O vereador Júlio Protásio reuniu a imprensa para dar uma coletiva sobre a votação das contas de Carlos Eduardo Alves, referentes a 2008, enquanto prefeito de Natal. Mas uma grave denúncia foi a articulação política da prefeita Micarla de Sousa para reprovar as contas Contas de Carlos Eduardo retirando toda a garantia constitucional de independência dos poderes.
De acordo com o parlamentar,há cerca de 40 dias ele fo convidado pela prefeita Micarla de Sousa para uma reunião e, dentre outros assuntos, foi tratada a votação das contas de Carlos Eduardo.
“A prefeita me perguntou se eu poderia votar contra Carlos Eduardo. Eu disse que tinha diversas dificuldades e que não era um pedido bom para me fazer. Ela me disse que iria pedir para outro interlocutor me procurar. Pois bem, passou o tempo e o secretário Antônio Luna, a quem eu visito diversas vezes, na última perguntou o que poderia fazer para eu votar contra Carlos Eduardo, porque só faltava um voto para reprovar. Eu disse que ele não poderia fazer nada, mas que eu iria conversar com o presidente da Casa e com o partido e depois eu iria analisar”, disse.
O parlamentar acredita que o poder fazer poderia ser desde pagamentos diretos até oferta de cargos em comissão, mas preferiu não entrar no mérito do que poderia ser a “ajuda”.
Não bastando a articulação para reprovar as cotas de Carlos Eduardo na tentativa de torná-lo inelegível, já que ele é o principal nome nas pesquisas de opinião pública, a prefeita, segundo Júlio, ainda iniciou uma perseguição contra ele e Franklin Capistrano por terem sido favoráveis a aprovação das contas do ex-prefeito.
“A prefeita chegou ontem de Brasília. Pensei que ela iria comemorar com champagne e caviar, mas ela voltou para se vingar de dois vereadores: Franklin Capistrano e Júlio. A prefeita mandou fazer uma varredura procurando saber em quais secretarias existiam pessoas que apoiavam ou gostavam dos vereadores. No Diário Oficial (DOM) de hoje, ela exonera na saúde Monica Carvalho Fialho de Oliveira e Maria das Graças de Sousa. A prefeita quis ser vingativa e não tomou nem a precaução que a Maria das Graças tem câncer. Exonerou pessoas de Franklin Capistrano e, de novo, a raiva é inimiga da perfeição. Por falta de informação, a prefeita exonero o senhor João Pedro que não é amigo e não é ligado ao Franklin”, revelou.
As graves denúncias de Júlio Protásio não pararam por aí. Esse João Pedro foi alvo de ligações para sua residência. De acordo com Júlio, o vice-presidente da Fundação Capitania das Artes (Funcart), Edson Soares, chegou a ligar para sua casa para saber de pessoas ligadas a ele afirmando que estava obedecendo ordens da prefeita para exonerar todos que fossem comissionados.
“Audácia, cinismo e cara de pau. Edson Soares, vice-presidente da Funcart, ligou para minha esposa Ana Paula Araújo, que já passou na Funcart, mas que deixou para não configurar nepotismo por causa do meu mandato. Ele ligou e perguntou: ‘Ana Paula tenho a informação de que João Pedro não é ligado a Júlio. Ele é ligado a Franklin? Porque a determinação que tenho é de exonerar todo mundo que for ligado a Júlio e a Franklin’. A que ponto chegou”, denunciou.
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