Essa permuta do JL vai dar ainda muita zuada, e o mundo do futebol promete se mobilizar. A imprensa esportiva já se mostrou contra. Acredito até que o América e o Alecrim vão se pronunciar. Não se discute a importância e a necessidade de um hospital na Zona Oeste da Capital. O que se discute é menos uma praça esportiva na cidade.
Se o JL não tem jeito é porque o governo não quis, se quisesse já estava em andamento um pequena reforma para deixar o estádio apto a receber de duas a três mil pessoas, deixando o velho estádio charmoso e bonito.
Segue reportagem da Tribuna do Norte:
O local onde está encravado o Juvenal Lamartine (JL) pode realmente virar uma moeda de troca para o governo. Mas se depender da vontade do Procurador-Geral do Estado, Miguel Josino, a permuta não seria para construção de um novo estádio de futebol, mas sim de um hospital na Zona Oeste da cidade. A ideia lançada na semana passada, não agradou ao presidente da Federação Norte-riograndense de Futebol (FNF), José Vanildo, que já ouviu três versões diferentes sobre o destino do JL e disse que não sabe mais em quem acreditar.
Miguel Josino afirmou que a procuradoria vem identificando vários imóveis pertencentes ao Estado e que não se encontram com uso público adequado, além do mais, muitos dos quais estão passíveis de sofrer invasões. Quanto ao Juvenal Lamartine, o procurador deixou se esgotar todas as tentativas de reforma ou reconstrução do velho estadio para apresentar essa nova proposta.
“Muito mais que uma promessa de campanha da governadora Rosalba Ciarlini, realizar a permuta daquela área do JL para a construção de um novo hospital para atender melhor a população da Zona Oeste da nossa cidade é uma solução de função social para uma área que está em estado de abandono e não tem mais condições de ser reaproveitada para o antigo fim, como o Crea-RN, já disse, os técnicos de governo e outros profissionais da engenharia civil que foram consultados sobre o tema”, ressaltou Josino.
Como se encontra numa das áreas mais valorizadas de Natal, a permuta do JL pela construção do hospital serviria como uma espécie de balão de ensaio para o governo, que pode usar da mesma modalidade para se desfazer de outros terrenos públicos sem serventia e trocá-los por escolas, delegacias e presídios públicos. “Essa foi apenas uma ideia, que ainda terá de ser muito bem debatida. Pretendemos realizar tudo às claras, com a participação direta da sociedade em audiências públicas”, ressaltou o Procurador-Geral.
O presidente da FNF, José Vanildo, é contra o destino que querem dar ao JL, principalmente pelo fato da velha praça ser a única de Natal que abriga os jogos pelas categorias de base e onde Alecrim e América mandam seus jogos pelas categorias amadoras, além de concentrar as disputas do futebol feminino. “A todo instante aparece uma novidade nessa história do Juvenal Lamartine. É bom a governador definir logo quem será o interlocutor do governo neste assunto que é para saber a quem deverei me dirigir. O estádio ainda tem muita serventia ao futebol potiguar e não pode desaparecer sem que exista alguma alternativa para as competições das categorias de base do futebol”, afirmou o dirigente.
Justiça
A demolição do estádio Machadão provocou mais uma ação na Justiça. Depois de ver o pedido de tombamento da praça esportiva se tornar sem efeito, o jornalista e artista plástico, Eduardo Alexandre (Dunga), ingressou agora com uma ação cautelar de exibição, com pedido de liminar, exigindo que governo e prefeitura apresentem uma série de documentos, entre os quais se encontra o processo completo referente a autorização legislativa da doação, ao governo do estado, de toda aquela área disponibilizada para construção da Arena das Dunas.
A ação pede ainda a apresentação dos processos administrativos referentes aos contratos firmados entre o Município com as empresas Contadores Públicos Ltda e a Coutinho, Diegues, Cordeiro Arquitetos Ltda, bem como o processo administrativo licitatório integral relacionado à construção da Arena das Dunas entre outros.
Quero aqui deixar um pequeno desabafo, se o povo não tem memória, vão piorar, pois o Juvenal Lamartine faz parte da nossa História. Nossos filhos, netos e descendencia não mais saberá nada de nossa Cidade. Enquanto tem cidades brasileira que preserva sua história o poder público do RN acaba com essa HISTÓRIA. Veja João Pessoa/PB, Mossoró/RN e etc. O Juveanl Lamartine é do tempo (mesma data ) da escola Doméstica, Hosp. das Clinicas, casa do Gov. da época era o que hoje a escola doméstica que só se chegava lá em cavalos, pois era de dificil acesso. Vamos salvar nossa história e não deixar Matar o Juvenal Lamartine (antes foi um lugar a onde se recuperava jovens e fazendo bons profissionais como Ártifice). Bjs
Caro Bruno, melhor seria trocar o Jl em um penitenciaria de segurança máxima, acatando sugestão da área de seg do estado. Logo, logo teria lotação esgotada.
Se a moda pega, ficaremos sem o terreno na ANORC, lá em Parnamirim, o terreno na Romualdo Galvão (onde se diziam que construiriam um teatro e hoje é ocupado pela PM), ficaremos sem o terreno do AERO CLUB… tudo isso com a desculpa de se construir, Hospitais, Escolas, etc.
Eita RN! tu és uma "caixinha de surpresa"!
Essa ideia mirabolante é eleitoreira e fora de contexto. Pena que tenha vindo à baila por um respeitável Procurador do Estado. Acho que o mesmo não é fã do futebol ou de qualquer esporte. Construir um, dois, três, duzentos hospitais, é ótimo para a população, seja em Natal, Mossoró, Parelhas ou qualquer outra cidade potiguar. Mas o finado JL era um bem destinado ao esporte. Então, já que não houve possibilidade (ou foi vontade?) de reformá-lo, que se permute e se construa um próprio destinado ao futebol. Ou os desportistas merecem ficar órfãos? Sugestão ao ilustre Procurador: Por que não nos preocupamos em fazer os hospitais e postos de saúde já existentes funcionarem a contento, com profissionais, medicamentos e procedimentos que atendam bem a população 24 horas por dia? #ficaadica