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Apesar da desaceleração na inflação em janeiro, os preços de bens e serviços deverão seguir pressionando a economia brasileira neste ano e o índice deverá estourar o teto da meta estipulada pelo segundo ano seguido. Em 2024, a inflação acumulou alta de 4,83%.
Segundo dados divulgados na última terça-feira (11/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços subiram 0,16% em janeiro, menor taxa para o mês desde 1994, ano da implementação do Plano Real. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou 0,36 ponto percentual em comparação a dezembro de 2024 (0,52%), mostrando desaceleração.
Desaceleração dos preços
O Brasil, no entanto, tem inflação acumulada de 4,56% em 12 meses (de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025) — ligeiramente acima do teto da meta para este ano, que é de 4,50%.
A desaceleração do IPCA no primeiro mês de 2025 foi influenciada, principalmente, pela queda de 14,21% nos preços da energia elétrica residencial. O subitem exerceu o impacto negativo mais intenso (-0,55 ponto percentual) sobre o índice geral.
Entenda a situação da inflação no país
Inflação deverá estourar o teto da meta pelo segundo ano consecutivo, segundo previsões, com certa estabilidade em relação a 2024.
Preços dos alimentos, que têm pressionado a inflação oficial do país, devem recuar neste ano, segundo projeções do governo federal. Ainda assim, os alimentos terão um peso importante no índice.
A inflação de alimentos passou de -0,5% em 2023 para 8,2% em 2024. Houve forte aceleração nos preços de carnes, leite e derivados e café.
IPCA é o termômetro oficial da inflação. O índice mede a variação mensal dos preços na cesta de vários produtos e serviços, comparando-os com o mês anterior. A diferença entre os dois itens da equação representa a inflação do mês observado.
Projeções para a inflação
No mais recente relatório Focus, analistas financeiros subiram pela 17ª semana consecutiva a projeção do IPCA para este ano. A estimativa para a inflação de 2025 passou de 5,51% para 5,58%.
O Ministério da Fazenda também elevou a estimativa oficial para a inflação, de 3,6% para 4,8%. Ainda assim, a pasta projeta que a inflação dos alimentos deverá cair em 2025.
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