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O Gabinete Civil do Governo do Rio Grande do Norte fechou um contrato de R$ 222 mil com a empresa Luciene C. de A. e Silva ME. O valor é referente ao serviço de confecção de arranjos, buquês e coroas de flores, além da ornamentação de ambientes. O custo será dividido em 12 parcelas de R$ 18.513,00, tempo em que o serviço terá duração.
O contrato foi divulgado na edição deste sábado (12) do Diário Oficial do Estado e traz a assinatura do secretário adjunto do Gabinete Civil, Francisco Galbi Saldanha, que já foi o responsável titular desta pasta no início do governo Rosalba Ciarlini (DEM).
Em contato com O Jornal de Hoje, o deputado estadual Fernando Mineiro, do PT, ressaltou a necessidade do Governo detalhar esse contrato, se houve licitação e qual a necessidade de um gasto deste valor em ornamentação.
“É preciso esclarecer, dar mais detalhes. Se é para todas as repartições, se é só para o Gabinete Civil. Muitas vezes, ‘pequenos’ gastos como esses, acabam se somando e tornando valores altos e prejudicando a situação das contas públicas”, analisou Mineiro.
Atualmente, o secretário do Gabinete Civil é o próprio marido da gestora, o ex-deputado Carlos Augusto Rosado (DEM). Além de Galbi Saldanha, também consta a assinatura da proprietária da empresa contratada, Luciene Cristine de Araújo e Silva.
A notícia de que o governo disponibilizou R$ 222 mil para a compra de arranjos e buquês de flores surge em meio a constante reclamação do Governo de que faltam recursos para viabilizar projetos cobrados pela população. Em um passado recente, por exemplo, a gestão estadual deixou de repassar o valor estabelecido do duodécimo para o Tribunal de Justiça e o Ministério Púlico, justamente, porque faltavam recursos financeirospara isso.
A reportagem de O Jornal de Hoje apurou que o secretário adjunto do Gabinete Civil tem autoridade para assinar e decretar gastos como o citado acima. Galbi é considerado um homem de confiança do casal Rosalba-Carlos Augusto. Servidor público de carreira, o auxiliar teria conhecido o atual titular do Gabinete Civil nos seus tempos de deputado estadual, na Assembleia Legislativa.
Esta reportagem entrou em contato com a Assessoria de Imprensa do governo do RN mas, até o fechamento desta edição, não havia recebido nenhum retorno.
Pra saúde, educação, segurança e outras coisas realmente importantes sempre falta dinheiro. Já para essas superficialidades nunca falta, não é?