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A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, foi presa ao deixar uma manifestação convocada por ela em Caracas, segundo a emissora local “VPI TV”. Esta tinha sido a primeira aparição em três meses da política venezuelana, que está sendo investigada criminalmente desde o início de agosto por suposta instigação à insurreição e traição à pátria.
A líder da oposição participou de protestos nacionais contra a posse do presidente Nicolás Maduro, que ocorre amanhã. Há ainda a expectativa de que o candidato presidencial da oposição, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, volte a Venezuela nas próximas horas mesmo depois do governo ter definido uma recompensa para quem conseguisse detê-lo.
Segundo a emissora, a funcionária da oposição Magalli Meda confirmou que María Corina foi “violentamente interceptada” ao sair da manifestação.
“María Corina foi violentamente interceptada ao sair da concentração em Chacao. Agentes do regime dispararam contra as motos que a transportavam”, segundo o perfil no X (Twitter) da campanha da oposição, o Comando ConVzla.
As manifestações da oposição foram convocadas em quatro regiões da capital venezuelana e nas principais cidades dos 23 Estados do país
e comprovam os números divulgados. Em um esforço paralelo, a oposição reuniu e divulgou na internet mais de 80% das atas cujos resultados indicam ampla vitória de González.
As manifestações da oposição foram convocadas em quatro regiões da capital venezuelana e nas principais cidades dos 23 Estados do país.
“Quiseram nos dividir, mas a Venezuela se uniu hoje e não temos medo… Ouçam bem: isso acabou!”, disse Corina, em cima do teto de um caminhão que estava no centro da manifestação da oposição, em Caracas.
“Não temos medo!”, gritou a multidão em resposta.
Corina está sendo investigada criminalmente desde o início de agosto por suposta instigação à insurreição e traição à pátria, e permaneceu na clandestinidade até o momento.
Agentes de segurança bloquearam os acessos a duas pontes que ligam a principal rodovia que atravessa Caracas de leste a oeste em direção à sede da Conferência Episcopal, no bairro de Montalbán, um dos quatro pontos onde os simpatizantes da oposição irão se concentrar.
As concentrações das manifestações foram cercadas por agentes de segurança armados com fuzis e apoiadores do governo em motocicletas. Apesar da tensão no local, houve apenas trocas de gritos entre os dois grupos, segundo a “Associated Press”.
Como resposta ao movimento da oposição, apoiadores de Maduro convocaram uma marcha ao longo de uma das principais avenidas do leste de Caracas. O trajeto da caminhada dos partidários do governo passará por dois dos quatro pontos de concentração indicados pela oposição.
González está atualmente na República Dominicana onde se encontrou com lideranças locais e se prepara para retornar a Venezuela.
“Nos veremos todos muito em breve em Caracas, em liberdade”, disse González durante coletiva na porta do palácio presidencial dominicano.
O líder venezuelano agradeceu o apoio da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Grupo IDEA) e qualificou o evento como um ato “muito significativo para o povo venezuelano”.
“Em todas as ruas do nosso país está se lutando. Coube a nós aprendermos duras lições como povo”, disse González, que está exilado na Espanha desde setembro passado.
Fonte: Valor Econômico
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