Política

Governo Lula bloqueia verba para alfabetização, transporte escolar e bolsas de estudo

Foto: GUGA MATOS/ACERVO JC IMAGEM

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bloqueou a liberação de recursos públicos para a educação básica, alfabetização de crianças, transporte escolar e bolsas de estudo na mesma semana em que lançou um programa de ensino em tempo integral. A decisão atraiu críticas e cobranças ao ministro da Educação, Camilo Santana.

A tesourada no Ministério da Educação soma R$ 332 milhões e mexeu em várias ações tocadas pela pasta. O valor atingiu principalmente a educação básica (R$ 201 milhões), incluindo todo o recurso programado para o desenvolvimento da alfabetização (R$ 131 milhões) nessa área, conforme levantamento da Associação Contas Abertas com dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop).

Também foram atingidas verbas para a compra de veículos do transporte escolar (R$ 1 milhão) e bolsas de pesquisa no ensino superior (R$ 50 milhões).

O bloqueio significa que o dinheiro só vai ser liberado se o governo verificar que não há risco de descumprir o teto de gastos, regra fiscal em vigor, e não é possível afirmar quando isso vai acontecer. Na prática, as escolas ficam sem a garantia de receber todo o repasse esperado.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Ixe, antes isso seria “bloqueio e corte”. Motivo de manifestações, quebra quebra, paralizações nas escolas, escândalo de professores e diretores de escolas e noticiário de 5 em 5 minutos na mídia de massa (dos manobrados). Hoje é só uma contingência para estancar sangria. Çey. FAZUÉLI

  2. Se isso fosse uma medida adotada pelo pelo Bolsonaro….Na mesma hora haveria uma grande movimentação do meio acadêmico e estudantil….Mas, como foi o Lula….Tudo pode!!!

  3. Isso chama-se “estancar a sangria” e apesar da notícia ser veiculada de maneira a dar a entender que o presidente Lula quer todo mundo burro, nada mais é do que direcionar a verba de maneira correta.
    E isso deverá acontecer em todas as pastas dos ministérios.
    Bem diferente de outro (des)governo alí, que só no cartão corporativo pagou até conta de cabaré!!!
    Parabéns ao Lula e deixe quem quiser que fale…ou relinche igual a jumento!
    Cuidado que inveja mata!!

    1. Eu gosto assim: quanto mais Lula bota sem cuspe,mais essas putinhas gritam.

    2. Por que não estancar os repasse para os deputados, não seria melhor?

    3. Quem relincha é jumento e isto é o que não falta na petralhada…

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Brasil

Brasil tem maior ‘imposto único’ do mundo

Foto: Jefferson .Rudy/Agência Senado

A confirmação do relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), de que o imposto único será de 28,1%, faz do Brasil o país com a maior taxa do mundo. Para piorar, o “imposto único” não é único: foram aprovados o CBS, estadual, o IBS federal, e o IS, imposto seletivo, o “imposto do pecado”. A “alíquota padrão” de 28,1% põe o Brasil à frente da Hungria (27%), Finlândia (25,5%) Croácia, Dinamarca, Noruega e Suécia, (25%). Na ditadura militar do Chad, por exemplo, são 18%. a informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Na ditadura de Maduro na Venezuela, o IVA ou VAT é de 16%. Na China é de 6% a 13%; na Nigéria, com população quase igual ao Brasil, 7,5%.

Irlanda, Polônia e Portugal impõem 23% de imposto único aos residentes, o que representa taxa quase 20% menor que a brasileira.

Paraguai é o único do continente com imposto honesto: 10%. O Uruguai é o maior depois do Brasil, 22%, diz a PwC, maior consultoria do mundo.

Diário do Poder

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Brasil

Ministro das Comunicações disse que país vive “fase aguda” de especulação

Valter Campanato/ Agência Brasil

O ministro das Comunicações, Paulo Pimenta, disse ontem que o Brasil vive uma “fase aguda” de especulação por parte do mercado. Segundo ele, o capital especulativo “sempre aposta no caos e contra o governo”. Pimenta reforçou que os grandes números da economia estão excelentes e elogiou o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O ministro das Comunicações, Paulo Pimenta, disse ontem que o Brasil vive uma “fase aguda” de especulação por parte do mercado. Segundo ele, o capital especulativo “sempre aposta no caos e contra o governo”. Pimenta reforçou que os grandes números da economia estão excelentes e elogiou o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Temos certeza que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad sabe o que está fazendo para garantir estabilidade econômica com o Brasil continuando a crescer, distribuindo renda e garantindo a melhoria de vida da população que mais precisa”, disse em entrevista à Record TV. “Lula não foi eleito para agradar ao mercado ou para ser um agente do mercado, foi eleito para trazer dignidade para a maioria do povo brasileiro”, emendou.

Em meio às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à comunicação do governo, Pimenta afirmou que a Secretaria de Comunicação (Secom) vai lançar duas campanhas na semana que vem, uma relacionada ao fim do ano e outra sobre as medidas econômicas que o governo encaminhou ao Congresso. “Já estão prontas, e vamos veicular a partir da semana que vem. Todo o planejamento do trabalho de fim de ano está sendo feito com absoluta tranquilidade”, disse o ministro.

CNN Brasil

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Brasil

Mais da metade dos brasileiros não se vê usando dinheiro em espécie em 5 anos, mostra BC

Wilton Junior/Estadão Conteúdo/28.08.2017

O número de brasileiros que acreditam que não vão utilizar dinheiro em espécie nos próximos anos aumentou. A pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, divulgada pelo Banco Central, apontou que 53,4% das pessoas não se veem usando essa forma de pagamento daqui a cinco anos. Em 2021, 39,6% dos entrevistados pensavam assim.

O levantamento ouviu 1.000 pessoas e 1.000 estabelecimentos comerciais, tem nível de confiança de 95%, margem de erro de 3,1% e foi conduzida entre 28 de maio e 1º de julho deste ano.

Segundo o relatório, 31,6% dos brasileiros acham que vão continuar pagando com dinheiro, mas com menor frequência, enquanto 8,7% afirmaram que a frequência deve ser a mesma da atual. Apenas 3,4% disseram que devem usar as cédulas com ainda mais frequência daqui a cinco anos.

O estudo mostra que o dinheiro em espécie ainda se faz presente na vida dos brasileiros em 2024. Ao todo, 67,6% das mulheres e 70,5% dos homens utilizam as cédulas como forma de pagamento.

Entre a população de baixa renda, o uso do dinheiro ainda é maior. Segundo o BC, 75% das pessoas que recebem até dois salários mínimos, e 69% entre os que ganham entre dois e cinco salários mínimos, utilizam essa forma de pagamento.

Quando a renda aumenta um pouco, o uso do dinheiro em espécie se torna menos frequente: 59,4% das pessoas que ganham entre cinco e dez salários mínimos, e 58,3% das que recebem mais de 10 salários mínimos, utilizam notas e/ou moedas.

O uso do dinheiro físico também é maior entre os idosos. De acordo com o levantamento, 72,7% das pessoas que têm 60 anos ou mais o utilizam. Esse percentual cai para 68,6% entre aqueles que têm entre 16 e 24 anos.

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R7

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Brasil

Empreiteiras renegociam acordos e buscam obras públicas 10 anos após Lava Jato

Reprodução 

Multas bilionárias, programas robustos de compliance, abertura do mercado brasileiro para estrangeiros, mudança de nomes, recuperações judiciais, empreiteiras que diminuíram para um décimo do tamanho que tinham e traumas que persistem até hoje na assinatura de contratos de obras públicas.

Deflagrada há dez anos, a Lava Jato provocou uma revolução no setor de infraestrutura e construção pesada no Brasil. Seus efeitos persistem até hoje, enquanto as grandes empresas voltam à arena pública após assumirem responsabilidade em esquemas de corrupção.

O retorno mais recente ocorreu na sexta-feira (15), quando empresas dos grupos Andrade Gutierrez e Novonor (ex-Odebrecht) apareceram mais bem posicionadas no leilão de retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima —um dos pivôs da operação.

As companhias haviam sido reabilitadas em julho do ano passado a disputar contratos da Petrobras, depois de serem vetadas em meio às condenações por crimes de corrupção.

O retorno às obras públicas é considerado crucial para a sobrevivência do setor, avaliam especialistas, uma vez que as empresas têm operado no prejuízo e muitas pediram recuperação judicial (caso da Odebrecht, UTC e OAS) ou até entraram em processo de falência —como a Coesa, braço da OAS, que depois teve a falência revertida pela Justiça.

O faturamento do setor caiu mais de 80%, segundo o Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura), enquanto as empresas venderam subsidiárias e grande parte das operações.

A Odebrecht, por exemplo, se desfez da Atvos (biocombustíveis) e Ocyan (óleo e gás) e tenta vender sua parte na Braskem (petroquímica). O grupo resolveu concentrar suas operações na OEC, braço de engenharia da empresa, que terminou 2022 (dado fechado mais recente) com faturamento de R$ 4,7 bilhões. Em 2015, um ano antes de anunciar colaboração com a Lava Jato, a empresa faturou R$ 55,9 bilhões.

A Camargo Corrêa, que virou grupo Mover, vendeu o controle das Alpargatas, dona das Havaianas.

“Ao contrário do que se pensava, as pequenas não se tornaram médias, as médias não se tornaram grandes e as grandes não desapareceram, [mas] diminuíram de tamanho, e muito”, diz Claudio Medeiros, presidente do Sinicon.

Em meio a essa crise, sete empreiteiras que fecharam acordos bilionários com a CGU (Controladoria-Geral da União) e não conseguem pagar foram a Brasília nesta semana tentar renegociar as dívidas.

Participaram da reunião com a CGU representantes da Metha e Coesa (OAS), Andrade Gutierrez, Novonor (Odebrecht), Nova Participações (ex-Engevix), Mover (ex-Camargo Corrêa), Braskem e UTC —a mudança de nome foi uma prática comum para afastar a crise de reputação pós-Lava Jato.

A maior dívida é da antiga Odebrecht, que pagou R$ 172 milhões de um acordo de R$ 2,7 bilhões fechado em 2018 —a empresa afirma, porém, que somando multas da CGU e AGU (Advocacia-Geral da União), pagou R$ 1,1 bilhão em multas para a União.

A antiga OAS foi outra que concordou em pagar quase R$ 2 bilhões cinco anos atrás para a CGU e quitou apenas R$ 4 milhões da dívida.

Em valores corrigidos pela inflação, a CGU calcula que essas empresas devem R$ 11,7 bilhões apenas dos valores acordados com o órgão.

As dívidas são consideradas um dos principais entraves para a retomada das empresas. Elas argumentam que os montantes não fazem mais sentido dada a situação financeira atual das companhias hoje.

Dificulta o fato de que a dívida é reajustada de acordo com a Selic, taxa básica de juros. Em novembro de 2019, por exemplo, quando a OAS fechou o acordo de leniência, a taxa estava em 5%. Hoje, está em 11,25%.

O aperto no caixa das companhias não se dá apenas pela diminuição do volume de obras. As empreiteiras relatam também dificuldades de tomar crédito em instituições bancárias em meio à crise de imagem pela qual essas companhias passam.

“A imagem desse pessoal, que já era péssima, foi para a lama”, diz a advogada Virginia Mesquita, sócia do escritório Demarest na área de Infraestrutura e Financiamento de Projetos, que acompanha de perto o setor. “Tem gente que fica até meio assim de falar ‘empreiteira’, fala em empresa de construção pesada, né?”, brinca.

Com tudo isso, a CGU aceitou receber as empresas para discutir os montantes, com anuência do ministro André Mendonça, que acompanha o caso no STF (Supremo Tribunal Federal).

As negociações devem durar 60 dias e o órgão afirma que vai analisar caso a caso e que as conversas serão individuais.

“Você olha para uma empresa que tem 180 mil empregados, que como grupo fatura R$ 100 bilhões, e calcula uma multa. Mas a empresa, como resultado de todo esse processo, agora tem 13 mil empregados, fatura R$ 5 bilhões. Essas multas que você estabeleceu são realistas? Ou elas vão terminar de destruir a empresa, o que não é do interesse de ninguém?”, diz Rafael Mendes, diretor de Integridade e Riscos da Novonor.

A CGU não está disposta a diminuir o valor das multas, no entanto. O que propõe é facilitar o pagamento, sobretudo com o instrumento do prejuízo fiscal, uma compensação que as empresas podem fazer quando têm lucro negativo e mesmo assim pagou determinados impostos.

Nos cálculos de negociadores, porém, esse prejuízo fiscal poderia abater no máximo 20% da dívida no melhor dos casos, de algumas empresas.

Mas, como condição para facilitar os pagamentos, a CGU pretende impor a cobrança de uma série de pontos que constavam nos contratos assinados e que ainda não foram concluídos.

O principal deles seria a implementação de programas de integridade e compliance. Envolvidos no setor citam como exemplo o implementado pela Novonor após processos e exigências do Departamento de Justiça dos EUA, Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento e órgãos brasileiros.

Folha de São Paulo

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Geral

Câmara aprova indenização de motoristas alcoolizados a vítimas

Reprodução

A Câmara dos Deputados aprovou na 3ª feira (10.dez.2024) um projeto de lei que obriga motoristas alcoolizados ou sob efeito de drogas, responsáveis por acidentes de trânsito e navegação, a indenizar as vítimas. A proposta, de autoria do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), inclui veículos terrestres, lanchas e jet skis.

O texto, relatado por Julio Lopes (PP-RJ), altera o Código Civil para garantir indenização integral pelos danos materiais, morais e estéticos sofridos pelas vítimas. Lopes destacou a gravidade dos acidentes causados pelo uso inadequado de meios de transporte sob influência de álcool ou drogas.

“Esses acidentes, muitas vezes fatais, ocorrem tanto em águas costeiras quanto em lagos e rios frequentados por famílias e turistas”, afirmou.

O PL também prevê que, em casos de lesões com redução permanente da capacidade de trabalho, o juiz determine o pagamento de pensão à vítima. Em situações de óbito, a pensão será destinada aos familiares, com prioridade para aqueles que dependiam financeiramente do falecido.

Deputados defenderam a aprovação da medida como forma de combater a impunidade. Eli Borges (PL-TO) ressaltou a necessidade de responsabilizar os infratores. Pedro Aihara (PRD-MG) classificou as mortes no trânsito como uma “pandemia” que exige ações urgentes. Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) reforçou que a lei deve valer para todos, incluindo autoridades e proprietários de veículos de luxo.

Poder 360

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Polícia

Polícia prende suspeito por homicídio de corretor e tentativa de assassinato de advogado em Parnamirim

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu, neste sábado (14), um homem de 38 anos suspeito de envolvimento no assassinato do corretor Leonardo Emiliano Silva de Souza e na tentativa de homicídio de um advogado. A ação foi conduzida pela 11ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Parnamirim, que também cumpriu um mandado de busca e apreensão durante a operação.

O crime ocorreu no dia 29 de novembro, no bairro Cajupiranga, em Parnamirim, na região metropolitana de Natal. Na ocasião, Leonardo Emiliano foi executado com cerca de dez disparos enquanto estava dentro de um veículo. O advogado, que também foi alvo do ataque, ficou ferido, mas conseguiu ser socorrido e segue em recuperação.

Após investigações, o suspeito foi localizado em um condomínio na cidade de Parnamirim. A operação contou com apoio tático para garantir a segurança na execução dos mandados.

De acordo com a Polícia Civil, o homem foi levado para a delegacia, onde prestará depoimento e permanecerá à disposição da Justiça. As investigações continuam em andamento para identificar outros possíveis envolvidos no caso.

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Brasil

Braga Netto só receberá visitas na prisão autorizadas pelo STF

Foto: Reprodução

O general Walter Braga Netto só poderá receber visitas mediante autorização expressa do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Braga Netto foi preso neste sábado (14) pela Polícia Federal (PF) acusado de ser um dos articuladores de um plano para golpe de Estado após o resultado da eleição presidencial de 2022. Ele foi candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL).

Braga Netto passou por audiência de custódia no mesmo dia em que foi preso. Durante a sessão, sua prisão foi mantida e ele foi informado de que não poderá receber visitas, nem mesmo dos familiares, sem autorização prévia do STF.

Prisão

O militar é suspeito de tentar obter dados da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Em manifestação favorável à prisão preventiva, a Procuradoria-Geral da República (PGR) justifica que a medida evita interferência nas apurações do caso.

CNN

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Cidades

Equipe de Transição prepara cortes e cobra R$ 70 mi do Estado para Saúde

Foto: Alex Régis

A equipe de transição do prefeito eleito Paulinho Freire segue para conclusão dos trabalhos, de modo a traçar um diagnóstico que embasem as primeiras estratégias da nova gestão. Segundo a vice-prefeita eleita e coordenadora da transição, Joanna Guerra, há uma sintonia com a equipe de transição do atual prefeito, Álvaro Dias, que encerra seu segundo mandato. Joana aponta quais obras deverão ser concluídas e entregues por Paulinho já no primeiro ano de governo e confirma que, inicialmente, será preciso fazer uma readequação de estruturas organizacionais em algumas secretarias do município, de modo a conter despesas para que as primeiras ações sejam efetivadas.

Além disso, e contenção de despesas também está na pauta. Além de ações específicas na área de saúde e educação, a futura vice-prefeita afirma ainda que tudo se encaminha para que importantes promessas de campanha sejam cumpridas já no primeiro ano de mandato como o fim das filas e sorteio de vagas para as creches e o início do processo para a construção da Via Mangue na zona Norte da cidade.

Quais são as ações pontuais da transição neste momento?
A transição foi dividida em áreas. A gente tem uma área mais focada na parte de receitas e despesas, que está fazendo o levantamento da situação fiscal, das contas da prefeitura do Natal. Tem outra área mais focada na parte de políticas públicas, da avaliação do andamento das ações de governo, relacionada à parte social, habitacional, cultural, trabalho, emprego, a parte da saúde, da educação. Tem uma parte analisando a questão previdenciária, outras relacionadas a convênios, contratos, outras relacionadas a recursos humanos, ou seja, a gente setorizou os membros da equipe de transição para que pudesse focar em assuntos essenciais para diagnosticar, explicar a situação atual da Prefeitura do Natal e também para que a gente pudesse traçar um planejamento para início do novo governo.

Como a transição tem lidado com o conjunto de obras ainda em andamento?
Há um grupo específico da transição que lida com o assunto de obras e está reunindo informações fornecidas pela gestão atual, que traz o levantamento das obras em andamento, aquelas com recurso assegurado para conhecer a situação orçamentária e financeira, o status de execução, a secretaria responsável, se é um recurso federal, se é um recurso municipal, seja fonte de recurso, tudo isso está sendo mapeado, juntado, monitorado para que o novo governo possa dar continuidade de forma eficiente a essas obras.

Quais obras serão continuadas e inauguradas por Paulinho no próximo ano?
A gente pode destacar entre as obras que terão uma continuidade e que possivelmente serão entregues no primeiro ano, a intervenção do Centro Histórico no lote da Pedra do Rosário. O prefeito Álvaro Dias entregou a Avenida do Contorno, algumas vias ali da Ribeira e da Cidade Alta e Paulinho entregará a parte efetiva da Pedra do Rosário. A segunda etapa do Hospital Municipal, trabalharemos para avançar em pelo menos mais uma entrega parcial ou, se não, total. Vai ser um grande desafio, até porque a gente está falando de um hospital com quase 300 leitos. O prefeito Álvaro Dias entrega 100 até o final do ano. A Escola Padre Tiago já foi entregue uma etapa e o prefeito Álvaro Dias possivelmente vai entregar mais uma parte, a da educação infantil, sendo que a terceira e última etapa Paulinho entregará em 2025. A gente entrega 100% da orla Urbana, das praias centrais também. Outra obra, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, que está com obras bem avançadas, mas a gente entrega 100% também em 2025. Então, assim, para além disso, a gente tem unidades de saúde sendo construídas, como a do Világio de Prata, na região Oeste.

Há estudo sobre readequação das secretarias na gestão Paulinho/Joanna?
Há uma análise sendo feita em relação à readequação de estruturas organizacionais em algumas secretarias do município, mas isso ainda está em andamento, está sendo estudado, analisado com muita cautela, porque o que a gente objetiva é otimizar custos com o pessoal e melhorar cada vez mais a entrega dos serviços públicos, então o trabalho da transição vai ajudar a elucidar isso, a elucidar a necessidade disso.

Há necessidade de cortes iniciais de despesas?
Haverá uma contenção de despesas, sim, inicialmente. Medidas específicas, a gente vai chegar a essa conclusão quando a gente tiver concluindo a transição, por causa do levantamento, da análise dos números, mas com certeza inicialmente haverá uma contenção de despesas para que a gente possa organizar a prefeitura, tomar decisões mais estratégicas e conduzir a prefeitura de modo a atender, a cumprir com os compromissos que nós apresentamos à população durante a nossa campanha.

Quais as preocupações da equipe de transição no campo da saúde, principalmente, com a interação entre Estado e demais municípios?
É uma área que será prioridade na gestão de Paulinho e Joana. Há uma grande preocupação, por exemplo, pagar o que se deve ao município do Natal. Até pouco tempo, devia ter 70 milhões de repasses obrigatórios que não estavam sendo cumpridos. Isso faz muita falta no custeio do município para a oferta de saúde pública. A gente precisa que os hospitais regionais funcionem, porque infelizmente há uma sobrecarga na nossa capital. Para se ter uma ideia, segundo o último censo, o município tem 750 mil habitantes e a gente tem mais de um milhão de cartões do SUS. A gente precisa atender os munícipes de Natal. Os demais hospitais regionais ou pelos hospitais dos municípios em que residem. Em breve o hospital municipal vai desafogar as nossas UPAs. A gente vai investir em tecnologia na área da saúde para ter um controle maior de custos de gestão.

Na área da educação, há ainda déficit educacional em decorrência da pandemia, o que está sendo proposto para sanar esta demanda?
Nós já estamos discutindo também alternativas, intercâmbio com outros municípios, com o próprio governo federal, buscando novas iniciativas na educação, tanto em relação ao tempo integral, quanto em relação a programas de prevenção e combate à evasão escolar, para que a parte pedagógica, de aprendizagem, para que a gente possa melhorar os índices dos anos iniciais e finais na educação pública de Natal.

Será possível zerar a fila de vagas para creches já no primeiro ano?
Com relação à ausência de vagas que cubram a necessidade educacional das crianças de creche, já está sendo feito um trabalho na atual gestão do prefeito Álvaro Dias de ampliação de vagas. Pelo menos 1.200 vagas estão sendo ampliadas. Já iniciamos um diálogo na transição com a equipe da educação atual do município que diz respeito a otimização de espaços na infraestrutura das unidades de ensino. Por exemplo, a gente tinha unidades com espaços multidisciplinar grandes. Então, a gente está diminuindo esses espaços para abrir novas salas de aula para gerar, pelo menos, mais 300 ou 400 vagas. Temos, pelo menos, mais um CMEI no Guarapes, na Vila de Ponta Negra, a educação infantil da Padre Thiago, na Zona Norte, que estão previstas para serem entregues. Ano que vem, a gente não tem mais sorteio (de vagas), a gente terá matrículas. Já é a nova gestão cumprindo com um dos principais compromissos de campanha, que é a efetivação do programa Fila Zero.

A Via Mangue é uma proposta de campanha, inclusive com projeto já elaborado e a ideia de onde partiriam os recursos. Há uma previsão de quanto tempo deve levar para sair do papel?
Com relação a Via Mangue, nós já estamos pleiteando esse recurso no governo federal. Paulinho, ainda enquanto deputado federal, já está com esse material embaixo do braço, batendo nos ministérios, apresentando, pleiteando isso em comissões de orçamento, em Brasília, apresentando aos nossos parlamentares. A Via Mangue é uma alternativa importante e estruturante. É uma via alternativa à Avenida João Medeiros, que vai desafogar aquele trânsito. Um projeto de desenvolvimento urbano, de mobilidade urbana sustentável e que a gente tem tudo para tirar do papel. Primeiro, realizando os projetos executivos dele, em 2025, e quem sabe já iniciando essa obra no ano que vem. É uma obra grandiosa, que leva tempo, mas nosso objetivo é conseguir captar esse recurso o mais rápido possível, iniciá-la o mais rápido possível sabendo a importância que ela tem para a zona norte de Natal.

Tribuna do Norte

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Jornalismo

Querem prender Bolsonaro a qualquer custo, diz Bia Kicis

Foto: Reprodução

A deputada Bia Kicis (PL-DF), líder da minoria na Câmara, disse, neste sábado (14), em entrevista à CNN, que não há nada que comprove que houve uma tentativa de golpe de Estado no país após a eleição de 2022 e que querem prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a qualquer custo.

“Aquelas 800 e tantas páginas que colocaram de relatório, eu vi alguns trechos, umas pessoas que leram, advogados que leram bastante, disseram que é tudo baseado em fantasias. Não tem nada de concreto, e se tivesse mesmo história de golpe, isso teria acontecido quando o presidente Bolsonaro era o chefe supremo das Forças Armadas”, disse Kicis sobre o relatório da Polícia Federal (PF).

“Isso não aconteceu, ele sequer estava no Brasil. Isso não passa de alucinação, narrativas para justificar o quê? Querem prender Bolsonaro, a todo custo. Custe o que custar. Não importa violar a Constituição, violar o devido processo legal”, prosseguiu.

A fala acontece após a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice em sua chapa na eleição de 2022. Para Kicis, é errado o militar estar sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Um militar, um general quatro estrelas, teria que ser julgado não pelo STF, teria que ser processado pela Justiça Militar. Tudo o que está acontecendo avilta o senso de justiça, qualquer conhecimento do devido processo legal”, citou a parlamentar.

Ainda segundo Kicis, está virando ato comum “prender e depois buscar fundamentação”.

Braga Netto foi preso em sua residência no Rio de Janeiro dentro das investigações que apuram a tentativa de golpe de estado.

Em manifestação favorável à prisão preventiva, a Procuradoria-Geral da República (PGR) justifica que a medida evita interferência nas apurações do caso.

De acordo com a PGR, há provas suficientes “de autoria e materialidade dos crimes graves cometidos pelos requeridos”.

CNN

Opinião dos leitores

  1. O futuro presidiário vai baixar o hospital em estado gravíssimo nos próximos dias. Terá foto e tudo.

  2. Julgado pela justiça militar? E qual crime militar ele cometeu? Kkkkkkkk tem que ser julgado pela justiça comum mesmo. Cadeia nesse trouxa. Foi se envolver com política, bem feito.

  3. No faroeste a brasileira, o bandido é quem prende o xerife, mas a chibata vai mudar de mão, sempre muda.

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Economia

Presentes, viagens e festas injetarão R$ 1,8 bilhão na economia potiguar

Foto: Adriano Abreu

Marcado pelas comemorações de Natal e Réveillon, o final do ano é o período de maior faturamento para os negócios do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Em 2024, de acordo com estudo do Instituto Fecomércio RN, as últimas datas comemorativas do ano devem movimentar aproximadamente R$ 1,81 bilhão no Rio Grande do Norte – R$ 598,6 milhões em compra de presentes; R$ 686,4 milhões com gastos de viagens; e R$ 524,7 milhões graças às confraternizações, entre amigos e colegas de trabalho.

De acordo com pesquisa, itens de vestuário serão os mais procurados pelos consumidores com 55% de intenção. Pensando em presentear principalmente os filhos (40%), cerca de 25% dos entrevistados pelo IFC pretende comprar pelo menos dois itens. Além disso, segundo as pesquisas do Instituto Fecomércio RN, o consumidor potiguar deve gastar uma média de R$ 350 – um crescimento de 4% em comparação ao valor registrado no mesmo período do ano passado.

Capital potiguar concentra um terço do faturamento

Em Natal, os gastos com presentes, viagens e confraternizações deve somar R$ 604,82 milhões. A maior parte das pessoas que vivem na capital pretende comprar em shoppings (56,7%); pagar à vista, em espécie, por pix ou cartão de débito (56,7%); e comemorar em casa (53,7%).

Além disso, cerca de 22,8% dos consumidores natalenses ouvidos pelo Instituto Fecomércio RN pretendem viajar no fim do ano. Vale ressaltar que o valor médio que será gasto nessas viagens cresceu 9,7% desde o ano passado, saltando de R$ 1.245,54 para R$ 1.366,20.

Comércio de rua será o preferido dos mossoroenses

Na capital do Oeste, o período natalino movimentará cerca de R$ 149,86 milhões – um aumento de 5,5% em comparação ao mesmo período de 2023, quando os gastos com presentes, viagens e confraternizações de final de ano injetaram R$ 142,04 milhões na economia de Mossoró.

De acordo com o levantamento do IFC, cerca de 58,3% dos mossoroenses comprará no comércio de rua. A maioria pretende parcelar o pagamento dos presentes, usando cartão de crédito ou boleto (60,1%); e vai comemorar o fim de ano na casa de parentes/amigos (45,8%).

“Estou confiante de que o período natalino será especialmente próspero para os negócios locais. Estimamos que aproximadamente 70% dos natalenses e 60% dos mossoroenses irão às compras, superando os índices observados em outras datas comemorativas. Além disso, nossa expectativa é ainda mais positiva, já que cerca de um em cada quatro consumidores do estado planeja viajar no final deste ano, movimentando ainda mais a economia”, ressaltou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte, Marcelo Queiroz.

Em todo o País, as compras de Natal vão movimentar R$ 69,75 bilhões em 2024, uma alta de 1,3% em relação ao ano passado, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Diante dos números, o comércio da capital potiguar está otimista. No Alecrim, de acordo com a Associação dos Empresários do Bairro (Aeba), serão movimentados, em dezembro, R$ 4,5 milhões em vendas, um aumento de 50% em relação aos demais meses do ano (cuja média é de R$ 3 milhões) e de 15% no comparativo com dezembro de 2023. Na Cidade Alta, segundo a Associação Viva o Centro, alguns segmentos terão alta de até 25% nas vendas.

A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal) estima crescimento de até 20% a depender do segmento para o comércio da capital. “O ciclo natalino é, tradicionalmente, o melhor período para os lojistas. Já em novembro, percebemos um aumento significativo no fluxo de pessoas nas lojas e um incremento nas vendas. O crescimento varia conforme o segmento, mas a previsão está entre 10% e 20%. É o momento em que o consumidor está mais disposto a comprar, e isso reflete diretamente no faturamento do comércio local”, afirma José Lucena, presidente da CDL Natal.

Tribuna do Norte

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