Por Folha de São Paulo
Alvo de suspeitas devido à destinação que deu à sua cota de verbas federais, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) se reuniu nos últimos dois dias com os governadores dos três maiores Estados do país em busca de apoio.
Favorito para a eleição à Presidência da Câmara no próximo dia 4, o peemedebista tem feito um périplo pelo país a bordo de um jato cedido pelo hoje deputado e ex-governador de Minas Newton Cardoso (PMDB).
Em almoço ontem com os 22 deputados do Rio, mais o governador Sérgio Cabral (PMDB) e o prefeito Eduardo Paes (PMDB), Henrique Alves afirmou que se considera “um pedaço da Câmara”.
“Quero que vocês olhem para mim como um pedaço da Câmara. Não quer dizer que sou perfeito. Sou um cidadão comum que cometo meus erros e tenho meus defeitos”, disse ele aos deputados, na churrascaria Fogo de Chão, na zona sul do Rio. Cada um dos convidados pagou cerca de R$ 150 pelo almoço.
Na fala aos deputados, ele comentou de forma resumida o caso da empresa do ex-assessor Aluizio Dutra, a Bonacci, que foi beneficiária de recursos de emendas suas.
“Ele é meu assessor há 13 anos, estava fora da empresa, realizou comigo um bom trabalho. Mas ele mesmo percebeu que estava gerando distorções políticas e saiu.”
Cabral disse que “há muita motivação política” no caso.
No almoço, Henrique Alves voltou a defender o chamado orçamento impositivo, no qual gastos determinados pelo Congresso devem ser cumpridos pelo Executivo.
No final da tarde, o peemedebista voou para São Paulo para se reunir com o governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes.
A reunião contou com a presença do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). Mais cedo, Alckmin defendeu que o PMDB comande a Câmara por ser o maior partido da Casa.
Na verdade, o PT é o maior, com 87 deputados, mas fez acordo para apoiar o PMDB.
O governador tucano evitou, entretanto, defender o nome de Henrique Alves afirmando que o PMDB é quem escolhe o candidato.
No início da noite, teve início um jantar de Henrique Alves com a bancada de deputados no restaurante Figueira Rubaiyat, na zona nobre da cidade. Na entrada, o ex-prefeito Paulo Maluf (PP-SP) minimizou as críticas ao peemedebista.
“Tem muito padre acusado de pedofilia, nem por isso eu deixo de ser católico.”
Anteontem o peemedebista havia se encontrado com o governador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Recurso público
O PMDB afirmou que vai bancar o pagamento do combustível usado pelo jatinho cedido por Newton Cardoso (PMDB-MG), além das taxas aeroportuárias, usando o fundo partidário, que é um recurso público destinado às siglas.
Segundo a assessoria de Alves, Cardoso não cobrará do peemedebista o custo com a carga horária dos pilotos durante os dez dias em que Alves percorrerá 18 cidades.
No mínimo esse Assessor tinha informações privilegiadas para participar das "licitações". A saída do assessor é apenas uma maquiagem. Fora os cargos em órgãos públicos (judiciário) que os parentes conseguem por meio do Deputado. Que claro "NEGA". Enquanto isso os idiotas morrem de estudar …………heheheheh