O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse no início da noite desta sexta-feira que recursos do Banco do Brasil alimentaram o esquema do mensalão.
Ele disse que o então diretor de marketing do banco, Henrique Pizzolato, ligado ao PT, desviou mais de R$ 73 milhões oriundos de um fundo de investimento da Visanet, empresa privada que tem o Banco do Brasil como acionista.
“A gestão de Pizzolato como diretor de marketing foi marcada por dois aspectos. Alterou a forma dos repasses e concentrou os repasses na empresa de Marcos Valério de Souza”, disse.
Gurgel utilizou dados da CPI dos Correios para apontar que mais de 60% dos recursos enviados pelo Banco do Brasil ao fundo foram destinados para a DNA Propaganda, uma das agências do publicitário Marcos Valério de Souza. Foram R$ R$ 91,9 milhões de R$ 151, 9 milhões.
Disse ainda que uma auditoria do banco mostrou que não havia contrato formal para disciplinar a utilização desses recursos. “Os pagamentos eram feitos sem análise prévia nem a confirmação da prestação de serviços.” Pizzolato, segundo ele, assinou três das quatro autorizações de repasses desses recursos.
Gurgel também afirmou que a DNA Propaganda emitiu notas fiscais frias para comprovar serviços que não foram prestados. Isso, de acordo com ele, foi comprovado pelo Instituto Nacional de Criminalística. Ele acusa ainda Pizzolatto de ter recebido R$ 326,6 mil de Marcos Valério mediante um saque em uma agência do Banco Rural no Rio de Janeiro.
Fonte: Valor Econômico
Foto: Reprodução
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