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O youtuber Vinícius Guerreiro, o Vina Guerreiro, de 37 anos, disse que está arrependido de ter ameaçado Jair Bolsonaro. E com medo. Em entrevista ao Estadão, ele contou que fez o vídeo com ataques ao presidente, no dia 30 de julho, porque havia passado um dia tenso em que fez exaustivo trabalho em uma comunidade carente da zona Sul de São Paulo e, mais tarde, já em casa, ouviu ‘a piada que o presidente fez do desaparecimento do pai do Felipe Santa Cruz‘ – mandatário da OAB Nacional, cujo pai, Fernando, sumiu em fevereiro de 1974, no auge do regime de exceção.
Vina Guerreiro disse. “Não tem mais condição de aceitar um b… como Bolsonaro no poder. Ele tem que ser assassinado, ele e a família.”
O vídeo foi anexado pelo ministro Moro à ordem que deu à Polícia Federal para abrir inquérito contra Vina Guerreiro, que poderá ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional.
“Foi um acesso que eu tive, um arroubo, eu cometi muito exagero ali”, admite o youtuber. “Eu não tenho nenhuma vontade disso, nem essa ideia de assassinar o presidente. Aquilo foi um grito mesmo de ‘chega’. Eu não tenho vontade de fazer uma violência dessas.”
Nascido em São Carlos, interior paulista, pai de um menino de 12 anos, Vina Guerreiro disse que se deixou contaminar pela ‘intolerância raivosa’.
Ao se declarar arrependido da ameaça ao presidente, Vina Guerreiro ganhou um aliado de peso, o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira.
Com 50 anos de advocacia, Mariz resolveu assumir o caso do youtuber. “Na medida em que ele disse ter se arrependido concordei em assumir o caso. Eu não iria defender quem quer assassinar alguém.”
LEIA A ENTREVISTA COM VINA GUERREIRO
ESTADÃO: Por que você fez aquele vídeo com ataques a Bolsonaro ?
VINA GUERREIRO: Eu andava muito indignado, ainda ando. Alguns problemas ocorreram na minha vida pessoal de duas semanas para cá. Naquele dia, 30 de julho, era uma terça feira, eu tinha acabado de fazer um trabalho de base numa comunidade, um trabalho voluntário, e ali eu vi muita pobreza. Foi na comunidade Anchieta no Grajaú, são favelas de madeirite, não tem quase alvenaria lá. Eu vi esgoto a céu aberto, as crianças, muita coisa ruim, muita coisa pesada mesmo de se ver. Eu passei lá desde o fim da manhã até quase a noite. Aí voltei para casa com fotos, registros do local. A gente ia fazer uma grande ação com pessoal que consegui organizar para ajudar a comunidade com cursos, uma série de coisas, edificação e também agricultura urbana, horta comunitária. Eu estava muito imbuído de fazer isso. Foi quando liguei o computador. Eu estava bem cansado, pensei, vou fazer o vídeo antes de dormir, aí eu vi alguns comentários e li a matéria sobre o Bolsonaro, o presidente falando em relação ao Santa Cruz, assim, fazendo piada da morte do pai dele, dizendo que explicaria o desaparecimento. Aquilo me deixou muito indignado. Eu já estava meio cansado, quando eu me deparei com a pobreza e ouvi essa fala do presidente, fiquei muito indignado. Todo dia é uma fala nesse sentido, o presidente ofendendo alguém, ofendendo a memória de alguém, ofendendo a história, eu realmente perdi a linha. Ali acabou prá mim. Foi um acesso, um arroubo, eu cometi muito exagero ali.
ESTADÃO: Você não tem intenção de fazer o que disse no vídeo?
VINA GUERREIRO: Não, eu não tenho nenhuma vontade disso, nem essa ideia. Aquilo foi um grito mesmo de ‘chega’. Eu não tenho vontade de fazer uma violência dessas.
ESTADÃO: Está arrependido de postar o vídeo?
VINA GUERREIRO: Muito.
ESTADÃO: Se for chamado à Polícia Federal vai dizer isso?
VINA GUERREIRO: Sim, estou disposto a dizer isso. É que não fui intimado. Andaram dizendo que estou foragido. Eu não estou foragido, estou à disposição da Justiça.
ESTADÃO: Como reagiu quando quando soube que o ministro Sérgio Moro mandou a PF abrir inquérito?
VINA GUERREIRO: Eu me desesperei. Não imaginava uma repercussão desse tamanho. O meu canal tem 6 mil inscritos, gera em torno de 500 visualizações, é pequeno, não é um canal de muita visibilidade. Eu não imaginava que isso fosse crescer assim. Eu caí na realidade. Se isso chegou no Moro deve ter chegado ao presidente! Nossa, todo mundo está sabendo. Então eu pensei e liguei para um amigo. ‘Preciso de ajuda’.
ESTADÃO: Você está sofrendo ameaças?
VINA GUERREIRO: Eu já estava sofrendo ameaças. Da semana passada para cá as ameaças foram muito grandes, muitas no celular, pelas redes sociais também. Por isso fechei as redes. Minha esposa foi ameaçada, a loja da minha cunhada também recebeu ameaças, até do meu filho chegaram a falar alguma coisa. Eu já tinha fechado, já tinha tirado esse vídeo do ar, quando começaram as ameças à minha esposa. Tirei tudo do ar, falaram que eu tinha fugido.
ESTADÃO: Você tem ódio do presidente?
VINA GUERREIRO: Não é ódio. Minha indignação foi resultado dessa combinação: passei um dia inteiro na comunidade, no meio da miséria absoluta, e depois ouvi aquilo que o presidente falou sobre o pai do Felipe Santa Cruz. Essa combinação deu esse pico sim, mas já tem algum tempo que eu ando estressado.
ESTADÃO: É filiado a algum partido?
VIA GUERREIRO: Sou filiado ao PDT, mas depois desse evento infeliz me afastei para preservar o partido. Me desliguei da presidência do Movimento Comunitário Trabalhista (MCT). De fato, eu não sou muito simpático ao Bolsonaro, mas se ele fizesse um bom governo eu não teria porque falar contra ele da forma como falei.
ESTADÃO: Arrependido, então?
VINA GUERREIRO: Sim. Não tenho vontade de fazer uma coisa dessas. ali eu estava fraco, fiquei fora de mim mesmo, fico muito triste quando alguém afeta a memória de outras pessoas que não foram enterradas, fico chateado com essas coisas. Eu tenho esse sentimento. Eu tenho familiar distante e também um contraparente que foram vítimas da ditadura, convivi com torturados. O que o presidente falou sobre o pai do Felipe Santa Cruz mexeu muito comigo.
ESTADÃO: Como você preparou a mensagem no vídeo?
VINA GUERREIRO: No início eu falo assim: Bolsonaro, o que seus filhos iriam pensar se você sumisse, se você fosse um desaparecido, como se sentiriam? Então, eu achei uma coisa tão agressiva cara, que eu falei não é possível. Ele não para. Um dia chama metade do povo de ‘paraíba’ Ele ofende um país, a gente perde mercado comprador, outro dia ele xinga um desaparecido político, outro dia ele homenageia um torturador. Não tem fim. Todo dia uma coisa nesse nível. Não é possível. Parece um pesadelo que não acaba.
ESTADÃO: Isso o deixou nervoso?
VINA GUERREIRO: Aquele dia eu estava muito nervoso, reunindo certas questões pessoais, a pobreza na periferia, o trabalho de base é o pior trabalho da militância, é onde o militante mais se arrisca e é o menos valorizado. Tudo isso mexe com a gente, sabe?
ESTADÃO: Está com medo das ameaças?
VINA GUERREIRO: As ameaças me assustam, estou com medo. Eu me deixei contaminar pelo discurso da intolerância raivosa. Foi um ato de desespero. Eu quero ser reconhecido como opositor do Bolsonaro, isso eu quero, mas não como opositor desse nível de raiva.
Fausto Macedo – Estadão
A escola de Adélio fazendo novos alunos !!!!
Tem como esconder comentários aqui? Nunca entro nesse blog porque parece um antro de trolls!
PASSANDO PRA NÃO ENGACHAR!
PRA DAR FACADA É DOIDO…
PRA INVADIR CELULAR É DOIDO…
PRA AMEAÇAR DE MORTE: "COMETI UM EXAGERO, ME EXCEDI"
ASSUMAM SEUS ERROS E PAGUEM NA FORMA DEA LEI!
Na internet: Vina Guerreiro
Na vida real: Vina Arregão
Cadeia nele.
Interessante todo bandido de esquerda tem sempre advogados de Plantão, por que será???, quem estar pagando??? ou será que vai falar que é grátis como os outros??
Cagão!!!
mais um idiota útil!kkk
Esses assassinos tentam matar quem não corrobora com suas idéias…Ameaçam de morte as pessoas que pensam diferente, chamam de facistas, racistas…Onde ai parar a intolerância de pessoal??? PF neles Moro!!!!!!
Esse rapaz é a imagem e semelhança da esquerda.
Provando o quanto a esquerda tem de democracia nas veias.
Assim eles entendem o sistema democrático, desde que seja a imagem e semelhança de sua vontades e sede em acabar com aqueles que pensam diferente.
Quantas vezes uma pessoa conseguiu dialogar com alguém da esquerda? Eles gritam, xingam, tentam impor sua ideologia e se isso não acontece, eles cortam a conversa, bloqueiam nas redes sociais, sai do grupo, enfim, eles se acham o tudo e o resto tem que ser a imagem e semelhança deles.
Assim se dizem os defensores da democracia e da igualdade social…
Quando acabar os eleitores de Bolsonaro é que são raivosos… Fez ameaças e é ele quem tá com medo? Afinal, quem levou uma facada e continua recebendo ameaças?