar. Da última vez, me enrolei um pouco com outro carro que vinha atrás, ele encostou do lado e disse: “Agora resolve aí, bicho, hehehehe” — imita Pedro.

Ao longo das últimas décadas, o mais adorado e comercialmente bem-sucedido cantor do país foi se tornando um Rei cada vez mais discreto e distante de seus súditos. Pouco a pouco, Roberto Carlos recolheu-se dentro de seus palácios, rodeado por uma corte de funcionários sempre a postos. Desde então, sua única aparição pública, em grande parte dos dias, resume-se ao pequeno trajeto na Urca e às missas dominicais da Paróquia Nossa Senhora do Brasil, a poucos metros de sua casa.

O cantor mudou-se para o bairro em 1980, após se separar da primeira mulher, Nice. Comprou a cobertura do luxuoso prédio Golden Bay para si, e o apartamento de baixo para a mãe, Lady Laura, que morreu em 2010. Ali, viveu com Myrian Rios e depois com Maria Rita, falecida em 1999. A relação de Roberto com o bairro, que acaba de completar 90 anos, é um capítulo à parte. Para alguns estabelecimentos, ele envia CDs; para outros, ingressos de shows. Sabe-se que seu staff de empregados usa os serviços de oficinas, restaurantes, salões de beleza e mercados da região.

Em um dos salões, quando perguntada sobre Roberto, uma manicure morena desconfia:

— Ele sempre fala conosco, mas não posso contar mais nada. Foram eles quem te mandaram aqui, não é? — pergunta, em tom conspiratório.

Em 2009, uma repórter de Cultura de um jornal de São Paulo esperava, relativamente discreta, a passagem de Roberto em frente ao Golden Bay quando recebeu um telefonema de Ivone Kassu, assessora do cantor falecida no ano passado, informando que estava ciente de sua presença. Como ela sabia?

— Meu amor, a Urca cuida de Roberto Carlos — explicou Ivone.

Para o historiador e jornalista Paulo Cesar de Araújo, autor de “Roberto Carlos em detalhes”, biografia non grata pelo Rei e retirada das lojas após um acordo judicial entre ele e a editora Planeta, a Urca, com seu ar de cidade do interior, permite ao cantor uma certa liberdade que outros bairros da cidade não ofereceriam:

— É como se ele mantivesse os pés na suas raízes, conservando de alguma forma o cenário da antiga Cachoeiro de Itapemirim. Além disso, por ser um bairro pequeno e fechado, é mais fácil de controlar. É como se a Urca fosse um universo particular onde ele pode circular relativamente livre. Se fosse Ipanema, Barra ou Copacabana isso seria impossível.

Para alguns comerciantes da Rua Marechal Cantuária, Roberto é um borrão vermelho, azul ou branco, dependendo do carro que usar, passando em frente à porta. Pela pequena entrada da locadora Vídeo Tudo, a mineira Alenir Duarte nem sempre dá a sorte de olhar a rua no exato momento em que Roberto está passando.

— Algumas vezes, aconteceu de o trânsito engarrafar, e ele parar justamente aqui na frente. Em Belo Horizonte, não perdia um baile, na época da jovem guarda. Quando eu poderia imaginar que o Roberto Carlos passaria na minha porta?

Até poucas semanas atrás, a Vídeo Tudo ainda exibia o charmoso letreiro “Abasteça aqui seu Vídeo K7”, que teve que ser retirado para se adequar às novas normas da prefeitura. A locadora existe há 26 anos e é um retrato de um dos lados do bairro, com um ar simples e antigo, como um lugar que parou no tempo. Myrian Rios e Maria Rita eram sócias e alugavam filmes lá. Luiz Abi Saber, marido de Alenir, conta que, certa feita, Roberto teria encomendado e comprado alguns filmes do humorista Mazzaropi, de quem é fã, ainda em VHS. Ele se lembra de quando foi chamado para instalar uma aparelhagem nova de vídeo pré-home theater na casa do Rei:

— Era tudo branco, paredes e móveis. Sóbrio, de uma simplicidade impressionante.

Roberto tem outra admiradora mineira na rua. Seu nome é Suely Cardoso, cabeleireira do salão Só Beleza e moradora do bairro há 40 anos, desde que chegou da pequena cidade de Serra dos Aimorés, com apenas 8,5 mil habitantes. O salão fica de frente para a entrada dos fundos da paróquia, usada muitas vezes pelo Rei para fugir do assédio de fãs e repórteres que o esperam na outra porta da igreja. Foi ali que Suely arriscou e conseguiu a única foto tirada ao lado de seu ídolo. Sua música preferida é “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”.

— Ouvia essa música quando estava começando a namorar o meu marido. A gente cantava ela, foi muito marcante — lembra Suely.

Recentemente, ela estava cortando o cabelo na casa de uma cliente que mora na Rua São Sebastião, ao lado do estúdio do cantor. Pela janela indiscreta, Suely testemunhou Roberto fazendo algo que pouca gente viu até hoje:

— Ele estava com um cortador de grama, ensinando para um rapaz como deveria cortar. Achei engraçado ver o Rei assim, parecia uma pessoa comum, cuidando do jardim — descreve.

Em outro balcão ali perto, Vilma Lira ainda recorda o dia em que Roberto Carlos sentou na primeira classe de um voo da Varig. Por 20 anos, ela foi comissária na empresa gaúcha. Hoje, tem uma distribuidora de gelo e água na Urca. Vilma lembra a simpatia de Roberto, com quem conversou brevemente e aproveitou para fazer uma sugestão:

— Pedi para que ele fizesse uma música sobre aeromoças. Ele tem canções sobre várias profissões e vários tipos de mulheres — conta Vilma, que é fã de “Como é grande o meu amor por você”. — Talvez ele não tenha encontrado uma musa ainda…

O garçom Audálio Aragão também não esquece o encontro que teve com Roberto. Foi em 1986, quando Audálio, hoje no Belmonte, era garçom no restaurante do chef Claude Troisgros, no Jardim Botânico. Ele recita o menu degustação que serviu naquele dia para o Rei, saboreando cada iguaria: musse de agrião, folhado de dourado, sorvete de caju. Lembra também de um Roberto simpático, mas de pouca conversa, e se arrepende de não ter quebrado o protocolo para pedir um autógrafo. Lamenta que a ex-mulher tenha ficado com os LPs do Rei e cita a música “Do fundo do meu coração”: “Se você me perguntar se ainda é seu/Todo meu amor, eu sei que eu/ Certamente vou dizer que sim/Mas já depois de tanta solidão/ Do fundo do meu coração/ Não volte nunca mais pra mim.”

— É que me lembra uma garota — explica, e logo desconversa.

Apesar de ter sido Reginaldo Rossi quem homenageou a classe, nove entre dez garçons parecem ser fãs de Roberto. No Belmonte, ponto de observação privilegiado da rota do cantor, não é diferente. Vindo de Guaraciaba do Norte, Ceará, o maître do bar tem nome de parceiro do Rei — Erasmo — e não apaga da memória a canção “Guerra dos meninos”, que o pai colocava para ele ouvir na infância. Conterrâneo de Erasmo Franklin, o garçom Gilmar Chaves foi o único ali que conseguiu fazer um vídeo de Roberto no Lamborghini.

— Escuta só como faz barulho… A gente já sabe que ele vem vindo quando ainda está lá longe — diz, mostrando a imagem no celular.

Há oito anos no bairro, o farmacêutico Juan Müller garante que, em dezembro, o cantor costumava parar seu Mercedes na porta de um extinto pé-sujo e anunciar “que aquela noite era por conta dele”. Ao que todos os pinguços o saudavam euforicamente. Juan acha que o Rei é um vizinho de bom senso:

— Ele tem a exata noção do impacto que poderia causar na vizinhança e prefere ser discreto.

A paixão de Roberto por carros vem da infância — mesmo assim, ele não quis falar sobre o assunto para esta reportagem. Paulo Cesar conta que, ainda criança, em Cachoeiro, o cantor costumava correr atrás dos automóveis e, curioso, metia-se debaixo dos que estavam estacionados. Batia ponto na oficina da cidade e queria ser mecânico de caminhão, uma paixão pouco acessível, na época.

O biógrafo do Rei contextualiza a história:

— No Natal de 1947, ele tinha seis anos e pediu um Jeep de pedal que viu numa loja, mas o pai só teve como dar uma miniatura de madeira. O Roberto já declarou que esse gosto por colecionar carros é uma forma de compensar tudo o que ele não pôde ter na infância.

Roberto só conseguiu comprar o tão sonhado carango após emplacar o primeiro sucesso, “Splish splash”, em 1963. Era um fusquinha 1960 bege, usado. Ainda que modesto, foi um passo importante para o rapaz que ainda trabalhava como datilógrafo numa repartição no Centro do Rio.

Em seguida, ele emplacou seu primeiro hit automobilístico, “Parei na contramão”, parceria com Erasmo Carlos. Juntos, vieram o sucesso nacional e a primeira “máquina quente”: um Chevrolet Bel Air, com o qual sofreu um grave acidente ao volante, resultando na morte do empresário Roberto de Oliveira, que o acompanhava.

O estrelato trouxe os Mercedes, o Jaguar e até uma limusine, formando uma frota particular cheia de grifes. Roberto cantou a velocidade em sucessos como “O calhambeque”, “As curvas da estrada de Santos” e “120… 150… 200km por hora”, e pilotou carrões em filmes como “Roberto Carlos em ritmo de aventura” e “Roberto Carlos a 300km por hora”, no qual interpretava um mecânico de Fórmula 1 que sonhava ser uma estrela das pistas. Uma curiosidade revelada no livro de Paulo Cesar: ainda nos anos 60, uma menina de 11 anos enviou uma carta ao então prefeito de São Paulo, Faria Lima, pedindo a prisão de Roberto, pois acreditava que só assim ele não terminaria como James Dean, morto, ainda jovem, num acidente.

— O universo do rock, desde o início, falava de carros, garotas e velocidade. Está em Chuck Berry, em Elvis, nos Beatles. Além disso, não podemos nos esquecer que Roberto era adolescente na década de 50, época da consolidação do automóvel como sonho de consumo urbano no Brasil — explica Paulo Cesar.

Estamos numa quinta-feira, e Roberto passa novamente a bordo de seu Lamborghini, agora fazendo a curva que leva da Marechal Cantuária à subida da São Sebastião. Vem no mesmo horário, só que mais rápido, como se estivesse com pressa. A rua está livre.

Alguém grita:

— Meu Rei!

O cantor, que no passado parou na contramão e homenageou as curvas da estrada de Santos, acena rapidamente e… zuuum. Quem viu, viu; quem não viu, quem sabe amanhã?

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/roberto-carlos-esse-carro-sou-eu-7199549#ixzz2HCLOtLNp
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Opinião dos leitores

  1. "Esse é o Cara" – sou fã desde de 1966 quando vi pela primeira vez aqui em Natal e nunca mais deixei de ir aos seus shows. Parabéns a todos nós Brasileiro pelo elegante e ético cantor e compositor representando nosso Brasil aqui e em todo o mundo.

  2. Bruno, que reportagem sensacional. Lí toda com paciência e fiquei com raiva quando terminei. Sou fã do rei e indiscutivelmente ele "É O CARA". Parabéns.

  3. Este CARA sim pode desfilar de LAMBORGHINI. Os daqui de Natal nao aguentam nem 30 minutos de fiscalizaçao da receita em cima deles.

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Mundo

“Não estamos sozinhos no cosmos”, diz ex-oficial de Defesa dos EUA em audiência sobre Ovnis.

Novas imagens de objetos voadores não identificados liberadas pelo Pentágono foram exibidas na reunião no Congresso dos EUA.

Fonte: Metrópoles

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Brasil

Moraes pede apoio na regulamentação das redes sociais após explosões em Brasília

Foto: Agência Brasil

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes afirmou, nesta quinta-feira (14), que casos como o das explosões em Brasília refletem a necessidade de regulamentação das redes sociais.

As declarações foram dadas por Moraes em evento do Ministério Público. Na noite de quarta-feira (13), um carro explodiu no anexo 4 da Câmara dos Deputados. Segundos depois, um homem jogou explosivos em frente ao STF. Um deles acabou matando ele mesmo.

“As autoridades públicas, aqueles que defendem a democracia, devem decidir exatamente para que haja responsabilização, para que haja uma regulamentação das redes sociais. Não é possível mais esse envenenamento constante pelas redes sociais”, disse o magistrado.

Francisco Wanderley Luiz, candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL em 2020, foi identificado como o homem-bomba. Na opinião de Moraes, atitudes como essas tiveram início com grupos que usavam as redes sociais para atacar instituições.

“Não é isolado de contexto”

Para Moraes, o ato de quarta-feira “não é isolado de contexto”. “Se iniciou lá atrás, quando gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra instituições”. Assim, as pessoas começaram a vir a Brasília “porque foram instigadas por pessoas com altos cargos a atacar”.

“O mundo todo está regulamentando [as redes sociais]. Para que, com isso, aí sim, pacificar o país, voltar a normalidade, sem criminosos querendo, dia após dia, atentar contra a democracia”, completou.

Fonte: R7

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Mundo

Aliados de Trump pressionam órgão internacional a agir contra Moraes

Foto: Agência Brasil

Congressistas norte-americanos aliados do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciaram uma nova ofensiva contra o ministro Alexandre de Moraes (STF). Quatro lideranças do Partido Republicano enviaram um ofício à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e, empoderados com a mudança na Casa Branca, ameaçaram cortar verba do órgão internacional caso não tome ações contra o magistrado.

A carta endereçada nesta quinta-feira (14/11) é assinada pelos deputados Christopher H. Smith, Maria Elvira Salazar, Darrel Issa e Carlos A. Gimenez. No documento, eles apontam uma “contínua situação no Brasil”, com relação às ações de Moraes sobre a rede social X, o antigo Twitter. Os congressistas dizem que as decisões afetariam “milhares de brasileiros, assim como cidadãos estadunidenses que vivem ou possuem negócios no país, assim como uma companhia americana”.

O documento foi endereçado à presidente da CIDH, Roberta Clarke, e ao relator especial de liberdade de expressão do órgão, Pedro José Vaca Villarreal. De acordo com os deputados, em maio deste ano eles foram ignorados ao solicitar informações sobre quais ações o subcomitê da CIDH tomou em relação às denúncias de violação à liberdade de expressão.

“Desde então, a situação no Brasil piorou consideravelmente, como visto no bloqueio ilegítimo da plataforma X no país, com Alexandre de Moraes declarando sua intenção de cercear o discurso político protegido por leis internacionais de direitos humanos”, diz um trecho da carta. “Apesar de o funcionamento do X ter sido restaurado, isso só aconteceu após as eleições, com a plataforma coagida em compliance”, concluíram os parlamentares sobre a rede social de Elon Musk.

No documento, os republicanos, que serão maioria tanto na Câmara quanto no Senado dos EUA a partir do ano que vem, afirmam: “É nosso dever supervisionar o gasto dos pagadores de impostos, incluindo o desembolsado para a Comissão e o relator especial. Vamos permanecer atentos às suas respostas, elas irão informar nossas futuras ações e postura diante de pedidos orçamentários para esse propósito”.

Em 2023, o governo dos Estados Unidos destinou US$ 7,3 milhões, por meio de um fundo, à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Eles pedem que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e o relator especial de liberdade de expressão informem quais ações o órgão tomou para “monitorar e ajudar a terminar essa flagrante conduta”.

Visto de Alexandre de Moraes nos EUA

Darrel Issa e Maria Elvira Salazar, que assinam a carta à CIDH, protocolaram um projeto que impede a entrada nos EUA de qualquer autoridade estrangeira que “promova censura contra cidadãos americanos”. A proposta foi uma reação ao bloqueio do X pelo STF.

“O ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil Alexandre de Moraes é a vanguarda de um ataque internacional à liberdade de expressão contra cidadãos americanos como Elon Musk”, disse Salazar na ocasião.

Pressionado a recuar nos inquéritos que miram Jair Bolsonaro e aliados do ex-presidente, Moraes tem dito que em nada mudará a sua forma de atuar no Supremo.

Fonte: Metrópoles

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Brasil

STF recebe e-mails anônimos que chamam o homem-bomba de “mártir”

Hugo Barreto/Metrópoles

Nas últimas 24 horas, desde o atentado desta quarta-feira (14/11), no qual um homem se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Corte recebeu e-mails anônimos enaltecendo o ataque de Francisco Wanderley Luiz, 59 anos. O homem era dono de um carro que explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, mantinha bombas em uma casa alugada em Ceilândia (DF) e se matou vestindo uma roupa com naipes de baralho em suposta alusão ao Coringa.

Os e-mails são, em sua maioria, da plataforma Proton Mail, que tem como promessa o anonimato do usuário. Em um dos 8 e-mails recebidos, o homem-bomba é colocado como mártir.

“Esclarecemos que Francisco Luiz, agora no céu junto com o pai, foi apenas um dos inúmeros mártires de nossa luta contra vós, a escória satânica do STF”, diz um dos e-mails mandados para o Supremo.

Durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (14/11), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, responsável pelas explosões na Praça dos Três Poderes, tinha ainda intenção de “matar ministros da Suprema Corte” e que seu alvo principal era Alexandre de Moraes.

Segundo o diretor-geral da corporação, esse não foi um fato isolado e se conecta com outras investigações da PF, como o inquérito sobre os atos golpistas do 8 de Janeiro.

“[O caso] Mostra a vinculação desses grupos radicais que culminam nessa barbaridade que acontece ontem, na tentativa de matar ministros da Suprema Corte, e também que culminou nesse lamentável episódio do suicídio dessa pessoa”, disse Andrei Rodrigues, ao citar uma mensagem deixada para uma bolsonarista presa pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, no espelho da casa que o homem-bomba alugava em Brasília.

Andrei Rodrigues confirmou que o alvo principal do atentado era o ministro da Suprema Corte Alexandre de Moraes. “Parece que essa pessoa queria entrar no prédio do Supremo, não conseguiu e, por isso, resolveu fazer o que fez”, afirmou.

Medidas

Após e-mails e apurações, o STF vai recrudescer a segurança da Corte. Grades já foram instaladas ao redor do prédio. A Polícia Judiciária seguirá na segurança e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) manterá uma viatura e uma van em frente à Corte.

Além disso, serão analisadas medidas para fechar os estacionamentos próximos à Corte, em medida que depende de negociação com Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Fonte: Metrópoles

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Brasil

Campos Neto diz que fim do 6 X 1 é “bastante prejudicial”

Foto: Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta 5ª feira (14.nov.2024) que uma eventual redução na jornada de trabalho prejudica o trabalhador. Ele afirmou que a mudança iria aumentar o número de empregos informais, além de deixar o custo de contratação mais caro.

O tema ganhou força nas redes sociais por causa de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que propõe acabar com a jornada de 6 dias de trabalho e 1 de folga, conhecida como 6 X 1.

“É um projeto que acho bastante prejudicial para o trabalhador, porque no final vai aumentar o custo de trabalho, a informalidade e diminuir a produtividade”, declarou o chefe do Banco Central em uma palestra do Fórum Liberdade e Democracia de Vitória.

Campos Neto falou sobre o assunto depois de comentar o efeito da flexibilização promovido pela reforma trabalhista na criação de empregos. A reforma permitiu que se trabalhasse até 12 horas por dia, desde que o limite de 44 horas semanais seja respeitado.

“A gente precisa continuar avançando nessas reformas e entender que no final das contas, aumentando a obrigação dos empregadores, não melhoramos o direito dos trabalhadores. Tem essa ilusão de curto prazo que se mostra contrária no médio e longo prazo”, disse.

FIM DO 6 X 1
A PEC que propõe acabar com a jornada de trabalho 6 X 1 ultrapassou o número exigido de assinaturas de deputados nesta 4ª feira (13.nov). O documento tem 194 assinantes, superando o mínimo de 171 assinaturas para ser protocolada na Câmara.

O projeto pretende reduzir a jornada para 36 horas semanais, com a manutenção da carga horária diária de 8 horas. Atualmente, a Constituição Federal define uma jornada de 8 horas diárias, com carga semanal total de 44 horas. A autora da PEC é a deputada Erika Hilton (Psol-SP). Ela apresentou o projeto na Casa Baixa no dia 1º de maio. Eis a íntegra (PDF – 175 kB).

A PEC surgiu da demanda do movimento VAT (Vida além do Trabalho). O movimento popular foi fundado pelo vereador Rick Azevedo (Psol-RJ) e foi a sua principal bandeira de campanha nas el

Eleições municipais de 2024. O político de 1º mandato também articulou a PEC em conjunto com a deputada.

Fonte: Poder 360

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Brasil

“Não escutava conselhos”, diz irmã de homem que se explodiu no DF

Reprodução/ Facebook

A dona de casa Sônia Regina, de 66 anos, conta que seu irmão caçula, Francisco Wanderley, de 59 anos e chaveiro, era uma pessoa aventureira e obcecada pelo que queria. Ele tentou diversos tipos de negócios em busca de realização pessoal, sem se preocupar com a opinião alheia.

“Ele sempre esteve em busca de realizações, mas também não escutava conselhos da gente”, resume a irmã, em entrevista ao Metrópoles.

Tïu França, como era conhecido, se explodiu na frente da escultura da Justiça, na praça em que fica o Supremo Tribunal Federal (STF), na noite da última quarta-feira (13/11). Nas redes sociais, ele manifestava opiniões extremistas e anunciou que cometeria um atentado contra autoridades, que ele chamava de “comunistas”.

Nos últimos anos, o chaveiro de Rio do Sul (SC) se envolveu muito na política, se transformando em um apoiador ferrenho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), participou de acampamentos golpistas contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Ele viajava muito para Brasília, tirava fotos abraçando o Bolsonaro e outros políticos”, lembra a irmã mais velha, que atualmente vive no Paraná.

Família suspeitava
O radicalismo político de França se intensificou depois de ele viver problemas financeiros e amorosos. Ele teria perdido dinheiro por causa de uma enchente que destruiu um imóvel seu e, além disso, se separou da segunda esposa. Durante um aniversário com familiares, teria chegado ao ponto de sugerir que poderia se matar.

Familiares já temiam que ele tentasse tirar a própria vida, mas a forma como aconteceu chocou a todos. “Não foi surpresa para nós, mas jamais imaginei que ele ia fazer da maneira que foi. Minha irmã já estava preocupada, porque ele deixou no ar a intenção de suicídio”, explica Sônia. “Eu dormi chorando. Eu acho que a gente estava semi-preparado. Eu acabei acreditando que era verdade, que não foi um sonho”.

O corpo de França foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) após vários testes de segurança anti-bomba, que incluíam o uso de robôs. Era por volta das 19h30 quando ele arremessou um objeto contra a escultura e em seguida explodiu a própria cabeça. O carro dele, que também explodiu, e um trailer com explosivos foram deixados em estacionamentos da Esplanada dos Ministérios.

Familiares já estão sendo ouvidos pela Polícia Federal (PF), que investiga o caso. Uma das linhas de apuração é a ligação entre o atentado e os atos golpistas de 8 de janeiro, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes.

Fonte: Metrópoles

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Brasil

Justiça absolve as empresas Samarco, Vale e BHP Billiton no caso do rompimento da barragem em Mariana

Gustavo Basso/NurPhoto via Getty Images

A Justiça Federal absolveu, nesta quinta-feira (14/11), as empresas Samarco, Vale e BHP Billiton em ação penal sobre o rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015. A decisão do Tribunal Regional Federal da 6ª Região de Ponte Nova apontou falta de provas suficientes para responsabilização criminal. O desastre impactou cerca de 1,5 milhão de pessoas direta ou indiretamente, sendo que 19 perderam a vida.

Além das empresas Samarco Mineração S/A, Vale S/A e BHP Billiton Brasil Ltda., 21 executivos e técnicos foram absolvidos. O caso foi arquivado “devido à falta de comprovação de atos individuais que determinassem a responsabilidade criminal direta pelo desastre”, de acordo com o tribunal.

Os réus incluíam executivos como Ricardo Vescovi de Aragão, Kleber Luiz de Mendonça Terra, Germano Silva Lopes e Wagner Milagres Alves, entre outros.

O julgamento tinha como objetivo responsabilizar a mineradora anglo-australiana BHP Billiton pelo ocorrido. Ao lado da brasileira Vale, a BHP é acionista igualitária da Samarco, a empresa que controlava a barragem quando o rompimento aconteceu, em 5 de novembro de 2015.

De acordo com o tribunal, “embora não haja condenação criminal, as empresas firmaram um acordo cível histórico em 25 de outubro de 2024, comprometendo-se a destinar recursos bilionários para a reparação dos danos causados”.

“Após uma longa instrução, os documentos, laudos e testemunhas ouvidas para a elucidação dos fatos não responderam quais as condutas individuais contribuíram de forma direta e determinante para o rompimento da barragem de Fundão. E, no âmbito do processo penal, a dúvida – que ressoa a partir da prova analisada no corpo desta sentença – só pode ser resolvida em favor dos réus”, declarou a juíza Patricia Alencar.

Segundo o portal Deutsche Welle, parceiro do Metrópoles, o Ministério Público Federal (MPF) vai recorrer da decisão. Em outubro de 2016, os promotores do MPF denunciaram as quatro empresas e 22 pessoas físicas, 21 das quais foram denunciadas por homicídio qualificado, inundação, desabamento, lesões corporais graves e crimes ambientais.

Processo internacional
Na Justiça britânica, desde 2018, tramita um processo movido por 620 mil pessoas, 46 municípios e 1,5 mil empresas afetadas no Brasil. O grupo pede indenização de R$ 230 bilhões, numa das maiores ações coletivas da história. Entre os requerentes estão também instituições religiosas, comunidades indígenas e quilombolas.

De acordo com o escritório internacional Pogust Goodhead, ao Metrópoles, a “ação em Londres está em curso e tem revelado, dia após dia, com farta documentação, a completa negligência das empresas envolvidas que culminaram nesta tragédia”.

“A Justiça inglesa vai julgar a responsabilidade civil, não criminal, com a devida reparação às vítimas em caso de condenação da BHP. A questão penal é uma prerrogativa da justiça brasileira, sobre a qual não nos cabe comentar”, informou em nota.

Segundo o escritório, a tragédia “causou danos socioambientais sentidos até os dias atuais”.

Fonte: Metrópoles

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Brasil

“País à deriva”: Caiado culpa Lula por ataque de homem-bomba no STF

Foto: Reprodução

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que as explosões que ocorreram na Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira (13/11) constituem o retrato de um “país que está à deriva”. Segundo o Caiado, o Governo Federal, comandado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é o culpado do atentado que deixou uma pessoa morta. A publicação foi feita nesta quinta-feira (14/11) no X.

“É o que tenho dito há alguns meses: com a falta de comando no país, na ausência de um líder forte, o extremismo e o crime organizado avançam. Num dia, faccionados se acham no direito de assassinar à luz do dia em pleno Aeroporto Internacional de Guarulhos. Três dias depois, assistimos, incrédulos, atentados contra a vida e a ordem, em atos terroristas na Suprema Corte e no Congresso Nacional“, publicou o governador em suas redes sociais.

Opositor do governo de Lula, Caiado diz que o Governo Federal é “fraco e apático”, além de afirmar que a gestão se ajoelha diante do avanço do crime organizado e do extremismo.

“A verdade é que temos um Governo Federal fraco e apático, que se omite diante dos problemas mais graves que afligem o povo brasileiro e se ajoelha diante do avanço do crime organizado e do extremismo”, disse Caiado.

O governador do Goiás complementou dizendo que, se medidas duras e enérgicas não forem tomadas, o crime organizado pode se espalhar mais e dominar a sociedade, levando ao caos e à perda de controle.

“É preciso agir de forma dura e enérgica, sob pena de nos transformarmos num país comandado pelo crime organizado e pela desordem”, finalizou Caiado.

Fonte: Metrópoles

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Brasil

Atentado “reforça necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, diz Barroso

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso. Foto: Agência Brasil

presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, comentou pela primeira vez nesta quinta-feira (14) os ataques à bomba na Praça dos Três Poderes.

Para Barroso, o ataque reforça a necessidade de “responsabilização de todos que atentem contra a democracia”.

Em discurso institucional, Barroso ainda falou que a sociedade precisa refletir sobre os acontecimentos recentes.

“No curso das apurações, nós precisamos – como país e como sociedade – fazer uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós. Onde foi que nós perdemos a luz da nossa alma afetuosa, alegre e fraterna para a escuridão do ódio, da agressividade e da violência?”, disse o ministro.

O presidente do STF também agradeceu às forças de segurança pela atuação “correta e corajosa” ao lidar com a situação.

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Geral

Álvaro Dias e Paulinho Freire abrem trabalhos de transição na Prefeitura de Natal

Fotos: Cedidas

Em reunião promovida na tarde desta quinta-feira (14), na Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU), a comissão formada para a transição administrativa da Prefeitura de Natal deu início aos seus trabalhos. Com participação do atual prefeito, Álvaro Dias, e do prefeito eleito Paulinho Freire, o primeiro encontro do grupo teve a apresentação do cronograma de atividades. A vice-prefeita eleita e atual secretária municipal de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Joanna Guerra, e o deputado estadual licenciado, Adjuto Dias, vão dividir a coordenação do processo.

Em sua participação, o prefeito Álvaro Dias declarou que vai acompanhar as ações da comissão de transição e se colocou à disposição, junto com sua equipe na Prefeitura, para contribuir com os dados que forem solicitados. “Temos certeza de que os trabalhos acontecerão de forma produtiva e sem nenhum tipo de dificuldade, tendo em vista a integração que existe na equipe nomeada para participar das ações”, pontuou o prefeito.

Paulinho Freire abriu a reunião e pediu empenho ao grupo para que a passagem entre as duas gestões alcance os melhores resultados. “Participem com afinco para termos um retrato fiel da administração que nos permita tornar a máquina pública cada vez mais eficiente e trazer inovações para a Prefeitura. Assim, teremos condições de prestar um trabalho cada vez melhor para a população”, destacou Paulinho, que reiterou a confiança no grupo da transição.

A equipe conta com 55 membros, sendo 30 indicados pelo atual prefeito e 25 pelo seu sucessor eleito. Designada por Paulinho Freire como porta-voz da comissão, a coordenadora Joanna Guerra apresentou durante a reunião as diretrizes e o calendário dos trabalhos. Aproveitou para solicitar os primeiros documentos e informações de algumas secretarias do Município.

A partir da próxima segunda-feira (18), serão promovidas reuniões temáticas com as áreas administrativas da Prefeitura. As primeiras vão abranger as pastas de finanças, com assistência social, educação e saúde vindo na sequência.

Joanna Guerra explicou que a transição em Natal seguirá as linhas já estabelecidas na resolução do Tribunal de Contas do Estado (TCE) — que traz normas sobre a passagem entre gestões públicas — e no decreto que o próprio prefeito Álvaro Dias emitiu no último dia 8, com medidas internas da gestão que orientam o processo.

A coordenadora antecipou a meta de apresentar relatórios conclusivos ao futuro prefeito até o fim de dezembro. “Reiteramos o nosso compromisso de fazermos bem a nossa parte na transição, para melhorar os procedimentos administrativos e realizar serviços ainda mais eficientes para a população. Queremos manter na futura administração de Paulinho Freire o mesmo padrão de avanço e desenvolvimento que marca a gestão do prefeito Álvaro Dias”, destacou Joanna Guerra.

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