Deputado Evair Vieira de Melo (PP – ES)- Foto: Renato Araujo / Câmara dos Deputados
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou, nesta quarta-feira, 12, convites aos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) para explicar as suspeitas de fraudes no leilão de arroz realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A expectativa é que Fávaro compareça ao colegiado na quarta-feira 19. Teixeira deverá comparecer em 3 de julho. Já a ida de Haddad ainda não tem previsão.
O leilão, que arrematou 263.730 toneladas de quatro empresas por R$ 1,3 bilhão, foi anulado na terça-feira 11 pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em virtude da desconfiança sobre a capacidade de as empresas vencedoras entregarem o produto. Um novo leilão será realizado.
Depois do leilão do arroz, diversas denúncias apareceram. Entre elas, o possível uso de empresas de fachada. O caso que chama mais a atenção é o da principal vencedora do leilão, a empresa Wisley A. de Sousa.
O colegiado requer que Haddad explique a origem do crédito extraordinário de RS$ 7,2 bilhões em recursos para “estimular a importação de arroz”. Teixeira deve esclarecer o impacto da importação de arroz nos pequenos e médios agricultores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e sobre eventual existência de fraude no leilão. Já Fávaro deve explicar o “arroz estatal de Lula” e a suposta fraude.
Leilão de arroz do governo Lula
O governo Lula escolheu importar arroz dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional do grão. O Estado, no entanto, já havia colhido 80% do cereal. Produtores rurais e especialistas disseram que a compra de arroz era desnecessária, pois não havia risco de desabastecimento.
Em 7 de maio, Fávaro disse que o governo decidiu comprar arroz para evitar a alta de preços diante da dificuldade que o Estado passava para transportar o grão para o país.
Ontem, depois de anunciar que o leilão foi anulado, o governo anunciou também que o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, colocou o cargo a disposição e foi demitido. Há suspeitas da relação de um ex-assessor dele com sócios das empresas que intermediaram o certame.
Wisley e o leilão do arroz
Conforme mostrou uma reportagem de Oeste, a Wisley A. de Sousa tem o nome fantasia “Queijo Minas” e atua na região central do Macapá, a capital do Estado do Amapá. No leilão da Conab, essa empresa que comercializa queijos conseguiu um contrato para importar 147,3 mil e receber em troca R$ 736,3 milhões.
Leia também: ‘Depois de polêmica, empresas vencedoras de leilão de arroz de pronunciam’
A Conab firmou contratos para aquisição de quase 264 mil toneladas de arroz no leilão. Ao todo, quatro empresas conseguiram os lotes. Além da Wisley, também estão nessa lista: Zafira Trading (73,8 mil toneladas), ASR Locação de Veículos e Máquinas (112,15 mil toneladas) e Icefruit (98,7 mil toneladas).
A companhia alega que o leilão é necessário para evitar o desabastecimento e o impacto econômico com o desastre causado com a enchentes no Rio Grande do Sul. Contudo, os números da própria Conab mostram que a maior parte da colheita ocorreu antes das inundações e que a safra gaúcha de arroz será maior que a anterior.
Fonte: Revista Oeste
Eita gadolandia de memória curta!!!
Onde estava essa corja quando as montadoras de automóveis saíram do país no desgoverno do canalha fascista???
Hei, tomem fosfosol ou sopa de cabeça de peixe, imundos!
Kkkkkkk. Com o PT, o Brasil tem que se lascar mesmo.
O poste e o larápio. Conjugação nada inteligente.
Esse Haddad é burro que dói , padrão PT de qualidade
ERA SÓ O QUE FALTAVA NESSA DESGRAÇA DE DESGOVERNO.