Foto: Daniela Dacorso | Agência O Globo
O vídeo “Deleção”, do Porta dos Fundos, que foi ao ar no sábado, já é o mais assistido do grupo desde dezembro (até agora, foram quase 3,2 milhões de cliques) e um dos mais polêmicos do grupo. Fala explicitamente da preferência dos procuradores em incriminar o PT e Lula e proteger o PSDB.
O vídeo fez muito mais barulho do que outro, de 21 de março, intitulado “Reunião de emergência”, que se posiciona no outro lado do espectro — satiriza Lula, PT&Cia. Este, até agora alcançou 2,6 milhões de espectadores.
Antonio Tabet que, aliás, estrelou o “Reunião de emergência”, responde assim aos inconformados:
— Pessoalmente, lamento tudo neste episódio. Absolutamente tudo. Quem me conhece sabe qual é a minha posição em relação ao atual governo e corruptos em geral. Minha posição, aliás, é compartilhada pela maioria dos meus colegas. Acho que a Polícia Federal faz um trabalho bastante competente, sou #TeamMoro e, nem por isso, acho que Cunha, Temer, Feliciano e outros políticos são menos piores que os que hoje gostaria de ver derrubados. Contudo, não abro mão da democracia e da liberdade. Acredito que todos têm o direito de se expressar. Inclusive aqueles que discordo e principalmente nos locais onde trabalho. Cada um de nós no Porta tem uma posição política e cabe ao outro respeitá-la sem prejuízo da amizade que nos uniu. Isso é civilidade. E nós, como grupo, refletimos essa pluralidade no nosso trabalho quando existe mais de um lado da moeda, o que é saudável num país onde política é futebol, futebol é religião e religião é política. Evidente que jamais tacaríamos pedras em minorias oprimidas ou em injustiçados históricos. Sempre atiramos para cima. E em tempos quando cada um vê a parte de cima de um jeito, acabamos atirando em mais de uma direção. Agora deixa eu ir que já são 12h30 e preciso finalizar meu roteiro zoando a deputada petista Maria do Rosário. Aquele que o Gregorio aprovou.
Lauro Jardim, O Globo
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