Diante da crise que se instaurou na Governadoria, os números publicados hoje pelo Novo Jornal se apequenam para quem está mais preocupado em redefinir a galeria de auxiliares do primeiro escalão.
De janeiro até agora, indica reportagem do matutino, 404 pessoas foram assassinadas. Nos seis primeiros meses foram 191, dos quais apenas 10 foram solucionados. De julho a outubro foram mais 213, e sobre os quais não há informação a respeito da conclusão dos inquéritos.
As estatísticas surpreendem, indignam e questionam: afinal, por que a segurança pública é tão precária?
As razões para explicar esse quadro estão entrelaçadas, não havendo uma separadamente que justifique o avanço da violência sobre a sociedade e o recuo e paralisação do Estado.
Por um lado, temos um crime digital, enquanto os governantes trabalham no analógico. Prova disso é negligência a quem foram entregues os tutores da segurança pública estadual, para quem não pode haver combate à criminalidade se não houver condições para a execução desse ofício.
Aqui no RN, conforme já noticiamos, na próxima sexta-feira, uma greve branca será deflagrada. A polícia deixará de atender diligências se não houver condições para tal. A saber: diversas viaturas do sistema policial estão irregulares; as munições das armas estão em grande parte vencidas e os coletes de segurança já não são o que se pretendem.
Dias atrás, a residência da governadora Rosalba Ciarlini, em Mossoró – outra cidade em situação periclitante – foi invadida por bandidos. É irônico –e até justo – que quem disponha dos meios para solucionar esse caos e não o faz também prove do calvário que diariamente vivemos.
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