Foto: REUTERS/Denis Balibouse
Após os Estados Unidos, Israel informou nesta quinta-feira (6) o Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU que se retirará do órgão. O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, citou “viés institucional” do conselho contra o país.
“A decisão foi tomada à luz do preconceito institucional contínuo e implacável contra Israel no Conselho de Direitos Humanos, que tem sido persistente desde a sua criação em 2006”, pontuou o chanceler em uma carta ao presidente do conselho, Jorg Lauber, que ele postou no X.
Trump assinou um decreto na terça-feira (4) para que a participação dos EUA no órgão fosse interrompida. Ele também manteve a suspensão do financiamento para a agência da ONU de assistência aos palestinos (UNRWA).
Relator especial da ONU critica saída de Israel
O Relator Especial das Nações Unidas para os Territórios Palestinos Ocupados disse que a decisão de Israel de se retirar do Conselho de Direitos Humanos da ONU é “extremamente séria”.
“Isso mostra a arrogância e a falta de percepção do que eles [Israel] fizeram. Eles insistem na autojustiça, que não têm nada pelo que serem responsabilizados, e estão provando isso para toda a comunidade internacional”, afirmou Francesca Albanese à Reuters.
Albanese destacou que teme que o que chamou de “genocídio de Israel contra os palestinos” se expanda e se intensifique na Cisjordânia.
Israel nega acusações de que está cometendo genocídio e diz que está protegendo seus legítimos interesses de segurança tanto na Cisjordânia quanto em Gaza.
“O norte [da Cisjordânia] está sendo atacado principalmente por soldados. O sul foi atacado principalmente por colonos [israelenses], e você pode ver isso como um ataque ao povo palestino como um todo”, ressaltou Albanese.
Comentando sobre a proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, Albanese pontuou que o republicano “está destruindo os princípios básicos de respeito aos direitos humanos em um espectro enorme, não apenas na Palestina… Nós nos movemos ainda mais em direção ao abismo”.
“Estou surpresa que os Estados europeus estejam se mantendo em silêncio em vez de se levantarem e dizerem: ‘Isso é um absurdo total, e não toleraremos isso’”, acrescentou.
CNN Brasil
só tá faltando os presidentes de Israel Argentina e eua trocarem as mulheres o que um faz o outro quer fazer