O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira(17) que é possível estabelecer ações contra o desperdício de alimentos para fortalecer os programas sociais. “A principal ideia é conectar a solução do problema do desperdício com o ataque direto à fome que é justamente objetivo das nossas políticas sociais. Precisamos facilitar a conexão entre as políticas sociais de um lado e o desperdício que ocorre do outro lado”, ressaltou ao participar de evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Segundo o ministro, podem ser elaboradas propostas para que diferentes setores reaproveitem comida que seria perdida para apoiar famílias em insegurança alimentar. “Podemos, por exemplo, pensar em um incentivo para que todos esses alimentos perdidos, ao invés de serem jogados fora, possam serem canalizados para programas sociais, como postos de atendimento endereçados aos mais necessitados”, acrescentou.
Para Guedes, é preciso que o país concilie as diversas necessidades para promover crescimento econômico e melhoria da qualidade de vida da população. “Queremos manter toda a cadeia produtiva funcionando. Que o Brasil consiga expandir sua área de produção sem destruir o meio ambiente. Esse tratamento de água e esgoto também é preocupação do nosso governo, assim como a perda de alimentos”.
O ministro enfatizou ainda a contradição entre o Brasil ser um dos maiores produtores do mundo e ainda ter pessoas vivendo com insegurança alimentar. “O país não pode ser o celeiro do mundo sem acabar com a fome”, destacou.
Trocando em miudos, o que a matéria lubrifica, querem dar os restos de comidas dos ricos para os pobres. Canalhice. O país precisa de políticas publicas de erradicação da pobreza, precisa de empregos, precisa de dignidade. Esses canalhas escolhem tirar a dignidade do povo. O custo disso, dessa desmoralização aparece nas “doações” que os siqueiras Jr recebem. Tirem esses canalhas.
Guedes acha que brasileiro vive demais, agora acha que come demais e inventou de prorrogar vencimento de comida e distribuir sobras. Bolsonaro escolheu um ser humano a altura dele para ser ministro.
Mais 4 anos com esse homem eu não sei o que será da classe média. Simplesmente desaparecerá
Um homem que arrancou prótese de silicone da companheira com uma faca foi preso na madrugada desse domingo (30), no Distrito Federal.
A Polícia Militar (PMDF) foi acionada às 4h30 de ontem para averiguar uma briga de casal no Núcleo Bandeirante, região administrativa (RA) do DF. Segundo relato da vítima, que estava recém-operada, ela foi agredida com murros na cabeça e nas costas.
O companheiro usou uma faca de cozinha para arrancar o silicone do seio esquerdo dela. Em seguida, ele arremessou a prótese pela janela da residência.
Policiais tiveram de realizar varredura na área externa da casa para localizar o silicone. Suspeito confessou o crime e foi conduzido para a 21ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga, onde recebeu autuação em flagrante por lesão corporal pela Lei Maria da Penha.
A vítima foi levada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) para o Hospital de Base, na região central de Brasília.
Um estudo conduzido pelo Banco BTG Pactual apontou que o Brasil é o 4º país do mundo com mais barreiras não tarifárias para importação de produtos. Conforme o levantamento, 86,4% das importações brasileiras são submetidas a alguma barreira.
A Argentina lidera o ranking. Leia a lista:
Argentina (94,6%);
União Europeia (94,3%);
Canadá (88,6%);
Brasil (86,4%);
Estados Unidos (77,4%);
Japão (76,2%);
Colômbia (71,8%);
Indonésia (69%);
Chile (67,8%);
Peru (53,3%);
México (53%);
Índia (45,6%).
As barreiras não tarifárias são regulamentações que podem restringir a importação de produtos em que não há o pagamento de taxas, como normas sanitárias, processos alfandegários, medidas fitossanitárias, subsídios, entre outras normativas.
O estudo do BTG Pactual aponta que os entraves aplicados pelo Brasil, que servem como proteção dos produtos nacionais contra concorrência externa, podem ser levados em consideração pelos Estados Unidos em relação à aplicação da nova política comercial imposta pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano).
Para obter os índices, a instituição financeira usou uma plataforma de comércio do Banco Mundial. A partir disso, chegou a um percentual que representa o valor das importações de cada nação sobre as quais existe algum tipo de norma que pode limitar a aquisição de itens.
Um trecho do estudo aponta que, a partir deste cálculo, o Brasil aparece como um dos países que mais impõem restrições a produtos dos Estados Unidos.
“Esse perfil regulatório e tarifário reforça a percepção de Trump de que o Brasil mantém práticas protecionistas que restringem a entrada de produtos americanos, o que poderia justificar medidas retaliatórias sob a lógica da política de ‘reciprocidade de tarifas’ anunciada pelos Estados Unidos”, afirma o estudo.
O estudo aponta ainda que, ao observar as alíquotas efetivamente aplicadas em importações, a taxa brasileira sobre produtos dos EUA é de 5,8%, enquanto a tarifa dos norte-americanos sobre produtos oriundos do Brasil é de 1,3%.
Isso significa que, caso os Estados Unidos decidam aplicar uma política de reciprocidade, podem impactar a economia brasileira em US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões, conforme o estudo.
O ex-presidente Jair Bolsonaro estará no RN no dia 11 de abril para cumprir extensa agenda no Estado. Pelas redes sociais, o ex-gestor publicou um vídeo onde convoca os potiguares a acompanharem suas atividades, primeiro em Acari, para conhecer a Cidade da Moda. Depois seguirá para a Barragem de Oiticica, em Jucurutu, encerrando o dia no primeiro Seminário do Rota 22, em Pau dos Ferros.
“Nosso objetivo é claro, ouvir o povo, entender as dificuldades de cada região e trabalhar por um desenvolvimento de verdade. Longe de promessas vazias. Faça parte dessa transformação”, disse Bolsonaro.
Aos 16 anos, Thalyta Vitória Silva de Santana enfrenta uma das batalhas mais difíceis da sua vida. Prematura extrema, nasceu com apenas 400 gramas e se tornou a menor bebê sobrevivente da história do Rio Grande do Norte. Hoje, ela luta contra a doença renal crônica em estágio final, com apenas 7% da função dos rins, além de sofrer com bexiga neurogênica crônica e perda de 90% da visão do olho direito.
Thalyta depende de hemodiálise para sobreviver e sente dores intensas diariamente. Um dos medicamentos essenciais para o controle das dores ósseas, antes fornecido pela UNICAT, está em falta há três meses. Sem condições financeiras de comprar o remédio, a família vive um momento desesperador.
Com uma trajetória marcada pela superação, Thalyta já passou por 23 cirurgias, incluindo a retirada de mais de 100 pedras da vesícula. As sucessivas intervenções fragilizaram seus ossos, tornando-a cadeirante. Hoje, a cadeira de rodas que utiliza está inadequada e quebrada, o que agrava ainda mais seus desafios diários.
De acordo com a nefropediatra Stella Beatriz, Thalyta precisa urgentemente de um transplante de rim. No entanto, por causa das comorbidades e do histórico de cirurgias, o procedimento só pode ser realizado em um centro de referência com estrutura adequada para o pós-transplante. Por isso, o tratamento precisa acontecer no Rio Grande do Sul, onde ela terá condições seguras para enfrentar essa etapa.
A família lançou uma campanha solidária para arrecadar R$ 100 mil, valor necessário para custear:
– Medicamentos de uso diário
– Fraldas e manutenção da cadeira de rodas adaptada
– Hospedagem, alimentação e transporte no Rio Grande do Sul
– Despesas básicas para Thalyta, sua mãe, sua irmã e o irmãozinho de 1 ano durante os seis meses de tratamento
Quem puder contribuir, qualquer valor faz diferença e pode ser doado via Pix:
Chave Pix: 8499610-4887 (Thalyta Vitória Silva de Santana)
A esposa do jogador Daniel Alves, Joana Sanz, anunciou que está grávida em publicação nas redes sociais, nesta segunda-feira (31).
O anúncio veio quatro dias após a anulação da condenação por estupro que havia sido imposta ao jogador pela justiça espanhola em 2024. A modelo comentou a decisão da justiça e disse que foi atacada durante o período em que Alves foi acusado e preso.
No texto, Sanz explica que gostaria de compartilhar o anúncio quando a gravidez estivesse mais “evidente, mas quis compartilhar pelas estão na luta”, em referência à cobrança de não ter engravidado e da pressão social que sofreu para ser mãe. Ela explica que faz tratamentos para engravidar há cinco anos.
Ela também relata a emoção de ouvir o coração do bebê batendo durante a ecografia e o medo de um aborto, pois sofreu outros três ao longo do tratamento. Sanz destaque que este é seu “último embrião congelado”
No vídeo, ela aparece aplicando uma injeção na barriga, o que pode ser associado a um tratamento hormonal. Depois, Joana mostra um teste de gravidez positivo e um exame de ultrassonografia.
Daniel Alves está sem redes sociais e não se pronunciou sobre a gravidez da esposa. Ele não aparece no vídeo. O atleta tem dois filhos de um casamento anterior.
O processo para a criação da Comissão Binacional de Contas da hidrelétrica de Itaipu, acordado por Brasil e Paraguai em 2021, está parado desde 2023. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) travou a análise da proposta de instalação do órgão externo que deverá fiscalizar os gastos da empresa. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o caso só deverá ser retomado a partir de junho, depois que os 2 países concluírem as negociações do chamado Anexo C, que redefinirá as bases financeiras das tarifas de energia.
Os gastos bilionários do lado brasileiro com projetos que não têm relação direta com a geração de energia têm sido alvo de críticas cada vez mais contundentes de políticos e da mídia. Entre outros gastos, Itaipu destinou R$ 1,3 bilhão para obras da COP30, conferência sobre o clima da ONU (Organização das Nações Unidas), que será realizada em novembro em Belém (PA), a mais de 2.800 km de Itaipu (que fica em Foz do Iguaçu, no Paraná). Outros R$ 15 milhões foram gastos em um evento cultural paralelo à Cúpula do G20, realizado no Rio, em novembro do ano passado.
As críticas abarcam também a falta de transparência na alocação desses recursos. Por ser uma empresa binacional, a hidrelétrica não está sujeita à fiscalização direta dos órgãos de controle brasileiros ou paraguaios. A usina diz, porém, que “já atende a padrões internacionais e tem uma política interna bastante rigorosa no controle das contas”.
O orçamento de Itaipu para 2025 destina quase R$ 9 bilhões (US$ 1,58 bilhão no câmbio atual) para a rubrica “outros”, em que não há especificação dos gastos. Desse total, R$ 4,8 bilhões (849,6 milhões) foram alocados para o lado brasileiro, e R$ 4,2 bilhões (US$ 730,5 milhões) para a gestão paraguaia. O montante é parte dos R$ 15,8 bilhões (US$ 2,8 bilhões no câmbio atual) que compõem o custo dos serviços de eletricidade para os consumidores brasileiros e paraguaios neste ano.
Esse tipo de despesa financia projetos e obras sociais, de infraestrutura, apoio cultural e preservação ambiental, entre outros. Além disso, desde 2023, o número de municípios beneficiados pela hidrelétrica passou de 54 para 434. Isso significa que a empresa pode destinar recursos para todas as cidades do Paraná e outras 35 no Mato Grosso do Sul.
Esses custos, no entanto, contribuem para encarecer a conta de luz dos brasileiros, principalmente dos moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Lula, porém, endossa e incentiva que Itaipu faça “política social”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou profunda irritação com Vladimir Putin, presidente da Rússia, devido aos ataques à credibilidade do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
As declarações de Donald Trump, realizadas durante em entrevista à NBC News neste domingo, 30, representa uma mudança significativa na postura do republicano em relação a Putin. O presidente norte-americano mantinha aproximação com o líder russo desde seu retorno à Casa Branca.
O republicano também ameaçou impor tarifas secundárias ao petróleo da Rússia se não houver avanços nas negociações para um acordo que encerre o conflito com a Ucrânia — que se iniciou em fevereiro de 2022.
“Se a Rússia e eu não conseguirmos chegar a um acordo para parar o derramamento de sangue na Ucrânia, e se eu achar que isso foi culpa da Rússia, vou impor tarifas secundárias sobre todo o petróleo vindo de lá”, disse Trump. “Isso significaria que, se você comprar petróleo da Rússia, não poderá fazer negócios nos EUA.”
Proposta de Putin irrita Trump
A proposta de Putin de formar um governo de transição na Ucrânia, que afastaria Volodymyr Zelensky do cargo, intensificou a irritação de Trump. Essa proposta foi feita na sexta-feira 28, baseando-se no fato de que o mandato do ucraniano expirou em maio do ano passado, mas a lei marcial impede novas eleições.
Anteriormente, Trump havia voltado suas críticas apenas a Volodymyr Zelensky, chamando-o de ditador em algumas ocasiões. Líderes europeus tentaram mediar um encontro entre Trump e o presidente ucraniano, que resultou em uma discussão pública no Salão Oval da Casa Branca.
A relação entre o republicano e Volodymyr Zelensky tem sido tensa, especialmente após a tentativa de aproximação falhar. Até então, os Estados Unidos eram vistos como aliados fundamentais da Ucrânia na guerra, que já dura mais de três anos.
Conflito na Ucrânia continua
Apesar das tensões, Kiev e Moscou concordaram com um cessar-fogo formal, o primeiro desde o início do conflito, que abrange o Mar Negro e infraestruturas energéticas. No entanto, os bombardeios continuam. Na noite deste sábado, 29, um ataque de drone russo em Kharkiv resultou na morte de duas pessoas e feriu 35, danificando um hospital militar e residências.
A Força Aérea da Ucrânia informou que a Rússia lançou 111 drones e um míssil balístico, atingindo regiões como Kharkiv, Sumy, Odessa e Donetsk. O Ministério da Defesa da Rússia mencionou que 140 distritos ucranianos foram atacados, mas não fez referência ao hospital. Durante a entrevista, Trump também ameaçou o Irã com bombardeios ou novas tarifas se não houver acordo sobre o programa nuclear.
Questão nuclear iraniana
Em seu primeiro mandato, Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015 com o Irã. Desde então, o país ultrapassou os limites de enriquecimento de urânio estabelecidos. Países ocidentais acusam o Irã de enriquecer urânio para desenvolver armas nucleares secretamente. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que o Irã está aberto a negociações.
Na quinta-feira passada, 27, sob pressão dos EUA, o Irã declarou estar disposto a negociar um novo acordo nuclear, desde que o processo ocorra de forma indireta. Não está claro se as ameaças de Trump envolvem ações unilaterais ou uma operação conjunta com Israel. Trump destacou a importância do diálogo para monitorar as atividades nucleares iranianas.
Possível nova candidatura de Trump
Quando questionado sobre uma nova candidatura presidencial, Trump não descartou a possibilidade, mas ressaltou as limitações impostas pela 22ª Emenda da Constituição dos EUA, que restringe os presidentes a dois mandatos.
Sem detalhar alternativas possíveis, o presidente norte-americano declarou: “Existem métodos pelos quais você poderia fazer isso”.
Trump também comentou o vazamento de informações confidenciais dos EUA por meio de um chat no aplicativo Signal. O presidente reafirmou sua confiança no conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz: “Eu não demito pessoas por causa de notícias falsas nem por causa de caças às bruxas”.
O retorno do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ao Brasil deve mobilizar a oposição, ao longo desta semana, para tentar avançar na tramitação do projeto de lei que anistia condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Hugo passou a última semana em viagem oficial ao Japão ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e de outras autoridades, como ministros e parlamentares.
A bancada do PL e líderes que apoiam a proposta devem se reunir com Hugo na terça-feira (1º) para tentar convencer o presidente da Casa a pautar o requerimento de urgência do projeto. Se for aprovado, a matéria poderá ser analisada diretamente pelo plenário da Câmara, sem passar por uma comissão especial.
A expectativa do líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), é de debater o tema com Hugo e com os demais líderes partidários ao longo desta semana. O deputado quer votar a proposta no plenário a partir do dia 8 de abril.
O tema ganhou força após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados réus no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota do político nas eleições de 2022.
Obstrução
O PL tem ameaçado obstruir a pauta de votações da Câmara caso o projeto da anistia não seja pautado. A obstrução é um instrumento utilizado pelos parlamentares para atrasar ou evitar a votação de determinados projetos.
O movimento pode ser realizado por meio de mecanismos como pronunciamentos longos, pedidos de adiamento de discussão e até a saída do plenário para evitar o quórum mínimo para votações.
Na última quinta-feira (27), durante a ausência de Hugo Motta, o PL tentou obstruir a votação de acordos internacionais, sem sucesso. Dos quatro itens da pauta, dois foram aprovados. Os demais foram retirados.
A movimentação foi criticada pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ). “Nós não vamos aceitar que tentem paralisar o Brasil e pautas importantes para o povo brasileiro para salvar Bolsonaro da cadeia! É #SemAnistia!”, publicou o parlamentar no X (antigo TwitteR) na última quinta-feira (27).
Tramitação
Considerada pauta prioritária para a oposição, a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro está travada na Câmara desde o ano passado. No fim de outubro de 2024, o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), deu novo despacho e retirou o projeto da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde estava prestes a ser votado.
Desde então, está pendente a criação de comissão especial para analisar a proposta. Para tal, é necessário o aval de Hugo Motta para os chefes de bancada indicarem os integrantes do colegiado.
O projeto foi debatido na última reunião do colégio de líderes, mas não houve consenso para o seu avanço. O tema opõe governistas e integrantes da oposição, que têm pressionado Motta.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil ocupa “posição privilegiada” para enfrentar a guerra comercial global. Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, publicada no domingo (30.mar.2025), Haddad evitou responder diretamente sobre o deficit fiscal brasileiro e comentou sobre a “chateação” do mercado com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Quando questionado se o governo tinha o deficit sob controle, o ministro comparou sua função a um piloto de Fórmula 1. “Você não liga para ele e pergunta se tudo está sob controle”, disse Haddad. “Acho que temos uma boa equipe, um bom carro e, quem sabe, talvez até um bom piloto”, declarou. O jornal destacou projeções do FMI que indicam aumento da dívida bruta brasileira de 87,6% do PIB em 2024 para 97,6% em 2029.
No cenário internacional, Haddad comentou o fato de o Brasil não sofreu medidas exclusivas americanas apesar das críticas às taxas brasileiras. O ministro citou o superavit norte-americano de US$ 7,4 bilhões na balança comercial com o Brasil como fator que explica a ausência de retaliações.
“Não vejo nenhuma chance de escolher um lado”, declarou Haddad sobre as relações com China e EUA, principais parceiros comerciais do Brasil. Ele destacou o “excelente relacionamento bilateral” com os chineses e a “parceria histórica” com os americanos.
O ministro mencionou o acordo entre Mercosul e União Europeia, assinado em dezembro de 2024 após mais de 20 anos de negociação. O acordo elimina tarifas em 90% do comércio bilateral, mas enfrenta resistência de países como França e Polônia.
Haddad também afirmou que o mercado financeiro está “chateado” com o governo Lula porque “deu certo”. O ministro disse que gestores que apostaram contra o governo após a vitória eleitoral de 2022 “perderam dinheiro”.
Personagem central na investigação da suposta trama golpista, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid mudou cinco vezes sua delação e isso será um dos principais argumentos das defesas dos outros réus para tentar desqualificar as acusações no julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao longo de um ano e quatro meses em que prestou 12 depoimentos, o tenente-coronel elevou a gravidade dos fatos e mudou versões até incluir o ex-ministro Walter Braga Netto como peça-chave de uma reunião na qual teriam sido discutidas ações para promover o “caos social”.
As alterações e controvérsias, como a divulgação de um áudio em que Cid dizia estar sendo pressionado a falar à Polícia Federal “coisas que não aconteceram”, levantaram questionamentos das defesas dos outros acusados e pedidos de anulação da delação, o que já foi negado pelo STF.
O GLOBO analisou cerca de 250 páginas que tratam do teor dos depoimentos prestados por Cid entre agosto de 2023 e dezembro de 2024. O conteúdo revela que ele mudou de versão em pelo menos duas ocasiões e acrescentou informações novas em outras três. Procurada, a defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirmou que o “calendário e forma de coleta” da delação foram definidos pela Polícia Federal e que a colaboração “não teve idas e voltas”. A nota acrescenta que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, homologou a colaboração.
‘Mentiroso’
Como mostrou um levantamento feito com auxílio de inteligência artificial, os advogados dos outros sete integrantes do “núcleo central” tiveram como uma das estratégias a tentativa de desqualificar a delação — Cid chegou a ser chamado de “mentiroso”. O ministro Luiz Fux votou para tornar réus todos os denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas criticou “omissões” nos depoimentos do tenente-coronel e disse que ele foi “a cada hora acrescentando uma novidade”. A ponderação foi vista pelas defesas de forma positiva.
A delação de Cid foi corroborada por outros elementos ao longo da apuração. O tenente-coronel relatou a elaboração de uma minuta golpista e de reuniões para discuti-la, com a participação de Bolsonaro. A informação foi confirmada pelos ex-comandantes do Exército Marco Antônio Freire Gomes e da Aeronáutica Baptista Júnior. Mensagens encontradas no inquérito e registros de entrada no Palácio da Alvorada também reforçaram as declarações.
Cid iniciou a rotina de depoimentos em agosto de 2023, três meses após ser preso no curso da investigação sobre a suposta fraude nos cartões de vacinação de Bolsonaro e da filha — na sexta-feira Moraes arquivou o caso. Naquela ocasião, o militar prestou seis esclarecimentos sobre assuntos como a trama golpista, milícias digitais, vacinas e o suposto desvio de joias da Presidência. No mês seguinte, foi solto por determinação de Moraes e continuou colaborando.
Em março de 2024, deu dois novos depoimentos à PF, com mais detalhes sobre a suposta tentativa de golpe. Omissões e uma série de acontecimentos ao longo do ano passado, no entanto, provocaram reviravoltas. Naquele mesmo mês, ele foi preso novamente, logo após um interrogatório no STF, sob acusação de descumprir medidas judiciais e de obstruir a Justiça. O depoimento foi convocado para que ele explicasse áudios revelados pela revista Veja em que afirmava ter sido pressionado pela PF e fazia críticas aos métodos de Moraes. Depois, disse que havia feito as declarações como um “desabafo” e que se tornou delator de forma “espontânea e voluntária”.
Cid foi solto, mas a análise do conteúdo que havia sido deletado de celulares e computadores do tenente-coronel revelou elementos que haviam ficado fora das declarações, o que fez a PF e a PGR pedirem novas informações, deixando a delação em xeque. Foi aí que o ex-ajudante de ordens deu um passo além. Em 19 de novembro do ano passado, em audiência com Moraes, acrescentou informações relevantes. O novo tom foi antecedido por um aviso: o ministro disse que aquela seria a “última chance” de dizer a “verdade sobre tudo”, além de lembrá-lo que eventual rescisão do acordo poderia levar à “continuidade das investigações” sobre o pai, a mulher e uma das filhas.
Diante das novas circunstâncias, Cid pôs Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, como peça central na formulação do suposto plano golpista. Segundo o delator, o general foi o anfitrião de uma reunião em novembro de 2022, logo após a derrota de Bolsonaro, em que foram discutidas “ações” que provocassem “caos social” para a decretação de um estado de defesa ou de sítio.
“Na reunião se discutiu novamente a necessidade de ações que mobilizassem as massas populares e gerassem caos social, permitindo, assim, que o presidente (Bolsonaro) assinasse o estado de defesa, estado de sítio ou algo semelhante”, relatou Cid, pontuando que foi retirado da reunião pelo general pela sua “proximidade” com Bolsonaro.
A mesma história já tinha sido narrada de outra forma. Em março de 2023, Cid havia dito que a reunião teria sido um encontro comum com o pretexto de levar dois amigos militares a “tirarem uma foto” com Bolsonaro e “darem um abraço” no ex-chefe da Casa Civil. “Que não foi possível encontrar no Alvorada e, diante disso, acertou com o Braga Netto o encontro na casa do general”, disse ele.
Sobre os assuntos ali tratados, Cid listou a “conjuntura nacional do país, a importância das manifestações, o pedido de intervenção militar, se as manifestações podiam ou não estar estar lá”, em referência aos acampamentos em frente a instalações do Exército. Não houve naquele momento menção a discussões para insuflar a ofensiva golpista.
Calígula e Direita (des)Honesta…apareçam…a “lavagem” de vcs tá quase pronta…Guedes tá providenciando…
Trocando em miudos, o que a matéria lubrifica, querem dar os restos de comidas dos ricos para os pobres. Canalhice. O país precisa de políticas publicas de erradicação da pobreza, precisa de empregos, precisa de dignidade. Esses canalhas escolhem tirar a dignidade do povo. O custo disso, dessa desmoralização aparece nas “doações” que os siqueiras Jr recebem. Tirem esses canalhas.
Tomara que não seja igual ao Doria e sua farinata…
Guedes acha que brasileiro vive demais, agora acha que come demais e inventou de prorrogar vencimento de comida e distribuir sobras. Bolsonaro escolheu um ser humano a altura dele para ser ministro.
Mais 4 anos com esse homem eu não sei o que será da classe média. Simplesmente desaparecerá