Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
O relatório da Polícia Federal referente à tentativa de golpe de Estado, após as eleições presidenciais de 2022, revela que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha “plena consciência e participação ativa” e que recebias atualizações sobre o andamento do plano do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid.
“Há nos autos relevantes e robustos elementos de prova que demonstram que o planejamento e o andamento dos atos eram reportados a Jair Bolsonaro, diretamente ou por intermédio de Mauro Cid”, consta na página 843 do relatório. O texto revela, ainda, que o ex-presidente sabia, também, do planejamento de sequestro e morte de autoridades, incluindo o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O caso veio à tona no último dia 19 de novembro, com a deflagração da Operação Contragolpe, pela Polícia Federal. Quatro militares do Exército e um policial federal foram presos preventivamente, por suspeita de participarem ativamente da operacionalização do plano de assassinato. O conhecimento de Bolsonaro sobre a trama foi noticiada, nesta terça, pelo Metrópoles, na coluna do Igor Gadelha.
“As evidências colhidas, tais como os registros de entrada e saída de visitantes do Palácio do Alvorada, conteúdo de diálogos entre interlocutores de seu núcleo próximo, análise de ERBs, datas e locais de reuniões, indicam que Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo), bem como das ações clandestinas praticadas sob o codinome ‘Copa 2022′”, afirma a PF.
Retirada do sigilo e envio à PGR
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retirou o sigilo do relatório da PF nesta terça-feira (26/11) e encaminhou o inquérito para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), que será a responsável por apresentar ou não a denúncia ao Judiciário.
O indiciamento de 37 pessoas feito pela PF é resultado de uma investigação que durou quase dois anos e que foi concluída na última semana, após a deflagração da Operação Contragolpe. A ação tornou público o plano que previa, até mesmo, o assassinato de autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e de Alexandre de Moraes.
Além de Bolsonaro, aparecem na lista de indiciados nomes como o do ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa do ex-presidente, em 2022, general da reserva Braga Netto, e do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e, também, general da reserva do Exército, Augusto Heleno.
Eles foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. No despacho desta terça-feira, Moraes assinala como o grupo teria se articulado em diferentes núcleos de atuação, mas com um objetivo em comum: evitar a posse da chapa vencedora nas eleições presidenciais de 2022.
Fonte: Metrópoles
Cadê os comentários sobre o relatório da PF?
A cada nova descoberta desse nefasto plano do golpe de estado, mais fica evidente que bolsonaro e sua quadrilha são comprovadamente uma corja de bandidos.
Acho interessante a cara de espanto dos apoiadores do bolsonaro diante das evidentes provas que aparecem a cada dia sem parar, de que aquele canalha não passa de um assassino.
Se já estava difícil arranjar justificativas pra defender bolsonaro e sua trupe a cada nova evidência fica mais difícil ainda.
Aceita que ele é um bandido e pronto! Acaba com o mi mi mi que ninguém é idiota!