Diversos

Governo tentou comprar o silêncio de Delcídio do Amaral, destaca Veja

aloizio-mercadante-2015-3413-originalO recado de Mercadante a Delício: ‘Só estou aqui pra ajudar'(Ed Ferreira/Folhapress)

O senador Delcídio do Amaral cumpria uma jornada dupla quando era líder do governo. Em público, presidia a poderosa Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e negociava a aprovação das medidas de ajuste fiscal consideradas prioritárias pela presidente Dilma. Nos bastidores, era peça-chave na estratégia destinada a impedir que a Operação Lava-Jato descobrisse a cadeia de comando do petrolão. Longe dos holofotes, Delcídio atuava como bombeiro. Conversava com empreiteiros, funcionários da Petrobras e políticos acusados de participar do esquema de corrupção, anotava suas demandas e informações de bastidor e, depois, relatava-as em detalhes a Dilma e a Lula. Sua missão era antever dificuldades e propor soluções. Foi ele quem alertou a presidente de que a Odebrecht tinha pagado no exterior ao marqueteiro João Santana por serviços prestados a campanhas presidenciais do PT. Foi ele quem falou para Lula que petistas estrelados estavam reclamando de abandono e falta de solidariedade. Aos dois chefes, Delcídio fazia o mesmo diagnóstico: “Enterramos nossos cadáveres em cova rasa. É um erro. Precisamos enterrá-los com dignidade”.

Dignidade, no caso, significava ajudar companheiros e executivos presos ou sob investigação com dinheiro, assistência jurídica e lobby a favor deles nos tribunais superiores, para evitar que contassem às autoridades segredos da engrenagem criminosa que desviou, segundo a Polícia Federal, quase 50 bilhões de reais da Petrobras. Delcídio repetiu essa cantilena de forma exaustiva até ser preso e – como gosta de dizer – traído. Lula o chamou de imbecil por ter sido gravado ao tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró, um dos delatores do petrolão. O PT também o rifou em público. Com medo de expiar seus pecados em cova rasa, o bombeiro, agora no papel de incendiário, mostrou-se disposto a contar às autoridades tudo o que viu, ouviu e fez a mando de Lula e Dilma durante treze anos de intimidade com o poder. Não era um blefe. O acordo de delação premiada no qual Delcídio afirma que Lula e Dilma sabiam da existência do esquema de corrupção e atuaram a fim de mantê-lo em funcionamento foi homologado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). A colaboração, apelidada de “A delação”, só foi formalizada porque o senador resistiu a uma proposta generosa de “enterro com dignidade” apresentada pelo petista Aloizio Mercadante.

Ex-chefe da Casa Civil do governo Dilma, atual titular da pasta da Educação e um dos ministros mais próximos da presidente, Mercadante prometeu dinheiro e ajuda para que Delcídio deixasse a prisão e escapasse do processo de cassação de mandato no Senado. Em contrapartida, pede que Delcídio não “desestabilize tudo” com sua delação. O ministro não tratou diretamente com o senador, que já estava sob a custódia da polícia, mas com um assessor da estrita confiança do senador, José Eduardo Marzagão. Os dois se reuniram duas vezes no gabinete de Mercadante no ministério. As conversas foram gravadas por Marzagão e entregues à Procuradoria-Geral da República por Delcídio, que, em depoimento formal, disse que o ministro agira a mando de Dilma. Com essa observação, acusou o ministro e a presidente de tentar comprar o silêncio de uma testemunha, obstruindo o trabalho da Justiça. Era o acerto de contas de Delcídio com os senhores que lhes viraram as costas. “Me senti pressionado pelo governo”, disse ele aos procuradores.

Nos diálogos, aos quais VEJA teve acesso, Mercadante oferece ajuda financeira à família de Delcídio e promete usar a influência política do governo junto ao Senado e ao Supremo Tribunal Federal para tentar evitar a cassação do senador e conseguir sua libertação. Além de dizer a Marzagão que Delcidio deveria ficar “calmo”, deixar “baixar a poeira” e não fazer “nenhum movimento precipitado”, Mercadante prometeu procurar o presidente do Senado, Renan Calheiros, para armar um plano de modo a fazer com que o Senado voltasse atrás na decisão, tomada em plenário, ratificando a ordem de prisão expedida pelo Supremo. “Por que é que não pede reconsideração ao Senado? Pode?”, questiona o ministro. “Acho que não”, diz o assessor. “Em política, tudo pode”, ensina Mercadante.

Descrevendo seu plano, Mercadante deixa claro ao assessor que vai tentar “construir com o Supremo uma saída” para Delcídio. Diz que Ricardo Lewandowski, o presidente do STF, poderia libertar Delcídio por meio de liminar, durante o recesso de fim de ano do Judiciário. “O presidente vai ficar no exercício… Também precisa conversar com o Lewandowski. Eu posso falar com ele pra ver se a gente encontra uma saída”, oferece Mercadante. Sem citar o nome, o ministro dá a entender que irá procurar outro ministro do STF e que sua ideia é fazer com que o Senado procure Teori Zavascki para pleitear a soltura do senador. “Talvez o Senado possa fazer uma moção, a mesa do Senado, ao Teori, entendeu? Um pedido: olha, nós demos autorização considerando o flagrante, considerando as condições etc, mas não há necessidade pá, pá, pá – pá, pá, pá. E tentar construir com o Supremo uma saída”, diz. A menção ao STF foi ligeira mas estratégica. Naquela altura, a prioridade da família de Delcídio era libertá-lo antes do Natal. Havia, entretanto, a suspeita de que Teori negaria, como de fato ocorreu, o pedido de habeas-corpus. A oferta de Mercadante remediaria o problema.

Sobre a possibilidade de uma delação de Delcídio, Mercadante diz: “Eu acho que ele devia esperar, não fazer nenhum movimento precipitado, deixar baixar a poeira, ele vai sair, a confusão é muito grande.” A primeira conversa entre Mercadante e o assessor de Delcídio ocorreu no dia 1º de dezembro, uma semana após a prisão do ex-líder do governo. A segunda conversa deu-se no dia 9 de dezembro, um dia após a família de Delcídio decidir contratar o escritório do advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto, um dos principais especialistas em delação premiada no país. No primeiro encontro com assessor, Mercadante se mostra cauteloso. Diz que Delcídio é “fundamental para o governo”, fala em lealdade, promete ajuda e deixa entender que fala em nome da presidente Dilma: “Eu sou um cara leal. A Dilma sabe que se não tiver uma pessoa para descer aquela rampa, eu vou com ela até o final.”

Fica claro que Mercadante está preocupado em acalmar a mulher e as filhas de Delcídio, principais incentivadoras de um acordo de delação. Diz ao assessor do senador: “Eu tô te chamando aqui para dizer o seguinte: eu serei solidário ao Delcídio. Eu gosto do Delcidio, eu acho ele um cara muito competente, muito habilidoso, foi fundamental para o governo (…) Eu vi o que estão fazendo com as filhas dele. Uma canalhice monumental. Imagino o desespero dele. Então você veja o que ele precisa que eu posso ajudar.” O ministro aconselha o assessor a dizer para Delcidio seguir em silêncio para “não ser um agente que desestabilize tudo”. Chega a fazer uma ameaça velada, caso o petista revele os podres do governo: “Vai sobrar uma responsabilidade pra ele monumental, entendeu?”.

No segundo encontro, ainda sob o impacto da notícia da contratação do especialista em delações, Mercadante é mais explícito. Revela seu plano no Judiciário, reclama que por causa dos rumores de acordo com a Lava-Jato nem Renan Calheiros, investigado no STF, nem o governo poderão se mexer para salvar Delcídio. Chega a pedir para que o petista abafe o assunto delação. Diz Mercadante: “Como é que o Renan vai se mexer… Eu sei que ele tá acuado porque o outro vai… Entendeu? Como é que o governo se mexe, porque parece que tem alguma coisa que ele (Delcídio) sabe do rabo de alguém. Então, eu acho que tem que tirar isso (delação) da pauta nesse momento.”

O assessor de Delcídio relata as dificuldades financeiras do senador, afirma que a família está planejando vender imóveis e se desfazer de bens para custear o processo. Mercadante se dispõe a viajar ao Mato Grosso do Sul para dar assistência à família: “Isso aí também a gente pode ver no que é que a gente pode ajudar, na coisa de advogado, essa coisa. Não sei. Pô, Marzagão, você tem que dizer no que é que eu posso ajudar. Eu só tô aqui pra ajudar. Veja o que que eu posso ajudar”. O ministro explica que, se a mulher de Delcídio aceitasse conversar, ele organizaria uma visita, como ministro da Educação, em alguma universidade do estado para ocultar o real objetivo da viagem.

Marzagão trabalha com o senador há treze anos. Nos 87 dias em que o petista ficou preso, Marzagão só não fez companhia a ele uma única vez, quando foi ao casamento da filha em Fortaleza. Era Marzagão quem levava e trazia informações, providenciava alimentação e livros, ouvia histórias e compartilhava de desabafos e crises de choro. Antes de procurar o assessor, Mercadante tentou contato com a esposa do senador. O ministro foi repelido com contundência. Maika, a esposa de Delcídio, não escondia a raiva pelo fato de o marido ter se prestado, segundo ela, a fazer serviços sujos para Lula e Dilma, como a tentativa de comprar testemunhas do petrolão, motivo que o levou à prisão. Além disso, Maika sabia que o ministro sempre fora um desafeto de Delcídio no partido. Os dois, senador e ministro, nunca foram amigos, nem mantinham relações amistosas. Por isso, Maika viu a tentativa de aproximação de Mercadante com estranhamento.

Ao ser chamado para uma conversa com um desafeto de Delcídio, Marzagão resolveu gravar tudo, como medida de precaução. Temia ser alvo de uma armadilha tramada pelo governo a fim de desmoralizar o senador, que, como antecipara VEJA, ameaçava contar seus segredos às autoridades. O senador e seu assessor também sabiam como o Ministério Público valorizava gravações com tentativas de obstruir a Justiça. Afinal, uma gravação e uma proposta de auxílio financeiro levaram Delcídio à cadeia, acusado de tentar sabotar o trabalho da Justiça. Como Mercadante, Delcídio também queria calar uma testemunha.

A proposta de silêncio (CLIQUE AQUI em texto na íntegra e confira TODO o diálogo bombástico).

Veja

Opinião dos leitores

  1. Agora começamos a entender a razão do silêncio de muitos. Tem muito pichuleco na jogada. Se a Marcos Valério foram repassados milhões, quanto será que tem custado o silêncio da OAS e da Odebrecht?
    Não existem delações e provas suficientes para que sejam tomadas as medidaslegais necessárias junto ao centro, agora revelado, do esquema de corrupção? Estão esperando o quê? Fechar a delação do Deputado Pedro Corrêa e da Andrade Gutierez, que assim como Delcídio estão dando nomes aos bois que mandam no pasto? Cuidado para não ser tarde demais!

  2. Mais um petista que será preso: após Silvio Pereira, Delúbio Soares, José Dirceu, João Vaccari, Delcídio Amaral, chegou a vez de Aloizio Mercadante. Irá para o xilindró antes do capo maior, Lula.

    1. Todos os corruptos na cadais, mas a diferente dos alienados petista, não trataremos bandidos como heróis! Acho que vai faltar Rivotril e Lexotan nas farmácias!!! A tetinha está secando a cada dia!!!

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Gastronomia

O Papo de Fogão vai deixar sua Páscoa muito mais saborosa com três receitas deliciosas

O Papo de Fogão vai deixar sua Páscoa muito mais saborosa com três recitas deliciosas.
O Chef Consultor Fernando Gomes vai preparar uma deliciosa salada de bacalhau que surpreende pelo sabor e facilidade de preparo e uma torta de sardinha gratinada para seu almoço de Páscoa. E para adoçar as comemorações a Chef PaulistaTânia Bayeux vai fazer um Petit Gateau de chocolate na Dica Rápida que fica pronto em minutos.

O Papo de Fogão de páscoa está imperdível e delicioso.

SÁBADO
BAND
MARANHÃO, 8h
CEARÁ, 8h
PIAUÍ, 8h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h
Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Geral

Moraes manda para prisão domiciliar terceiro preso de “lista crítica” do 8/1

Foto: Antonio Augusto/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou para a prisão domiciliar o terceiro de uma lista de presos pelo 8 de janeiro considerados em situação crítica de saúde.

Trata-se de Sergio Amaral Resende, de 54 anos, já condenado a 16 anos e 6 meses de prisão e que cumpria pena no presídio da Papuda, no Distrito Federal. Segunda a defesa, ele tem pancreatite que evoluiu com necrose, infecção hospitalar, hérnia umbilical grande e anemia profunda.

Amaral integrava uma lista com outros 19 presos considerados pela Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro como casos que enfrentam situações graves de saúde e que precisariam ser soltos.

A lista foi encaminhada a Moraes, que antes de Resende já havia encaminhado para prisão domiciliar outros dois presos.

Um é Jorge Luiz dos Santos, também condenado a 16 anos e 6 meses de prisão e que apresentou um laudo informando da necessidade de cirurgia cardíaca. Ele tem, segundo a defesa, hipertensão arterial grave e sopro cardíaco de grau 6, o que faz com que sua pressão não seja controlada por medicamentos. Moraes o mandou para a prisão domiciliar no dia 15 de abril.

Outro é Marco Alexandre Machado de Araújo, que estava preso desde abril de 2023 sem julgamento. No documento enviado ao STF, a Associação informou que dentro do presídio ele desenvolveu problemas psicológicos, passando alguns meses na ala psiquiátrica e que no momento se encontra com depressão, tomando medicação. Afirmou ainda que possui uma filha de 1 ano, que não chegou a conhecer. Moraes o encaminhou a domiciliar no dia 11 de abril.

Os movimentos de Moraes coincidem com a crescente pressão da oposição por uma anistia aos investigados e presos pelo 8 de janeiro.

Parte do STF vem resistindo à tese, que tem adeptos de grande parte do Congresso Nacional e até mesmo dentro do governo Lula. Ministros da corte defendem que o melhor caminho é justamente o controle da execução das penas, como a que Moraes fez nesses três casos.

CNN Brasil – Caio Junqueira

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Geral

VÍDEO: Bolsonaro caminha e faz exercícios de fisioterapia no hospital, ex-presidente tem ‘boa evolução clínica’

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que segue internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, postou vídeo nas redes sociais caminhando pelos corredores e fazendo exercícios de fisioterapia. O último boletim médico indicou que ele mantém “boa evolução clínica, sem dor e sem outras intercorrências”.

Bolsonaro fez exercícios com uma bola de basquete, além de tornozeleiras com peso. O ex-presidente está internado desde o último sábado e, no domingo, passou por cirurgia.

“O Hospital DF Star informa que o ex-Presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Mantém boa evolução clínica, sem dor e sem outras intercorrências. Apresenta também melhora dos exames laboratoriais. Segue em jejum oral, com nutrição parenteral exclusiva. Hoje, continuará o programa de fisioterapia motora (caminhada fora do leito) e respiratória. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI”, afirmou o último boletim médico.

O Globo

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Geral

Familiares de presos pelo 8/1 cogitam greve de fome para pressionar Hugo Motta por anistia

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Familiares dos presos pelos atos criminosos de 8 de janeiro começaram a procurar parlamentares bolsonaristas com uma estratégia que estão chamando de “solução Glauber Braga” para pressionar pela aprovação do Projeto de Lei (PL) da Anistia.

A ideia é que parentes, juntamente com parlamentares, iniciem uma greve de fome dentro do Congresso Nacional, com o objetivo de pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar, em regime de urgência, o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelo suposto plano de golpe de Estado.

Eles estão motivados pelo fato de que, na última quinta-feira (17), Hugo cedeu à greve de fome de nove dias do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).

O presidente da Câmara prometeu não pautar, por 60 dias, a análise em plenário da decisão do Conselho de Ética que, por maioria, votou pela cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro — Glauber expulsou a chutes e xingamentos, de dentro do Câmara, um militante do MBL em 2024.

O parlamentar com quem conversei ainda não tomou uma decisão sobre o assunto. Ele me disse que, a princípio, ficou um pouco surpreso, mas depois admitiu que se trata de uma reivindicação dos familiares “que faz todo sentido”.

O parlamentar com quem eu conversei ainda não tomou uma decisão sobre o assunto. Mas me disse que, primeiro, ficou um pouco surpreso, mas depois, admitiu, é uma reivindicação dos familiares “que faz todo sentido”.

CNN Brasil – Débora Bergamasco

Opinião dos leitores

  1. Esse cara é mais fraco do que caldo de biloca. Vão morrer tudo desnutrido. Só quem não enxerga a real situação é quem é cego ou apaixonado.

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Geral

Casa Branca declara que ‘vazamento de laboratório’ da China é a verdadeira origem da Covid-19

Foto: Governo Americano

Sob o governo de Donald Trump, a Casa Branca defende a teoria de que o Sars-CoV-2, causador da Covid-19, é um patógeno artificial que vazou de um laboratório de doenças infecciosas em Wuhan, na China. A página onde está publicada a teoria antes era dedicada a informações de saúde e reacende um longo debate sobre as origens da pandemia.

O novo site é intitulado de “Lab Leak – The True Origins of Covid-19” ou “Vazamento do laboratório — a verdadeira origem da Covid-19”, em tradução livre. Entre as evidências apontadas pelo página estão: “o vírus “possui uma característica biológica que não é encontrada na natureza”; “Wuhan abriga o principal laboratório de pesquisa sobre Sars da China, que tem um histórico de conduzir pesquisas de ganho de função (alteração genética e sobrecarga de organismos) em níveis de biossegurança inadequados”, e que “se houvesse evidências de uma origem natural, elas já teriam surgido”.

A página também acusa o infectologista Anthony Fauci, que se tornou um dos principais nomes na luta contra a Covid-19 nos EUA, de se basear em um só estudo para “ocultar” outras versões.

Anteriormente, os Estados Unidos sustentavam a hipótese de que a Covid-19 surgiu da passagem de um vírus de um animal para humanos, e que o surto inicial se concentrou no mercado de municipal de Wuhan, na China. Essa hipótese é apoiada por muitos cientistas após uma série de descobertas. Isso inclui evidências que potencialmente ligam o coronavírus a cães-guaxinins no mercado de Hunan; que os primeiros casos estavam concentrados no mercado; e que evidências genéticas sugerem que o vírus só surgiu no final de 2019.

O Globo

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Geral

Velório e sepultamento de Bertone Marinho serão restritos aos familiares

Foto: reprodução

O velório e o sepultamento do ex-vereador de Natal e advogado Bertone Marinho serão restritos aos familiares. A informação foi confirmada pela família à jornalista Eliana Lima.

A família de Bertone expressou gratidão às mensagens de carinho recebidas: “Agradecemos, de coração, todas as mensagens de carinho e solidariedade recebidas neste momento de dor. Em um gesto de cuidado com nossos sentimentos e em busca de serenidade, escolhemos viver as despedidas de Bertone de forma reservada, restrita ao seio familiar. A compreensão e o respeito de todos são, para nós, profundamente reconfortantes”.

Bertone faleceu na manhã desta sexta-feira (18), aos 41 anos. A causa da morte não foi informada. Ele foi vereador em Natal entre os anos de 2012 e 2016, ao final do mantado, decidiu por não tentar a reeleição e buscou se dedicar a advocacia. Bertone era filho dos ex-prefeitos de Canguaretama Jurady Marinho e Fátima Marinho, e irmão da ex-deputada estadual Gesane Marinho. Ele deixa dois filhos pequenos.

Com informações de BZNotícias

Opinião dos leitores

  1. Meus sinceros sentimentos a familia e amigos, Bertone um rapaz simples , de um coração bom. Sempre disponível a ajudar aos menos favorecidos. Lamentamos a sua partida prematuramente.

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Geral

Mais de 335 mil pessoas vivem em situação de rua no Brasil

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O número de pessoas vivendo em situação de rua em todo o Brasil registradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal, em março deste ano, chegou a 335.151. Se comparado ao registrado em dezembro de 2024, quando havia 327.925 pessoas nessa situação, houve um aumento de 0,37% no primeiro trimestre deste ano.

Os dados são do informe técnico de abril do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (OBPopRua/Polos da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG), divulgados na segunda-feira (14). O estudo foi feito com base nos dados disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) sobre o CadÚnico.

O número apurado em março é 14,6 vezes superior ao registrado em dezembro de 2013, quando havia 22,9 mil pessoas vivendo nas ruas no país.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome informou que retomou, em 2023, as capacitações para entrevistadores e operadores do cadastro único, fortalecendo a atuação dos municípios na coleta de dados. A pasta também destacou a subnotificação e a inconsistência dos dados anteriores, devido ao enfraquecimento da atualização cadastral na gestão anterior (2019-2022).

No Brasil, o relatório demonstra que o CadÚnico registrou em março de 2025:

  •       9.933 crianças e adolescentes em situação de rua (3%);
  •       294.467 pessoas em situação de rua na faixa etária de 18 a 59 anos (88%);
  •       30.751 idosos em situação de rua (9%);
  •       84% são pessoas do sexo masculino.

Em relação à renda, 81% (272.069) das pessoas em situação de rua sobrevivem com até R$ 109 por mês, correspondente a 7,18% do salário mínimo, hoje R$ 1.518.

Mais da metade (52%) das pessoas em situação de rua no país não terminaram o ensino fundamental ou não têm instrução, a maioria é de pessoas negras. Esse percentual é mais que o dobro do total da população brasileira que não completou a escolaridade básica ou em condição de analfabetismo, de 24%, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A baixa escolaridade dificulta o acesso das pessoas às oportunidades de trabalho geradas nas cidades, sugere a pesquisa.

Onde vivem

A Região Sudeste concentra 63% da população em situação de rua do país, o equivalente a 208.791 pessoas. Em seguida, figura a Região Nordeste, onde 48.374 pessoas (14%) estão em situação de rua. Na Região Sul, são 42.367 (13%), na Região Centro-Oeste, 19.037 (6%), e na Região Norte, 16.582 (4%) indivíduos estão nesta condição de vulnerabilidade social.

A análise revela que quatro em cada dez pessoas que vivem na rua no Brasil se encontram no estado de São Paulo (42,82% do total da população em situação de rua). O segundo estado é o Rio de Janeiro com 30.997 pessoas em situação de rua ou 10%, sucedido por Minas Gerais, com 30.355 pessoas.

Em números absolutos, as cinco capitais com as maiores populações em situação de rua são:

  • São Paulo, com 96.220 pessoas;
  • Rio de Janeiro, 21.764;
  • Belo Horizonte, 14.454;
  • Fortaleza, 10.045;
  • Salvador, 10.025;
  • e Brasília, 8.591.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Eu estava certinho que isso já havia acabado, será que o pai dos pobres, sócio da JBS, CONSTRAN, CAMARGO CORREIA, ODEBRECHT, EIKE BATISTA, SETE BRASIL, ANDRADE JUTIERREZ, NAO VAI FAZER NADA? PORCARIA GUGU MAFRA SANTOS, VCS FICAM FALANDO DE BOLSONARO.

  2. Lule esqueceu desses aí para tirar da pobreza? É balela prá fazer jegue zurrar.

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Geral

Dono de churrascaria é morto dentro do próprio estabelecimento em São José de Mipibu

Foto: Maurício Teixeira/TV Ponta Negra

O dono de uma churrascaria foi morto na madrugada desta sexta-feira (18) no quarto em que morava dentro do próprio estabelecimento em São José de Mipibu, na Grande Natal. A vítima foi identificada como Nilson Winter – a idade não havia sido confirmada.

O caso aconteceu no distrito de Taborda. Uma pessoa próxima à vítima, que preferiu não se identificar, disse que o corpo foi encontrado amarrado e com manchas de sangue por todo o quarto.

“Ele estava no chão, enrolado, com a cabeça enrolada, como se fosse enforcamento. E também como se tivessem sido facadas, algo assim”, disse.

O corpo foi encontrado por funcionários pela manhã. Uma delas tentou contato sucessivas vezes por telefone com a vítima, mas não teve retorno. O dono da churrascaria morava no estabelecimento com o neto, que é menor de idade, e estava sob os cuidados do avô.

Uma das portas dos fundos do estabelecimento estava arrombada. Para os funcionários do local, o criminoso teria acessado a churrascaria por esse trecho. Ainda não havia confirmação se o crime foi cometido por uma ou mais pessoas.

“Ele sempre tinha suas discussões com o povo, mas discussões sem maldade. Mas ninguém sabia [de algo a mais que isso]. Aí ontem aconteceu isso”, disse uma pessoa próxima à vítima.

A Polícia Militar foi acionada e a Polícia Civil também esteve na churrascaria para iniciar a investigação do crime, assim como o Instituto Técnico-Cientifico de Perícia (Itep), que realizou a análise no quarto do crime e fica responsável pela necropsia.

g1-RN

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Geral

Bolsonaro agradece mensagens de apoio após uma semana internado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) agradeceu nesta sexta-feira (18) congressistas norte-americanos, parlamentares europeus e ministros das Relações Exteriores que o desejaram pronta recuperação e enviaram mensagens de apoio enquanto se recupera de uma cirurgia. “São gestos que não esquecerei”.

“Em momentos assim, o corpo precisa parar, mas o espírito se renova e se fortalece. Cada oração, cada mensagem, cada gesto de amizade reacende a chama da esperança e lembra da missão que temos pela frente. Há pausas que não interrompem, apenas nos preparam”, escreveu Bolsonaro. Ele completou uma semana internado nesta sexta.

Segundo o boletim médico publicado nesta sexta-feira (18), Bolsonaro está sem dor e sem intercorrências. Ele realizou tomografias de controle que não indicaram nenhuma complicação em decorrência da cirurgia. O ex-presidente continua em jejum oral, alimentando-se exclusivamente por sonda desde a cirurgia.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Saúde presidente Bolsonaro, volta logo presidente, ainda mais Forte, a extrema esquerda fica Louca…..

    1. Esse Pufal é de vc soltar muito ele kkkkkkkk, aí dentro fedorento.

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Geral

Morre o ex-vereador Bertone Marinho

Faleceu na manhã desta sexta-feira (18), em sua residência, o ex-vereador da cidade do Natal, Bertone Marinho, aos 41 anos. A notícia pegou de surpresa familiares, amigos e a comunidade política da capital potiguar.

Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento.

Bertone Marinho deixa dois filhos um legado de atuação pública e de serviços prestados à cidade.

Nossos sentimentos aos familiares e amigos.

Com informações de Rodrigo Loureiro

Opinião dos leitores

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