O Ministério da Economia anunciou nesta segunda-feira (11) que foram contabilizados 2.337.081 pedidos de seguro-desemprego nos primeiros quatro meses de 2020, período de avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil. O número é 1,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Entre os pedidos, mais de 60% (1.418.393) foram feitas presencialmente. Os demais pedidos foram efetivados pela internet. Entre janeiro e abril de 2019, apenas 1,6% dos requerimentos foi apresentado online.
Na análise apenas dos dados de abril, o volume de 748.484 petições é 22,1% superior na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a pasta, os maiores volumes de pedidos de seguro-desemprego ocorreram nos Estados São Paulo (217.247), Minas Gerais (85.990) e Rio de Janeiro (58.945).
A pasta aponta ainda que a maioria dos requerentes do seguro-desemprego é formada por homens (57,1%). A faixa etária com maior número de solicitantes é de 30 a 39 anos (33,1%) e, quanto à escolaridade, 62,4% têm ensino médio completo.
Em relação aos setores econômicos, serviços representou 41,6% das solicitações, seguido por comércio (27,7%), indústria (19,9%) e agropecuária (3,7%).
O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, atribuiu o estouro da meta de inflação em 2024 a fatores como o ritmo forte de crescimento da atividade econômica, questões climáticas e depreciação cambial. “A inflação envolveu uma gama ampla de fatores. No sentido contrário, destaca-se a queda do preço internacional do petróleo no segundo semestre do ano”, escreveu Galípolo em carta aberta endereçada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Os efeitos da seca e do ciclo do boi também contribuíram para o quadro inflacionário, sustentou Galípolo. A seca que atingiu parte do país pressionou os preços de alimentação, em especial, de carnes e leite, em função da deterioração de pastagens, e de produtos como café e laranja.
A carta também cita as enchentes no Rio Grande do Sul, que impactaram alguns preços de alimentos, especialmente no próprio estado, mas em geral houve reversão nos meses seguintes.
No documento, o presidente do BC sustenta que “a significativa depreciação cambial decorreu principalmente de fatores domésticos, complementada pela apreciação global do dólar norte-americano”.
A taxa de câmbio subiu de R$ 4,95 na média do último trimestre de 2023 para R$ 5,84 na média do mesmo período em 2024, uma variação de 18,0%. Considerando a média em dezembro de 2023 e de 2024, a taxa de câmbio aumentou de R$ 4,90 para R$ 6,10, uma variação de 24,5%, que corresponde a uma queda do real de 19,7%.
Galípolo ainda reconhece que parcela dos efeitos diretos e indiretos do repasse cambial ainda deve se efetivar em 2025.
A professora de natação Lucia Aparecida Baptista, de 67 anos, morreu após se afogar na Praia Riviera, em Bertioga, no litoral de São Paulo. O afogamento aconteceu por volta das 9h40 da manhã dessa quinta-feira (9/1).
O Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) acredita que a vítima tenha sofrido afogamento secundário, que ocorre quando uma pessoa inala água para os pulmões, causando uma reação tardia no corpo, já que ela estava no raso e, segundo seu marido, Abilio Wagner Abrão, ela nadava muito bem.
Lucia se afogou no módulo 8 da praia, próximo ao cadeirão do guarda-vidas. Ela foi retirada da água por surfistas da escola de surf com água na altura do joelho.
A professora, que era de Guaxupé, em Minas Gerais, foi levada ao Pronto Socorro de Bertioga, onde o óbito foi constatado.
Quatro trabalhadores de uma cooperativa que presta serviços ao município de Bom Jesus, no Rio Grande do Sul, foram resgatados de condições de trabalho semelhantes à escravidão na última quarta-feira (8). Entre os resgatados estavam três mulheres e um homem, que faziam a triagem de lixo urbano em um galpão na zona rural.
A operação foi realizada por auditores fiscais do Trabalho, com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT-RS).
Os trabalhadores, com idades entre 24 e 51 anos, eram moradores de Bom Jesus. Eles separavam materiais recicláveis e orgânicos em um galpão que também recebia restos de alimentos em decomposição, papéis higiênicos usados e fraldas descartáveis.
O local não tinha água para lavar as mãos, banheiros ou vestiários. Os trabalhadores precisavam fazer suas necessidades no mato e voltavam para casa com os uniformes sujos. A única instalação sanitária próxima estava inutilizável por falta de água e infestação de ratos.
A operação também constatou que o galpão estava em más condições, com telhas faltando na cobertura e nas paredes, o que representava risco de queda. Em dias de chuva, a água vazava para dentro do galpão, molhando os trabalhadores e o lixo. A necessidade de reforma do galpão havia sido reconhecida pelo município, mas as obras não foram realizadas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone nesta sexta-feira (10/1) com o presidente da França, Emmanuel Macron. Eles trataram de temas bilaterais e Lula foi convidado a fazer uma visita à França.
Sobre o que os líderes conversaram:
– Segundo o Palácio do Planalto, os dois falaram por cerca de 30 minutos e discutiram, entre outros temas, a decisão da Meta de mudar o sistema de checagem de fatos de conteúdo que circula em suas redes.
– Os líderes, ainda segundo o relato do governo brasileiro, concordaram que Brasil e Europa devem trabalhar para impedir a disseminação de desinformação que “coloque em risco a soberania dos países, a democracia e os direitos fundamentais de seus cidadãos”.
– Macron também reforçou o convite a Lula para realizar um visita de Estado à França em junho.
Na última terça-feira (7/1), o CEO da Meta, dona de redes como Facebook, Instagram e WhatsApp, Mark Zuckerberg, anunciou que as plataformas deixarão de ter um departamento dedicado à checagem de fatos e instalarão um modelo de notas da comunidade, semelhante ao que ocorre no X, rede de Elon Musk.
Nesta sexta-feira, a Advocacia-Geral da União (AGU) oficiou a Meta para explicar as alterações na política. O órgão do governo federal deu 72 horas para a empresa responder aos questionamentos.
Militares da Venezuela fecharam a fronteira com o Brasil nesta sexta-feira (10/1) e permanecem no final da BR-174, que liga o estado de Roraima ao país vizinho. A movimentação dos fardados venezuelanos acontece no dia da posse do presidente do país, Nicolás Maduro, para um terceiro mandato.
Sua reeleição no ano passado foi contestada internacionalmente e levou a um desgaste com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Visto como um aliado do regime, o petista não reconheceu o resultado do pleito, o que levou a um distanciamento diplomático entre Brasília e Caracas.
Imagens enviadas ao Metrópoles mostram militares venezuelanos fechando a rodovia com cones e barreiras. É possível ver também uma viatura da Polícia Militar de Roraima no local. Uma fila de brasileiros que se dirigiam ao país vizinho se formou.
De acordo com agentes que acompanham a situação, o fechamento ocorreu de maneira unilateral, mas pacífica pela Venezuela. Pessoas do país vizinho continuam se deslocando ao Brasil, porém, por rotas afastadas da rodovia federal. A BR-174 liga Pacaraima a Santa Elena de Uairén.
O regime de Maduro também fechou a fronteira com a Colômbia. De acordo com Freddy Bernal, governador venezuelano do estado de Táchira (na fronteira colombiana), a medida se devia a uma “conspiração internacional para perturbar a paz”. Ele acrescentou que o fechamento segue até as 5h do horário local (6h em Brasília) de segunda-feira (13/1).
Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido ampliaram a pressão e aplicaram novas sanções contra a ditadura de Nicolás MaduronaVenezuela nesta sexta-feira, 10, dia em que o líder chavista assumiu seu terceiro mandato presidencial. Enquanto os americanos incluíram oito lideranças do regime na sua lista de congelamento de ativos e proibição de viagens, os britânicos anunciaram sanções contra 15 funcionários de alto escalão do regime venezuelano, o qual chamou de “fraudulento”.
O governo do presidente Joe Biden também aumentou a recompensa pela captura de Maduro e do homem forte do chavismo Diosdado Cabello, ambos acusados de narcotráfico. Entre os alvos do Departamento do Tesouro americano estão o presidente da petrolífera PDVSA, o ministro dos Transportes e o chefe da Conviasa, a companhia aérea estatal.
Segundo um funcionário do Departamento do Tesouro que pediu para não se identificar por não estar autorizado a discutir amplamente as medidas, a recompensa pela captura de Maduro e Cabello saiu de US$ 15 milhões para US$ 25 milhões. O general Vladimir Padrino, ministro da Defesa, também está com a cabeça a prêmio pelo valor de U$ 15 milhões.
Apesar disso, os EUA mantiveram as licenças para a exploração de petróleo por empresas americanas na Venezuela. Em 2024, as exportações de petróleo venezuelano cresceram 10,5%. A produção também aumentou e hoje está na ordem de 914 mil barris por dia, cerca de 50% a mais da mínima histórica de 2020, no auge das sanções. Os EUA são hoje o segundo principal comprador do petróleo venezuelano.
Ao mesmo tempo, a proteção migratória que concede residência e autorizações de trabalho aos venezuelanos nos Estados Unidos foi estendida por 18 meses.
Já o Ministério das Relações Exteriores britânico direcionou as punições contra funcionários de alto escalão do regime chavista. “A reivindicação do poder por parte de Nicolás Maduro é fraudulenta. O resultado das eleições de julho não foi livre nem justo e seu regime não representa a vontade do povo venezuelano”, afirmou o ministério em comunicado.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) classificou como “lamentável” a posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato na presidência da Venezuela. Em entrevista à CNN nesta sexta-feira, 10, Alckmin reiterou a posição brasileira de não reconhecer as eleições que reconduziram o chavista ao poder. Segundo ele, “a democracia é civilizatória e precisa ser fortalecida, as ditaduras suprimem a liberdade”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não se manifestou sobre a posse.
Ministros do governo brasileiro também se manifestaram contra a posse de Maduro. O ministro dos Transportes, Renan Filho, classificou o líder venezuelano como um “ditador incansável” e disse que a tomada do governo “pela força bruta e sem legitimidade precisa ser condenada”. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o evento foi “um ataque aos princípios democráticos” e defendeu liberdade e prosperidade para o povo venezuelano.
Apesar da manutenção de um relacionamento diplomático básico com o país vizinho, o Brasil segue pressionando pela divulgação das atas eleitorais pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano. A embaixadora Glivânia Oliveira foi enviada a Caracas em um gesto de protocolo, enquanto o governo evitou enviar líderes de alto escalão.
A posse de Maduro, marcada por protestos e críticas, contou apenas com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, como chefe de Estado presente.
Nos últimos anos, o governo brasileiro tem evitado aproximações de alto escalão com a Venezuela. A tensão entre os dois países se intensificou após a exclusão da Venezuela do BRICS, durante a reunião do bloco em 2024, decisão tomada pelo Brasil em resposta à falta de transparência no processo eleitoral venezuelano.
Emerson Osório Domingos Xavier foi nomeado como o novo Consultor do Município de Natal, cargo estratégico vinculado ao GAPRE (Gabinete do Prefeito), com funções de alta relevância, equivalentes às de um secretário municipal. A escolha reflete a confiança da gestão do prefeito Paulinho Freire em profissionais experientes e com sólida atuação política e administrativa.
Irmão do atual presidente da Câmara Municipal de Natal, Ériko Jácome, Emerson Xavier tem uma trajetória marcada por sua competência em diversas áreas da administração pública. Ele já atuou como coordenador de Administração do Diário Oficial do Rio Grande do Norte, onde desempenhou papel essencial na organização e execução de processos administrativos. Durante o período crítico da pandemia, contribuiu significativamente na área da Saúde, auxiliando nas operações do Hospital de Campanha.
Posteriormente, passou pela Natalprev, onde reforçou sua experiência na gestão previdenciária, e assumiu cargos de destaque como secretário adjunto no Procon e nas secretarias de Esporte e Lazer do Município e na Funcarte.
Agora, no cargo de Consultor do Município, Emerson Osório consolida sua posição como uma das peças-chave da gestão municipal. Em sua primeira declaração no novo posto, destacou a responsabilidade que o acompanha: “Assumir o cargo de Consultor do Município é uma honra e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade. Sempre busquei, em todas as funções que desempenhei, trabalhar com dedicação e compromisso pelo bem da nossa cidade e da nossa população. Agora, ao lado do prefeito Paulinho Freire e de toda a equipe, reforço meu compromisso de contribuir para uma Natal mais justa, moderna e eficiente. Agradeço pela confiança depositada em mim e estou pronto para enfrentar os desafios desse novo papel”, afirmou.
O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, tomou posse de seu terceiro mandato como presidente nesta sexta-feira (10) para um mandato de seis anos em uma cerimônia esvaziada de chefes de Estado e governo, numa mostra de seu isolamento político. No poder até no mínimo 2031, ele deve superar Hugo Chávez como o presidente mais longevo da história da Venezuela.
A cerimônia foi acompanhada, segundo o chavismo, por convidados de 125 países, mas poucos dele de alto nível. O Brasil enviou a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira para a cerimônia. Outros países de esquerda da região, como o México e a Colômbia, também enviaram embaixadores. O Chile não enviou ninguém.
Poucos os chefes de Estado e governo estiveram presentes em Caracas. Entre eles estavam o ditadores de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e o da Nicarágua, Daniel Ortega. Aliados antigos do regime, como o presidente Luis Arce, da Bolívia, também não compareceram.
Rússia e China, aliados cruciais de Maduro, mandaram representantes de segundo escalão. Wang Dongming, vice-presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo representou Pequim. A Rússia enviou Viacheslav Volodin, presidente da Duma, a Câmara baixa do Parlamento.
Protestos da oposição
A cerimônia ocorreu em Caracas apesar dos protestos da oposição venezuelana, que acusa o regime de fraude eleitoral, e da repressão aos dissidentes nos atos da quinta-feira (9). Edmundo González, candidato opositor que diz ter vencido a eleição, prometeu retornar à Venezuela nesta sexta para tentar impedir a posse, mas até agora não há indícios de que isso tenha acontecido.
Denúncias de fraude
Maduro venceu as eleições de julho em meio a denúncias de fraude. Atas de colégios eleitorais reunidas pela oposição e verificadas por centros de monitoramento e por órgãos de imprensa internacional indicam a vitória de González por ampla margem.
Com mais de 80% das atas reunidas, a oposição diz ter tido 67% dos votos contra 30% de Maduro. O regime, que demorou horas para divulgar o resultado parcial, e nunca divulgou as atas urna por urna, alega ter tido 51,2% dos votos contra 44% de González.
A cerimônia foi breve e conduzida pelo presidente da Assembleia Nacional, o chavista Jorge Rodríguez. Após uma breve apresentação, Maduro tomou o juramento.
“Juro que este novo mandato presidencial será um período de paz”, disse ele a Rodríguez, que replicou: “Está investido no cargo de presidente constitucional.”
Em nota, a oposição venezuelana qualificou a cerimônia de “golpe de Estado”.
Pela manhã, o governo da Venezuela fechou nesta sexta-feira (10) sua fronteira com a Colômbia, horas antes da posse. A fronteira colombiana com o Estado venezuelano de Táchira é a principal entrada por terra no país. A fronteira com o Brasil permanece aberta.
O Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo (que indica perigo potencial) para chuvas intensas em 90 cidades do Rio Grande do Norte nesta sexta-feira (10). O informe foi emitido às 10h10 e é válido até às 10h deste sábado (11).
Para estas cidades, o instituto prevê chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, com ventos intensos entre 40 e 60 km/h. O risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas é baixo. Assu, Pau dos Ferros, Venha-ver e Mossoró estão entre as cidades listadas.
Como orientações, o Inmet aconselha que, em caso de rajadas de vento, não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. A população também deve evitar usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
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