Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira (27) que foi “protagonista” na reunião que sinalizou alta da taxa básica, a Selic, em dezembro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia atribuído, em 20 de março, a decisão ao ex-presidente da autoridade monetária Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro (PL).
“Eu já tinha dito que o Roberto Campos [Neto] havia sido generoso de, já na última reunião [de 2024], pudesse permitir que eu pudesse assumir um papel maior de protagonismo ao longo da discussão daquela reunião do Copom. Para além disso, todos os diretores têm autonomia e, em todos os meus votos e em todos os votos dos diretores, está lá expresso o que é a consciência e a visão de cada um dos diretores”, disse Galípolo.
Haddad disse, em 20 de março, que o Banco Central não poderia fazer um “cavalo de pau” na política monetária com a saída de Campos Neto.
Galípolo apresentou nesta 5ª feira (27.mar.2025) o Relatório de Política Monetária. A autoridade monetária diminuiu de 2,1% para 1,9% a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2025. Na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o BC disse que a desaceleração da economia é “elemento necessário” para levar a inflação para a meta de 3%.
O intervalo da meta é de 1,5% a 4,5%. A taxa do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 5,06% em fevereiro. Segundo o BC, deverá subir para 5,6% em março e ficar próxima de 5,5% nos próximos meses.
Na última reunião do Copom, os diretores do BC subiram a taxa básica, a Selic, para 14,25% ao ano. Sinalizaram que o juro base vai subir no próximo encontro, de maio, mas em “menor magnitude”.
Poder 360
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