O estudante Fabio Hideki Harano, 26, teve o pedido de habeas corpus negado nesta terça-feira (22) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Harano está preso desde 26 de junho, suspeito de participar de atos de depredação a uma concessionária da Mercedez Benz, na Marginal Pinheiros, ocorridos no final do protesto contra a realização da Copa do Mundo, no dia 23 de junho.
Como o pedido liminar foi negado nesta terça pela 3ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, a defesa entrará com outro pedido de liberdade provisória nos próximos dias, o julgamento do habeas corpus ainda não tem data definida, informou o advogado do manifestante, Renato Pincovai.
Harano foi preso em flagrante, junto com o professor Rafael Marques Lusvarghi, 29. Os dois foram indiciados pela polícia por cinco crimes – associação criminosa, incitação à violência, resistência à prisão, desacato à autoridade e porte de artefato explosivo.
Se condenado por todos os crimes pelos quais foi denunciado, sua pena pode variar de 5 anos até 13 anos de prisão, segundo a Promotoria.
A polícia afirma ter apreendido com Harano um artefato explosivo e uma máscara de gás e o acusa de ser adepto à tática “black bloc”.
Em mensagens pelo Twitter, Alexandre Harano, irmão do estudante preso, afirma que seu irmão foi bem tratado por agentes penitenciários e detentos em Pinheiros e Tremembé, onde divide uma cela com dois detentos no presídio.
Ele postou algumas mensagens que disse ser de Fábio Harano. Segundo irmão, o manifestante preso negou estar com os explosivos e o ter usado a tática “black bloc” nos protestos. “Não sou black bloc. Ser black bloc é quebrar símbolos do capital”.
O ativista defendeu também o uso de máscaras de proteção. “Usar equipamento de proteção para não dispensar aos primeiros ataques da PM não é crime”.
Fábio Harano negou qualquer associação a movimentos envolvidos nos protestos contra a Copa. “Sou sindicalista, membro do Conselho Diretor de base do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP). Não sou membro formal de nenhum partido ou corrente política”.
PRESOS NO RIO
No Rio de Janeiro, 21 pessoas denunciadas pelo Ministério Público tiveram a prisão preventiva decretada e estão sendo procurados pela polícia. O grupo é acusado de praticar atos violentos em protestos. Três dos denunciados já estavam detidos desde a véspera da final da Copa.
A advogada e ativista de direitos humanos Eloísa Samy, 45, incluída na denúncia, chegou a pedir asilo no consulado do Uruguai.
As pessoas denunciadas no Rio tiveram seus mandados de prisão emitidos para uma operação da Polícia Civil do Rio, realizada na véspera da final da Copa do Mundo. Alguns haviam sido presos e conseguido habeas corpus para deixar a prisão.
Folha Press
Vândalo sem vergonha, a mãe deve ter se formado pelo ProUni e ensinou asneiras a esse favelado.
Camarada, que comentário preconceituoso. Por menos que isso tem gente respondendo a processo criminal.