Após ser vaiado durante apresentação em Recife no último sábado (30) – quando atrasou quase duas horas e ficou no palco apenas por 30 minutos – o cantor Luan Santana anunciou em sua página no Twitter que vai doar o cachê do show.
Luan era uma das atrações do Maior Show do Mundo, que ainda teve nomes como Exaltasamba e Ivete Sangalo.
– Decidi doar todo meu cachê desse show para instituições de caridade de Recife que meu escritório vai definir quais são.
Alguns minutos antes, ele reforçou o pedido de desculpas que já havia feito no sábado.
– Quero mais uma vez pedir desculpas aos meus fãs pernambucanos pelo meu atraso no Maior Show do Mundo. Tivemos problemas com nosso avião.
Esta não é a primeira vez que Luan é vaiado durante uma apresentação. No ano passado, durante evento em São Paulo, ele também foi repreendido pelo público ao cantar o Hino Nacional.
No show de Recife, ele voltou ao palco após sua apresentação, a convite de Ivete, para cantar mais músicas suas, e pediu desculpas ao público.
O Senador pelo Rio Grande do Norte, Rogério Marinho (PL), lançou uma nota nesta quinta-feira (21) sobre o indiciamento de Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado.
No comunicado, ele afirmou que a decisão era esperada e representa ‘sequência ao processo de incessante perseguição política ao espectro político’ que o ex-presidente do país e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, representam.
O senador afirmou aguardar que a Procuradoria-Geral da República, ao ser acionada pelo Supremo Tribunal Federal, possa focar no que descreve como ‘provas concretas’ e ignorar ‘meras ilações’. Aliado a isso, disse que a expectativa é que o órgão atue de forma independente e imparcial.
“Ainda, ao reafirmar o compromisso com a manutenção do Estado de Direito, confiamos que o restabelecimento da verdade encerrará a longa sequência de narrativas políticas desprovidas de suporte fático, com o restabelecimento da normalidade institucional e o fortalecimento de nossa Democracia”, concluiu Rogério Marinho.
Jair Bolsonaro foi indiciado, juntamente a outras 36 pessoas, incluindo Valdemar Costa Neto, após a Polícia Federal (PF) concluir nesta quinta-feira (21) o inquérito que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então ex-presidente, derrotado nas últimas eleições presidenciais.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera anunciar em até duas semanas mudanças que flexibilizem as regras para o empréstimo consignado. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, está à frente da formatação, que deve injetar R$ 100 bilhões na economia, conforme apurou o Poder360.
Marinho vem discutindo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, medidas atreladas ao consignado no setor privado. O tema foi tratado em reunião entre os 2 e Lula, em 12 de novembro, no Palácio do Planalto.
Na 4ª feira (20.nov), este jornal digital apurou que o assunto foi abordado novamente durante jantar oficial oferecido pelo presidente Lula e pela primeira-dama Janja Lula da Silva ao presidente chinês, Xi Jinping, no Palácio Itamaraty. Foi Haddad quem sinalizou o prazo para anunciar a medida.
A equipe do ministro Marinho trabalha em um projeto de lei para implementar as mudanças. O modelo atual de consignado estabelece a necessidade de um convênio entre os empregadores e as instituições financeiras.
A nova proposta deve alterar esse sistema para o setor privado. A ideia é que a solicitação passe a ser feita diretamente pelas plataformas e-Social e FGTS Digital.
O Poder360 apurou que a Caixa Econômica Federal –agente operador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)– foi chamada para construir o novo produto e que a operação-piloto seria feita pelo banco público para depois ser estendida a outras instituições financeiras.
Há um entendimento de que a carteira de crédito robusta –que se aproxima de R$ 750 bilhões –para o público-alvo do consignado permite abrir espaço para ampliar o mecanismo para o setor privado, sem a necessidade de haver autorização do empregador.
A tendência é de que garantias adicionais sejam dadas às instituições financeiras. O consignado estendido ao setor privado vem para substituir o saque-aniversário do FGTS, do qual Marinho é bastante crítico.
Em setembro, o ministro havia sinalizado que Lula deu aval para acabar com o saque-aniversário. A construção civil também é favorável ao fim do mecanismo por avaliar que ele concorre diretamente com o crédito liberado para o setor.
O estoque de crédito para o saque-aniversário se aproxima de R$ 170 bilhões. Em alguns bancos, a operação envolvendo esse tipo de empréstimo está passando 40 meses, o que é visto como um aditivo para acabar com o dispositivo.
O consignado privado, por sua vez, teria margem de desconto de salários e aposentadorias semelhante ao que se dá hoje (até 30%) para pagamentos de empréstimos e com juros baixos.
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nessa quinta-feira (21/11) que suas forças atingiram a Ucrânia com um novo míssil balístico hipersônico de médio alcance, após um disparo contra a cidade de Dnipro, que não carregava uma ogiva nuclear. “Nossos engenheiros o chamaram de Orechnik”, declarou Putin, em um pronunciamento televisionado à nação. Segundo ele, esse ataque teve como alvo “um local do complexo militar-industrial ucraniano”.
Em seu discurso, que durou menos de 10 minutos, o presidente russo condenou dois recentes ataques realizados pela Ucrânia em solo russo utilizando mísseis norte-americanos ATACMS e britânicos Storm Shadow.
Ele afirmou que o conflito na Ucrânia adquiriu um “caráter global”, responsabilizando os países ocidentais por autorizarem o uso de mísseis americanos e europeus em território russo.
“A partir do momento em que [esses mísseis foram disparados contra a Rússia] e, como havíamos destacado reiteradamente antes, o conflito provocado pelo Ocidente na Ucrânia passou a conter elementos de um [conflito] de caráter global”, disse o presidente russo.
Ele ressaltou, no entanto, que os ataques com mísseis ocidentais disparados pela Ucrânia contra o território russo fracassaram. Putin afirmou que seu país está “pronto para todos” os cenários no conflito contra a Ucrânia e seus aliados ocidentais.
“Estamos sempre preparados, e continuamos a estar, para resolver todos os problemas por meios pacíficos, mas também estamos prontos para enfrentar qualquer desdobramento”, declarou.
“Se alguém ainda duvida disso, não adianta. Sempre haverá uma resposta”, advertiu, sem descartar a possibilidade de atacar países cujas armas estejam sendo usadas pela Ucrânia contra a Rússia.
“Consideramos que temos o direito de usar nossas armas contra instalações militares de países que permitem o uso de suas armas contra nossas instalações. E, em caso de escalada de ações agressivas, responderemos com a mesma intensidade”, declarou ele em um discurso surpresa à nação.
“Míssil invencível”
De acordo com Vladimir Putin, o novo míssil hipersônico é invencível. “Atualmente, não existem meios para contrapor armas como essa. Esses mísseis atingem alvos a uma velocidade de Mach 10, ou seja, entre 2,5 e 3 quilômetros por segundo. Os sistemas de defesa aérea disponíveis no mundo e os sistemas de defesa antimísseis desenvolvidos pelos americanos na Europa não conseguem interceptar esses mísseis. Isso está fora de questão”, afirmou com veemência.
“Escalada preocupante”
O uso por Moscou de um novo míssil balístico de médio alcance para atingir a Ucrânia é uma “nova escalada preocupante”, afirmou nesta quinta-feira o porta-voz do secretário-geral da ONU.
“Tudo isso caminha na direção errada”, declarou Stéphane Dujarric à imprensa. Ele apelou às partes envolvidas para que tomem “medidas urgentes rumo à desescalada, garantindo a proteção de civis e de infraestruturas civis críticas”, reiterando o apelo do secretário-geral, António Guterres, por um fim a essa guerra em conformidade com o direito internacional.
O adiamento dos resultados do Concurso Nacional Unificado (CNU), apelidado de “Enem dos Concursos”, que teve o cronograma atrasado mais uma vez, visa acabar com o impasse judicial que se arrastava desde a aplicação das provas, em 18 de agosto, e finalizar esta primeira edição do certame. Com o reajuste no calendário, a data de divulgação dos resultados finais passou de 21 de novembro deste ano para 11 de fevereiro de 2025.
Nesta semana, União, Ministério Público Federal (MPF) e Fundação Cesgranrio — a banca do certame — selaram acordo para sanar três questões:
– Reintegração de candidatos eliminados: candidatos que não preencheram corretamente as opções de identificação no cartão de resposta (a “bolinha” ou a frase indicada), mas cuja prova pôde ser identificada de forma segura, foram reintegrados e terão as provas corrigidas;
-Ampliação do número de correções para cotistas negros: medida visa equiparar os candidatos aos da ampla concorrência, em conformidade com a Instrução Normativa nº 23;
-Inclusão de títulos para Analistas Técnicos de Políticas Sociais (ATPS): edital foi corrigido para incluir a exigência de títulos para ATPS nos blocos 4 e 5, atendendo à legislação vigente.
A atualização nas datas, porém, causou revolta entre alguns candidatos e apreensão em outros. Os cursos de formação dos aprovados começaria já em dezembro de 2024 e os concursados iniciariam o trabalho em janeiro de 2025.
O coordenador-geral de Logística do CNU, Alexandre Retamal, explicou que ainda não é possível determinar se as notas de corte aumentarão. Ele esclareceu que as notas individuais daqueles que já tiveram suas provas corrigidas não mudarão.
Retamal também assegurou que o adiamento do cronograma da primeira edição do CNU não atrapalha uma possível segunda edição do certame. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, vem dizendo que há, sim, a intenção de realizar ao menos mais uma edição do certame neste governo, ou seja, até 2026.
Já foi feita uma consulta aos órgãos sobre a demanda por servidores e agora os dados estão sendo consolidados. “Tem também a questão orçamentária para ser avaliada até que a gente possa chegar em uma definição de quando e como será o próximo Concurso Público Nacional Unificado”, explicou Retamal.
Responsável pela área jurídica do MGI, a consultora Karoline Busatto salientou que o acordo foi firmado para “pacificar” pontos do certame que estavam em debate desde a realização da prova e garantir sua integridade e segurança jurídica.
“O acordo traz mais segurança para que cheguemos a bom termo. Ele vem exatamente para pacificar”, disse ela. Sobre possíveis novos questionamentos judiciais, Busatto lembrou que o acesso à Justiça é livre, mas afirmou que o acordo visa finalizar a primeira edição do CNU.
“Tudo é um processo de amadurecimento”, completou ela, lembrando que a inspiração para o CNU, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também passou por longos processos de revisões e aprimoramentos até chegar ao atual nível de política pública.
Novo cronograma
A comunicação dos resultados finais do CNU foi adiada para o ano que vem. A lista de aprovados será conhecida no dia 11 de fevereiro. As últimas etapas — posses e início dos cursos de formação — ainda não foram divulgadas.
Divulgação dos resultados das provas objetivas para os candidatos incluídos: 25 de novembro de 2024
Envio de títulos: 4 e 5 de dezembro de 2024
Análise de títulos: 6 de dezembro de 2024 até 10 de janeiro de 2025
Divulgação das notas preliminares das provas discursivas e redações: 9 de dezembro de 2024
Interposição de eventuais pedidos de revisão das notas das provas discursiva e redações: 9 e 10 de dezembro de 2024
Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas das provas discursivas e redações: 20 de dezembro de 2024
Convocação para o procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros: 23 de dezembro de 2024
Perícia médica (avaliação biopsicossocial) dos candidatos que se declararem com deficiência: 6 a 10 de janeiro de 2025
Procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros e indígenas: 11 e 12 de janeiro de 2025
Resultado preliminar da avaliação de títulos: 15 de janeiro de 2025
Prazo para interposição de eventuais recursos quanto ao resultado preliminar da avaliação de títulos: 15 e 16 de janeiro de 2025
Divulgação dos resultados preliminares da avaliação da veracidade da autodeclaração prestada por candidatos concorrentes às vagas reservadas para negros e indígenas e da avaliação biopsicossocial dos candidatos que se declararem com deficiência: 17 de janeiro de 2025
Prazo para interposição de eventuais recursos quanto aos resultados preliminares da avaliação da veracidade da autodeclaração prestada por candidatos concorrentes às vagas reservadas para negros e indígenas e da avaliação biopsicossocial dos candidatos que se declararem com deficiência: 17 e 18 de janeiro de 2025
Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas da avaliação de títulos: 11 de fevereiro de 2025
Previsão de divulgação dos resultados finais: 11 de fevereiro de 2025
O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) junto a aliados, nesta quinta-feira (21/11), no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil leva a importantes consequências para o ex-mandatário. As implicações são jurídicas e políticas, podendo levar a mais um desgaste para a imagem dele e ser um novo dificultador para seus planos de voltar à Presidência da República.
Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. As informações constam no inquérito da Polícia Federal (PF) que apurou a tentativa de golpe de Estado em 2022. O relatório da investigação foi direcionado ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob os cuidados do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação.
O indiciamento é a primeira ação, consequência da conclusão do inquérito. Agora, Moraes deve acionar a Procuradoria Geral da República (PGR), que é o Ministério Público e precisa analisar o relatório das investigações.
É o órgão que vai emitir um parecer sobre a consistência das provas para a denúncia ou não dos investigados. A PGR também pode pedir novas diligências sobre o caso. O parecer será direcionado ao ministro Moraes. Caso sejam feitas denúncias e o STF as acate, Bolsonaro e também os outros 36 indiciados no inquérito se tornam réus. Na Justiça, terão direito a se defender das acusações e serão sentenciados (condenados ou absolvidos).
Nesta quinta, Bolsonaro sinalizou que a defesa dele vai atuar a partir do andamento do caso na PGR. “Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta”, disse ele, em meio a críticas a Moraes.
No processo, Bolsonaro está sujeito a uma prisão preventiva. Além disto, podem ser aplicadas sanções cautelares como uso de tornozeleira eletrônica, por exemplo. No momento, as duas medidas são improváveis. Em último caso, a condenação pode levá-lo para a cadeia.
Novas barreiras políticas
O novo indiciamento é mais uma complicação para as pretensões políticas de Bolsonaro. O ex-presidente está inelegível por utilizar meios de comunicação estatais para atacar o sistema eleitoral brasileiro. O inquérito da tentativa de golpe pode resultar em outro processo de suspensão dos direitos políticos.
Apesar de inelegível, Bolsonaro se coloca como principal candidato do campo da direita para as eleições de 2026. A esperança é reverter a situação com uma anistia. A medida alcançaria os financiadores e os demais envolvidos nos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro de 2023. Para valer, a proposta precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. No entanto, o indiciamento desta quinta enfraquece o capital político do ex-presidente na busca de apoio para a medida.
No fim de outubro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PL-AL), tomou uma medida que atrasa a tramitação do projeto de lei da anistia. O texto foi retirado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa. Paralelo a isto, Lira decidiu pela criação de uma comissão especial para analisar a proposta.
Outros dois fatos recentes reduziram os ânimos para aprovar o “PL da Anistia“. Um deles foi o atentado realizado por um homem-bomba na Praça dos Três Poderes, em frente ao STF. Além disto, a PF realizou no início da semana a operação Contragolpe, que prendeu suspeitos de planejar o sequestro e a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; do vice-presidente, Geraldo Alckmin; e do ministro Alexandre de Moraes.
Os dois fatos deixaram políticos e autoridades em choque e reforçaram a mobilização contrr o PL da Anistia. Com isto, aumentaram as barreiras jurídicas e políticas que Bolsonaro terá de transpor para seguir com o plano de concorrer ao Planalto em 2026.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso disse na 5ª feira (21.nov.2024) que “o nível de preocupação” com a segurança aumentou depois de eventos recentes. Entre eles, as explosões na Praça dos Três Poderes em Brasília em 13 de novembro e a divulgação, nesta semana, de um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro da Corte Alexandre de Moraes.
“A segurança é uma preocupação. Nem preciso dizer que eu tenho uma pessoa que cuida disso para mim, e eu entrego a ele e a Deus, de modo que eu não sei dizer detalhes. Mas, evidentemente, aumentou o nível de preocupação”, declarou Barroso, citado pelo jornal O Globo, depois de participar de evento organizado por uma organização médica em São Paulo.
“O que aconteceu para a gente ter esse tipo de atitude, de pessoas pensando em assassinar agentes públicos, de um homem-bomba? Onde foi que nós perdemos a nossa alma afetuosa, alegre e irreverente para essa nova modalidade raivosa, agressiva, perigosa? Nós precisamos botar esse gênio de volta na garrafa”, disse Barroso.
A declaração do ministro do STF vem na esteira da operação Contragolpe, deflagrada pela PF (Polícia Federal) em 19 de novembro. As investigações miram suspeitos de integrarem uma organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito nas eleições de 2022. Os responsáveis seriam integrantes de um grupo militar, conhecidos como “kids pretos”, com atuação nas Forças Especiais do Exército e apoio de um policial federal.
Na 5ª feira (21.nov), a PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro da Defesa, general Braga Netto, o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e outras 34 pessoas por envolvimento na suposta tentativa de golpe.
Barroso não citou nomes. Ele declarou que o Brasil esteve “perto do inimaginável”, mas passou “no teste da institucionalidade”.
Ele afirmou: “Essas atitudes de desrespeito ao Estado de Direito, de ameaças de homicídio, são de pessoas que resgataram um filme muito velho e muito triste. Felizmente, as lideranças das Forças Armadas não embarcaram nessa aventura desastrada”.
O magistrado falou sobre os fatos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas. Disse que o Brasil “tem muita dificuldade de punir”, uma vez que as pessoas passam a ter pena dos envolvidos. Mas, segundo ele, a Justiça precisa atuar para evitar que situações como essa se repitam.
“No Brasil, as pessoas querem anistiar antes de julgar, é uma operação um pouco complexa. O que aconteceu ali não foi banal. Nós tivemos um processo histórico grave de extremismo que o Supremo precisou enfrentar, acho que enfrentou bem e, de certa forma, paga o preço de ter estado nessa frente”, declarou.
“As pessoas podem discordar de um ponto aqui e ali, mas, no geral, eu acho que a condução do ministro Alexandre, foi séria e corajosa, com apoio do Tribunal, e conseguimos evitar o pior”, afirmou.
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) anunciou nesta quinta-feira (21) que será feito um bloqueio em torno de R$ 5 bilhões no Orçamento de 2024 e descartou a necessidade de um novo contingenciamento.
O chefe da equipe econômica também informou que o anúncio do pacote de contenção de gastos, que surtirá efeitos a partir de 2025, ficará para semana que vem.
Segundo o titular da Fazenda, a cifra pode ser um pouco maior do que R$ 5 bilhões, a depender de uma variável ainda em apuração pelo Ministério do Planejamento. “A receita continua vindo em linha com o projetado pela Fazenda. A despesa vai exigir novos bloqueios”, disse Haddad.
O valor do novo bloqueio se soma aos R$ 13,3 bilhões que já estão travados hoje no Orçamento de 2024. A divulgação oficial do relatório de avaliação de receitas e despesas está programada para esta sexta-feira (22).
Em julho e setembro, o governo já havia adotado uma espécie de bloqueio preventivo sobre as despesas discricionárias dos ministérios, que incluem gastos de manutenção da máquina pública e investimentos. Os recursos ficaram submetidos a uma espécie de controle na boca do caixa, sendo liberados conforme a necessidade.
A estratégia foi adotada justamente para ajudar a acomodar eventual necessidade de novo bloqueio no relatório de novembro —como é o caso agora.
O bloqueio é necessário quando despesas obrigatórias avançam além do previsto no Orçamento. Como o valor total de gastos é limitado pelo arcabouço fiscal, o Executivo precisa acomodar a diferença fazendo um bloqueio nas demais rubricas.
O primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, e o ministro da Defesa, Boris Pistorius, em entrega de equipamentos às Forças Armadas – Foto: Fabian Bimmer/Reuters
À sombra de mísseis balísticos capazes de alcançar qualquer uma de suas capitais, a Europa começa a se acostumar com a ideia de uma guerra ampliada em seu território. Países nórdicos renovaram cartilhas de instrução para a população e, na Alemanha, empresas estão sendo contatadas para discutir algo que já não parece tão improvável: como o país deve se preparar para a expansão do conflito na Ucrânia.
Segundo o Frankfurter Allgemeine Zeitung, as Forças Armadas alemãs vêm elaborando um documento secreto com instruções detalhadas para os diversos setores da maior economia do continente. O compêndio da Bundeswehr já teria mil páginas e não deve parar de crescer, segundo declarou um oficial ao jornal econômico.
Estariam contemplados distintos cenários, com ou sem envolvimento direto da Alemanha no conflito. Uma guerra que transborde as fronteiras ucranianas deverá provocar intensa movimentação de tropas da Otan, a aliança militar ocidental. O território alemão, pela posição estratégica e pela infraestrutura militar, teria que estar preparado para absorver dezenas ou até mesmo centenas de milhares de soldados, por exemplo.
Também teria que proteger diversas instalações estratégicas para o funcionamento do país e de suas Armas. As instruções de nível privado já estão sendo debatidas em palestras com empresas em algumas regiões do país.
Em um desses encontros, em Hamburgo, uma das instruções a empresários era, a cada cem funcionários, treinar cinco para dirigir caminhões. A medida seria necessária diante de uma eventual falta de mão de obra _70% dos condutores profissionais na Alemanha são oriundos do leste europeu.
Outros tipos de treinamento seriam necessários, como o de manejo de equipamentos de uso eventual, geradores e centrais de energia autônoma.
O plano também contemplaria questões de vigilância interna e externa, que se tornaria muito mais invasiva para coibir ações de sabotagem, drones e desinformação. Os ataques híbridos de Moscou, frequentes na Ucrânia e denunciados pela União Europeia em episódios recentes, como as eleições na Moldova e na Geórgia, também exigirão mais investimento em cibersegurança.
O documento do Exército mencionaria ainda dispositivos já existentes na legislação alemã, como a capacidade do estado em recrutar mão de obra empregada no setor privado para atender demandas de emergência. Dentro de certas condições, as empresas são impedidas de recusar eventuais pedidos.
Outro dispositivo antigo prevê a distribuição de vale-alimentação em caso de escassez ou racionamento, herança de um século 20 em que a Alemanha foi protagonista de duas guerras mundiais.
O arcabouço legal pode ser usado também para intervir em setores ou empresas que possam se tornar ameaça à soberania nacional. Logo após a invasão russa na Ucrânia, em 2022, foi ele que permitiu a rápida intervenção estatal no setor de gás, então dominado por companhias russas.
Ainda que o tom das instruções sugiram um cenário de emergência, os representantes do Exército não miram exatamente o curto prazo. Em uma das palestras, um oficial afirmou que a Rússia levaria cinco para reunir condições de ampliar o conflito no leste europeu. O problema seria justamente que a preparação do potencial oponente já começou.
A maioria dos pais e mães brasileiros tem medo de que seus filhos sejam alvo de bullying na escola, segundo pesquisa Datafolha. A parcela soma 76%, incluindo quem tem muito medo (50%) e quem tem um pouco de medo (26%).
Entre as mães, 65% têm muito medo do bullying contra os filhos, o dobro do registrado entre pais, 32%.
No recorte racial, 65% das pessoas pretas têm muito medo de ver suas crianças nessa situação, ante 49% entre os pardos e 42% entre brancos.
A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 6 de novembro de 2024 e tem um nível de confiança de 95%, com margem de erro geral de três pontos percentuais para mais ou para menos. Com relação à cor, a margem de erro é de cinco pontos percentuais para pretos, quatro para brancos e três para pardos. Foram entrevistados 1.312 pais e mães, em 113 municípios de todas as regiões do país.
A margem é de três pontos entre os que têm filhos, sendo três para pais e quatro para mães. No recorte dos que têm filhos e são pretos, a margem é de sete pontos, de quatro para pardos e cinco para brancos.
Ainda de acordo com o Datafolha, no universo de pais e mães brasileiros, 52% dizem que têm medo de que seus filhos sejam discriminados por sua aparência física. Entre as mulheres, 35% dizem ter muito medo disso, ante 19% dos homens.
A taxa de muito medo é mais alta entre pais e mães pretos, o correspondente a 45%, do que na parcela de pardos, que representam 28%, e de brancos, com 18%.
Entre pais e mães pretos, 39% têm muito medo, contra 25% entre pardos e 17% na parcela de pessoas brancas. No recorte de gênero, 31% das mães têm muito medo, ante 16% dos pais.
A lutadora Gabriella Fernandes da Kimura Team Jorjão se prepara para mais um grande desafio no UFC, onde representará seu estado em uma luta que acontecerá na China. Essa conquista é fruto de um caminho árduo, onde ela superou inúmeras dificuldades para alcançar seus objetivos no mundo das artes marciais.
Sem o apoio governamental ou recursos do estado, Gabriella contou com a força e apoio de amigos, além de alguns patrocinadores que acreditaram em seu potencial. Esse cenário exigiu dela não apenas talento e determinação, mas também resiliência para continuar investindo no sonho de fazer história no esporte.
Para muitos lutadores, a carreira no UFC é um sonho, mas a trajetória até o octógono é cheia de sacrifícios e obstáculos. Gabriella precisou se adaptar, encontrar maneiras criativas de financiar sua preparação e muitas vezes se desdobrar para conciliar treinos e viagens com os recursos limitados disponíveis. Mesmo com o reconhecimento que vem construindo, ela ainda luta por maior visibilidade e suporte para os atletas de seu estado.
A viagem para a China marca não só uma nova oportunidade de mostrar sua habilidade, mas também é uma chance de inspirar outros atletas a persistirem, mesmo sem o suporte ideal. Gabriella Fernandes carrega consigo o orgulho de representar sua origem e a esperança de que, um dia, o esporte receba o apoio que merece em todas as suas etapas.
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