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Julgamento do 'Mensalão' começa nesta semana; saiba quem é quem no processo

Está previsto para começar na próxima quinta-feira (02) o julgamento do Mensalão no Superior Tribunal Federal (STF). A Corte deve fazer, diariamente, sessões para apreciação do tema e a previsão é que a análise acabe até o  final da primeira quinzena de agosto.

O “Caso Mensalão” diz respeito a desvios de dinheiro público e empréstimos fictícios para pagamento de proprina a políticos em troca de apoio ao governo do  então presidente Lula no Congresso.

O processo possui 40 réus. Você lembra quem são eles? Não? O Blog do BG mostra quem são e o que fizeram:

1) JOSÉ DIRCEU:
Crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa;
O que fazia na época: ministro da Casa Civil
Acusação: De acordo com a denúncia, Dirceu foi o mentor do esquema de compra de votos e, utilizando-se de sua posição no governo e da liderança que exercia sobre o núcleo político, foi quem determinou as ações necessárias para o sucesso das operações. Dirceu dava a palavra final sobre os acertos com os partidos, os meios para obtenção dos recursos e os passos das demais peças da engrenagem. Era, portanto, o chefe da quadrilha.
O que aconteceu: Deixou a Casa Civil em junho de 2005, após 30 meses no governo – e cinquenta horas depois de uma cena emblemática: ao depor no processo de cassação de seu mandato, Roberto Jefferson pediu a demissão de Dirceu. “Zé Dirceu, se você não sair daí rápido, você vai fazer réu um homem inocente, que é o presidente Lula.” E, olhando para a câmera de televisão, ele acrescentou: “Rápido, sai daí rápido, Zé!”. O ex-ministro chegou a afirmar que saía de “mãos limpas” e “cabeça erguida”. Fora da Casa Civil, retomou seu mandato como deputado prometendo esclarecer todas as denúncias contra ele. Não foi o que se viu. Resultado: em dezembro, Dirceu teve o mandato cassado e perdeu os direitos políticos por oito anos. Tornou-se, então, consultor de empresas. Embora inelegível, o ex-ministro segue atuando no mundo da política – agora, porém, nos bastidores. Conforme relevou VEJA em outubro de 2011, Dirceu mantém um “gabinete” num hotel de Brasília para tratar de política. Três meses antes dessa reportagem de VEJA, um parecer do procurador-geral da República enviado ao STF afirmava que “as provas coligidas no curso do inquérito e da instrução criminal comprovaram, sem sombra de dúvida, que José Dirceu agiu sempre no comando das ações dos demais integrantes dos núcleos político e operacional do grupo criminoso. Era, enfim, o chefe da quadrilha”. Em 2012, será julgado pelo Supremo pelos crimes de corrupção ativa, formação de quadrilha e peculato. Pode pegar até 111 anos de prisão.
2) JOSÉ GENOÍNO:
Crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa;
O que fazia na época: deputado federal e presidente do PT
Acusação: De acordo com a Procuradoria, Genoino era o interlocutor político entre a quadrilha e os parlamentares. Era ele quem formulava as propostas de acordo aos líderes da legenda que compunham a base aliada do governo. Falando em nome de José Dirceu, Genoino pedia apoio aos projetos do governo e, então, procedia ao pagamento dos que aceitassem sua proposta.
3) DELÚBIO SOARES:
Crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa;
O que fazia na época: tesoureiro do PT
Acusação: Segundo a promotoria, Delúbio era encarregado de repassar o pagamento aos deputados comprados pelo PT – e, para tanto, fazia contatos com Marcos Valério a fim de obter a verba necessária para os repasses. Segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel: “Ele integrou o grupo criminoso desde 2003, tornando-se o principal elo entre o núcleo político e os núcleos operacional – composto pelo grupo de Marcos Valério – e financeiro – bancos BMG e Rural”.
4) SÍLVIO PEREIRA
Crime O STF aceitou denúncia de formação de quadrilha, mas Silvinho fez acordo e deixou de ser réu do mensalão em troca da prestação de serviços à comunidade.
O que fazia na época: Secretário-geral do PT.
Acusação: De acordo com a denúncia, Silvinho, como é conhecido, coordenava a distribuição de cargos públicos no governo – área chave para o sucesso do esquema de corrupção. A promotoria alega que as indicações de Silvinho, em última análise, proporcionariam, mais tarde, desvio de recursos públicos. Em 2008, Silvinho fez acordo com o Ministério Público para livrar-se do processo.
O que aconteceu Deixou o posto depois que se descobriu que havia aceitado um carro da marca Land Rover de presente da empreiteira GDK. A empresa tinha contratos com a Petrobras, então notória área de influência do grupo do ex-ministro José Dirceu, do qual Silvinho, como é conhecido, fazia parte. Denunciado pelo Ministério Público por formação de quadrilha, peculato e corrupção, Silvinho foi apontado pelo procurador-geral da República Antonio Fernando Souza como peça-chave no esquema de “indicações políticas espúrias” para altos cargos no governo federal. Ao desfiliar-se do PT, Silvinho anunciou que se tornaria apenas “um lutador social e um militante das causas populares” e que, para sobreviver, transformaria sua casa de Ilhabela numa pousada. Hoje, o ex-secretário-geral do PT é um empresário. Em julho de 2006, ele abriu uma firma no ramo de eventos, chamada DNP, juntamente com sua mulher e um irmão – a empresa foi subcontratada pela Petrobras por 55.000 reais para gerir um projeto de cinema em Vitória (ES). Desde 2010 articula sua volta ao PT. Foi denunciado pelo MP por formação de quadrilha, mas fez um acordo com a Justiça e não consta mais no processo.
5) MARCOS VALÉRIO:
Crimes de formação de quadrilha, peculato,lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas;
O que fazia na época: empresário
Acusação: Era o operador do mensalão. Ou seja, elaborou a estrutura empresarial que permitiu a obtenção de recursos para o pagamento dos parlamentares envolvidos no esquema. Valério fazia pagamentos periódicos aos políticos indicados por Delúbio Soares por meio de suas empresas SMP&B, DNA e Graffiti. Para tanto, utilizava-se de empréstimos fraudulentos obtidos pelos bancos Rural e BMG. Valério ainda tornou-se um interlocutor direto de parlamentares e presença obrigatória em reuniões com empresários para discutir doações à base aliada em troca de favores do governo.
O que aconteceu: O lobista e hoje ex-carequinha abandonou a publicidade e tornou-se empresário da pecuária. Mas a ficha criminal do empresário não parou de crescer desde o estouro do mensalão. Em 2009, foi acusado de chefiar uma quadrilha que tinha como objetivo burlar a Receita do governo de São Paulo. A Polícia Federal diz que o lobista comandava um esquema para livrar a cervejaria Petrópolis, dona da marca Itaipava, de uma multa de 105 milhões de reais. As investigações o colocaram na cadeia, mas por apenas três meses. Três anos depois, o Ministério Público o denunciou, ao lado da mulher, Renilda Maria Santiago Fernandes de Souza, por utilizarem a empresa 2S Participações Ltda. para lavar “vários milhões de reais” provenientes do mensalão. No mesmo ano, foi condenado a seis anos, dois meses e 20 dias de prisão, em regime semiaberto, por transmitir informações falsas ao Banco Central sobre as operações e a situação financeira da agência SMPB no Banco Rural. O crime foi cometido em 1999 e o empresário recorre em liberdade. Ainda em 2011, Valério e a mulher foram denunciados pelo MP pela venda de um terreno bloqueado pelo STF em Minas Gerais. Foi preso em 2 de dezembro deste ano acusado de integrar um esquema de grilagem e falsificação de títulos de terras na Bahia. Em 14 de fevereiro de 2012, em processo que corre em Minas Gerais, a Justiça Federal condenou Marcos Valério Fernandes e seus antigos sócios Cristiano de Mello Paz e Ramon Hollerbach Cardoso a nove anos de prisão por sonegação fiscal e falsificação de documentos entre os anos de 2003 e 2004, do que podem recorrer em liberdade. Apesar da extensa ficha, ele segue na ativa. Conforme revelou reportagem do jornal O Globo em novembro de 2011, Valério atualmente despacha em Belo Horizonte, na sede da T&M Consultoria Ltda, antiga Tolentino & Melo Assessoria Empresarial, que o teve como sócio até 2005. A consultoria medeia contratos entre empresas e o poder público. Para a oposição, o sucesso obtido pelas empresas que contratam a T&M é, na verdade, uma tentativa do governo de manter Marcos Valério em silêncio. De fato, é de grande interesse do PT que o empresário mantenha-se calado sobre o que sabe do mensalão – ele próprio já chegou a ameaçar a sigla, confidenciando a pessoas próximas que guarda documentos que mostrariam o envolvimento direto dele com o ex-presidente Lula. A defesa do empresário chegou a questionar na Justiça a ausência do nome de Lula no processo do mensalão que corre no STF. Mas também alega que o esquema corrupto nunca existiu e que tudo foi fruto da imaginação de Roberto Jefferson. Se o Supremo não concordar com a tese, sua pena pode chegar a 1.727 anos de prisão.
6) RAMON HOLLERBACH:
Crimes de formação de quadrilha,peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas;
O que fazia na época: empresário
Acusação: Sócio de Valério e Cristiano Paz nas empresas SMP&B, Graffiti e da DNA, integrou a estrutura que mascarava o destino dos recursos que serviam para pagar os parlamentares corruptos. Também ordenou a doleiros os pagamentos ao marqueteiro Duda Mendonça no exterior.
O que aconteceu: Defende-se negando envolvimento no esquema. Pelos crimes, pode ficar até 380 anos na prisão. Foi preso junto com o sócio em dezembro de 2010, acusado de integrar um esquema de esquema de grilagem e falsificação de títulos de terras na Bahia. Em 14 de fevereiro de 2012, em processo que corre em Minas Gerais, a Justiça Federal condenou Ramon e seus antigos sócios Cristiano Paz e Marcos Valério a nove anos de prisão por sonegação fiscal e falsificação de documentos entre os anos de 2003 e 2004, do que podem recorrer em liberdade.
7) CRISTIANO PAZ:
Crimes de formação de quadrilha, peculato,lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas;
O que fazia na época: empresário
Acusação: Sócio de Marcos Valério nas empresas SMP&B, Graffiti e DNA, ajudou a montar a estrutura que servia para mascarar o pagamento a deputados. Agiu, sobretudo, na obtenção de empréstimos fraudulentos que alimentavam o esquema.
O que aconteceu: Diz que desconhecia as atividades de Marcos Valério. No processo responde por peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, evasão de divisas. A condenação pode render de 86 a 380 anos de prisão. Em 14 de fevereiro de 2012, em processo que corre em Minas Gerais, a Justiça Federal condenou Cristiano Paz e seus antigos sócios Marcos Valério e Ramon Hollerbach Cardoso a nove anos de prisão por sonegação fiscal e falsificação de documentos entre os anos de 2003 e 2004, do que podem recorrer em liberdade.
8. ROGÉRIO TOLENTINO:
Crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção ativa;
O que fazia na época: advogado
Acusação: Era um dos principais elos entre o núcleo operacional da quadrilha e o Banco Rural. Braço-direito de Valério, utilizava-se de seus contratos com empresas privadas para operacionalizar o esquema de repasse de dinheiro não contabilizado a candidatos.
O que aconteceu: É acusado de peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, formação de quadrilha. Em outro processo é réu por falsidade ideológica. Em agosto de 2010, foi condenado pela Justiça Federal em Minas Gerais por lavagem de dinheiro, a sete anos e quatro meses de prisão e ao pagamento de multa equivalente 3.780 salários mínimos. O advogado recorre. A denúncia é consequência de investigações no estado a partir das denúncia principal do mensalão que corre no STF. No Supremo, a pena pode variar de 45 a 229 anos.
9) SIMONE VASCONCELOS:
Crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas;
O que fazia na época: diretora administrativa e financeira da SMP&B
Acusação: Sob as ordens de Marcos Valério, atuava como pagadora, entregando o mensalão aos deputados. Orientava os parlamentares quanto às datas e locais de pagamento, intermediava pessoalmente os saques e eventualmente até assinava os recibos, impedindo a identificação dos beneficiários. Organizou a documentação que resultou em empréstimos fraudulentos junto ao Banco Rural e BMG.
O que aconteceu: Somados os crimes, a pena máxima pode chegar a 327 anos.
10) GEIZA DIAS:
Crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas;
O que fazia na época: gerente Financeira da SMP&B
Acusação: Era a responsável por operar a quadrilha de Marcos Valério. Cabia a ela repassar ao Banco Rural, por e-mail, os nomes dos beneficiários do esquema, além dos valores que poderiam sacar. Chegou até a determinar saques em dinheiro aos funcionários da própria SMP&B.
O que aconteceu: No processo responde por lavagem de dinheiro, corrupção ativa, formação de quadrilha e evasão de divisas. Se condenada, por pegar de 80 a 327 anos de prisão.
11) KÁTIA RABELLO:
Crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas;
O que fazia na época: presidente do Banco Rural
Acusação: Além de facilitar a concessão de empréstimos para abastecer o valerioduto, Kátia é apontada como responsável pela liberação de remessas ilegais para o exterior, como forma de lavar o dinheiro.
O que aconteceu: Os crimes podem lhe render até 241 anos atrás das grades.
12) JOSÉ ROBERTO SALGADO:
Crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas;
O que fazia na época: executivo do Banco Rural
Acusação: É acusado de autorizar e renovar empréstimos fraudulentos para Marcos Valério, além de viabilizar a remessa de dinheiro para o exterior.
O que aconteceu: A condenação pode variar de 66 a 231 anos de prisão.
13) VINÍCIUS SAMARANE:
Crimes de formação de quadrilha,lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas
O que fazia na época: diretor do Banco Rural
Acusação: Ajudou a omitir do sistema de informações do Banco Central o nome dos beneficiários dos recursos do mensalão sacados das contas de Marcos Valério, infringindo normas do sistema financeiro.
O que aconteceu:. Está sujeito a pena entre 66 e 231 anos de prisão. Hoje, é vice-presidente do Banco Rural.
14) AYANNA TENÓRIO:
Crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira;
O que fazia na época: executiva do Branco Rural
Acusação: Ayanna é acusada de liberar empréstimos fraudulentos para as empresas de Marcos Valério e, dessa maneira, abastecer o esquema criminoso.
15) JOÃO PAULO CUNHA:
Crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato;
O que fez: Documentos bancários do valerioduto mostram que, na condição de presidente da Câmara, João Paulo recebeu 50.000 reais de Marcos Valério, sacados por sua mulher. É suspeito de desviar 536.400 para o ex-carequinha. Responde por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.
O que aconteceu: Foi absolvido por seus pares na Câmara. Reelegeu-se para uma cadeira na Casa em 2006 e 2010. Preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e será o candidato do PT à prefeitura de Osasco. Pode ser condenado a 42 anos de prisão.
16) LUIZ GUSHIKEN:
Crime de peculato;
O que fez: Na ocasião do escândalo era o titular da Secretaria de Comunicação. Foi acusado de desviar recursos do governo, por meio de contratos de publicidade, para as empresas de Marcos Valério.
O que aconteceu: Quando foi atropelado pelo mensalão, Gushiken perdeu o posto de ministro e virou assessor especial do presidente, exercendo uma função menor. Mas não resistiria por muito tempo no governo, tendo pedido demissão em novembro de 2006. Voltou a morar em uma chácara no interior de São Paulo e abriu uma empresa de “consultoria em gestão empresarial”. No ano seguinte foi multado em 30.000 reais pelo Tribunal de Contas da União. O tribunal considerou que Gushiken firmou contratos publicitários irregulares e não fiscalizou sua execução. Em novembro de 2010 teve uma participação no negócio que resultou na associação entre o Banco Panamericano e a Caixa Econômica Federal. Sem alarde, deu uma espécie de consultoria informal ao banco de Silvio Santos. Gushiken virou réu do processo do mensalão em 2007, por peculato, mas em 2011 a Procuradoria-Geral da República desistiu de pedir sua condenação alegando não ter reunido provas contra ele.
17) HENRIQUE PIZZOLATO:
Crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato;
O que fazia na época: diretor de marketing do Banco do Brasil
Acusação: Recebeu propina para favorecer uma agência de Marcos Valério na execução de contratos milionários com o Banco do Brasil, para prejuízo do banco estatal.
18) PEDRO CORRÊA:
Crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
O que fez: O ex-deputado presidia o PP quando se descobriu que era um dos líderes mensaleiros da legenda. Autorizou um ex-assessor do partido, João Cláudio Genu a sacar 700.000 reais das contas de Marcos Valério.
O que aconteceu: Foi cassado por seus pares em 2005. No auge da crise, afastou-se do comando do PP, mas foi reconduzido à executiva nacional da legenda. Ainda não recuperou seus direitos políticos, mas conseguiu eleger a filha, Aline Corrêa, deputada federal. Responde por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha.
19) JOSÉ JANENE:
Crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
O que fez: Mais uma ex-liderança do PP envolvida no escândalo. Segundo o procurador-geral, Janene “fechou acordo financeiro com o PT, assumindo postura ativa no recebimento de propina”. Teria recebido 4,1 milhões de reais no esquema.
O que aconteceu: Mesmo sob tais acusações, foi absolvido da cassação pelo plenário da Câmara e, em seguida, aposentou-se. Assim que as denúncias vieram à tona, pediu aposentadoria por invalidez à Câmara, alegando ter problemas cardíacos. Morreu em setembro de 2010, aos 55 anos, no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, onde estava internado havia um mês e aguardava um transplante de coração.
20)PEDRO HENRY:
Crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
O que fez: O ex-líder do PP no governo Lula angariou, com a ajuda de outros três deputados, 4 milhões de reais para as contas da legenda – tudo pelo caixa dois e por meio do valerioduto.
O que aconteceu: Safou-se da cassação na Câmara dos Deputados e reelegeu-se nas duas eleições seguintes. E não parou de acrescentar escândalos a sua ficha. É acusado de envolvimento no esquema de compra superfaturada de ambulâncias operado pela Máfia das Sanguessugas. Respondeu a dois processos no Conselho de Ética da Câmara, em 2005 por causa das acusações de Roberto Jefferson e, em 2006, pelo esquema das sanguessugas. Foi absolvido nas duas ocasiões. Hoje é deputado federal licenciado, já que assumiu a Secretaria de Saúde de Cuiabá. Desde julho de 2011, Pedro Henry está sob investigação do Supremo por crime eleitoral e é réu por improbidade administrativa no caso das sanguessugas. No processo do mensalão no STF, responde por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Pode ser condenado a uma pena entre seis e 31 anos de prisão.
21) JOÃO CLÁUDIO GENU:
Crimes de formação de quadrilha,corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
O que fazia na época: era assessor do então deputado federal e líder do PP na Câmara José Janene (PP-PR)
Acusação: Serviu de intermediário do valerioduto em favor dos caciques do PP, permitindo que os recursos chegassem ao partido sem que sua cúpula ou a origem do dinheiro fossem identificados. Também foi favorecido pelos repasses ao PP feitos por intermédio do esquema de lavagem de dinheiro que envolveu a Bônus Banval e a Natimar.
O que aconteceu: Somente deixou o cargo em março de 2007. Em 2008, foi demitido do Ministério da Agricultura sob a acusação de improbidade administrativa. Foi denunciado com os chefes por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha.
22) ENIVALDO QUADRADO:
Crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro;
O que fazia na época: sócio da corretora Bônus Banval
Acusação: A Bônus Banval fez a intermediação dos repasses à quadrilha do PP, lavando e ocultando a origem do dinheiro. Para tanto, valeu-se de uma das contas que administrava, da Natimar, do argentino Carlos Alberto Quaglia.
O que aconteceu: Após o escândalo, montou uma empresa de locação e venda de automóveis. Foi preso em flagrante em dezembro de 2008 ao desembarcar no Aeroporto de Cumbica, na Grande São Paulo, com 361.000 euros não-declarados. Na ocasião, a PF informou que os maços de dinheiro estavam nas meias, na cintura, dentro da cueca e também numa pasta de mão do empresário. Foi solto poucos dias depois e recorre em liberdade. No STF, responde por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro e pode ser condenado de quatro a 19 anos de prisão.
23) BRENO FISCHBERG:
Crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro;
O que fazia na época: sócio da corretora Bônus Banval
Acusação: A Bônus Banval fez a intermediação dos repasses à quadrilha do PP, lavando e ocultando a origem do dinheiro. Para tanto, valeu-se de uma das contas que administrava, da Natimar, do argentino Carlos Alberto Quaglia.
O que aconteceu: Deixou o cargo na corretora, que fechou as portas pouco após o escândalo. Crimes que podem lhe render pena entre quatro e 19 anos de prisão. Em agosto de 2011, foi multado em 200.000 reais pela Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, mas por outro processo, que investigava a contratação de pessoas não autorizadas para a intermediação de negócios envolvendo valores mobiliários.
24) CARLOS ALBERTO QUAGLIA:
Crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro;
O que fazia na época: proprietário da Natimar
Acusação: A Natimar integrou a quadrilha que lavava a propina do valerioduto em favor da cúpula do PP. A empresa do argentino Carlos Alberto Quaglia tinha conta na Bônus Banval, e foi por meio dessa conta que o dinheiro seguiu até José Janene, Pedro Correa e Pedro Henry.
O que aconteceu: Desfez-se da Natimar algum tempo após o estouro do escândalo.
25) VALDEMAR COSTA NETO:
Crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
O que fez: O deputado e ex-presidente do PL (hoje PR) admitiu ter recebido dinheiro do PT. Diz o parecer da PGR: “Valdemar Costa Neto valeu-se de dois sistemas distintos para o recebimento da vantagem indevida. O objetivo era dissimular a origem dos recursos, seu destino e sua natureza. O primeiro foi a utilização da empresa especializada em lavagem de dinheiro Guaranhuns Empreendimentos, que tinha como proprietário de fato o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, figurando como intermediário José Carlos Batista”. O processo no STF apura suas responsabilidades no uso do nome do PL para embolsar cerca de 11 milhões de reais dos cofres de Marcos Valério em troca do apoio da legenda ao governo Lula.
O que aconteceu: Em 2005, renunciou para fugir do processo de cassação. A estratégia deu certo e Valdemar seguiu se reelegendo. Administrador de empresas, ele exerce o sexto mandato de deputado federal e, na prática, é quem comanda o PR. Conforme revelou VEJA em 2011, o atual presidente de honra do PR montou seu próprio mensalão no Ministério dos Transportes. Reportagem da revista mostrou como o partido cobrava propina de empreiteiras interessadas em contratos com a pasta. A maior parte dos recursos era destinada aos cofres da direção nacional da legenda. O restante agraciava parlamentares dos estados nos quais as obras são realizadas. Principal beneficiário da propina coletada na pasta, o deputado foi alvo de uma representação no Conselho de Ética da Câmara, mas escapou ileso. Em 2012, o STF decidirá se condena Valdemar pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha.
26) JACINTO LAMAS:
Crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro;
O que fazia na época: foi tesoureiro do PL (atual PR) desde sua fundação, em 1985, até fevereiro de 2005, meses antes de estourar o escândalof
Acusação: Intermediou parte dos repasses ao extinto PL, do qual foi tesoureiro, e integrou a quadrilha encabeçada por Valdemar Costa Neto para ocultar a origem do dinheiro. É irmão de Antônio Lamas
27) ANTÔNIO LAMAS:
Crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
O que fazia na época: Assessor da liderança do PL na Câmara.
Acusação: Conforme a denúncia aceita pelo STF em 2007, o irmão de Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL, intermediou um dos repasses ao partido e integrou a quadrilha encabeçada por Valdemar Costa Neto para ocultar o propinoduto do antigo PL (hoje PR). Mas em suas alegações finais, de 2011 a Procuradoria considerou que não há provas de que, ao servir de intermediário, Antonio tivesse conhecimento dos crimes e passou a defender sua absolvição.
28) CARLOS ALBERTO RODRIGUES (BISPO RODRIGUES):
Crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
O que fazia na época: deputado federal (PL-RJ) e vice-presidente do partido
Acusação: Recebeu propina para votar a favor de matérias do interesse do governo e ocultou a origem do dinheiro.
O que aconteceu: Renunciou ao mandato para escapar da cassação, mas não voltou a ocupar cargo público. Isso não o impediu de seguir tendo seu nome envolvido em escândalos. Foi preso em maio de 2006, na esteira da Operação Sanguessuga, da Polícia Federal. A ação desbaratou uma quadrilha cujo montante do roubo alcança 110 milhões de reais, na compra de mais de 1.000 ambulâncias para prefeituras de seis estados. Os sanguessugas agiam no Congresso Nacional, aliciavam parlamentares para incluir emendas de compra de ambulâncias no Orçamento, prefeitos para montar licitações dirigidas e funcionários do alto escalão do governo para liberar rapidamente o dinheiro a ser pago pelas ambulâncias. Rodrigues passou 32 dias na prisão, em Brasília e em Cuiabá. O processo em que serão julgados os envolvidos no esquema corre no Supremo. Hoje, é sócio de ao menos cinco emissoras de rádio e TV no país. Em 2009, foi reintegrado à Igreja Universal, da qual fora afastado em 2004, por envolvimento no escândalo Waldomiro Diniz. Ainda assim, não tem mais o título de bispo. Por seu envolvimento no mensalão,

29) ROBERTO JEFFERSON:

Crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro;

O que fez: Acuado pela revelação, por VEJA, do esquema de corrupção operado nos Correios por seus afilhados políticos, Jefferson decidiu que não cairia sozinho. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo no dia 6 de junho de 2005, revelou ao país que o governo federal pagava deputados para que votassem de acordo com os interesses do Planalto. O Brasil descobria ali o escândalo do mensalão. Durante a CPI dos Correios, ele apontou José Dirceu como chefe do esquema de compra de votos de parlamentares. Na ocasião, Jefferson era deputado federal e presidente do PTB – partido que integrava a base aliada. O ex-parlamentar não apenas denunciou o esquema como o integrou, chegando a embolsar 4 milhões de reais do PT.
O que aconteceu: O petebista foi cassado por quebra de decoro parlamentar pela Câmara em 2005. Aposentado pela Casa, recebe 8.800 reais mensais. Hoje, é um dos réus no processo aberto pelo STF para julgar os envolvidos no mensalão, respondendo pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Se condenado, pode ficar entre cinco e 28 anos na cadeia. Nos últimos anos, sua defesa tem se dedicado a afastar do processo justamente o relator, Joaquim Barbosa, alegando que o ministro não tem isenção suficiente para analisar o caso,- e a incluir o nome do ex-presidente Lula na ação penal. Quatro das onze páginas de suas alegações finais no processo do mensalão são dedicadas a implicar Lula no caso. O argumento é de que o presidente, e não os ministros denunciados pelo Ministério Público, detinha o poder de enviar os projetos de lei objetos da compra de votos. Reassumiu a presidência do PTB, da qual se afastara em 2005, em setembro de 2011.
30) EMERSON PALMIERI:
Crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
O que fazia na época: tesoureiro informal do PTB e diretor de administração e finanças da Embratur
Acusação: Ajudou a intermediar a propina em favor do PTB e a ocultar sua origem.
O que aconteceu: Pediu demissão da Embratur em junho de 2005, pouco depois de Roberto Jefferson o ter apontado como o encarregado de fazer a partilha dos 10 milhões de reais pagos ao PTB pelo PT pelas alianças nas prefeituras durantes as eleições de 2004. Atualmente ocupa o cargo de primeiro-secretário do PTB. Pode ser condenado de sete a 40 anos de prisão.
31) ROMEU QUEIROZ:
Crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
O que fez: O ex-deputado federal pelo PTB recebeu 350.000 reais do valerioduto em troca de apoio ao governo.
O que aconteceu: Foi absolvido pelos colegas e tentou se reeleger, sem sucesso, em 2006. É empresário das áreas de agronegócios e de veículos. Em 2010, foi eleito novamente deputado estadual por Minas Gerais, desta vez pelo PSD. Responde por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
32) JOSÉ BORBA:
Crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
O que fez: O ex-líder do PMDB recebeu 2,1 milhões de reais do valerioduto. Foi denunciado por corrupção.
O que aconteceu: Renunciou ao mandato para fugir da cassação e não conseguiu se eleger para a Câmara no ano seguinte. Aposentado como deputado, recebe 5.000 reais por mês. Em junho de 2006 foi condenado pela Justiça do Paraná, mas por outro crime: desvio de verba pública da prefeitura de Maringá entre 1997 e 2000, quando a cidade era administrada por Jairo Gianoto. O ex-deputado recorreu da decisão. Foi eleito em 2008 prefeito da pequena cidade de Jandaia do Sul, no Paraná. Responde por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
33) PAULO ROCHA:
Crime de lavagem de dinheiro;
O que fez: O deputado federal tinha seu nome na lista de pagamentos do mensalão. Sacou 920.000 reais do valerioduto – destes, recebeu 600.000 por meio de Anita Leocádia, outra ré no processo que corre no STF. Seu patrimônio cresceu 1248% entre os anos de 2002 e 2006.
O que aconteceu: Temendo a cassação, renunciou ao cargo em 2005 para não perder seus direitos políticos. Reelegeu-se nos dois pleitos seguintes e segue na Câmara até hoje. Sua pena pode chegar a 80 anos de prisão.
34) ANITA LEOCÁDIA:
Crime de e lavagem de dinheiro;
O que fazia na época: era assessora do deputado federal Paulo Rocha (PT-PA)
Acusação: Recebeu R$ 620 mil do esquema em nome do deputado federal Paulo Rocha (PT-PA), a quem prestava assessoria. Ao contrário de outros laranjas, Anita “agia profissionalmente como intermediária de Paulo Rocha, tendo ciência que estava viabilizando criminosamente o recebimento de valores em espécie”, segundo a Procuradoria.
35) LUIZ CARLOS DA SILVA (PROFESSOR LUIZINHO):
Crime de lavagem de dinheiro;
O que fez: O ex-deputado petista era líder do governo na Câmara na ocasião do escândalo. Embolsou 20.000 reais do valerioduto.
O que aconteceu: Escapou da cassação, mas não foi perdoado pelos eleitores. Tentou a reeleição sem sucesso em 2006. Sequer foi eleito vereador de Santo André, no ABC Paulista, em 2008. Hoje atua como consultor empresarial e, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, virou empresário do ramo de eucalipto, abate de madeira e agropecuária na Bahia. Abriu uma empresa de reflorestamento em Vitória da Conquista. Pode ser condenado a 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro.
36) JOÃO MAGNO:
Crime de lavagem de dinheiro
O que fez: O ex-deputado federal sacou 426.000 reais das contas de Valério. E é acusado de mascarar o destino do dinheiro que ia para o propinoduto.
O que aconteceu: Foi absolvido pela Câmara, em um dos episódios mais vexaminosos a que já se assistiu no Legislativo nacional. Ao saber da sentença favorável ao colega, a deputada Angela Guadagnin executou uma coreografia que ficaria conhecida como a “dança da pizza”. A coreografia custou o mandato da petista, que não conseguiu se reeleger naquele ano e virou símbolo da impunidade no país. Hoje é vereadora por São José dos Campos. Quanto a João Magno, não ocupa mais cargo público. Pode ser condenado a 30 anos de prisão.
37) ANDERSON ADAUTO:
Crime de corrupção ativa e lavagem de dinheiro;
O que fazia na época: ministro dos Transportes de Lula em 2003 e 2004 e prefeito de Uberaba a partir de 2005.
Acusação: Recebeu R$ 950.000,00 de Marcos Valério, valendo-se de assessores para ocultar a origem do dinheiro, e intermediou a compra de apoio político do PTB.
O que aconteceu: Foi eleito prefeito da Uberaba, em Minas Gerais, em 2004 e 2008. Sua administração enfrentou denúncias de superfaturamento de obras públicas. Denunciado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro, pode passar entre cinco e 40 anos na cadeia, se condenado.
38) JOSÉ LUIZ ALVES:
Crime de lavagem de dinheiro;
O que fez: Ex-chefe-de-gabinete de Anderson Adauto no Ministério dos Transportes, era o responsável pelos saques nas contas de Valério.
O que aconteceu: Seguiu como homem de confiança de Anderson Adauto, hoje prefeito de Uberaba, em Minas Gerais. É presidente do Centro o Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba (Codau), que mantém contratos com a administração municipal. Foi denunciado por lavagem de dinheiro – crime com pena entre três e 16 anos de prisão.
39) JOSÉ EDUARDO DE MENDONÇA (DUDA MENDONÇA):
Crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro; Era Marqueteiro das campanhas para Presidência de Lula
O que fazia na época: veterano do marketing político, o publicitário Duda Mendonça trabalhou em 2002 na vitoriosa campanha de Lula.
Acusação: Recebeu pagamentos no Brasil e no exterior pelo esquema de lavagem de dinheiro montado por Marcos Valério e o Banco Rural.
O que aconteceu: Condenações podem lhe render uma pena entre 229 e 941 anos de prisão. Após ensaiar um retorno como consultor em 2006, o marqueteiro elegeu 2010 o ano de sua volta ao mundo das refregas eleitorais. Foi o responsável pela campanha que elegeu a petista Marta Suplicy ao Senado. Coordenou também o marketing de Ricardo Coutinho (PSB), governador da Paraíba, e do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
40) ZILMAR FERNANDES:
Crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro
O que fez: A sócia de Duda Mendonça posou de inocente na CPI, apesar das contas secretas no exterior, e dividiu com o marqueteiro o dinheiro vindo do valerioduto. Ficou conhecida por realizar saques de 250.000 reais em espécie no Banco Rural.
O que aconteceu: Assim como o sócio, defende-se confirmando a sonegação e alega que os pagamentos recebidos eram referentes a dívidas da campanha de Lula de 2002.. Sua pena pode variar de 5 a 22 anos de prisão.

Fonte: G1 e Blog A Patrulha da Lama

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Geral

Collor ficará preso em sala adaptada de diretor do presídio em Maceió-AL

Foto: Fátima Meira

O presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL), desocupou a sala do diretor para acomodar o ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), preso na unidade desde a tarde de sexta-feira (25). A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo.

A direção da unidade avaliou que a sala era o único espaço capaz de atender às necessidades de saúde de Collor, conforme determinação da Justiça, sem a necessidade de reformas. O local, situado no corredor administrativo, é maior que as celas comuns e possui ar-condicionado e banheiro privativo.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a administração da unidade informe se há estrutura para atender às necessidades de saúde do ex-presidente. A defesa de Collor alegou que ele tem Parkinson, apneia do sono e transtorno afetivo bipolar. No entanto, em audiência de custódia, Collor afirmou que não possui doenças nem faz uso de medicamentos.

Procurada pela reportagem do site Poder360, a defesa do ex-presidente não comentou sobre as condições no presídio.

Na quinta-feira (24), Moraes decretou a prisão imediata do ex-presidente depois de rejeitar o último recurso imposto pela defesa para revisar a dosimetria das suas penas. Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção no caso da BR Distribuidora.

Poder 360

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Geral

Após 10 anos economizando, homem compra Ferrari e a perde para incêndio logo após retirada

Foto: X/Reprodução

O que era para ser a realização de um sonho virou tragédia em questão de minutos no Japão. Um homem que economizou por uma década para comprar uma Ferrari 458 Spider seminova viu seu novo superesportivo, avaliado em cerca de US$ 300 mil (equivalente a R$ 1,7 milhão), ser completamente destruído pelo fogo pouco após pegar a estrada.

O incidente ganhou destaque nas redes sociais e na imprensa local depois que o proprietário, identificado como Honkon, compartilhou imagens do veículo reduzido a cinzas. Segundo ele, a fumaça começou a sair da traseira do esportivo enquanto dirigia. Ao encostar no acostamento, o fogo se espalhou rapidamente.

Apesar da chegada ágil dos bombeiros, as chamas consumiram a Ferrari em menos de meia hora. O dono afirma que o incêndio não foi provocado por erro humano, mas por uma falha mecânica do carro. “Acho que sou a única pessoa no Japão passando por algo assim”, desabafou Honkon na plataforma X (antigo Twitter).

Incêndios não são novidade para donos de 458

A Ferrari 458 Spider, equipada com um motor de mais de 550 cavalos de potência, é conhecida tanto pelo desempenho impressionante quanto por problemas relacionados a incêndios.

Em 2010, a fabricante italiana chegou a realizar um recall de mais de 1.200 unidades da linha 458. Na ocasião, foi identificado que o adesivo usado para fixar o painel de isolamento térmico ao chassi poderia se inflamar, especialmente na região do para-choque traseiro.

Naquele ano, ao menos cinco casos de incêndio envolvendo o modelo foram registrados. Até o momento, a causa exata do novo incidente não foi oficialmente confirmada.

Estadão

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Geral

‘Tem muita safadeza, mas não fomos omissos’, diz ministro da Previdência sobre fraudes em descontos de benefícios do INSS

Imagem: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirma que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tomou diversas medidas contra fraudes em descontos de benefícios de pensão e aposentadoria. Em entrevista à Folha, ele diz ter certeza de que o caso tem “safadeza de muita gente”, mas argumenta que o governo não foi omisso.

“Muitas instituições abusaram e devem pagar por isso. Os beneficiários têm que ser restituídos. Mas não pode generalizar, senão a gente instaura um tribunal de inquisição”, afirma Lupi.

Segundo o ministro, as irregularidades em investigação pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, que levaram à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, são uma herança de governos anteriores, uma vez que a maior parte dos acordos que permitiam os descontos foi feita antes de 2023.

Ele nega que tenha deixado de tomar providências após ser alertado durante uma reunião do Conselho Nacional de Previdência Social, em junho de 2023. Ele diz que demitiu o diretor de Benefícios, André Fidelis, no ano seguinte, ao ser informado que uma auditoria sobre o tema não avançava. “A prova de que eu não fui omisso é que eu demiti o diretor.”

Procurado pela Folha, Fidelis diz que não é alvo de investigação e que não teria comentários a fazer. “Deixa a PF fazer o trabalho dela, até que a verdade venha à tona”.

Embora auxiliares de Lula apontem que o ministro acumula desgastes, Lupi afirma estar tranquilo.

Folhapress

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Geral

UnP diz que repudia maus-tratos aos animais e que já iniciou apuração sobre convidado que provocou parada respiratória em cão durante evento do curso de Veterinária

Foto: reprodução

A Universidade Potiguar se manifestou sobre o caso envolvendo um especialista convidado que provocou parada respiratória em um cachorro durante um evento do curso de Medicina Veterinária na instituição, em Mossoró. A UnP afirmou que repudia qualquer prática de maus-tratos aos animais.

A UnP ressaltou que o convidado não faz parte do quadro de professores da universidade e que já está apurando os fatos para adotar as medidas cabíveis.

VEJA TAMBÉM: VÍDEO: Professor provoca parada respiratória em cachorro durante aula no curso de Medicina Veterinária da UnP em Mossoró

Nota de esclarecimento

A Universidade Potiguar (UnP) informa que repudia veementemente qualquer prática que configure maus-tratos aos animais.

A Instituição reforça que já iniciou a apuração rigorosa dos fatos relacionados ao procedimento realizado por um especialista convidado que, registre-se, não integra o quadro docente da Instituição, durante um evento do curso de Medicina Veterinária, no dia 25/4. Ao término da análise, a Universidade adotará todas as medidas cabíveis.

A UnP permanece à disposição das autoridades competentes e reforça seu compromisso com a ética, o respeito à vida animal e a formação responsável dos seus alunos.

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Geral

Professor de canto é preso por dar ‘chá de sêmen’ a alunas para melhorar cordas vocais

Foto: reprodução

Um professor de canto foi preso na última sexta-feira (25/4) no Distrito de Luzimangues, em Porto Nacional (TO), suspeito de oferecer “chá de sêmen” a alunas.

Hallan Richard Morais Cruz, de 26 anos, ainda na sexta-feira (25/4), foi encaminhado para a Central da Mulher 24h, em Palmas (TO), onde foi autuado em flagrante pela prática de violação sexual mediante fraude.

De acordo com o relato de duas vítimas, Hallan se apresentava como professor de canto e ofereceu a elas um líquido que, segundo ele, melhoraria o desempenho das cordas vocais. Uma das alunas percebeu que o líquido era, na verdade, sêmen e acionou as autoridades imediatamente.

A polícia confirmou que o sêmen era do próprio professor. Além de dar “chá de sêmen” para as alunas, o Hallan as filmava ingerindo o líquido. Em depoimento à polícia, o suspeito confessou o crime.

“Quanto às substâncias apreendidas nos frascos, foi solicitada a realização de exame pericial para confirmar se de fato trata-se mesmo de sêmen ou não. Já quanto ao HD e ao celular do indivíduo, foi solicitada autorização judicial para acesso e posterior extração de dados para constatar se tem conteúdos gravados das vítimas ou a existência de materiais como pornografia infantil, dentre outros”, informa a Secretaria de Segurança Pública do Tocantins em nota.

Neste domingo (27/4), Hallan passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. O professor de canto também é suspeito em outro inquérito policial, aberto em 2021, que apura possível estupro de vulnerável.

Metrópoles

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Finanças

Carlo Ancelotti está muito perto de acertar com a seleção brasileira, destaca imprensa internacional; treinador e CBF se reunirão em Londres

Foto: Jose Breton/AP

O casamento tão sonhado pela CBF entre Carlo Ancelotti e a seleção brasileira pode estar finalmente próximo de se concretizar. Um dia após a derrota do Real Madrid na final da Copa do Rei para o Barcelona, fontes da mídia europeia determinaram que o acerto pode acontecer em maio, antes da próxima convocação para as eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, como já previsto pela confederação.

O italiano era o favorito da confederação desde que foi anunciada a saída de Dorival Júnior depois da goleada de 4 a 1 sofrida para a Argentina, e também foi tentado quando Tite deixou o cargo ao fim do Mundial de 2022. Tudo dependia de seu contrato com o clube merengue, que ainda tem mais um ano de duração, mas que deve ser encerrado antes do previsto.

A informação foi divulgada pela Sky Sports, da Inglaterra. “Carlo Ancelotti está muito próximo de se tornar o técnico do Brasil. Fontes disseram à Sky Sports News que as conversas continuarão em maio, quando é esperado que ele deixe o Real Madrid”, ou seja, ele não cumprirá seu vínculo por completo.

O veículo informou, ainda, que o empresário Diego Fernandes, que não tem vínculo com a CBF, mas é próximo dos dirigentes nacionais, foi visto no Estádio La Cartuja, em Sevilha, durante a final da Copa do Rei. Segundo o jornal espanhol Marca, ele já atuou anteriormente como um “mediador” da negociação.

Mais informações dão conta de que o italiano chegaria antes do Mundial de Clubes da Fifa, que será realizado entre os meses de junho e julho nos Estados Unidos, e que a seleção brasileira está confiante no fechamento do negócio, aguardando apenas uma definição do Real Madrid, segundo o jornalista Fabrizio Romano em sua conta no X (antigo Twitter).

Segundo o jornalista André Hernan, há uma reunião marcada para semana que vem, em Londres, que pode selar o negócio entre Carlo Ancelotti e CBF. O treinador e a Federação ainda estão negociando o tempo de contrato, mas de acordo com o jornalista, as conversas estão avançando para um desfecho positivo. Ancelotti está na corda bamba do Real Madrid após a derrota para Barcelona na final da Copa do Rei.

Com informações de Estadão e Lance!

Opinião dos leitores

  1. Enquanto a seleção brasileira jogar imitando o futebol europeu, será um fracasso. O Brasil já foi o país do futebol quando os jogadores brasileiros jogavam como brasileiros.

    1. Disse tudo!
      Nos temos nomes competentes para assumir o cargo.
      Renato Gaúcho é um deles.

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Religião

Mais de 25 mil visitam túmulo de Francisco na Basílica de Santa Maria Maior no primeiro dia após o funeral

Foto: AFP

O túmulo do Papa Francisco atraiu uma multidão no primeiro dia após o funeral, enquanto uma pergunta paira sobre a Cidade Eterna: quem substituirá o primeiro pontífice latino-americano?

A data do conclave para eleger seu sucessor poderá ser anunciada às 9h locais (4h em Brasília) de segunda-feira, quando os cardeais devem realizar sua quinta reunião desde a morte de Francisco. Segundo recentemente afirmou o cardeal luxemburguês Jean-Claude Hollerich, o conclave pode começar em 5 ou 6 de maio, tendo “alguns dias” de duração, completou seu colega alemão Reinhard Marx.

Desde a madrugada do domingo, mais de 25 mil pessoas formaram filas na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, para visitar o túmulo, segundo fontes policiais. No sábado, a cerimônia em homenagem ao Pontífice reuniu chefes de Estado, incluindo os presidentes Lula, Donald Trump e Javier Milei, membros da realeza e 400 mil fiéis durante um cortejo final pelas ruas de Roma e a Missa de Exéquias no Vaticano.

A multidão passava em silêncio em frente ao túmulo simples que o 266º Sumo Pontífice escolheu, na lateral do templo do século V, local de uma antiga estante para castiçais, entre dois confessionários e perto do altar de São Francisco. Muitos faziam o sinal da cruz e tiravam fotos com seus celulares ao passar pelo local. “Franciscus”, seu nome de Papa em latim, é a única inscrição na lápide de mármore, que vem da região de seus avós na Itália. Uma réplica da cruz peitoral do “Bom Pastor”, que o Pontífice usou durante sua vida no peito, completa o conjunto.

Foi o próprio Francisco que havia determinado ser sepultado na basílica. Ele era muito devoto da Virgem Maria e frequentava a basílica. O Papa sempre ia a Santa Maria Maior antes ou depois de suas viagens e foi orar lá, quando teve alta do hospital.

Outros sete papas já foram enterrados na basílica. Porém, o último deles foi Clemente IX, que morreu em 1669. Santa Maria Maior também abriga o túmulo de figuras históricas laicas, como o do arquiteto e escultor Bernini, criador das colunas da Praça de São Pedro.

O Globo

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Geral

Crise Política em Patu: Vereadora denuncia favorecimentos em contratos e na ocupação de cargos na Gestão Municipal

Em novo desdobramento da grave crise político-eleitoral que abala o município de Patu, a vereadora da base governista, Magda Godeiro (MDB), fez duras declarações contra a atual gestão municipal em um áudio que circula em grupos de WhatsApp, revelando esquemas internos de favorecimento e a prática de promessas de cargos públicos.

Segundo a vereadora, durante a campanha eleitoral, ela própria teria prometido empregos em órgãos públicos a eleitores em apoio à candidatura de Ednardo Benigno de Moura, hoje investigado na Justiça Eleitoral. No entanto, após a eleição, os espaços políticos prometidos não teriam sido entregues a ela e a seu grupo político.

Em seu desabafo, Magda relatou que, enquanto ela e seus apoiadores foram preteridos, figuras próximas ao núcleo do poder teriam sido amplamente beneficiadas. Segundo a denúncia, uma pessoa cujo nome não é citado pela vereadora no áudio estaria recebendo aproximadamente R$ 25.000,00 mensais por meio de contratos de locação de veículos junto à Prefeitura Municipal.

Além do desabafo, a vereadora indicou cargos que supostamente foram dados a outros vereadores eleitos, desde a criação de secretarias até as transferências de outras cidades, como no caso de um vereador eleito, cuja a mãe foi transferida para Patu nos primeiros dias de janeiro de 2025, segundo afirmou a vereadora.

A situação expõe uma profunda rachadura na base de apoio do governo municipal e levanta sérias questões sobre a legitimidade do último pleito. Além disso, evidencia que, em vez de priorizar a meritocracia e a legalidade, a atual gestão teria instituído um sistema de recompensa eleitoral sustentado por recursos públicos.

A AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), que já se aproxima da fase final de julgamento, poderá resultar na cassação dos diplomas dos investigados e convocação de novas eleições em Patu, caso as denúncias sejam confirmadas. Até o momento, a Prefeitura de Patu não se manifestou oficialmente sobre as denúncias.

Opinião dos leitores

  1. BG na minha opinião o correto era acabar com essa FESTA de CARGOS COMISSIONADOS e CONTRATADOS no serviço público. Tá virando um BORDEL o acesso ao serviço público, a forma correta é através de CONCURSOS. Infelizmente todos os 5.570 municípios brasileiros tem essa prática de CARGOS COMISSIONADOS e CONTRATOS em troca de votos.

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Geral

Pena de Collor abre margem para pedido de semiaberto após 1 ano e 5 meses em regime fechado

Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

O ex-presidente Fernando Collor, condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão pelo STF (Supremo Tribunal Federal), poderá pedir a progressão para o regime semiaberto depois de cerca de um ano e 5 meses no regime fechado, caso a pena seja confirmada pelo tribunal.

O ex-presidente foi detido na madrugada da última sexta-feira (25) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ministro Alexandre de Moraes determinou o cumprimento imediato da pena após rejeitar recurso apresentado pela defesa, que o magistrado considerou protelatório.

Neste sábado (26), a defesa de Collor voltou a pedir prisão domiciliar para ele e apresentou um novo laudo médico alegando a necessidade de acompanhamento médico e medicação. O ex-presidente havia afirmado, na audiência de custódia de sexta-feira (25), não ter nenhuma doença e não fazer uso de medicamento de forma contínua.

Collor começou a cumprir a sentença no presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, capital alagoana. Por ter ocupado o cargo de presidente da República, ele deve permanecer na ala especial da unidade prisional.

Pela Lei de Execução Penal, a punição é aplicada de forma progressiva, com a transferência para o regime menos rigoroso a ser determinada pelo juiz, quando o alvo tiver cumprido uma parte dela.

Antes da reforma promovida pelo Pacote Anticrime, que entrou em vigor em 2020, a regra geral era que o preso teria de cumprir ao menos um sexto da pena no regime anterior, além de apresentar bom comportamento, para progredir de regime.

Após a nova lei ser sancionada, se o alvo da pena for primário e o crime tiver sido cometido sem violência ou grave ameaça, passou a ser necessário o cumprimento de 16% da pena com bom comportamento, pouco menos de um sexto (16,67%).

Segundo o Ministério Público Federal, os crimes atribuídos ao ex-presidente ocorreram entre 2010 e 2014. Por isso, a regra aplicável seria a vigente à época, e não a do Pacote Anticrime.

O Código Penal garante, no entanto, que a lei pode retroagir —ou seja, ser aplicada a fato anterior à sua vigência— se for de algum modo favorável ao agente, de forma que na circunstância de Collor seria aplicada a nova regra.

No caso do ex-presidente, condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão, multiplica-se o total de meses da pena (106) por 16% (0,16). O resultado é 16,96 meses. Pela fração de um sexto, a conta seria 106 dividido por 6, resultando em 17,67 meses.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Se o que pegou 300 anos, tá solto, imagine esse inocente. Com um stf desses e um bandido igual a LULADRAO como presidente, nem ele nem nenhum ladrão nesse país, fica preso.

  2. Quem foi que entregou a BR distribuidora na época pro Fernando Collor da o drible da vaca na Estatal??
    Com a palavra Gustavo Máfia (mafra)

  3. Pra que prender um omi desse?
    Cometeu o que mesmo?
    Conversa omi.
    3 os zoto?
    Tão tudo solto!
    Nun acredito!
    Mar rapa…..

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Geral

Ucrânia recruta brasileiros para suas tropas; salário chega a R$ 25 mil mensais

Foto: REUTERS/Oleksandr Ratushniak

Com promessas de salários de até R$ 25 mil mensais, o governo ucraniano iniciou uma campanha para recrutar brasileiros dispostos a se juntar às suas tropas para repelir a invasão russa, que já se arrasta há mais de três anos. Nas últimas semanas, vídeos que mostram oficiais de Kiev, mercenários experientes e voluntários civis circulam nas redes sociais brasileiras, buscando atrair novos combatentes.

Para facilitar o processo, a Ucrânia traduziu para o português sua página oficial de alistamento de estrangeiros e mobilizou recrutadores brasileiros para atuar ativamente em grupos de WhatsApp, Telegram e Signal – três dos aplicativos de mensagens mais populares no país.

A estratégia visa replicar no Brasil o sucesso obtido na Colômbia nos últimos dois anos. Estima-se que até dois mil colombianos tenham combatido ao lado das forças ucranianas, atraídos por salários considerados elevados em comparação com a média do país. A maioria deles são ex-militares, ex-integrantes das Farc e antigos membros de guerrilhas formadas durante a guerra civil colombiana, que deixou mais de 200 mil mortos em meio século de conflito.

Rendimentos

As autoridades ucranianas esperam que a promessa de rendimentos muito acima da média tenha o mesmo efeito entre brasileiros. Nos vídeos que circulam nas redes sociais, soldados minimizam os riscos da guerra e enfatizam as possibilidades de ganhos rápidos, destacando ainda que os recrutas estrangeiros recebem treinamento e apoio básico.

Em canais de YouTube especializados em temas militares, oficiais ucranianos ressaltam que, em caso de morte, cada combatente tem direito a um seguro de vida de até US$ 350 mil. Apesar de não exigir experiência militar formal anterior, a página de recrutamento enfatiza que experiências anteriores de combate, mesmo que atuando em unidades paramilitares ou em milícias são uma vantagem.

Busca por estrangeiros

Renato Belém, um cinegrafista de 38 anos de Manaus (AM), foi fisgado pela ideia de iniciar uma nova carreira e agora acredita que lutar na Ucrânia é sua melhor chance de mudar de vida. Desiludido com os baixos salários e a falta de perspectivas no setor de comunicação, ele acredita que pode, em um ano e meio, juntar dinheiro suficiente para garantir uma vida melhor à sua família.

Pai de uma menina de 12 anos, ele diz que, se algo pior acontecer, o seguro prometido pelas Forças Armadas da Ucrânia poderá assegurar o futuro da filha. “Tenho fé em Deus de que tudo vai correr bem, e certeza de que voltarei com saúde”, afirma Marcelo, que serviu no 1º Batalhão de Infantaria de Selva, em Manaus, e integrou a missão militar brasileira no Haiti.

Brasileiros na Ucrânia

Segundo o Itamaraty, oito brasileiros morreram oficialmente em combate desde 2022, enquanto outros 13 estão desaparecidos — o que, em linguagem diplomática, significa que são considerados mortos, embora seus corpos não tenham sido localizados.

As estimativas apontam que até 100 brasileiros estão atualmente incorporados à Legião Internacional da Ucrânia, apesar de esses números não serem oficiais. A Embaixada da Ucrânia no Brasil afirmou que não se manifesta sobre assuntos militares e não respondeu aos questionamentos da DW Brasil sobre a participação de brasileiro na guerra.

Inicialmente, a maior parte dos brasileiros se juntou à guerra movido por convicções ideológicas ou políticas, e não apenas por dinheiro. Mas com a campanha ativa de recrutamento do governo ucraniano, isso parece estar mudando.

Renato, o cinegrafista de Manaus, vendeu o carro e lançou uma campanha de arrecadação por Pix, mas ainda não reuniu todo o dinheiro necessário para viajar. “Logo vou conseguir. Não tem futuro para mim no Brasil”, afirma.

* Os nomes foram alterados para preservar a identidade dos entrevistados

UOL com Deutsche Welle

Opinião dos leitores

  1. Concordo com a prisão do Collor, mas porque a lava-jato não serve para os corruptos do PT e aliados

  2. Avante Petistas! Mostre a sua coragem e determinação para o mundo, você pode, você consegue, se precisa de uma ajuda financeira para as despesas da viagem é só me enviar sua chave pix que eu faço a transferência financeira pra custear sua passagens só de ida porque espero e desejo que você morra em combate como um herói da pátria Ucraniana.

    1. Tu não tem um pau para dar em um gato, tu não paga o uber para ir ao aeroporto 🤣😅 Zé comédia de internet.

  3. Salário de 25 mil. Esqueceram de informar que não verão a cor do salário. Ou morrerão na frente de batalha ou vão levar um calote do Zelensky.

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