Considerado o homem mais rico do Brasil, o empresário Eike Batista viu três de suas empresas perderem R$ 7,2 bilhões em valor de mercado nesta quarta-feira (27), com a queda no preço das ações da OGX (petróleo e gás), da MMX (mineração) e da LLX (logística).
O resultado foi gerado pelo anúncio feito na terça (26), após o fechamento do mercado, da redução da vazão para 5.000 barris de óleo por dia do Campo de Tubarão Azul (antigo Waimea). A estimativa era de 18 mil barris/dia.
A informação gerou desconfiança do mercado e refletiu-se sobre o preço das ações de outras empresas do grupo, como a CCX (produção de carvão), a OSX (estaleiros e fretamento de plataformas), a MPX (setor elétrico) e a PortX (exploração portuária).
O índice da Bovespa também foi afetado pelo resultado ruim e fechou em queda de 1,35%, com 53.108 pontos. O volume negociado foi de R$ 5,9 bilhões (sendo cerca de 20% referentes à OGX) em 849.925 operações.
Para conter os ânimos, Batista convocou uma conferência com investidores e afirmou que a redução é pontual para ajuste na bomba de um dos poços do campo.
O empresário afirmou ainda que tem US$ 9 bilhões em caixa para investimentos.
As ações da OGX registraram a maior queda, 25,33%, e fecharam o pregão cotadas a R$ 6,25. O valor de mercado da empresa caiu de R$ 27 bilhões para R$ 20,2 bilhões, segundo analistas de mercado consultados pela Folha de São Paulo.
A MMX, que era cotada a R$ 4 bilhões, teve seu valor reduzido para R$ 3,7 bilhões. As ações da empresa fecharam ontem em queda de 6,94%, cotadas a R$ 6,03.
A LLX perdeu R$ 120 milhões, com as ações cotadas a R$ 2,23 (queda de 7,47%).
“A redução na produção de óleo pegou todo o mercado de surpresa. Isso pode aumentar a desconfiança dos investidores”, disse Nataniel Cezimbra, analista de investimento do Banco do Brasil.
Comente aqui