Diversos

Merenda com estrogonofe, arroz e feijão é trocada por bolacha e suco

Os alunos da escola estadual Valério Strang, em um bairro carente de Mogi Mirim (a 151 km da capital paulista), estavam acostumados com uma merenda farta: arroz, feijão, estrogonofe, salada.

Mas, desde que voltaram às aulas, há duas semanas, se depararam com um cardápio bem mais magro: bolacha com achocolatado ou suco em caixinhas de 200 ml, a chamada “merenda seca”.

“É ruim porque a gente passa fome”, disse um aluno que entrava para a aula na manhã desta sexta (26). “Disseram que na semana que vem a merenda volta. Vamos esperar”, afirmou outro.

A mudança se deu porque a prefeitura não renovou o convênio com o Estado para o preparo e fornecimento da merenda. O motivo alegado é o baixo valor repassado pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB): R$ 0,50 por aluno.

O mesmo acontece em diversos municípios paulistas, como Caieiras e Franco da Rocha, na Grande São Paulo; Americana, no interior, e Ubatuba, no litoral norte. Ao menos 90 mil alunos foram afetados pela mudança. O Estado promete regularizar a situação até 5 de março -e, após ser questionado pela Folha, disse ter resolvido parte do problema na própria sexta-feira.

160604Foto: Venceslau Borlina Filho/Folhapress

CUSTOS

“Tivemos que cortar custos na prefeitura e percebemos que aplicávamos R$ 2,47 na merenda, enquanto o governo do Estado só nos repassava R$ 0,50”, afirma Márcia Róttoli Masotti, secretária da Educação de Mogi Mirim.

Segundo as prefeituras, o governo estadual foi avisado cerca de 120 dias antes para que tivesse tempo para organizar a compra de alimentos e contratar merendeiras, que eram dos municípios.

A responsabilidade pela merenda na rede estadual é do governo paulista, que recebe uma complementação da União. Já os convênios com os municípios são opcionais: aderem os que quiserem.

“Tenho 30 anos na educação e isso nunca tinha acontecido. Foi triste porque não pudemos ajudar”, diz Márcia. Segundo ela, o dinheiro “economizado” (R$ 1,2 milhão) será aplicado em duas creches a serem abertas neste ano.

De acordo com a secretária, a prefeitura avisou o Estado que não renovaria o convênio em outubro de 2015. “Desde 2014 a gente vinha dizendo que não ia renovar. O governo prometeu ajuda, mas não chegou nada”, afirmou.

Mogi Mirim tem 11 escolas estaduais e cerca de 11 mil alunos. “Está todo mundo reclamando. Não dá pra oferecer bolacha e Toddynho todo dia”, disse Suelen Gabriel, 31, mãe de uma estudante. Já Marcela de Martini, 32, mãe de duas meninas, reclamou que as despesas em casa aumentaram com a redução da merenda. “Tivemos que comprar mais coisas para elas levarem. Está tudo ruim.”

OUTROS CASOS

Em Ubatuba, a prefeitura diz que gasta R$ 3 por dia com a merenda de cada aluno e que o governo estadual repassa apenas R$ 0,50. O município afirma que gastou R$ 4 milhões no ano passado e o governo estadual, R$ 777 mil.

“Tomamos essa medida […] por não achar justo que Ubatuba, que tem a menor receita do litoral norte e muitas carências, continue financiando o governo do Estado mais rico do país”, afirmou, em nota, o prefeito Maurício Moromizato (PT). “Se o governador melhorar os valores repassados, cobrindo nosso custo, poderemos retomar o atendimento diretamente.”

Moradora da cidade, a faxineira Uires Maria da Silva, 33, passou a enviar de casa a merenda da filha de 12 anos, aluna da escola estadual Professora Aurea Moreira Rachou. Ela diz que até manda bolachas, mas inclui frutas. “Eu tento mandar também para outras crianças, porque às vezes a mãe não pode, e é ruim um comer e os outros ficarem olhando”, disse.

Em Franco da Rocha, a prefeitura informou que desde 2014 tenta negociar os custos da merenda com o governo do Estado, sem sucesso. Na época, a merenda por aluno custava R$ 2,30, e o Estado bancava apenas R$ 0,80.

Situação semelhante ocorria em Caieiras. Mas, segundo a prefeitura, desde setembro de 2015 o Estado assumiu a responsabilidade total pela merenda nas 14 escolas estaduais. Na cidade, são servidas 22 mil refeições por dia.

Já em Americana, segundo a prefeitura, o convênio com o Estado existia desde 2009. O governo repassava R$ 0,80 por criança, e o município investia R$ 3,88. Como não foi possível repasse maior, o convênio foi suspenso e o Estado assumiu o fornecimento.

OUTRO LADO

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) informou que deve regularizar o fornecimento de merenda às escolas até 5 de março -caso de Ubatuba, no litoral norte. A justificativa para o atraso é que as merendeiras têm de ser contratadas por meio de licitação. Enquanto isso, os alunos das escolas recebem alimentos que não precisam de cozimento.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação disse ainda que, na sexta (26), a situação estava resolvida em Mogi Mirim, Franco da Rocha e Caieiras e que os alunos receberam arroz, feijão e uma proteína. Mas professores disseram à reportagem que em algumas escolas a merenda oferecida ainda foi a seca.

Questionada pela Folha, a pasta não revelou o valor que o governo de São Paulo aplica por ano na merenda dos alunos das escolas estaduais. Só informou que 88% dos municípios (567 dos 645) têm convênio com o Estado.

Em Americana, o problema foi resolvido nesta semana, de acordo com professores. Já em Ubatuba, segundo a secretaria, as funcionárias contratadas devem começar a trabalhar em 5 de março.

O Estado não explicou por que repassa de R$ 0,50 a R$ 0,80 por refeição por aluno às cidades. Mas disse que a quantia repassada às prefeituras é 40% maior que a enviada pela União. O governo afirmou ainda que, em 2016, os municípios com convênio tiveram um aumento de 10% no valor que é repassado para a merenda escolar.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. R$ 0,50 por aluno, nao da nem para comprar um din din com este valor, já nao basta a roubalheira descarada, agora tiram a comida ate das crianças que nao maioria vao à escola apenas para comer… Olha cada dia piora, quando que a população irá levantar a cabeça e empalar as cabeças de todos os politicos brasileiros? Revoluçao não se dá por protestos pacificos, o "trem" tem que pegar fogo, aposto que se colocasse algum deles em uma forca em frente a Planalto, como base de julgamento todos os crimes cometidos por corrupção como esta sitada acima.. duvido se o restante desta corja ficaria para ver… fogo neles

  2. Ética,Respeito,cidadania,união,compromisso,dedicação e solidariedade. Podem comemorar, só que agora, com bolacha e suco.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Professora da rede estadual diz sofrer ameaças por proibir uso de celular na escola

Foto: Reprodução 

A diretora da Escola Estadual Professor Francisco Barbosa, em São José de Mipibu, Maria dos Prazeres da Silva, e não Maria Pereira, está enfrentando ameaças de alunos e pais após implementar a lei que proíbe o uso de celulares nas salas de aula. Essa medida visa melhorar o foco e a concentração dos alunos, além de proteger o ambiente escolar, segundo o Ministério da Educação.

Em vídeo publicado nas rede sociais, ela disse que recebeu ameaças pessoalmente e pela internet, tanto de alunos quanto de parentes deles. Maria dos Prazeres da Silva registrou um boletim de ocorrência na delegacia do município e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

A proibição do uso de celulares nas escolas é um tema debatido em todo o país. Alguns argumentam que isso pode ajudar a reduzir distrações e melhorar o desempenho acadêmico, enquanto outros defendem que a tecnologia pode ser uma ferramenta útil no processo de aprendizado.

projeto de lei que regulamenta a utilização de aparelhos eletrônicos portáteis, incluindo celulares, por estudantes nos estabelecimentos de ensino público e privado da educação básica foi sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia  13 de janeiro. A medida visa salvaguardar a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes, promovendo um ambiente escolar mais saudável e equilibrado. 

(mais…)

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

David Hassett, proprietário do Santuário Ecológico de Pipa, morre aos 76 anos

Foto: Reprodução 

Conhecido por lutar pela preservação da Mata Atlântica, David Hassett, proprietário do Santuário Ecológico de Pipa, morreu nesse domingo (23). Nascido em 9 de fevereiro de 1949, ele tinha 76 anos, dos quais boa parte foram dedicados ao cuidado com a natureza. Em homenagem nas redes sociais, o Santuário escreveu que ele foi “uma pessoa amada, cuja vida deixou marcas profundas em todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo”.

De acordo com a nota emitida pelo parque, as memórias e o legado deixado pelo inglês seguirão preservados por quem trabalha na área e o conheceu. “Que seu espírito encontre paz e que suas contribuições à natureza inspirem todos nós a cuidar do planeta”, finaliza o comunicado.

Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Lula receia “efeito Temer” em mudança na articulação política

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não definiu quem substituirá Alexandre Padilha na articulação política do governo federal.

No fim de semana, o petista conversou com políticos e amigos sobre o comando do Ministério de Relações Institucionais, cargo estratégico que ficará vago com a transferência de Padilha para o Ministério da Saúde.

A dúvida do presidente, segundo assessores do governo, é sobre as consequências de entregar a função para um político do bloco do Centrão.

Lula costuma preencher os cargos da chamada “cozinha do Palácio do Planalto”, que despacham a poucos metros do gabinete presidencial, com quadros petistas de sua confiança.

Com a queda da popularidade de seu governo e o avanço da direita no país, Lula tem sido recomendado a indicar um político de centro para dialogar com o Congresso Nacional.

O petista, no entanto, tem receio. Segundo aliados do presidente, a preocupação é de que se repita o ocorrido com Dilma Rousseff (PT) em seu segundo mandato, quando a petista nomeou seu então vice-presidente, Michel Temer, como articulador político da Presidência da República.

Com mais afinidade com o Congresso, Temer, que era um dos dirigentes do Centrão, ganhou respaldo junto ao Poder Legislativo e se tornou uma alternativa para substituir Dilma.

O cenário levou a um rompimento entre Dilma e Temer, e a aprovação do impeachment da petista na Câmara dos Deputados.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Com Padilha, Lula quer Ministério da Saúde como vitrine política

Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI

A principal crítica de Lula ao trabalho da ministra Nísia Trindade, segundo assessores do governo, é de que ela não desenvolveu uma marca de gestão.

Em conversas reservadas, o presidente tem citado, por exemplo, o trabalho do ministro da Educação, Camilo Santana, que, em dois anos, lançou os programas “Pé de Meia” e “Mais Professores”.

A CNN antecipou na semana passada que o petista escolheu o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para comandar a Saúde.

Padilha comandou a pasta sanitária no governo de Dilma Rousseff (PT) e implementou o programa “Mais Médicos”. Além disso, popularizou campanhas nacionais, como a vacinação contra a gripe.

Na avaliação de auxiliares do governo, Padilha assume com o desafio de reverter o crescimento dos casos de dengue, com uma distribuição maior de vacinas contra a doença.

Em 2024, o país teve um crescimento no número de mortes da doença e, neste mês, São Paulo decretou estado de emergência por causa do aumento dos diagnósticos.

Padilha também precisará melhorar o diálogo com governadores de oposição. A reclamação é de que, com perfil técnico, Nísia não conseguiu abrir canais de comunicação com os gestores estaduais.

A expectativa é de que a troca ministerial seja feita nas próximas semanas.

Lula pediu a Padilha que não seja candidato nas eleições de 2026, para que seu trabalho não seja de apenas um ano à frente da pasta.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Projeto para tornar Bolsonaro elegível não passaria por Lula e STF

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

De autoria do deputado federal Bibo Nunes (PL-RS), o PLP (Projeto de Lei Complementar) 141 de 2023 busca alterar a Lei das Inelegibilidades, de 1990, e reduzir o tempo de 8 para 2 anos. Para especialistas, a medida que poderia tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao menos mais 3 integrantes do seu partido elegíveis, contudo, enfrenta baixas possibilidades de sucesso. Além disso, passa a mensagem de “desprezo” ao modelo de proteção do processo eleitoral.

O ex-presidente disse na 3ª feira (18.fev) que a Lei da Ficha Limpa “é usada para perseguir a direita”. A fala foi dita logo depois de almoço no Senado com o Bloco Vanguarda, de oposição ao governo, e no mesmo dia da denúncia da PGR contra o ex-presidente.

A Lei Complementar nº 135, de 2010 (Ficha Limpa), tornou mais rígidas as regras para impedir condenados por abuso de poder político e econômico, dentre outros crimes, de disputar as eleições. Foi ela quem aumentou o tempo de inelegibilidade de 3 para 8 anos.

De fato, condenados de direita pela Justiça Eleitoral, como Jair Bolsonaro, Carla Zambelli (PL-SP) e Delegado Cavalcante (PL-CE), inelegíveis até 2030, e Valdevan Noventa (PL-SE), inelegível ate 2026, seriam beneficiados com a mudança na norma.

Contudo, o advogado e ex-juiz Márlon Reis, autor da Lei da Ficha Limpa, relembra que a legislação é a mesma que tornou Lula inelegível em 2018, quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indeferiu a sua candidatura por 6 votos a 1. Ele afirma que a lei de sua autoria não tem lado político.

“A lei da ficha limpa não é contra a esquerda ou a direita. É um patamar ao qual todos têm que se ajustar. O presidente Lula foi barrado pela lei em 2016. Se acontecer isso com Bolsonaro, será depois de ter acontecido com o PT. Então, não é sobre o PT ou a direita. É um regime de proteção do sistema eleitoral e eu acredito que a imensa maioria da população perceberá isso com facilidade”, declarou ao Poder360.

Márlon classificou a proposta de alteração como um “desprezo” ao modelo de proteção do processo eleitoral. Avalia que a lei foi conquistada depois de uma mobilização social por mais rigidez ao combate ao crime de corrupção e sugeriu que o apoio de Bolsonaro à proposta contraria o discurso que o tornou presidente em 1º lugar.

“Fora esse objetivo inicial de trazer os políticos do PL ele de volta às eleições, tem essa outra mensagem de que ‘vamos estar afrouxando crimes de corrupção’. Mais do que uma mensagem, isso é uma ação concreta que busca esse afrouxamento. A redução desse prazo representa o retorno à Justiça de um grande número de pessoas condenadas em todos os Estados. É uma responsabilidade que se busca para satisfazer as finalidades eleitorais de uma única pessoa [Bolsonaro], em desprezo a todo um modelo de proteção do processo eleitoral”, declarou.

Apesar da articulação do ex-presidente no Congresso pela alteração na lei, especialistas consultados pelo Poder360 dizem que as barreiras para o avanço da proposta, entretanto, estão em todos os 3 Poderes, começando na própria Casa Legislativa onde tramita.

BARREIRA NO LEGISLATIVO

O especialista em direito eleitoral Rodrigo Mesquita disse não acreditar que haverá um consenso suficiente sobre o tema para a sua aprovação na Câmara. O PLP precisa de 257 assinaturas (maioria absoluta) do plenário para avançar na Casa Baixa e, segundo Mesquita, há um “custo político na aprovação de uma lei como essa”, uma vez que retroage nos avanços para punir irregularidades eleitorais.

“Eu não acho que teremos uma maioria congressional que assumirá o ônus político de uma decisão tão casuística e perigosa quanto essa, que deixará o Brasil sob suspeita perante a própria comunidade internacional”, afirmou.

O projeto de lei está atualmente na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que determina se uma proposição é constitucional ou não. Caso a decisão seja desfavorável ao projeto de lei, ele sequer pode tramitar no Congresso. A análise pela Comissão deve iniciar depois do Carnaval.

BARREIRA NO EXECUTIVO E NO JUDICIÁRIO

Além do Congresso, ambos os especialistas lembram que a medida ainda teria que passar pelo aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mesmo se o PLP fosse aprovado, ele estaria sujeito à sanção presidencial, podendo ser vetado se considerado inconstitucional ou contrário ao interesse público. O caso atrasaria a conclusão do debate.

Em um situação de baixa probabilidade, segundo os especialistas, em que o PLP atravessa todos esses impasses, a maior barreira, possivelmente impenetrável, está na Justiça. Ambos afirmam que uma proposta como essa seria enquadrada como inconstitucional no STF (Supremo Tribunal Federal) por variados motivos, como o casuísmo, a retroação e a necessidade de proteção à democracia.

Márlon Reis afirma que o casuísmo está no fato da lei ter sido pensada exatamente para reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, e não motivada por valores e princípios bem estabelecidos.

Sobre o não-retrocesso da lei, é vedado ao legislador a criação de leis penais que incidam sobre fatos anteriores à sua vigência. No caso, isso impediria que a mudança proposta por Bibo Nunes afetasse a inelegibilidade de Bolsonaro.

Contudo, Márlon Reis afirma que a vertente seguida pelo Supremo é a de que a inelegibilidade não é uma pena e já há, inclusive, jurisprudência formada para que a lei da ficha limpa seja aplicada aos casos que antecedem a sua criação.

A questão da retroação da lei não é para ser pensada, segundo o advogado, como um fato que impediria a retomada da elegibilidade de Bolsonaro, mas como mais uma prova de que a medida foi arquitetada para benefício do ex-presidente, tendo em vista a vertente seguida pelo Tribunal.

“A inelegibilidade não é uma pena, é uma condição para o registro da candidatura. E o Supremo já decidiu que as normas que tratam de inelegibilidade são aplicáveis aos fatos pretéritos. Portanto, beneficiária ele [Bolsonaro], sim, e eles [propositores do PLP] sabem disso. Eles sabem que a jurisprudência do Supremo é favorável ao entendimento de que essa mudança seria aplicável a eles, por isso estão fazendo o que estão fazendo”, declarou.

Em uma última hipótese de argumento, Márlon afirma ainda que a lei representa um “retrocesso civilizatório”, já que foi “conquistado pela mobilização da sociedade brasileira”, podendo ser enquadrado como inconstitucional no que diz respeito à proteção da democracia.

Rodrigo Mesquita diz que a proteção à democracia, inclusive, seria um argumento mais forte do que a discussão de “se a lei retroage ou não retroage” para que o debate seja barrado pelo Supremo Tribunal Federal.

Poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

URGENTE: Médico Ciclista é atropelado por carreta em frente ao Walfredo Gurgel e vem a óbito

Foto: Reprodução

O oftalmologista Dr. Araken Brito, faleceu agora pouco após ser atropelado por uma carreta em frente ao hospital Walfredo Gurgel. Ele estava pedalando com um grupo de ciclistas quando foi surpreendido por uma carreta, que colidiu com Araken, que acabou não resistindo e vindo a óbito no local.

No final da noite de ontem (23), o oftalmologista havia feito uma postagem em suas redes sociais, desejando uma semana “produtiva e abençoada” a todos que o acompanham.

Foto: Reprodução/Instagram

A tristeza é grande por parte de familiares e amigos. Mais informações em instantes.

Opinião dos leitores

  1. Nossos sentimentos a familia.
    Andar de bicicleta no transito do Brasil é um perigo IMINENTE a cada instante.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Congresso resiste à pressão do governo e só vai votar Orçamento depois do Carnaval

Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

A pressão do governo federal não impactou o calendário previsto para votação do Orçamento de 2025 no Congresso Nacional. Após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar que acionaria o TCU (Tribunal de Contas da União) pelo atraso da análise da lei orçamentária e pedir urgência na votação, o senador responsável pela proposta manteve a previsão com que trabalha desde o ano passado: apresentação do relatório apenas após o Carnaval.

Angelo Coronel (PSD-BA) ainda não finalizou a proposta que detalha os gastos do governo para este ano. A peça orçamentária deveria ter sido avaliada entre deputados e senadores ainda em 2024, mas acabou de fora das votações. O atraso foi atribuído às adequações de gastos enviadas pelo governo ao Congresso no fim do ano passado.

O senador afirmou ao R7 que não vai mudar o cronograma, em resposta às declarações recentes de Haddad. Na sexta-feira (21), o titular da área econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a suspensão de linhas de crédito do Plano Safra foi causada pela falta da aprovação do Orçamento, o que levou o governo a anunciar uma MP (Medida Provisória) para liberar recursos de forma extraordinária e não comprometer o programa.

Segundo Coronel, “cada um é livre para falar o que quiser”. “Orçamento só após o Carnaval”, garantiu. A apresentação do texto do senador Angelo Coronel à CMO (Comissão Mista de Orçamento) é a primeira das etapas de avaliação, e será feito a curto prazo. Deputados e senadores do colegiado precisam avaliar o texto até 10 de março — quando a composição da CMO será trocada. Após análise, o Orçamento precisa ainda ser aprovado no plenário do Congresso.

O presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento), deputado Julio Arcoverde (PP-PI), rebateu as afirmações de Haddad de que o Congresso tem culpa pelo atraso na votação do Orçamento. O parlamentar atribuiu a responsabilidade ao próprio governo, por, segundo ele, “confusões jurídicas com o Supremo Tribunal Federal”.

“O colegiado sempre demonstrou interesse em discutir e votar a LOA 2025. Inclusive, várias sessões deliberativas foram suspensas durante meses para garantir o quórum necessário para dar início à votação da peça orçamentária. O presidente da CMO afirma que, se houve desinteresse em votar o Orçamento no ano passado, foi do próprio Palácio do Planalto, em face das confusões jurídicas provocadas pelo STF.”

O que disse Haddad

O ministro da Fazenda disse considerar que o Orçamento está pronto para ser votado e pediu a atenção de deputados e senadores à pauta.

“Lamentavelmente o Congresso ainda não apreciou o Orçamento. A informação que eu tenho que sequer o relatório foi apresentado, ou será apresentado no curto prazo, e o presidente da República disse que em virtude do ritmo em que as coisas estão, nós não podemos aguardar o Orçamento ser aprovado”, afirmou Haddad a jornalistas, ao anunciar a MP do Plano Safra.

Na mesma conversa, o ministro alertou para os impactos às contas públicas pela demora da votação do Orçamento deste ano.

“É a terceira vez em 20 anos que o Orçamento não é aprovado no prazo constitucional. Então, é importante, também, levar à consideração dos parlamentares, sobretudo do presidente do Congresso, que é importante aprovar o Orçamento para que não haja nenhum outro tipo de problema em outros programas do governo”, disse Haddad. “O Congresso aprovou uma série de medidas importantes antes, no final do ano, mas agora é hora de incorporá-las ao orçamento e aprovar”, completou.

R7

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

VÍDEO: Torcida provoca Neymar, que dá assistência e faz gol na sequência

Foto: Raul Baretta/ Santos FC

A torcida da Inter de Limeira resolveu provocar Neymar antes do camisa 10 do Santos bater escanteio. Resultado? Uma assistência, gol olímpico e resposta do craque. Antes da cobrança, o camisa 10 pediu para que a torcida da Inter cantasse mais alto.

O Santos venceu a partida por 3 x 0 e se classificou para as quartas de final do estadual. Grande nome da partida, Neymar marcou um gol e deu duas assistências.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Lula diz a aliados que está próximo de definir ministros do STJ

Foto: Reprodução/YouTube

Numa conversa recente com aliados do Congresso, Lula disse que pretende decidir, nesta semana, os nomes dos dois novos ministros do STJ.

Em 15 de outubro do ano passado, os ministros escolheram três desembargadores e três integrantes do Ministério Público para disputarem as vagas abertas com as aposentadorias das ministras Laurita Vaz e Assusete Magalhães.

Para a lista dos magistrados federais, foram escolhidos Carlos Augusto Pires Brandão, do TRF-1; Daniele Maranhão Costa, também do TRF-1; e Marisa Ferreira dos Santos, do TRF-3.
Na lista dos integrantes do Ministério Público, foram eleitos Maria Marluce Caldas Bezerra, do Ministério Público de Alagoas; Sammy Barbosa Lopes, do Ministério Público do Acre; e Carlos Frederico Santos, do Ministério Público Federal.

Carlos Brandão é favorito na vaga da magistratura. Já na vaga da promotoria o que impede a definição é a disputa política em Alagoas. Renan Calheiros e Arthur Lira não se entendem sobre a eventual escolha da procuradora Maria Marluce Caldas, que é do estado.

Nessa indefinição, a vaga pode sobrar para o procurador de Justiça Sammy Barbosa, do Acre, apoiado pelo ministro Mauro Campbell, do STJ.

VEJA

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Ovos de Páscoa devem ficar 15% mais caros com alta mundial no preço do cacau

Foto: Alessandro Marques/Procon Natal

O aumento de 189% no preço do cacau no mercado internacional deve impactar o valor dos ovos de Páscoa em 2025. Segundo a Associação Cearense de Supermercados (Acesu), os produtos devem ficar, em média, 15% mais caros nos supermercados cearenses, tendência que deve se repetir em todo o país.

Para reduzir os impactos ao consumidor, supermercados adotam promoções e ajustes nas margens de lucro.

Já a indústria pode incluir mais recheios e coberturas nos ovos para diminuir o uso do cacau, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).

A alta do cacau resulta da restrição da oferta global e atingiu um pico de quase 300% em junho de 2024. No entanto, a Abia ressalta que parte desse aumento é absorvida pela indústria, que busca otimizar custos com investimentos em tecnologia.

Agora RN e Diário do Nordeste

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *