Polícia

Mais um listão: em delação, ex-presidente da Andrade envolve ex-governadores, senadores, ministros e ex-ministros de Lula e Dilma

Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, acusou Ricardo Berzoini, ministro da coordenação política, de negociar propina em obras federais. E disse que Edinho Silva, da Comunicação Social, pediu dinheiro para a campanha de 2014 e foi informado sobre “doações” oriundas do petrolão

alx_lava-jato-otavio-azevedo-transferencia_originalO DELATOR – O ex-presidente da empreiteira contou que o esquema de cobrança de “comissões” começou no governo Lula(Vagner Rosario/VEJA)

Das grandes empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção na Petrobras, a Andrade Gutierrez foi a primeira a decidir contar seus segredos. Durante quase uma década, Otávio Azevedo presidiu o que é hoje um vasto conglomerado, expandiu seus negócios para a área de energia, saneamento, transportes e tecnologia, e passou a atuar em quatro continentes – crescimento combinado com as boas relações que sempre manteve com o poder, especialmente a partir de 2003, quando Lula chegou ao governo. Preso e acusado de pagar propina a políticos envolvidos no escândalo do petrolão, Otávio Azevedo assinou um acordo de delação premiada com a Justiça. Em troca da liberdade, comprometeu-se a contar detalhes da relação simbiótica que, por mais de uma década, transformou políticos em corruptos e empresários em corruptores. As revelações do executivo fornecem evidências que não deixam dúvidas sobre a natureza dos governos de Lula e Dilma Rousseff. Ambos tinham na corrupção um pilar de sustentação.

Em sua confissão, Otávio Azevedo contou que pagar propina por obras no governo petista era regra em qualquer setor – e não uma anomalia apenas da Petrobras. Nos depoimentos prestados pelo empreiteiro aos investigadores da Procuradoria-Geral da República são descritas transações associadas ao nome de alguns dos políticos mais influentes do país. Combinados a um calhamaço de demonstrativos bancários, minutas de contratos e registros de reuniões secretas, os relatos produzem um acervo sobre o grau de contaminação dos governos petistas. Estão envolvidos ministros, ex-ministros, ex-governadores e parlamentares de múltiplos quilates. Eles negociaram pagamentos milionários de propina com a empreiteira e, com isso, vilipendiaram o mais sagrado dos rituais em uma democracia: o processo eleitoral. A lista de Otávio Azevedo deixa em péssima luz tanto o ex-presidente Lula quanto a presidente Dilma Rousseff. Todos os comprometidos nas maquinações narradas pelo empreiteiro são figuras presentes na intimidade do ex e da atual mandatária do Planalto.

No governo Lula, segundo ele, cobrava-se propina de 1% a 5% das empreiteiras interessadas em participar dos consórcios que executavam as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O negociador do pacote de corrupção, de acordo com o empreiteiro, era Ricardo Berzoini, atual ministro da coordenação política. O executivo contou que, certa vez, a cúpula da Andrade Gutierrez foi procurada por Berzoini, que se apresentou como representante do PT para resolver pendengas financeiras. Em outras palavras, o petista era o encarregado de acertar o recebimento de “comissões” por contratos no governo. O ministro, durante bom tempo, foi responsável pela administração da “conta corrente” das obras de Angra 3 e da hidrelétrica de Belo Monte.

O setor elétrico, como a Lava-Jato já descobriu, era um dos grandes vertedores de dinheiro sujo para os cofres do PT. As empreiteiras eram achacadas em todas as fases, e por personagens distintos. Berzoini cobrava depois de assinados os contratos. Antes disso, ainda na fase de estudos, apareciam outros figurões do partido para “ajudar” nas negociações. Segundo o empreiteiro, Erenice Guerra, ex-chefe da Casa Civil de Lula e braço-direito de Dilma, e Antonio Palocci, ex-chefe da Casa Civil de Dilma e braço-direito de Lula, auxiliavam as empreiteiras na formação dos consórcios que mais tarde executariam as obras. Cobravam 1% de propina pelo serviço. Só depois disso os projetos destravavam, os preços ficavam dentro do que as empreiteiras queriam e todos, exceto os contribuintes, saíam ganhando.

Em janeiro passado, VEJA revelou que Otávio Azevedo havia sido alvo de uma abordagem nada republicana durante a campanha presidencial de 2014. O executivo contou que foi procurado pelo tesoureiro Edinho Silva, hoje ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e por Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete e atual assessor especial de Dilma. Os dois queriam dinheiro, mais dinheiro, 100 milhões a mais do que a quantia que a empreiteira havia combinado “doar” à campanha. Da negociação, sabe-se agora, surge uma evidência mais grave. Para explicar que não podia atender ao pedido, Azevedo explicou que os “acertos” da Petrobras já haviam sido repassados. O tesoureiro e o assessor disseram que isso era outra coisa. Ou seja, Edinho e Giles, ao menos naquele instante, foram informados sobre a existência de repasses oriundos do petrolão. Não se surpreenderam ou não se interessaram. Como a pressão continuou, a Andrade “doou” mais 10 milhões à campanha petista.

A roubalheira não poupou as obras dos estádios para a Copa de 2014. Em sua lista, Azevedo incluiu como beneficiários de propinas cinco ex-governadores de estados que sediaram o Mundial. Todos embolsaram “comissões” para favorecer a empreiteira na construção das arenas e na realização de outras obras relacionadas à Copa. Otávio Azevedo admite o pagamento de propina aos ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda (então no DEM) e Agnelo Queiroz (PT), responsáveis pelas obras do Estádio Nacional Mané Garrincha, um monumento ao superfaturamento que custou quase 2 bilhões de reais. Ele também disse ter pago propina a Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, a Eduardo Braga (PMDB), ex-governador do Amazonas e atual ministro de Minas e Energia, e a Omar Aziz (PSD), hoje senador. Otávio Azevedo foi transferido para prisão domiciliar após entregar a lista de seus “clientes” famosos. A empreiteira também aceitou pagar uma multa de 1 bilhão de reais.

Criticados no início da Lava-Jato, os acordos de delação foram, sem dúvida, fundamentais para o sucesso das investigações. Através deles, quebraram-se pactos de silêncio, localizaram-se contas secretas no exterior, figurões e figurinhas foram parar na cadeia. Em busca da liberdade ou da redução da pena, outros envolvidos entraram na fila para contar o que sabem. Na semana passada, advogados da Odebrecht e da OAS estiveram em Curitiba conversando com o Ministério Público sobre a possibilidade de seus clientes serem admitidos no programa. Marcelo Odebrecht está condenado a dezenove anos e quatro meses de prisão. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, a dezesseis anos e quatro meses. Além deles, buscam o acordo o marqueteiro João Santana, que recebeu dinheiro sujo como pagamento de serviços eleitorais a campanhas do PT, o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula e envolvido até o pescoço no petrolão, e o senador petista Delcídio do Amaral.

Não será uma negociação fácil: o esquema de corrupção na Petrobras está praticamente todo desvendado. Falta apenas confirmar quem era o chefe, o mandante. Ou seja, os benefícios serão concedidos a quem ajudar os procuradores a chegar lá. Todos os investigados têm informações que podem levar ao topo da cadeia de comando. A dúvida é saber quem vai tomar a iniciativa de falar primeiro. O senador Delcídio está na frente. Preso em novembro do ano passado por atrapalhar as investigações, ele revelou que tanto Dilma quanto Lula sabiam e se beneficiaram do petrolão. O petista narrou detalhes de negócios fraudulentos realizados pelo PT na China e em Angola, também citando os ex-ministros Antonio Palocci e Erenice Guerra. Elencou, ainda, dezenas de políticos que receberam dinheiro de corrupção – incluindo, de novo, o presidente do Congresso, Renan Calheiros, e os peemedebistas Romero Jucá, Jader Barbalho e Eunício Oliveira – e até um representante da oposição, no caso, o senador tucano Aécio Neves. Por fim, acrescentou uma nova história de extorsão ao currículo do ministro Edinho Silva. O então tesoureiro de Dilma, de acordo com o senador petista, repetiu os métodos denunciados pela Andrade para arrancar dinheiro do laboratório EMS na campanha presidencial. Se tudo for verdade, faltará mesmo muito pouco para ser contado.

Veja

Opinião dos leitores

  1. A seletividade das manchetes é tão imoral (Veja, né?) que nao tem condições desses coxinhas nao notar.
    O Bandido do empresário cita mais um VEZ Aécio (com essa, esse sujeito foi citado uma 5 vezes no vaza a jato) e a manchete destaca ex ministros de "Lula e Dilma".

    É muita desonestidade desse papel higiênico (com todo respeito ao papel higiênico)

  2. Rapaz eu fico imaginando qdo o STF vai decidir prender esse gp de ministros do DESgoverno/PT??!!… Talvez quem sabe, após o Luiz Inácio assumir um cargo na Esplanada de BSB….

  3. E até um representante da oposição, no caso, o senador tucano Aécio Neves?
    E por que não sai na Manchete?
    SERÁ PORQUE BRASILEIRO SEMIANALFABETO POLÍTICO LÊ APENAS A MANCHETE?

  4. Melhorando a cada dia, as verdade sendo revelada aos poucos, falta só a OAS e a Odebrecht, aí o cerco fecha de vez. Como estará se sentindo a alma mais honesta desse país?
    Nessa delação aparecem nomes novos, mas com a velha vinculação e origem partidária, ligados diretamente ao PT.

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Saúde

Quarta intervenção desde o Natal: Bolsonaro segue sob cuidados intensivos

Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido a uma endoscopia digestiva alta nesta quarta-feira (31) para avaliar refluxo gastroesofágico. A informação foi divulgada pela equipe médica que o acompanha, após ele ter passado por uma nova cirurgia na tarde desta terça-feira (30), que durou cerca de três horas.

Bolsonaro está internado desde a véspera de Natal para correção de hérnia inguinal bilateral. Desde então, precisou de mais três procedimentos devido a soluços persistentes, todos envolvendo o nervo frênico, que controla a contração involuntária do diafragma.

Segundo os médicos, ele seguirá em fisioterapia respiratória, usando CPAP à noite e medidas preventivas para trombose, e só terá alta após a virada do ano.

O histórico dos procedimentos é o seguinte: no dia 25, cirurgia de hérnia inguinal bilateral; 27, bloqueio do nervo frênico direito; 29/12, novo bloqueio do mesmo nervo; e 30/12, reforço do bloqueio.

Confira a íntegra do boletim médico:

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro permanece internado no Hospital DF Star, em cuidados pós-operatórios de herniorrafia inguinal bilateral, por via convencional. Apresentou novos episódios de soluços, sendo submetido a uma complementação do bloqueio anestésico dos nervos frênicos bilaterais. Deverá ser submetido a endoscopia digestiva alta, amanhã (31), para avaliação do refluxo gastroesofágico. Segue em fisioterapia respiratória, terapia de CPAP noturno e medidas preventivas para trombose.

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Geral

Câmara abre concurso milionário com 140 vagas e salários de até R$ 30 mil; veja quais cargos

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A Câmara dos Deputados publicou nesta terça-feira (30) o primeiro edital do novo concurso, com salários de até R$ 30,8 mil. São 140 vagas para analista e técnico legislativo, sendo metade imediata e metade em cadastro reserva.

O edital contempla analista legislativo (Processo Legislativo e Gestão) e técnico legislativo (assistente legislativo e administrativo), todos exigindo nível superior. Cada cargo terá 35 vagas imediatas e 35 para cadastro reserva.

As inscrições começam em 5 de janeiro e vão até 26 de janeiro, e a organização ficará a cargo do Cebraspe. A previsão é que as provas sejam aplicadas em 8 de março de 2026.

Ainda está em elaboração o edital para o cargo de Técnico Legislativo, especialidade Policial Legislativo Federal (PLF), também de nível superior. Para os demais cargos autorizados, a Câmara aguarda a conclusão das reorganizações internas antes de definir novas vagas.

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Política

“Pagamos 14 folhas, salários em dia e hospital não será UPA de luxo”: Paulinho Freire faz balanço de um ano à frente de Natal

Foto: Divulgação/PMN

O prefeito de Natal, Paulinho Freire, fez um balanço detalhado do primeiro ano de gestão, destacando equilíbrio fiscal, regularização salarial, avanços em saúde, educação, infraestrutura e obras prioritárias. As declarações foram dadas ao programa Meio Dia RN, da rádio 96 FM Natal.

Paulinho assumiu a Prefeitura com salários atrasados e conseguiu colocar em dia toda a folha. “Pegamos o salário de dezembro atrasado e hoje finalizamos pagando 14 folhas. O servidor recebeu dezembro no dia 10, o 13º salário, e estamos quites com todos os servidores”, afirmou.

Segundo ele, o equilíbrio financeiro veio da disciplina herdada da iniciativa privada: “Eu só posso gastar o que eu tenho. Não posso gastar mais do que tenho”. Sobre os empréstimos autorizados pela Câmara, Paulinho foi enfático: “Foi feito um estudo. A gente não pediu aleatoriamente. Natal ainda tem poder de endividamento e trabalha com responsabilidade”.

Obras e infraestrutura

O prefeito reconheceu obras herdadas inacabadas, como o Hospital Municipal e o Mercado da Redinha. “Não adianta esconder: pegamos ainda o hospital e o mercado para terminar as obras”.

Ele detalhou o hospital: “Se abrir do jeito que está hoje, ele vai ser uma UPA de luxo, porque não existem centros cirúrgicos”. A previsão de inauguração é entre março e abril de 2026, usando recursos próprios enquanto se aguardam verbas federais represadas. “Temos mais de R$ 100 milhões represados em obras inacabadas do governo federal”.

Paulinho também ressaltou a Zona Norte como prioridade. “Queremos deixar quase 80% da Zona Norte pavimentada. O primeiro Centro de Imagem do município de Natal vai ser lá”, afirmou.

Saúde e educação

Na saúde, ele modernizou sistemas e contratos. “Hoje o cidadão é atendido com reconhecimento facial. A informação vai automaticamente para o Ministério da Saúde, o que aumentou nosso repasse. E não faltou mais médicos nem insumos. Hoje, tem dia que a UPA está vazia”, disse.

Sobre o atendimento a pessoas com autismo em Natal, Paulinho afirmou que o maior problema é o diagnóstico, e que o município enfrenta dificuldades para encontrar médicos neuropediatras. Ainda assim, a gestão segue “ampliando esses espaços”.

Na educação, os avanços incluem fila zerada de creches, merenda de qualidade, fardamento completo e quase 100% das salas climatizadas. “Não faltou um dia sequer de merenda. Também chamamos 700 professores e vamos chamar mais 300”, garantiu.

Eventos e economia

Paulinho defendeu os investimentos em eventos como política de desenvolvimento econômico. “A festa é muito importante. Ela gera emprego, renda e movimenta a economia da cidade”, afirmou.

E rebateu críticas: “Quem não tem o que falar vai ter que falar disso. Natal precisa melhorar em muitos setores, e nós vamos continuar trabalhando 24 horas por dia”, concluiu.

 

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Política

VÍDEO: “Não posso ficar contra quem me ajudou”: Paulinho fecha com Rogério, Álvaro e Styvenson e mira 2026 contra o PT

Imagens: Reprodução/Youtube

O prefeito de Natal, Paulinho Freire, foi claro e direto sobre o cenário político de 2026: reafirmou o alinhamento com a oposição ao PT e cravou que não haverá traição dentro do grupo que foi decisivo para sua eleição na capital. As declarações foram dadas nesta terça-feira (30), durante entrevista ao programa Meio Dia RN, da rádio 96 FM Natal, apresentado por BG.

Ao falar sobre as articulações para 2026, Paulinho fez questão de lembrar que sua eleição foi construída com apoios fundamentais dos senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB), além do ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos). “Quando eu fui candidato a prefeito, recebi apoios importantes na minha eleição, de Rogério, Styvenson e Álvaro. Nós formamos um grupo para a minha eleição”, disse.

O prefeito reconheceu que o cenário eleitoral pode não permitir que todos caminhem juntos, mas deixou claro que sua posição política tem um limite bem definido. “Se não sair unido, eu vou ter que me posicionar. E é claro: eu não posso ficar contra quem me ajudou. Isso é muito claro”.

Paulinho reforçou que a lealdade é um princípio que sempre guiou sua trajetória política e que seguirá sendo o eixo das decisões para 2026. “Eu sempre fiz política dessa maneira, com lealdade. Acho que hoje eu estou como prefeito por conta disso, porque consegui juntar um grupo e passar confiança de que não ia trair”.

União da oposição contra o PT

O prefeito também endossou a tese defendida pelo presidente estadual do União Brasil, ex-senador José Agripino Maia, de que a oposição precisa sair unida para enfrentar o PT na eleição de 2026. “Eu acredito que esse é o melhor caminho. É o que eu defendi durante todo o ano, em conversas muito transparentes com Rogério, com Álvaro e com Allyson Bezerra (prefeito de Mossoró)”.

Segundo Paulinho, a união foi determinante para o resultado eleitoral em Natal.“Isso foi um dos segredos da minha eleição aqui em Natal. A gente saiu unido e saiu com força”, ressaltou.

Sobre os critérios para a definição de uma candidatura única da oposição, o prefeito explicou que o debate envolve diferentes visões dentro do grupo.“Tem quem defenda pesquisas, tem quem defenda quem une mais, quem tem mais prefeitos. Isso vai ser conversado”.

Ele afirmou que o mês de janeiro será decisivo para essas articulações. “Nós vamos sentar, conversar durante todo o mês de janeiro para ver se a gente consegue sair numa convergência”. E deixou um alerta claro para o futuro da oposição no Estado: “Se não conseguir agora, que pelo menos esse grupo esteja unido num possível segundo turno, desde que eles não se enfrentem”.

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Política

VÍDEO: “Se precisar sair, vai sair”, diz Paulinho, sobre futuro partidário de Nina Souza

Imagens: Reprodução/Youtube

O prefeito de Natal, Paulinho Freire, foi direto ao comentar o futuro político da primeira-dama e secretária municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas), Nina Souza. Ao tratar das especulações sobre uma possível mudança partidária para as eleições de 2026, Paulinho deixou claro que, se houver necessidade, Nina pode deixar o União Brasil, mesmo ciente das consequências políticas e jurídicas da decisão.

Segundo o prefeito, a definição não será tomada de forma isolada, mas pode ser imposta pelas regras do jogo eleitoral. “Às vezes a legislação eleitoral força você a tomar decisões, porque é natural que todos procurem uma coligação na qual realmente tenham chance de eleição”, afirmou.

Paulinho disse que o cenário está sendo avaliado dentro de um grupo político e que nenhuma possibilidade está descartada, inclusive a saída do União Brasil. “Já disseram que ela ia para os Republicanos, que ia ficar no União, que podia ir para o PL. Isso está sendo analisado em grupo, para que a gente possa tomar uma decisão”, declarou.

O prefeito reconheceu que, caso Nina precise deixar o partido, o União Brasil pode questionar a decisão — o que, segundo ele, faz parte do processo democrático. “Se Nina precisar sair do partido, ela vai ter que sair independentemente disso”, afirmou. “Ela pode correr o risco, sim, de ser candidata e, se perder a eleição, acabar perdendo também o mandato de vereadora”, lembrou.

Ele também destacou que eventuais reações da legenda são um direito legítimo do partido e que o caminho adotado será o do diálogo, sem confronto público. “Nós vamos buscar, no diálogo com o ex-senador, que, se realmente isso vier a precisar acontecer, que aconteça da melhor forma possível, sem briga”, disse.

Paulinho destaca resultados de Nina na Semtas

Além da discussão política, Paulinho fez questão de destacar os resultados da gestão de Nina à frente da Assistência Social, citando a ampliação do alcance dos programas e a redução de custos por meio de parcerias.

“A gente atendia 23 instituições com alimentos. Hoje estamos atendendo 96 instituições. O Banco de Alimentos foi transformado. A maioria dos alimentos hoje a gente consegue por conta de parcerias. Aumentamos o número de instituições atendidas e diminuímos as compras”, afirmou.

Ao final, o prefeito reforçou que, acima das disputas partidárias, o foco da gestão segue sendo o atendimento à população. “O nosso compromisso é bem claro: é com as pessoas”, garantiu.

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Geral

Moraes dá 24h para que defesa de Filipe Martins explique suposto uso de rede social

Foto: Reprodução/Twitter e Divulgação/TSE

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou nesta terça-feira (30) que a defesa do ex-assessor presidencial Filipe Martins explique, em até 24 horas, um suposto uso da rede social LinkedIn. Martins está proibido de utilizar plataformas digitais e pode ter a prisão preventiva decretada caso a violação seja confirmada.

No despacho, Moraes afirmou que foi anexada aos autos a informação de que o réu teria acessado a rede para consultar perfis de terceiros. O ministro abriu prazo para esclarecimentos e alertou que o descumprimento das medidas impostas pode levar à revogação da prisão domiciliar.

Martins passou a cumprir prisão domiciliar no sábado (27), por decisão de Moraes, que apontou risco de fuga após a condenação no caso da trama golpista. Ele foi condenado pela Primeira Turma do STF a 21 anos de prisão, acusado de elaborar a minuta de um decreto para tentar reverter o resultado das eleições de 2022.

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Geral

Mortes por álcool ao volante sobem 14,6% nas rodovias federais em 2025

Foto: PRF/divulgação

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 204 mortes em acidentes envolvendo motoristas alcoolizados entre janeiro e novembro de 2025. O número representa aumento de 14,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 178 óbitos.

No período, a PRF também contabilizou mais de 3.350 acidentes relacionados ao consumo de álcool. Foram registradas mais de 7 mil infrações por embriaguez ao volante e cerca de 40 mil autos de infração por recusa ao teste do bafômetro. Ao todo, 3.070 motoristas foram detidos, número 16% menor que em 2024.

Diante do cenário, a PRF iniciou nesta terça-feira (30) a Operação Ano Novo, com reforço da fiscalização nas rodovias federais de todo o país até o próximo domingo (4), com foco na prevenção de acidentes e na segurança viária.

Saiba as recomendações da PRF para viagens no final do ano

  • Faça a revisão do veículo;

  • Acompanhe as condições meteorológicas;

  • Veja as condições da rodovia;

  • Descanse antes da viagem;

  • Use o cinto de segurança e os equipamentos obrigatórios;

  • Ultrapasse apenas em locais permitidos;

  • Não consuma bebidas alcoólicas antes de dirigir;

  • Respeite os limites de velocidade;

  • Não use o celular ao volante.

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Geral

Governo Lula libera R$ 1,8 bilhão em emendas em uma semana e tenta reduzir pressão do Congresso no fim do ano

Foto: Waldemir Barreto/Agência O Globo

O governo Lula liberou cerca de R$ 1,8 bilhão em emendas parlamentares na última semana para acelerar a execução do Orçamento e reduzir a pressão do Congresso no fim de 2025. Com isso, o total pago no ano chegou a R$ 31,01 bilhões.

Apesar do avanço, ainda há um descompasso entre valores autorizados e efetivamente desembolsados. Do total de R$ 48,49 bilhões previstos para emendas em 2025, R$ 45,26 bilhões foram empenhados e R$ 31,25 bilhões liquidados, mas cerca de R$ 17 bilhões seguem sem pagamento, podendo virar restos a pagar.

A liberação ocorre em meio a mudanças nos procedimentos, após o Orçamento ter sido sancionado apenas em abril e novas regras de transparência exigidas pelo STF entrarem em vigor. O governo atribui a essas alterações o ritmo mais lento da execução ao longo do ano.

As emendas individuais concentram a maior parte dos pagamentos, com R$ 19,7 bilhões. As de bancada somam R$ 6,02 bilhões e as de comissão, R$ 5,29 bilhões. Entre os partidos, o PL lidera em valores pagos, seguido por PSD, PT e União Brasil.

Opinião dos leitores

  1. Isso não é gestão, mas comércio. Por isso que estamos nessa situação onde há rombo financeiro para tudo quanto é canto. E o povo pagando.

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Geral

Bolsonaro volta a centro cirúrgico pela 3ª vez após quadro de soluços, diz Michelle

Imagem: reprodução/Instagram

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro informou nesta terça-feira (30) que o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao centro cirúrgico após apresentar novo quadro de soluços persistentes.

Segundo Michelle, os médicos decidiram reforçar o bloqueio do nervo frênico, procedimento indicado quando os soluços não respondem a medicamentos. Bolsonaro já havia passado por dois bloqueios: no sábado (27), no lado esquerdo, e na segunda-feira (29), no lado direito.

Bolsonaro está internado desde 24 de dezembro no Hospital DF Star, em Brasília, onde foi submetido a uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral, realizada sem intercorrências. O procedimento foi autorizado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, após solicitação da defesa.

Opinião dos leitores

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Geral

Dívida pública bruta do Brasil aumenta e chega a 79% do PIB em novembro, diz Banco Central


Foto: NeoFeed

A dívida bruta do governo registrou nova alta em novembro, quando o setor público voltou a registrar déficit primário, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Banco Central.

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou novembro em 79,0%, contra 78,4% no mês anterior e em linha com o esperado por economistas.

Já a dívida líquida do setor público foi a 65,2% do PIB, de 64,8% em outubro.

No mês passado, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 14,420 bilhões, ligeiramente acima da expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$ 14,0 bilhões. Em outubro, o setor público teve um superávit de R$ 32,392 bilhões.

No acumulado em 12 meses, o déficit primário correspondeu a 0,36% do PIB. Considerando também as despesas com juros, o déficit nominal ficou em 8,13% do PIB.

Folhapress

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