Esporte

José Dias afirma que o governo tira recursos da saúde para a Copa

Homem culto, religioso e atencioso com as pessoas, mas nem por isso tímido ou receoso na tomada de suas posições no parlamento, o deputado estadual José Dias (PSD), em entrevista ao O Poti, lamentou o comportamento histórico do brasileiro de conviver com as mazelas nos desvios dos recursos públicos. Na entrevista, o deputado foi instigado a falar sobre política nacional – a corrupção desenfreada nos três Poderes da Repúblicas, a impunidade como fator estimulante para os malfeitos – e, claro, da administração estadual, de quem foi aliado no início do governo Rosalba Ciarlini. Segundo José Dias, as pesquisas de opinião mostrando um percentual muito alto de rejeição da administração da governadora Rosalba Ciarlini refletem a realidade,”que acho que é ainda pior do que o que o povo está vendo. O governo, sob o ponto de vista político e administrativo, é um fracasso absoluto, eu confesso que, sob o ponto de vista político, eu nunca vi uma tragédia tão grande”. Dias também disse que os recursos aplicados na construção da Arena das Dunas estão sendo tirados da alimentação destinada aos hospitais, da segurança pública e para o desenvolvimento econômico do RN.

O país vive hoje com denúncias de corrupção atingindo os três poderes da República. Como cidadão e como homem público, como é que o senhor vê esse quadro?

Eu vejo que nós estamos vivendo um momento diferente. Infelizmente, nós temos que constatar que o que está ocorrendo no Brasil, em profundidade, não é uma coisa inédita. Nós temos, infelizmente, um comportamento histórico de convivência com essas mazelas na gestão dos recursos públicos, com a corrupção. O que o momento atual está expondo são as vísceras dessa situação e isso nós devemos, vamos dizer assim, a uma abertura da informação. Há uma fiscalização, hoje permanente, exercida pela imprensa e pela própria cidadania. O que, aí sim, a gente pode ver como um fator positivo. Talvez seja o caminho, o remédio para a cura desse mal que é histórico. O que nós temos, também, um pouco agravado é a exacerbação da “caça às bruxas” que, em certo sentido, também é perigoso, é negativo. O fato de nós sabermos, reconhecermos, de procurar resolver esse problema de corrupção no Brasil não nos dá a liberdade para crucificar previamente as pessoas. Até porque a crucificação não deve ser nem a posteriori e nós estamos tentando fazer previamente, eu acho que esse caminho, esse atalho é a única coisa perigosa que eu vejo nesse episódio. Agora, sei que o Brasil será diferente.

Essa infecção generalizada nos intestinos dos Poderes da República preocupa ao ponto de se temer pela estabilidade da democracia?

Eu acho que não, acho que nós estamos construindo uma nova democracia, uma democracia diferente. Uma democracia que procura ser verdadeira, se vai chegar lá eu não sei. Mas procura ser verdadeira. Porque a democracia verdadeira é aquela democracia que respeita o direito do povo, e não há direito mais sagrado do que o povo saber que seu trabalho, seu esforço, está sendo respeitado. Por que o tributo que quando se estabelece a desonestidade, o roubo é em cima do que? Do trabalho do povo, do tributo. E também, claro, que a gente tem que admitir que não apenas os “agentes públicos”, políticos, são responsáveis pelo que acontece de mal nesse país, a sociedade como um todo está contaminada. Aí é que eu acho que esse esforço tem que ser bem mais profundo, não se mata o mal apenas resolvendo o problema no âmbito da coisa pública, se resolve no âmbito da devida proporção.

A impunidade não é um estimulante para a corrupção que está se vendo aí todo dia?

Claro que sim! E eu acho que o caldo de cultura de tudo isso que nós estamos vendo aflorar é exatamente a impunidade. Se o que está se pensando fazer hoje, a sociedade tentando fazer hoje, tivesse acontecido no passado, nós estaríamos vivendo uma situação diferente. Eu não vejo de outra forma, a natureza humana tem tendências, e fortíssimas, a estabelecer privilégios, vantagens, acomodações, benefícios. Isso só pode ser coibido se nós tivermos a consciência de que esse benefício tem que ter um limite, que é o direito dos outros.

Mas o senhor não acha que o legislador brasileiro tem um percentual de culpa nessa impunidade, uma vez que elenão está preocupado em fazer leis que punam efetivamente quem comete os malfeitos?

Eu acho que a legislação brasileira, nesse aspecto, ela não peca em quase nada, falta apenas a pena de morte. A legislação brasileira, nesse aspecto, – vamos dizer assim – é efetiva. Ela tem que se adaptar aos tempos, até porque nós não podemos pensar numa norma eterna. Norma eterna é aquela que foi dada por Deus a Moisés. Fora os Dez Mandamentos, as outras leis são leis fadadas a se atualizar. A norma em si ela não se aplica, quem aplica a norma são os homens. Então o que nós realmente precisamos é ter uma aplicação mais rápida e mais severa, no sentido de ser mais justa, isso sim. É preciso a própria sociedade se convencer que ela é também responsável pela aplicação das normas e dos costumes. Os Tribunais são responsáveis pela aplicação das normas escritas, das normas legais mas, uma sociedade que não tenha uma altoregulação, ela dificilmente terá sucesso.

O Judiciário tem culpa nisso por não dar maior agilidade na aplicação dessas leis?

Olha, ter, tem. Agora a culpa não é só do Judiciário, porque você não pode imaginar uma instituição absolutamente desconectada da sua sociedade. O Judiciário está num processo, que ele próprio é responsável, de modificação. Devo lembrar do grande esforço que o Judiciário está fazendo para melhorar os seus procedimentos, acelerar os julgamentos; existem no Brasil hoje, dentro do Judiciário, metas quantitativas a serem cumpridas exatamente para vencer esse problema da morosidade da implantação da Justiça. Então no sentido de que a coisa não funcionou com a presteza que era necessária, o Judiciário é culpado mas, a grande culpa, é de todos nós.

Por falar em Judiciário, vamos trazer o tema para o nível local. O senhor esperava algum dia ter conhecimento de malfeitos praticados dentro do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, ao ponto do Superior Tribunal de Justiça determinar o afastamento sumário de três desembargadores?

O fato que você está levantando é inusitado, ninguém pode dizer que já viu porque não houve, se não houve a gente não viu, não é? Não viu. Eu não estou aqui entrando no julgamento do mérito até porque é uma questão que eu tenho muito cuidado. Conheço as pessoas e tenho delas um conceito muito bom, mas também não posso prejulgar defendendo nem acusando. Eu apenas me reservo ao meu direito como cidadão e, aqui eu apenas estou trabalhando, laborando como cidadão e, vamos dizer assim, viver a emoção de compreender as dificuldades que os amigos estão passando e sem, que eu também não sou julgador no caso, tomar uma posição dizendo quem está certo e quem está errado.

Nas suas caminhadas, nas suas andanças pelo interior, visitando as bases políticas, qual o sentimento do eleitor diante de tudo isso que está acontecendo no país?

Uma coisa que eu acho é que todo mundo é extremamente crítico, severo, punitivo em relação ao outro. Se você for por todo canto, todo mundo está aí com o chicote na mão mas, na intimidade das pessoas, a maioria hoje condena o outro mas eu não vejo um exercício muito explícito para mudar o seu próprio comportamento. Essa não é nem uma visão política, certo? É mais, vamos dizer assim, uma visão sociológica, certo? E até moral, eu confesso que, honestamente, eu queria ver o processo não apenas como ele está se realizando, com essa nossa capacidade enorme de nos indignarmos com o malfeito dos outros.

As pesquisas que têm sido divulgadas, este ano, para prefeito da capital também fazem uma avaliação da administração estadual. E essa avaliação não tem sido muito boa. Um ano e 4 meses da administração Rosalba Ciarlini, ela está com um índice negativo emtorno de 60%. Como é que o senhor vê isso?

– A pesquisa reflete, na minha visão, a realidade, que acho que é ainda pior do que o que o povo está vendo. O governo, sob o ponto de vista político e administrativo, é um fracasso absoluto, eu confesso que, sob o ponto de vista político, eu nunca vi uma tragédia tão grande. O governo, com um ano de vida, substituiu grande parte daqueles que o apoiaram, por aliados que foram seus adversários. Ficou apenas com o núcleo do DEM. Vamos exemplificar para facilitar a compreensão: expulsou o grupo que hoje está no PSD, por várias razões que acho que ainda não seja o tempo de revelar, razões políticas. O tempo vai revelando cada uma e vai se ver que foi um negócio extremamente imcompreensível. O próprio PMDB que apoiou o governo, e que era o PMDB que merecia administrar com o governo, está sofrendo contrariedades políticas sérias, e não foi só uma vez. Então, houve uma reviravolta. Será que aqueles que apoiaram o governo, que fizeram a campanha, são os que não merecem administrar com o governo?

O senhor acha que o PMDB está prestes a sair do governo?

– Eu confesso que o PMDB que apoiou o governo, pra mim não está no governo, porque para estar no governo ele deveria estar numa posição político-administrativa diferente. Agora o PMDB que combateu, aí eu não sei.

Há poucos dias o líder do governo na Assembleia Legislativa, Getúlio Rego, deu uma entrevista reconhecendo que falta diálogo do governo com o parlamento.

– Eu sou testemunha de quando eu estava na base do governo, nós não tínhamos uma diálogo construtivo, e isso foi demonstrado nas dificuldades que tivemos aqui na Assembleia. Pessoalmente, tenho de dizer o seguinte: tenho uma posição política definida contra o governo, mas o meu relacionamento quando era da base do governo era um relacionamento pessoal muito bom. Eu, mesmo com a minha divergência, espero que seja permanente enquanto durar o governo. A governadora não me levou a considerar o governo como um inimigo pessoal, as pessoas que fazem o governo, mas o relacionamento com a classe política foi sempre autoritário, extremamente autoritário, isso acredito até pelos relatos que tenho, exacerbou.

E no aspecto administrativo?

Esse também é extremamente doloroso. Você só tem uma obra que o governo está tocando e que é um perigo, mas um perigo iminente. É presente e iminente, que é o estádio Arena das Dunas. Ele tem um custo presente que é fabuloso, o Estado perdeu capacidade e visão para outras coisas que são permanentes, que são importantes e definitivas para o Estado. O estádio é uma obra que vai onerar por muitos anos o Rio Grande do Norte. Essa obra sairá, no barato, como se diz, acima dos R$ 500 milhões com um custo de manutenção incalculável. E olha que esses R$ 500 milhões serão, na sua grande parte, financiados, e os outros tirados da goela do povo. Aquilo que o governo está investindo, dizendo que é com recursos próprios, não é.

E de onde estão sendo tirados esses recursos?

São recursos dos remédios, é com recursos da alimentação que não vai para os hospitais, é com recursos que são retirados da segurança pública, de investimentos que são extremamente necessários para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. O que o governo faz é sonhar, e sonhar de forma megalomaníaca. Em um ano de governo, a Assembleia já autorizou endividamento de mais de R$ 1 bilhão, é claro que esses investimentos não se concretizaram, até porque são megalomaníacos, mas isso prova exatamente que, não o sonho, mas talvez a quimera, um pesadelo que geralmente é maior do que a realidade.

E como o senhor classifica a capacidade racional do governo?

O governo aprovou aqui na Assembleia, e foi derrotado na primeira vez, uma fórmula que juridicamente era muito discutível, aqueles incentivos para importação sob o fundamento de que o Rio Grande do Norte precisava disso para viabilizar o seu porto. Eu até na época votei a favor com o seguinte argumento que está sendo concretizado: eu não sou advinho, acho que quanto mais a gente votasse no Estado esses benefícios, mais fácil eles cairiam, porqueessa é uma guerra fiscal profundamente danosa, pela própria natureza da guerra fiscal, e danosa porque ela é feita em cima da desindustrialização do Brasil. Você dar incentivo para produtos que são fabricados na China, é uma barbaridade, mas graças a Deus a profecia se concretizou mais rápido do que rapidamente, e a Comissão de Economia do Senado aprovou uma resolução que vai regulamentar, não de forma perfeita, mas pelo menos é menos desmantelada da forma como estava sendo feita.

Quer dizer, então, que o Proimport acabou?

O Proimport acabou, porque a norma passa a ser genérica para todos os estados. Graças a Deus acabou.

Mas o grande discurso do governo para dar emprego e desenvolver a nossa economia era o Proimport.

De qualquer forma, esse Proimport não teria essa relevância que se deu, até porque alguns estados se beneficiaram, saíram na frente, é a história do ovo de Colombo. Aqui no Rio Grande do Norte não teria essa importância que o governo propalava. O que há de negativo é você incentivar a importação de produtos externos, é gravíssimo, não que não devamos abrir o nosso mercado. O grande problema no Brasil, que aumenta a inflação, é essa distorção que vivemos, é exatamente uma política protecionista que não tem racionalidade, é populista, demagógica. Isso é verdade, é tanto verdade que uma das coisas mais esdrúxula que acho é a pessoa sair daqui do Brasil pra comprar produto fabricado aqui, em Miami, e tem gente mais endinheirada que vai comprar em Dubai. Mas em Miami e na Europa você tem pessoas que tiram a diferença das despesas, pelo menos das passagens, com a compra de produtos. A diferença é tão grande que a mesma compra que é permitida pela Receita Federal, já dá pra cobrir as despesas. Isso é um verdadeiro absurdo, você comprar uma coisa em um shopping nos Estados Unidos por 30% ou 40% do que compra aqui.

Um ano e quatro meses já se passaram, e ainda se justifica o governo enfocar a “herança maldita” como forma de se resguardar por não ter feito nada?

– O discurso, num primeiro momento, podiase justificar até para tomar providências, ele podia ser a alavanca para você criar um novo caminho, uma nova realidade. O discurso agora está sendo uma desculpa que não tem nenhuma razão de ser.

Qual é o grande projeto desse governo?

Não existe. A gente está tentando encontrar e não encontra. O único projeto não é a Copa do Mundo? Não tem outra coisa, todo o esforço do governo, do povo, é em cima de uma ilusão. Dois jogos de futebol como se isso fosse salvar a Pátria. Até a melhoria que diziam que viria para cidades da Copa, como Natal, esses efeitos estão sendo muito ineficientes e a gente nem consegue ver.

Mas sempre se disse que os recursos investidos nas obras da Copa iriam transformar Natal e a Grande Natal, com a realização de obras de mobilidade urbana. O senhor também pensa assim?

– Eu não concordo com isso. O próprio governo federal, numa audiência pública na Assembleia, através de um seu representante, disse que não havia nenhuma vinculação de uma coisa com a outra, e estou vendo que não tem. Nós não estamos vendo a coisa caminhar nesse sentido. Uma coisa que é emblemática, que é o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, o governo federal fez alguma coisa a não ser vender? Até a pendência com as desapropriações ainda não foi resolvida, as obrigações que os governos estaduais e municipais têm com relação à infraestrutura, que vai permitir o funcionamento do aeroporto, existem providências reais e projetos? Eu não digo nem obras, digo projetos. Eles não existem. Existe muita conversa, essas coisas têm de ser mostradas, você não pode dizer que existem obras e não mostrar, essas coisas são materiais.

Qual será o seu papel nessas eleições?

– Confesso a você que o papel que todo político que detém um mandato, é corresponder a expectativa daqueles que o ajudaram. Eu estou aqui porque um grupo de pessoas trabalharam para que eu viesse, confiando na minha ação e eu tenho que corresponder. Espero que o meu partido tenha a oportunidade de fazer as opções mais certas e vamos trabalhar em favor dessas opções, eu quero pelo menos ter a consciência de que fui correto e leal com aqueles que foram corretos e leais comigo.

O senhor defende o lançamento de um candidato único das oposições, ao invés de três, como os que estão lançados?

– Natal não tem problema de ter um ou ene candidatos porque tem segundo turno, talvez até o fato de você ter mais de um candidato beneficie para que exista o segundo turno. Agora, quando não há o segundo turno eu acho uma barbaridade. Por exemplo, o problema de Mossoró. Eu acho uma barbaridade o PT ter candidato lá, porque o PT não tem a menor chance de eleger o seu candidato; é candidato pra que? Pra fixar posição política, talvez até pessoal? Isso, pra mim, é trair um projeto político consistente, mais amplo, de você ser governo, de você ter uma ideia, uma ideologia, que não seja apenas um benefício pessoal ou partidário.

Desses pré-candidatos a prefeito de Natal, quem é o mais forte hoje?

Dos que estão aí, acho que os mais fortes são dona Wilma e Carlos Eduardo, não tem a menor discussão. Se eles forem realmente candidatos, a eleição girará em torno desses dois nomes. A não ser os candidatos, acho que penso como quase 99% da população.

Fonte: O Poti

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Geral

Caiçara do Rio do Vento celebra 63 anos de Emancipação Política com programação especial

A Prefeitura de Caiçara do Rio do Vento celebra, entre os dias 16 e 24 de janeiro, os 63 anos de Emancipação Política do município com uma programação especial, preparada para valorizar a história, a cultura, a fé e o orgulho do povo caiçarense.

As comemorações terão início no dia 16 de janeiro, com a tradicional Noite do Reencontro, que contará com apresentação da Banda Tuaregs, marcando o momento de confraternização entre famílias e amigos.

No dia 17 de janeiro, acontece a Festa Social, reunindo grandes atrações musicais. Sobem ao palco Felipe Xegado, Elaine Tyne, Grafith e Silvana e Berg (Duas Paixões), garantindo uma noite de celebração e alegria para o público.

A programação segue no dia 19 de janeiro com a Noite de Louvor, um momento dedicado à fé e à espiritualidade, com apresentação dos Missionários Shalon.

Encerrando as comemorações, no dia 24 de janeiro, será realizado o Show Gospel, com apresentações de Alice Maciel e da dupla Fernanda e Gislayne, promovendo uma noite de adoração e reflexão.

Para a prefeita Ceiça Lisboa, a celebração vai além da festa e representa o sentimento de pertencimento e união do município. “Celebrar os 63 anos de emancipação política de Caiçara do Rio do Vento é valorizar nossa história, nossa gente e tudo o que construímos juntos. Preparamos essa programação com muito carinho para que cada caiçarense se sinta representado e orgulhoso da nossa cidade. É um momento de agradecer e de renovar a esperança por um futuro ainda melhor”, destacou.

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Desembargador suspende decisão que obrigava Governo do RN pagar 13º de servidores da saúde ainda em 2025

Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

O desembargador João Rebouças, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), suspendeu a decisão que obrigava o Governo do Estado e o Ipern a pagarem, ainda em dezembro de 2025, o 13º salário dos servidores da saúde.

A decisão havia sido concedida pela 1ª Vara da Fazenda Pública de Natal no dia 19 de dezembro, após ação coletiva ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde/RN).

Ao suspender a ordem, o desembargador argumentou que o pagamento imediato poderia causar prejuízo aos cofres públicos, diante da ‘dificuldade de reaver os valores’.

O Sindsaúde/RN criticou a justificativa. Para a diretora Rosália Fernandes, o pagamento do 13º é garantido por lei e deveria ocorrer até o fim de dezembro. A entidade informou que já avalia medidas jurídicas para tentar reverter a decisão, incluindo a cobrança de juros e correção monetária em caso de atraso.

A suspensão vale apenas para os servidores da saúde. Permanecem válidas as decisões que asseguram o pagamento do 13º salário aos servidores da segurança pública e da administração direta do Estado.

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Geral

Quatro detentos em “saidinha” são presos por violência doméstica em SP

Imagem ilustrativa | Foto: reprodução

Quatro homens beneficiados pela saída temporária do sistema prisional foram presos em flagrante por violência doméstica em cidades do interior de São Paulo entre terça (23) e quarta-feira (24), segundo a Polícia Civil.

Os casos ocorreram em Sumaré, Pirangi, Nova Odessa e Cândido Mota. Em Sumaré, um homem de 29 anos ameaçou a companheira com uma faca e arremessou uma pedra contra o rosto da vítima. Em Pirangi, um homem de 43 anos ameaçou a mulher para exigir dinheiro, e uma faca foi apreendida.

Em Nova Odessa, um detento preso por roubo foi detido no mesmo dia em que deixou a prisão após ameaçar de morte a ex-mulher dentro de um hospital. Já em Cândido Mota, o suspeito foi preso após agressões, ameaças e resistência à prisão durante uma tentativa de roubo.

Todos os envolvidos foram encaminhados à Polícia Civil e permanecem à disposição da Justiça. As vítimas foram orientadas a solicitar medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha.

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Moraes decreta prisão preventiva de Silvinei Vasques; ex-diretor da PRF foi detido no Paraguai após fuga

Foto: Cristiano Mariz/Ton Molina/ Agência O Globo

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta sexta-feira (26) a prisão preventiva do ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques. O ex-diretor da corporação foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pela Suprema Corte por integrar a trama golpista.

Silvinei foi preso na madrugada desta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, ao tentar embarcar para El Salvador com um passaporte paraguaio falso. Ele rompeu a tornozeleira eletrônica ao tentar fugir do Brasil.

A fuga do réu, caracterizada pela violação das medidas cautelares impostas sem qualquer justificativa, autoriza a conversão das medidas cautelares em prisão preventiva, conforme pacífica jurisprudência desta
Suprema Corte”, escreveu Moraes na decisão referendada nesta sexta-feira (26).

Opinião dos leitores

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Geral

Endividamento já consome quase metade da renda anual das famílias brasileiras, aponta Banco Central

Foto: Gustavo Minas / Bloomberg

As famílias brasileiras estão mais endividadas e enfrentando crédito mais caro, o que tem reduzido a contratação de novos empréstimos. Dados do Banco Central mostram que o endividamento chegou a 49,3% da renda anual, enquanto o comprometimento mensal com dívidas subiu para 29,4%.

Ao mesmo tempo, os juros do crédito livre para pessoas físicas alcançaram 59,4% ao ano, um dos principais fatores por trás da perda de ritmo do crédito. O nível de endividamento está entre os mais altos desde novembro de 2022, quando chegou a 49,4%.

Apesar do aperto no orçamento, o crédito às famílias ainda cresce. Em novembro, o crédito ampliado somou R$ 4,7 trilhões, o equivalente a 37,2% do PIB. No entanto, o avanço vem desacelerando: o estoque total de crédito cresceu 9,5% em 12 meses, abaixo dos 10,2% registrados anteriormente.

A cautela também aparece nas concessões. Em novembro, os novos empréstimos caíram 6,6%, somando R$ 637,5 bilhões, com recuo tanto para famílias quanto para empresas.

Com informações de O Globo

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Geral

Planalto prevê caminho difícil para chegar à reeleição de Lula em 2026

Foto: Kebec Nogueira/Metrópoles

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) projeta uma eleição difícil e fortemente polarizada em 2026, com pouco espaço para candidaturas fora dos dois principais campos políticos. Apesar de resultados positivos da gestão, auxiliares avaliam que entregas administrativas, sozinhas, não garantem a reeleição.

A avaliação interna é de que a disputa deve repetir o cenário de 2022, marcada pela comparação direta entre os projetos de Lula e do bolsonarismo. O Planalto considera improvável o surgimento de um nome competitivo fora desses polos.

Como estratégia, o governo pretende reforçar pautas de apelo social no ano eleitoral, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a defesa da justiça tributária, a tarifa zero no transporte público e o fim da escala 6×1, tema já defendido publicamente por Lula.

No campo adversário, o governo avalia que qualquer candidato da direita estará associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A escolha do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato do PL é vista no Planalto como um cenário mais favorável a Lula do que uma eventual candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Pesquisas recentes indicam Lula na liderança no primeiro turno e vantagem numérica no segundo, embora com disputa apertada. Auxiliares também consideram que o cenário ainda pode mudar até a oficialização das candidaturas.

Com informações de Metrópoles

Opinião dos leitores

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Brasil

Ex-diretor da PRF é preso no Paraguai após tentativa de fuga

Foto: Valter Campanato

O ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques foi preso na madrugada desta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai.

CNN apurou que Silvinei rompeu sua tornozeleira eletrônica e viajou de Santa Catarina, onde mora, ao Paraguai de carro. No país vizinho, tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador, país da América Central.

Na semana passada, Silvinei foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) por participação em tentativa de golpe de Estado. Ainda cabe recurso, por isso o ex-diretor aguardava em liberdade. 

De acordo com o STF, Silvinei teria coordenado o emprego das forças policiais para dificultar que eleitores considerados desfavoráveis a Jair Bolsonaro (PL) chegassem a seus locais de votação no dia do segundo turno das eleições de 2022. Depoimentos de testemunhas relatam que Silvinei teria dito que “era hora de a PRF tomar um lado”.

Os ministros do Supremo também citaram a “inércia criminosa” do então diretor-geral da PRF durante os bloqueios de rodovias por caminhoneiros após as eleições.

“A PRF cruzou os braços para a paralisação de inúmeras rodovias federais, usadas para transporte de alimentos, de medicamentos… mas ele simplesmente não desobstruía. Foi necessário uma determinação minha”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, em voto.

CNN

Opinião dos leitores

    1. Com um esquema de persseguidores políticos ninguém escapa. Veja que até você ficou obtuso.

    2. Meu amigo, se vc fosse condenado a mais de 20 anos acredito que faria o mesmo. Ainda mais sendo inocente e condenado por um canalha como o corrupto do Moraes.

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Cidades

Lei permite pagamento de IPVA atrasado e multas durante fiscalização para evitar remoção de veículo no RN

Foto: Divulgação

Uma lei sancionada pelo Governo do Rio Grande do Norte criou um programa que permite o pagamento imediato de débitos como IPVA e taxa de licenciamento atrasados, além de infrações de trânsito, durante a fiscalizações de trânsito. A medida evita a remoção de veículos para o pátio do Detran ou outro órgão fiscalizador.

A Lei nº 12.615, de 24 de dezembro de 2025, que cria o Programa RN em Dia Regularização de Débitos de Veículos foi publicada no Diário Oficial do Estado na quinta-feira (25), mas só deverá entrar em vigor após 90 dias da publicação.

De acordo com o texto, quando o veículo for abordado em uma operação de trânsito e a única irregularidade constatada for a falta de pagamento desses débitos, o proprietário poderá quitá-los durante a blitz.

A norma prevê que o poder público disponibilize, sempre que possível, meios para viabilizar o pagamento imediato, desde que haja disponibilidade técnica do sistema no momento da abordagem. Entre as formas de pagamento autorizadas está o Pix.

A lei estabelece, no entanto, que a quitação no local impede apenas a medida administrativa de remoção do veículo, não afastando outras penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Além disso, o veículo só será considerado licenciado de forma definitiva após o processamento e a confirmação dos pagamentos e o cumprimento de outras exigências legais, quando houver.

Ficam excluídos da nova regra os veículos envolvidos em ilícitos penais ou que possuam pendências judiciais.

G1RN

Opinião dos leitores

  1. Já tem uma lei (lei do guincho) de Bolsonaro que diz que se o veículo não oferecer risco, não pode ser levado.

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Brasil

As 20 maiores marcas de bets em operação no Brasil

O mercado brasileiro terá, ao fim de 2025, o primeiro ano completo de regulamentação das empresas de apostas (as bets). Presentes no País desde 2018, e popularizando-se a cada ano, essas marcas passaram a atuar desde janeiro sob legislação específica, entrando, assim, em uma nova fase tanto em termos de faturamento como também de branding.

Nesse contexto, na tentativa de entender como as principais bets que atuam no Brasil vem desenvolvendo estratégias a fim de se posicionar perante seu público-alvo em um cenário extremamente competitivo, a Blask e a brmkt.co elaboraram o estudo “Brazil’s Betting Brands Report”.

A proposta foi analisar, com maior profundidade, as 20 maiores marcas de apostas regulamentadas no País, destacando suas principais estratégias de posicionamento e atuação.

Para chegar ao ranking das 20 maiores empresas de apostas do Brasil (veja mais abaixo), a pesquisa levou em conta a projeção do Gross Gaming Revenue (GGR), como é chamado o resultado do faturamento com as apostas, descontando os prêmios pagos aos vencedores e o Imposto de Renda.

Veja, abaixo, a lista das 20 marcas que dominam o ranking e seu respectivo faturamento (GGR):

De acordo com esse estudo, o Gross Gaming Revenue (GGR) do mercado das empresas de apostas regulamentas que atuam no Brasil deve alcançar a quantia de US$ 6,27 bilhões em 2025. O mapeamento aponta que, atualmente, o País conta com 78 empresas licenciadas no mercado legal de apostas, que administram 182 diferentes marcas ativas.

O levantamento também apontou que, no primeiro semestre deste ano, o mercado brasileiro contava com mais de 17,7 milhões de jogadores (players) de empresas de apostas.

Na análise de Ricardo Bianco Rosada, fundador da brmkt.co, o mercado brasileiro de apostas esportivas amadureceu, em 2025, o que nao tinha avançado em quase uma década. “A regulamentação pesada, mídia mais cara e restrição de bônus mudou completamente a dinâmica da aquisição, colocando marca, conteúdo e produto no centro da disputa”, aponta.

Nesse ambiente, diz o porta-voz, as empresas digital natives se destacaram por falar a língua do povo e e entender os códigos culturais. “Marcas como 7Games, Betão, EstrelaBet, KTO e Esportes da Sorte provaram que a localização profunda converte mais do que qualquer estratégia global pasteurizada”, diz o executivo, destacando a importância das estratégias locais e personalizadas das empresas do setor.

Potência do mercado brasileiro
Considerando o mercado global de apostas esportivas, o Brasil já se destaca não somente entre os maiores, em termos de receita, como também entre os países com mais usuários engajados. Segundo projeções da Regulus Partners, o Brasil já deve ocupar a quinta posição no mercado global online de apostas em 2025, ficando após de Estados Unidos, Reino Unido, Itália e Rússia.

“Em número de de jogadores, estamos em terceiro, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido, mas o Brasil lidera quando o tópico é acessos em sites de apostas. Importante ressaltar que ainda temos uma grande parte de jogadores apostando em sites não regulados no país – alguns estudos dizem que no mercado ilegal temos aproximadamente 50% dos jogadores. Portanto, ainda há uma grande possibilidade de crescimento em jogadores e, por consequência, aumento na arrecadação de impostos”, destaca.

Para a elaboração do ranking, Blask e a brmkt.co consideraram a projeção do Gross Gaming Revenue (GGR) das empresas para o ano de 2025.

Meio Mensagem

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Política

PARANÁ PESQUISAS: Lula lidera 1º turno, mas empata com Flávio no 2º

Foto: Reprodução

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lidera em todos os cenários de primeiro e segundo turno, conforme levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta sexta-feira (26/12). O nome do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), no entanto, aparece em empate técnico com Lula em uma simulação de segundo turno.

Flávio é o nome que tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para disputar as eleições de 2026. A “bênção” do pai ao filho foi reforçada, nessa quinta-feira (25/12), por meio de uma carta escrita e assinada pelo ex-mandatário.

A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 22 de dezembro. Ao todo, foram ouvidos 2.038 eleitores em 163 municípios de 26 estados e do Distrito Federal. O grau de confiança divulgado é de 95% e a margem estimada de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Esse bandido Lula deveria se mancar e entregar esse cargo hoje mesmo, um presidente analfabeto como ele envergonha o Pais.

  2. Não existe tantos ladrões, pedófilos, assassinos, estrupadores, traficantes e mau-caráter para votar no Lules

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