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O vice-presidente Michel Temer precisou costurar na noite desta segunda-feira uma trégua entre deputados descontentes do PMDB e a liderança do partido na Câmara.
Em uma reunião de mais de duas horas, o vice ouviu oito deputados descontentes com o que chamaram de “posição periférica” nas decisões da sigla. Em seguida, chamou o líder do partido na Câmara, Eduardo Henrique Alves (RN), para a conversa.
“Algumas correntes dentro do partido queriam ser mais ouvidas”, resumiu o deputado Osmar Terra (RS). “São questões programáticas, não de cargos”, disse Darcísio Perondi (RS), citando a votação da emenda 29, que o grupo insiste que entre em votação nesta semana.
Já a vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (ES), saiu do encontro afirmando que as lideranças do partido “aceitaram mudar a metodologia de trabalho”.
Eduardo Alves afirmou que em um partido do tamanho do PMDB é normal haver discussões. “Eu admito minha culpa. O PMDB não é um partido de ordem unida, é um partido unido”, disse ele ao final do encontro. Mesmo assim, não pareceu ter mudado de opinião sobre a emenda 29, que o Planalto não quer ver em votação tão cedo. “Não está nem na pauta”, disse Alves.
Temer foi o último a deixar o local. Não quis fazer declarações e afirmou que “tudo já havia sido resolvido”.
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