A ex-senadora Marina Silva, em entrevista à rádio CBN nesta segunda-feira (30), disse que a falta de estrutura dos cartórios do País é a responsável pela indefinição da criação de seu partido, a Rede Sustentabilidade.
Nesta semana, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve decidir se aprova ou não o pedido criação do partido após a recontagem das assinaturas coletadas necessárias para criação de uma legenda. O resultado deve sair até a a próxima quinta-feira (3).
— A dificuldade está na falta de estrutura dos cartórios. Mesmo com poucos recursos conseguimos mobilizar mais de 12 mil pessoas que coletaram 910 mil assinaturas em menos de 7 meses, que foram enviadas no prazo para os 1.800 cartórios. Mesmo depois da triagem, enviamos mais de 668 mil assinaturas.
Segundo a lei eleitoral, são necessárias 492 mil assinaturas validadas para a criação de um partido. De acordo com Marina, as assinaturas necessárias foram enviadas aos cartórios pela Rede, mas 53% dos cartórios perderam o prazo de 15 dias para se manifestar. Além disso, a ex-senadora argumenta que 95 mil assinaturas foram invalidadas injustamente.
— Nos encaminhamos 668 mil assinaturas com 550 mil certidões. O problema é que houve invalidação injusta de 95 mil assinaturas que aguardamos pronunciamento do TSE.
Em relação a algum motivo político para a invalidação das assinaturas e, consequentemente a dificuldade com o registro, Marina desconversa.
— Não tenho como provar, mas tenho certeza que os ministros vão fazer o certo […] Não podemos pagar o preço.
Enquanto aguarda a decisão, Marina se diz confiante no trabalho da Rede e diz que não existe plano B para ela, e nem a possibilidade de lançar a candidatura por outro partido.
— Não tenho plano B. Depois de um trabalho tão rigoroso, tão criterioso, só ficaremos sem o nosso registro por culpa dos cartórios.
Em nota, Marina Silva negou que vá se filiar a outro partido, caso a Rede não seja aprovada pela Justiça e saia efetivamente do papel.
— A ex-senadora Marina Silva e a Rede Sustentabilidade reafirmam que não está agendada nenhuma reunião com o Partido Ecológico Nacional, ao contrário do que tem declarado o presidente do PEN, Adilson Barroso. […] Marina Silva reafirma que não discute um plano B e está confiante que a Justiça Eleitoral concederá o registro ao partido antes de 5 de outubro.
R7
Marina deixou para criar o partido aos 45 mimutos do segundo tempo e agora tenta passar a imagem de perseguida e injustiçada, culpa cartórios, justiça eleitoral e acha que está havendo um complô contra sua candidatura.
A Marina quer ganhar no grito…