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O STF realiza nesta segunda-feira (10) a 21a sessão de julgamento do mensalão. Vai à mesa o capítulo quatro da denúncia da Procuradoria da República. No reordenamento estabelecido pelo relator Joaquim Barbosa será a terceira “fatia” do processo. Nesse trecho os réus do ‘núcleo’ publicitário’ e do ‘núcleo financeiro’ são acusados de montar um esquema de lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia, as agências publicitárias de Marcos Valério e o Banco Rural organizaram-se para ocultar repasses de dinheiro a políticos e partidos. Nessa fase, escalarão o cadafalso dez réus.
Do lado publicitário, além de Valério e dos ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, o capítulo inclui o advogado Rogério Tolentino e as ex-funcionárias Simone Vasconcelos (diretora) e Geiza Dias (secretária). No bloco financeiro, serão julgados novamente os ex-gestores do Rural: Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório.
Valério e seus ex-sócios já foram condenados um par de vezes por corrupção ativa e peculato em negócios celebrados com o Banco do Brasil e com a Câmara. Na semana passada, também a turma do Rural arrostou uma condenação por gestão fraudulenta de instituição financeira. Dos quatro réus, apenas Ayanna Tenório foi absolvida.
Tomados pelas observações que fizeram ao ler os primeiros votos, os ministros devem impor um lote de novas condenações. No julgamento da primeira “fatia”, ficou assentado que o mensalão foi abastecido com verbas desviadas de cofres públicos. Na segunda, ficou entendido que os alegados empréstimos do Rural ao PT e às agências de Valério foram “simulados”.
No novo capítulo, os advogados de defesa alegam que não houve ocultação dos repasses, essencial para caracterizar o crime de lavagem de dinheiro. Sustenta-se que os destinatários do dinheiro identificaram-se e assinaram recibos. Os autos demonstram que, em verdade, os recibos tiveram circulação interna.
Destinavam-se ao controle que era exercido por Valério, não à escrituração formal das operações bancárias. No papelório oficial, os lançamentos foram feitos como pagamentos das empresas de Valério a fornecedores.
Noutra evidência da tentativa de acobertamento, a Procuradoria realça que foram aos guichês do Banco Rural não os políticos, mas seus prepostos. Confirmando-se as condenações desse capítulo, abre-se a trilha que levará à incriminação dos petistas e aliados que beberam das valeriana$ fontes.
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