Política

‘Isso aqui é Brasil, não vai funcionar!’, diz Mourão sobre passaporte da imunidade

Foto: Jorge William/ Agência O Globo

Na conversa, que terá a íntegra publicada nas plataformas de streaming na sexta-feira ao meio-dia, Mourão falou ainda dos desafios da próxima operaçao de Garantia da Lei de da Ordem que deve começar nos próximos dias na Amazônia e comentou o afastamento do presidente Jair Bolsonaro. Abaixo, os principais trechos.

Os índices de desmatamento bateram recordes históricos neste ano, apesar da compra do satélite Amazonia 1 e programas de mapeamento da floresta. Por que o desmatamento está aumentando?

O que eu tenho acompanhado é o avanço dos desmatadores em cima das terras públicas, e obviamente a União é responsável por fiscaliza. Hoje, é em torno de 25 municípios da Amazônia onde se concentram quase 90% do desmatamento ilegal. Solicitamos ao presidente da República autorização para uma nova operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) de modo que a gente consiga deter esse avanço da ilegalidade.

O relatório do Conselho da Amazônia diz que na última GLO diz que houve dificuldades de relacionamento entre as Forças Armadas e os órgãos de controle ambiental, que fiscalizam o desmatamento. Como o senhor resolverá esse problema?

Se não há cooperação de todos os organismos, a gente termina por não conseguir cumprir a tarefa. As Forças Armadas não são agências fiscalizadoras. Hoje (ontem) à tarde tenho uma reunião com a turma e vou procurar naquela conquista de corações e mentes trazer todo mundo junto e dizer: “Vamos superar as vaidades de cada grupo e vamos lembrar qual o nosso estado final desejado”.

O ministro Salles vai a essa reunião?

Olha, essa reunião é dos executivos. É de quem realmente mete a mão na massa.

Mas o senhor vai.

Porque é minha obrigação. Acho que o ministro está se preparando para a defesa dele em relação aos problemas que está enfrentando. Então, ele não tem comparecido às últimas reuniões.

Ele não tem recebido os avisos? Está sem celular, será?

É, parece que o celular a Polícia Federal levou.

Segundo a PF, o Ministério do Meio Ambiente não só vem diminuindo a fiscalização, como também mandou parar a cobrança de multas. Salles e a sua equipe estão sendo investigados por crimes que vão da formação de quadrilha à facilitação de contrabando. Colocar uma GLO na Amazônia por dois meses nesse cenário não é enxugar gelo?

As agências de fiscalização têm de comparecer. Já herdamos nossas agências com problemas de falta de pessoal. Esse é um assunto que tem de ser enfrentado. Não podemos continuar com metade do efetivo de dez anos atrás. Além disso, dessa metade, 70% está sentada no ar-condicionado. É preciso que haja uma recuperação da capacidade operacional dessas agências. Senão, vamos ter de continuar a empregar as Forças Armadas numa atividade que não é a missão principal delas e, consequentemente, sem ter maior eficácia.

O senhor falou com o presidente sobre isso?

Isso já foi mostrado ao presidente. Agora, é um assunto que tem de ser debatido com o Ministério da Economia. Acho que mil fiscais não vão nos deixar nem mais ricos nem mais pobres em termos orçamentários.

Quando o general Pazuello subiu no palanque de um ato a favor do presidente, o senhor defendeu que ele fosse punido pois, caso contrário, havia o risco de se estimular a anarquia nas Forças. O comandante do Exército, depois desse episódio, terá autoridade para coibir manifestações políticas de outros militares da ativa?

As Forças Armadas, em particular o Exército, não estão envolvidas na política. Apesar de nós termos alguns companheiros que ocupam cargos políticos no governo, na imensa maioria, são todos da reserva. Acho que Pazuello é o único da ativa hoje, e ele ocupa um cargo comissionado, não político. Todas as unidades estão na mão e na perna de seus comandantes e trabalhando de acordo com suas tarefas. Não vejo nenhum problema para o comandante Paulo Sérgio.

O senhor defendeu publicamente que Pazuello passasse para a reserva e disse em uma entrevista que sugeriu isso a ele. Outros oficiais fizeram a mesma sugestão e ele não foi. Por quê?

O Pazuello completa o prazo de permanência no generalato em julho de 2022. Eu acredito que no momento em que terminar a CPI (ele irá para a reserva). Ainda existe a possibilidade dele voltar a depor. Acredito que essa seja a preocupação dele. Em mais um ou dois meses, talvez ele vá para a reserva. Pazuello perdeu o lugar dele dentro do Exército. Não há mais função pra ele.

Não há mais função por conta desse episódio?

Não é nem por conta do episódio. Ele é o oficial de intendência mais antigo dentro do Exército. Então, ele deveria ocupar o cargo de sub-secretário de Economia e Finanças, que já está ocupado por outro general. Então, não tem lugar para ele.

Há uma preocupação disseminada de que as polícias militares, que têm muitos PMs bolsonaristas, se rebelem contra governadores de oposição, como aconteceu recentemente em Pernambuco e na Bahia. A lei diz que o Exército tem que fazer o controle e a supervisão desses agentes. A instituição vai contê-los em caso de insubordinação?

A questão das polícias militares vem desde a Constituição de 1988. A partir daí, os próprios governadores — não falo dos atuais, mas daqueles que exerceram a função — politizaram as PMs. Muitas vezes, escolheram como comandante não o mais antigo ou capacitado, mas alguém simpático politicamente àquele governo. Essa politização levou a policiais eleitos dentro do Congresso, Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais. Quando a PM entra em greve é um negócio muito grave, quase um motim. (Nesses casos) O Exército foi acionado e cumpriu sua missão. Já aconteceu no Espírito Santo, duas vezes na Bahia e no Ceará, em Pernambuco.

Mas não há esse risco na eleição, com a polarização política?

Existe uma análise que vem sendo feita na qual se procura dizer “o (então presidente Donald) Trump fez aquilo (invasão ao Congresso) nos Estados Unidos, vai ter uma milícia aqui que vai (fazer o mesmo)”. Você não pode comparar a sociedade americana com a brasileira. É óbvio que você encontra um número significativo de policiais simpáticos ao nosso governo e, em particular, ao presidente Bolsonaro, mas você também tem policiais que são simpáticos à esquerda, ao PT, seja lá quem for.

O senhor não está preocupado com o levante bolsonarista?

Em absoluto! Não tem espaço. Quando a gente procura um modelo histórico e quer transpor para o presente, tem de olhar quais são as causas profundas, as causas imediatas e aquilo que pode ser o pavio que incendeia e deflagra o processo. E o processo brasileiro é outro, totalmente diferente. Então, eu não temo nada disso daí.

O combate à pandemia também opõe o presidente aos governadores. O Congresso está discutindo um passaporte de imunidade a ser cobrado em locais públicos. O senhor concorda com a proposta?

Eu acho que não vai dar certo. Cada um terá de andar com um cartãozinho na carteira dizendo que foi vacinado. O cara na entrada do restaurante vai me cobrar isso? E no parque? Esse troço não vai funcionar. Isso aqui é Brasil, pelo amor de Deus! Vai ter falsificação do passaporte, venda no camelô. Você vai à Central do Brasil, aí no Rio, e vai comprar o passaporte para você. Agora, para viajar de um país para outro, acho que será necessário, como na questão da vacina da febre amarela e outras. No deslocamento dentro do país, é uma discussão inócua.

O senhor disse nesta semana que sente falta de ser convidado para as reuniões ministeriais, o que não tem acontecido. Por que o presidente não o tem convidado para as reuniões?

Eu já deixei muito claro ao presidente que ele tem a minha lealdade. Eu jamais vou maquinar contra ele, como já aconteceu no passado recente no nosso país. Ele sabe disso muito bem. Por outro lado, ele sabe que a minha visão de mundo em muitos assuntos é totalmente distinta da dele, assim como o meu modo de agir. Eu não entendo por que o presidente me exclui dessas reuniões. E eu lamento porque deixo de tomar conhecimento de assuntos que o governo está debatendo. Lembrando que eu, eventualmente, posso substituí-lo e ter de decidir sobre algum assunto desses, que eu não sei nada. Então, eu não vou tomar decisão nenhuma se eu for substituí-lo numa situação dessas.

O presidente disse ao senhor que seu nome não estará na chapa em 2022 por conta desse afastamento?

Até o momento, ele jamais falou pra mim de forma direta, ou seja, naquele papo reto, que não serei o companheiro de chapa dele. Agora, os indícios, as próprias declarações dele, são de que ele não deseja a minha companhia no seu projeto de reeleição. Ele também pode necessitar de um outro político ou partido em termos de composição político-partidária, um troço perfeitamente normal. Não tem nada demais isso pra mim.

O senhor tem dito que a sua opção preferencial para 2022 é ser candidato ao Senado. Essa candidatura, se ocorrer, seria pelo PRTB?

Fala-se que o PTB do Roberto Jefferson o sondou. Tem alguns partidos, até mesmo o PTB, que já me procuraram. Mas eu virei político sem ter uma trajetória política. Essa história de trocar de partido é a mesma coisa que deixar de torcer pelo Flamengo e passar a torcer pelo Fluminense, Vasco. Estou me acostumando com essas coisas. E também (falta) definir se serei realmente candidato.

Malu Gaspar – O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Já não funcionava antes e agora com o MINTOmaníaco das rachadinhas fazendo uma gestão pífia e se juntando a corruptos de carteirinha do centrão, piorou muito!

  2. Faltou altivez a Mourão, não sei se por lealdade aos dogmas militantes, ou mera acomodação ao cargo, vai terminar seu mandato como a (viúva Porcina). Foi vice Presidente da República do Brasil, sem nunca ter sido.
    costumou as restrições

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Brasil

Defesa de um dos “kids pretos”, grupo de elite do Exército, pede anulação de delação premiada de Mauro Cid

Antônio Cruz/Agência Brasil – Arquivo

A defesa do tenente-coronel Rodrigo Azevedo, um dos “kids pretos”, grupo de elite do Exército, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid seja anulada. Azevedo está preso pela suspeita de participar do suposto plano de golpe de Estado e assassinato de autoridades.

Segundo a defesa, os áudios divulgados “indicam clara ilegalidade e nulidade do acordo de colaboração premiada firmado entre o tenente-coronel Mauro Cid e a Polícia Federal, uma vez que evidenciam o descumprimento dos requisitos necessários para a validação do aludido acordo”.

Para os advogados de Azevedo, o conteúdo das informações vazadas indica que Cid “teria sido constrangido a assinar um acordo de colaboração premiada cujo conteúdo era dissonante de sua versão a respeito dos fatos”.

Por isso, o conteúdo não teria validade. “Não há dúvidas de que os áudios divulgados pela imprensa indicam possível ocorrência de coação e de ausência de voluntariedade na manifestação de vontade do colaborar, o que, por razões evidentes, deslegitima, invalida e torna ilícito o conteúdo do termo do acordo de colaboração premiada firmado”, completa.

A delação premiada de Cid foi firmada em agosto de 2023 e em 2024. No primeiro depoimento, o ex-ajudante de ordens contou sobre o contexto do grupo de Bolsonaro após a derrota nas eleições para Luiz Inácio Lula da Silva. A delação do tenente-coronel do Exército aborda as divisões internas no núcleo duro de apoio ao ex-presidente.

Como ajudante de ordens da presidência, o tenente prestava assistência direta a Bolsonaro e acompanhava o presidente em compromissos oficiais e reuniões. Ele crava no depoimento que o ex-presidente trabalhava com duas hipóteses.

“A primeira seria encontrar uma fraude nas eleições e a outra, por meio do grupo radical, encontrar uma forma de convencer as Forças Armadas a aderir a um Golpe de Estado”, declarou à PF.

‘Vazamentos seletivos’

A defesa de Jair Bolsonaro criticou o vazamento, no último domingo (26), do primeiro depoimento da delação de Mauro Cid, e falou em “indignação diante de novos vazamentos seletivos”. À PF (Polícia Federal), o tenente-coronel contou como aliados do ex-chefe do Executivo teriam divergido sobre a melhor estratégia para ser adotada após a derrota nas eleições de 2022.

Leia mais

R7

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Geral

WhatsApp diz que empresa de software espião Paragon vigiou usuários do app em diversos países

Foto: Mariana Saguias/TechTudo

Um funcionário do WhatsApp disse que a empresa israelense de spyware Paragon Solutions buscou vigiar usuários do aplicativo, incluindo jornalistas e membros da sociedade civil.

O funcionário disse nesta sexta-feira (31) que o WhatsApp detectou um esforço do programa espião para hackear aproximadamente 90 usuários.

Segundo ele, essas pessoas receberam documentos eletrônicos maliciosos que não exigiam nenhuma interação para comprometer seus alvos, uma invasão chamada “zero-click”.

Ainda de acordo com a fonte, a Meta, dona do aplicativo, barrou a invasão e mandou uma carta para a Paragon parar com a ação.

O funcionário se recusou a discutir como foi determinado que a Paragon era responsável pelo ataque. Ele disse que as autoridades policiais e os parceiros do setor foram informados, mas não quis dar detalhes.

O FBI não retornou imediatamente uma mensagem pedindo comentários.
Em um comunicado, o WhatsApp disse que a empresa “continuará a proteger a capacidade das pessoas de se comunicarem de forma privada”.
A Paragon se recusou a comentar.
Alvos em mais de 24 países

O funcionário se recusou a dizer quem, especificamente, era alvo da espionagem. Mas afirmou que os alvos estavam localizados em mais de duas dúzias de países, incluindo várias pessoas na Europa.

O funcionário disse que o WhatsApp está encaminhando os alvos para o grupo canadense de vigilância da internet Citizen Lab.

O pesquisador John Scott-Railton, do Citizen Lab, disse que a descoberta do spyware da Paragon direcionado aos usuários do WhatsApp “é um lembrete de que o spyware mercenário continua a proliferar e, à medida que isso acontece, continuamos a ver padrões familiares de uso problemático”.

Os criadores de spyware, como a Paragon, vendem software de vigilância de alta qualidade para clientes do governo e normalmente apresentam seus serviços como essenciais para combater o crime e proteger a segurança nacional.

No entanto, essas ferramentas de espionagem foram descobertas várias vezes nos telefones de jornalistas, ativistas, políticos da oposição e pelo menos 50 autoridades dos EUA, o que levanta preocupações sobre a proliferação descontrolada da tecnologia.

O que é a Paragon

A Paragon teria sido comprada pelo grupo de investimento AE Industrial Partners, com sede na Flórida, nos Estados Unidos, no mês passado. Ele tentou se posicionar como uma das mais responsáveis no setor.

O site da Paragon oferece “ferramentas, times e dicas baseadas em ética” contra ameaças difíceis de controlar. Também são citadas reportagens onde pessoas familiarizadas com a empresa dizem que a Pagaron só vende seus produtos para governos de países onde a democracia é estável.

G1

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Celebridades

Empresas de Rodrigo Bocardi somam mais de R$ 2,3 mi em dívidas tributárias

Reprodução

Rodrigo Bocardi, âncora do Bom Dia São Paulo, foi desligado da Globo ontem após 26 anos na emissora. O jornalista, em paralelo à Globo, mantinha abertas três empresas em seu nome: a Free Live Produções e Editora (desde 1997), a DigLog Produções e Editora (desde 2015) e a Digital 720 (aberta em 2017). As empresas estão registradas como “produtoras de vídeo e publicidade”.

Só o fato de Bocardi ter empresas com foco em comunicação já pode ser algo encarado, dependendo da interpretação da emissora, como uma quebra do Código de Ética. Isso porque não é permitido que jornalistas do canal façam trabalhos extras.

A Free Live soma dívida de R$ 1.888.136,07. A empresa, que também tem como sócia a esposa do jornalista, a empresária Ana Claudia Bernardino Bocardi, foi aberta em 1997 com um capital social de R$ 1.000.

A Free Live está sediada em São Paulo e tem como atividades “a produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão”.

Já a Diglog acumula débito de R$ 412.164,21. A dívida da empresa com o Simples Nacional está em R$ 395 mil, de acordo com consulta realizada pela reportagem na tarde de sexta-feira (31).

A marca, que foi aberta em 2015, presta serviços de consultoria em publicidade e organização de feiras, congressos, exposições e festas.

Procurado por Splash, o apresentador não retornou até o momento. A reportagem também fez contato com advogados que representaram o jornalista em processos judiciais, mas não obteve resposta. O espaço está aberto.

Por que uma empresa vai parar na dívida ativa da União?

Quando o órgão público não identifica o pagamento de um valor devido, tem 90 dias para solicitar a inscrição do devedor na dívida ativa. Quem faz essa inscrição são as procuradorias. As dívidas das empresas de Bocardi, por exemplo, são tributárias —quando um imposto ou tributo deixa de ser pago.

UOL

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Esporte

VÍDEO: Neymar assina contrato com o Santos


Neymar está oficialmente de volta ao Santos! Na tarde desta sexta-feira (31), o novo camisa 10 assinou contrato com o clube da Vila Belmiro, no CT Rei Pelé, na cidade do litoral paulista.

No momento da assinatura, a caneta utilizada por Neymar falhou e arrancou risos do craque e de Marcelo Teixeira, presidente do Santos.

Início na Vila Belmiro

Revelado pelo Santos, Neymar estreou pelo profissional em 2009. Em síntese, seu talento precoce levou o Peixe para a conquista inédita da Copa do Brasil de 2010 e o fim do jejum de 48 anos sem conquistar a Copa Libertadores, vencida pelo clube alvinegro em 2011.

Ao todo, foram 136 gols marcados e seis títulos conquistados pelo Peixe. Logo, seu brilho chamou atenção de clubes da Europa, em especial o Barcelona, que contratou o atleta por 88 milhões de euros (aproximadamente R$ 233 milhões, na cotação da época), em 2013.

Carreira de Neymar fora do Brasil

No Barcelona, Neymar se destacou ao formar o temido “MSN” com Messi e Suárez. Na passagem, conquistou duas LaLigas, a Champions League de 2014/15, três Copas do Rei e o Mundial de Clubes. Assim, sua participação foi crucial em grandes vitórias do Barça, como a remontada histórica contra o PSG na Liga dos Campeões de 2016/17.

Em 2017, Neymar se envolveu na maior transferência da história do futebol ao ser comprado por 222 milhões de euros (R$ 821 milhões, na cotação da época) pelo Paris Saint-Germain. No clube parisiense, conquistou títulos da Ligue 1, Copas da França e, em 2020, foi fundamental na campanha do clube até a final da Liga dos Campeões, embora o título europeu tenha ficado fora de alcance.

Entretanto, por conta de problemas com lesões, a passagem ficou marcada mais pelas polêmicas extracampo do que pelas suas atuações no futebol saudita. Ao todo, foram apenas sete jogos, um gol marcado e duas assistências distribuídas.

Janela de transferências do Peixe

Agora, Neymar chega como o sexto reforço do Santos para a atual temporada. Anteriormente, o Peixe já havia anunciado os zagueiros Luisão e Zé Ivaldo, o lateral-direito Leo Godoy, o meia-atacante Thaciano e o centroavante Tiquinho Soares.

Ainda assim, o Peixe pretende anunciar em breve Álvaro Barreal, Gabriel Veron e Zé Rafael.

CNN Brasil

 

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Informe Publicitário

Viver com conforto e exclusividade no coração da Pipa

 

O Dois A | Reserva Pipa combina, de maneira única, natureza exuberante, sofisticação e
privacidade. Tudo isso no centro de um dos destinos mais desejados do Brasil: a Praia da Pipa.

São casas com área privativa a partir de 214,90 m², projetadas para oferecer conforto e lazer para toda a família. Cada unidade conta com a sua própria piscina, 3 ou 4 suítes + dependência, deck e jardim privativo, além de duas vagas de garagem.

Muito além dos espaços amplos e bem distribuídos, o Dois A | Reserva Pipa oferece contato com o verde combinando jardins paisagísticos elaborados a partir de espécies nativas e área de preservação permanente. Um verdadeiro oásis, pronto para proporcionar as melhores experiências.

Localização privilegiada e cuidado em cada detalhe

Planejado nos mínimos detalhes, o empreendimento está situado na rua principal da Pipa. Com dois acessos independentes, que permitem ir e vir a qualquer hora. Garantindo mobilidade tanto pela

Av. Baía dos Golfinhos (centro) quanto pela Rua Sucupira (anel viário). Este cuidado, proporciona conforto e comodidade àqueles que vão usufruir do empreendimento.

Um verdadeiro convite a viver o extraordinário.

Saiba mais em http://reservapipa.com.br

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Esporte

Justiça aprova plano de pagamentos da dívida do ABC para 2025 e descarta leilão

Foto: X/ABC FC

O juiz Inácio André de Oliveira, do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª região (TRT-RN), aprovou nesta sexta-feira (31) o plano de pagamentos da dívida do ABC para 2025. De acordo com o departamento jurídico do clube, a decisão afastou a possibilidade de leilão de parte do terreno do Complexo Sócio-Esportivo Vicente Farache, onde fica o estádio Frasqueirão, que estava penhorado.

O plano de pagamentos é referente à quitação das execuções decorrentes de reclamações trabalhistas ajuizadas até o ano de 2019. Para o cumprimento, o magistrado determinou que prossiga-se com a utilização dos valores decorrentes do Timemania, entre outras formas.

O juiz também determinou que expeça-se ofício à CBF renovando a determinação de que todos os valores futuros ao ABC sejam depositados nos autos, com autorização da liberação de 80% para o clube, enquanto os 20% remanescentes serão usados para pagamento aos credores.

Também é aguardado o depósito dos valores decorrentes da comercialização dos direitos de uso dos camarotes do estádio, ou o aporte financeiro ou de patrimônio patrimônio correspondente. Depois disso, haverá uma audiência de conciliação para discussão de proposta para uso do dinheiro.

Por fim, para a hipótese de não serem cumpridas as obrigações referidas no último item, o juiz determinou desde já a reavaliação do imóvel referido no processo, de modo a permitir q sua imediata alienação por venda direta ou leilão em caso de descumprimento do plano.

O magistrado informou que os valores não serão suficientes para a quitação integral da dívida. Diante disso, para resguardar o futuro prosseguimento da execução especial a partir de 2026, ele determinou que o Núcleo de Pesquisa Patrimonial proceda com a investigação da existência de outros imóveis em nome do ABC, com a respectiva indisponibilização cautelar.

Tribuna do Norte

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Economia

Supermercados do RN estão reduzindo lucro para não repassar aumentos, diz presidente de associação

Reprodução

O presidente da Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn), Gilvan Mikelyson, afirmou que os supermercados do Estado estão absorvendo parte dos aumentos nos preços para evitar um impacto maior para os consumidores. Segundo ele, existe um equívoco na percepção de que o setor se beneficia da inflação, quando, na realidade, está enfrentando dificuldades para manter os preços acessíveis.

“Existe um estigma de que o supermercado ou o supermercadista está ganhando com isso, com a inflação. E é errado pensar dessa forma. Pelo contrário, cada vez mais a gente não consegue repassar”, declarou Mikelyson, em entrevista à 98 FM nesta quinta-feira. Ele destacou que os supermercados atuam como repassadores, e não como produtores, o que os impede de controlar os preços dos produtos que comercializam.

Para minimizar os impactos no bolso do consumidor, os empresários do setor estão utilizando estoques antigos e reduzindo suas margens de lucro. “Não repassamos todos os aumentos de uma vez. Usamos, às vezes, um estoque de segurança para manter o preço antigo, reduzimos nossa margem de contribuição para os produtos, para não obstruir o consumo e a venda”, explicou.

O presidente da Assurn citou o exemplo do café, cujo preço do pacote de 250 gramas poderia estar em torno de R$ 15, mas ainda pode ser encontrado por valores menores devido ao uso de estoques antigos. “É o esforço do empresário, da loja, deixando sua margem mais achatada para manter o mínimo de consumo”, afirmou.

Ele também mencionou o impacto nos preços de produtos como óleo, tomate e leite. Segundo Mikelyson, houve momentos em que os produtores seguraram os reajustes, mas, quando precisaram repassar, o aumento veio de uma só vez, surpreendendo os consumidores. “Quando você consome o seu estoque, vai chegar um momento que você precisa comprar novamente, mas já não consegue mais pelo preço antigo. E aí o repasse acontece de forma acumulada, causando um impacto repentino”, explicou.

Mikelyson ressaltou que a falta de previsibilidade tem sido um grande desafio para os lojistas, tornando a gestão de compras e precificação uma tarefa cada vez mais complexa. “Hoje, a previsibilidade nas áreas comerciais das empresas, para acertar o volume de compra, o preço de compra e como será repassado para o consumidor, tem sido um desafio muito grande”, concluiu.

Portal 98FM

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Brasil

Presidente dos Correios é cobrado por Lula sobre rombo bilionário

Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu explicações ao presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, sobre o bilionário rombo nas contas da estatal, durante uma reunião no Palácio do Planalto na manhã desta sexta-feira 31. Em uma rápida entrevista coletiva após o encontro, Santos afirmou que Lula cobrou uma reestruturação da empresa. “A missão que o presidente nos deu e nos cobrou também é que a gente apresente um plano de reestruturação”, disse aos jornalistas.

Santos acrescentou que a elaboração das propostas já está em andamento e envolve os ministérios da Gestão, da Fazenda, e das Comunicações. Ele também afirmou que há pressa para reverter a situação. “Estamos trabalhando para ter, em um curto espaço de tempo, um resultado positivo”.

Em 2023, os Correios registraram prejuízo líquido de 597 milhões de reais – o terceiro maior entre as 27 estatais federais que fecharam o ano no vermelho. Os dados de 2024 só devem ser conhecidos em abril, mas há indícios de que a situação continua complicada. Hoje, o Banco Central divulgou as estatísticas fiscais consolidadas de 2024 com um número alarmante: o conjunto de estatais federais, estaduais e municipais fechou o ano com um rombo de 8 bilhões de reais – o maior da história.

Quando se consideram apenas as estatais federais, o buraco totalizou 6,7 bilhões de reais – um salto de mais de dez vezes sobre o déficit de 656 milhões do ano retrasado. O puxão de orelha de Lula em Santos deve-se ao fato de que os Correios foram a empresa que mais contribuiu para o péssimo resultado. Os Correios responderam por 3 bilhões dos 8 bilhões de reais de rombo informados pelo BC hoje.

Aos jornalistas, Santos atribuiu o desempenho ao “sucateamento” da empresa promovido pelo governo de Jair Bolsonaro, que preparava sua privatização. Ele citou ainda que os elevados custos para universalizar os serviços de distribuição de correspondências e encomendas, bem como as grandes despesas fixas com pessoal, agravaram a situação.

O comandante dos Correios deixou de fora, contudo, algo que supera o último governo – o buraco de 15 bilhões de reais no Postalis, o fundo de pensão dos funcionários da estatal. No fim do ano passado, a empresa concordou em injetar 7,6 bilhões no fundo e, para não quebrar, adotou uma série de medidas de contenção de custos. O objetivo, segundo um comunicado enviado aos funcionários, era evitar uma eventual “insolvência” da companhia.

O encontro de Lula com Santos contou ainda com a participação de Esther Dweck, ministra da Gestão. Na coletiva, Dweck afirmou que a conversa serviu para apresentar ao chefe as iniciativas em curso para sanear os Correios. Segundo ela, a companhia “está numa trajetória muito positiva, apesar do resultado divulgado hoje [pelo Banco Central]”. Ela acrescentou que a empresa “vai adotar várias medidas para que isso [os prejuízos] se reverta o mais rápido possível.”

Veja

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Mundo

Casa Branca confirma que tarifas para Canadá, México e China começam a valer amanhã

Chip Somodevilla/Getty Images

O presidente americano, Donald Trump, deverá seguir adiante com o prazo limite de sábado , 1º de fevereiro, previsto para impor tarifas alfandegárias de México e Canadá de 25% e de 10% para a China, grandes parceiros comerciais dos Estados Unidos, informou a Casa Branca nesta sexta-feira, negando uma reportagem que dizia que ele planejava adiar a implementação.

“Eu vi essa reportagem e ela é falsa”, disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. “Eu estava com o presidente no Salão Oval e posso confirmar que amanhã o prazo de 1º de fevereiro que o presidente Trump estabeleceu permanece”, disse ela a repórteres durante coletiva de imprensa.

Cálculos do Peterson Institute for International Economics indicam que uma tarifa de 25% contra o México e o Canadá reduziria em cerca de US$ 200 bilhões o PIB dos EUA até o fim do governo Trump. A tarifa adicional de 10% sobre os produtos da China diminuiria o PIB americano em US$ 55 bilhões nos próximos quatro anos.

Trump ameaçou impor tarifas devido ao que ele afirma ser um fracasso em conter o fluxo de imigrantes sem documentos e drogas ilegais através das fronteiras dos EUA.

A decisão sobre as tarifas era amplamente esperada pelos mercados e pelos líderes empresariais e políticos, que examinaram cada palavra e ação de Trump em busca de qualquer indicação de que ele cumprirá suas ameaças ou simplesmente as usará como ponto de partida para as negociações comerciais.

Quando pressionado sobre se as tarifas entrariam em vigor no sábado, Leavitt confirmou que elas começariam em 1º de fevereiro.

“Se em algum momento o presidente decidir reduzir essas tarifas, deixarei que ele tome essa decisão. Mas, a partir de amanhã, essas tarifas estarão em vigor”, disse. Ela se recusou a comentar se haverá alguma isenção para os produtos afetados pelas tarifas.

O czar de fronteira dos EUA, Tom Homan, deve conversar com autoridades canadenses nesta sexta-feira, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

As tarifas marcariam a primeira onda de imposições comerciais no novo mandato de Trump e seu impacto se estenderá muito além do Canadá e do México, já que outras nações se preparam para a possibilidade de serem os próximos alvos, enquanto as empresas americanas aguardam possíveis medidas de retaliação.

Trump fez campanha com a promessa de impor tarifas abrangentes como parte de uma agenda expansiva destinada a reestruturar os EUA e seus laços com outras nações. Mas as duas primeiras semanas de seu mandato geraram incertezas sobre se ele cumpriria sua promessa, com alguns líderes especulando que suas ameaças tinham como único objetivo ganhar poder de barganha.

O presidente americano já encomendou relatórios, que devem ser entregues em 1º de abril, sobre questões comerciais e tarifas em geral, o que poderia levá-lo a implementar novas taxas ou abandonar o pacto comercial continental que renegociou com o Canadá e o México durante seu primeiro mandato. Esse acordo será revisado em 2026.

Trump também prometeu tarifas setoriais, por exemplo, sobre produtos farmacêuticos, chips semicondutores, aço, alumínio e cobre, que poderiam se aplicar amplamente a muitos países. Ele também encarregou seu governo de investigar se a China cumpriu um acordo comercial firmado em seu primeiro mandato, abrindo caminho para a imposição de tarifas contra a segunda maior economia do mundo.

A tarifa de 25% imposta por Trump a dois grandes parceiros comerciais e mercados de exportação dos EUA ameaça ter consequências econômicas dramáticas e, potencialmente, desencadear uma guerra comercial, pois prejudica as proteções do acordo de livre comércio que o país assinou com o México e o Canadá.

No início desta semana, Trump sugeriu que a taxa de 25% poderia ser uma base e que as tarifas poderiam aumentar.

Nos primeiros 11 meses de 2024, o comércio dos EUA com o Canadá totalizou US$ 699 bilhões e com o México US$ 776 bilhões. Os economistas alertam que uma guerra comercial aumentaria o custo dos materiais importados usados pelos fabricantes dos EUA, bem como os preços para os consumidores dos EUA, e redirecionaria ou reduziria os fluxos comerciais.

A tarifa de 25% que Trump estabeleceu para os países dos EUA provavelmente teria um forte impacto em setores específicos, como os setores automotivo e de energia.

O Globo

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Geral

Dólar registra 10ª queda seguida e fecha semana a R$ 5,84


O dólar emplacou a 10ª queda consecutiva no pregão desta sexta-feira (31) e encerrou o mês cotado a R$ 5,83, renovando o menor patamar desde novembro. Com isso, a moeda norte-americana fechou janeiro com uma queda de 5,54% — o maior recuo mensal desde junho de 2023, quando caiu 5,60%.

Investidores repercutiram a divulgação de novos dados econômicos tanto aqui quanto no exterior. As últimas decisões de juros dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos também seguiam no radar.

Por aqui, dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta amnhã, indicaram que a taxa de desocupação foi de 6,2% no quarto trimestre de 2024.

O número representa uma queda em relação à taxa de 6,4% do terceiro trimestre. Em 2024, a taxa de desocupação média anual foi de 6,6% — nesse caso, um recuo significativo em comparação aos 7,8% registrados em 2023. Segundo o IBGE, essa é a menor taxa de ocupação anual registrada em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Já no exterior, o dia foi marcado pela divulgação do PCE, o indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). O índice subiu 0,3% em dezembro e acumulou alta de 2,6% em 2024, em linha com as projeções do mercado financeiro.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda na última hora do pregão.

Arte Poder 360
Informações G1

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