A Justiça italiana negou, nesta sexta-feira, 7, o pedido do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato para acompanhar em liberdade seu processo de extradição. Numa audiência de duas horas no Tribunal de Bolanha, os juízes italianos consideraram que existe “risco de fuga” por parte do brasileiro e optaram por mantê-lo na prisão de Módena.
Foragido desde novembro, o condenado por envolvimento no mensalão foi preso nessa quarta, 4, na Itália. Ele fugiu para o país para evitar a condenação no Brasil. Pizzolato falou por cerca de 30 minutos, em italiano, respondendo às perguntas dos juízes e explicou que havia sido condenado em um processo político no Brasil. As autoridades consideraram que, em razão da fuga do Brasil e dos documentos falsos encontrados no momento da prisão, não haveria possibilidade de permitir nem a liberdade condicional nem a prisão domiciliar.
Após a audiência, Pizzolato retornou à penitenciária de Módena.
Nessa quinta, 6, pela primeira vez, a polícia italiana deixou claro que existem “possibilidades legais concretas” de que Pizzolato seja extraditado para o Brasil, mesmo diante do fato de ele ter nacionalidade italiana. Uma decisão final, porém, será política. O Brasil tem 40 dias para apresentar o pedido de extradição.
Estadão
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