Educação

Metodologia canadense garante a crianças potiguares rápida adaptação em outros países

Alunos da Maple Bear Natal que vão estudar fora têm se destacado por conhecimento. Fotos: Divulgação

Se adaptar a uma nova realidade, com outro idioma e outro modo de viver, pode ser um grande desafio para adultos, que já possuem toda uma carga de formação. Agora, imagine para crianças? A adaptação pode ser um processo longo e complicado. No entanto, ter um bom conhecimento da língua inglesa, o acesso à cultura de outros países e uma prática escolar que segue metodologia internacional são atributos que podem alavancar esse processo. A Maple Bear Natal reúne exemplos de alunos que precisaram sair do Rio Grande do Norte para o exterior e tiveram um excelente desempenho, mostrando que a metodologia canadense da escola está de acordo com o que é aplicado nas principais instituições de ensino mundo afora.

A advogada Raquel Macedo se mudou para os Estados Unidos com a família há dois anos. As filhas Lara, de 13 anos, e Anita, de 6 anos, não tiveram dificuldades para se adaptar ao novo país. As crianças estudavam na Maple Bear Natal antes da mudança e tiveram o suporte educacional necessário, com um modelo de ensino bilíngue que proporcionou o desenvolvimento do raciocínio em duas línguas, além de oportunizar o contato com os costumes e a história de outros países. “A adaptação foi muito suave e sou muito grata por elas terem estudado na Maple Bear Natal. Não tenho dúvidas que facilitou muito. Tenho amigos brasileiros que os filhos estudaram em outras escolas e tiveram dificuldades”, assegurou.

Lara, a filha mais velha, foi aprovada para compor a turma de Inglês avançado na escola em que estuda nos EUA depois de passar apenas seis meses em um programa do governo americano para estrangeiros que oferece suporte para quem não tem o Inglês como primeira língua. O resultado foi considerado muito positivo já que, normalmente, o programa tem dois anos de duração. Anita, a caçula da família, adquiriu a fluência rapidamente e já compreendia o que o professor falava e conseguia se comunicar com as outras crianças, mesmo muito pequena.

“As meninas já raciocinavam em Inglês por causa da base que tiveram na Maple Bear Natal. Até os problemas de matemática em Inglês elas já sabiam compreender por que estudavam matemática no outro idioma. E não é apenas a questão do bilinguismo, é a visão de mundo também, de conhecer a cultura de outros países. Isso também fortalece a base das crianças e facilita na adaptação”, disse Raquel, lembrando que na Maple Bear, a metodologia é atualizada com o que é trabalhado nos países desenvolvidos.

Outro ponto em comum entre o ensino da Maple Bear Natal e das escolas americanas é que a avaliação é feita por conceitos representados em letras – A, B, C, D – em vez de notas em números. “As meninas já estavam acostumadas com esse formato”, comenta. Raquel destaca ainda a diversidade cultural que existe na Maple em Natal, que por ser bilingue, recebe alunos das mais diversas origens, inclusive estrangeiros. “Já ter essa convivência com crianças de origens culturais diversas também contribuiu”, assinala.

Escada para o futuro

Foto: Divulgação

Quem também não teve dificuldades para se adaptar a uma temporada de três meses na Inglaterra, em 2020, foram os filhos da médica geriatra Vanessa Giffoni. Renato, de 13 anos, e Maria, de 9, alunos da Maple Bear Natal. “Desde o primeiro dia de aula no Reino Unido, Renato não teve nenhuma dificuldade de comunicação ou de acompanhar os conteúdos. Recebeu até elogios do professor de Inglês. Maria também tirou de letra. Ela até ganhou um diploma de honra ao mérito da escola pelo esforço, pelos avanços e por se adaptar tão bem em tão pouco tempo”, relatou.

Vanessa não tem dúvidas de que o aprendizado na Maple Bear Natal foi fundamental para que a família pudesse passar essa temporada fora do país sem prejuízos para a educação dos filhos. “Essa experiência só confirmou o que eu já tinha certeza com relação ao ensino da Maple Bear Natal. Não só em relação ao idioma, mas a capacidade de adaptação às disciplinas, as discussões em sala de aula. Meu sonho é que meus filhos possam ser cidadãos do mundo e eu tenho certeza de que o ensino que eles tiveram e têm hoje vai ser a grande escada para o futuro deles”, concluiu.

Metodologia canadense

A Maple Bear Natal funciona há 12 anos na capital potiguar, oferecendo turmas de educação infantil, a partir de 1 ano de idade, até o ensino fundamental. A metodologia canadense de ensino estimula a observação, a resolução de problemas e a tomada de decisões. São atividades que contribuem para a formação de crianças independentes e com pensamento crítico.

Na educação infantil, o programa da escola oferece uma grade de ensino completa e abrangente em todos os sentidos. Dessa forma, a criança constrói autonomia e paixão pelo aprendizado. De 1 até os 4 anos de idade, 100% das aulas são ministradas em Inglês. Na última série da educação infantil, 25% do conteúdo é repassado em Português, com o início da alfabetização nas duas línguas.

Já no ensino fundamental, as crianças desenvolvem todas as competências de comunicação em Português e Inglês, incluindo compreensão, fala, leitura, escrita, visualização e representação. As aulas acontecem 50% em inglês e 50% em Português. Os conteúdos estudados em inglês incluem Língua Inglesa, Artes, Matemática e Ciências.

Opinião dos leitores

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Geral

Brasil tem mais sindicatos que cinco potências somadas e enfrenta crise de representatividade

Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O Brasil reúne mais de 17 mil sindicatos ativos, superando, sozinho, a soma de países como França, Argentina, México, Estados Unidos e Alemanha. Mesmo após o fim do imposto sindical obrigatório, o país manteve uma estrutura altamente fragmentada, com milhares de entidades de pouca representatividade e fraca capacidade de negociação.

Nos Estados Unidos, há cerca de 300 sindicatos; na Argentina, 3,5 mil; no México e no Canadá, 2 mil e 400, respectivamente. Já entre as principais economias europeias, os números são ainda menores: Reino Unido (128), França (100) e Alemanha (80). Nessas nações, as representações são unificadas e financeiramente independentes, o que garante mais força política e eficiência nas negociações.

A multiplicação de sindicatos no Brasil é apontada como uma das razões para a queda na taxa de sindicalização, que hoje está abaixo de 9%. O excesso de entidades, muitas vezes sobrepostas e sem estrutura, gerou um sistema caro, burocrático e de pouca influência nas relações de trabalho.

Especialistas defendem que a modernização do sindicalismo brasileiro passa por fusões, profissionalização e transparência. Com representações mais amplas e eficientes, o setor poderia recuperar legitimidade e voltar a ser um agente de equilíbrio e produtividade na economia.

Com informações do Faria Lima News

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Geral

Antes de possível encontro com Trump, Lula critica protecionismo e defende comércio sem dólar

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante visita oficial à Indonésia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender, nesta quinta-feira (23), a ideia de fortalecer o comércio internacional com uso de moedas locais, em vez do dólar. A fala ocorre às vésperas de um possível encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, previsto para acontecer na Malásia.

“Brasil e Indonésia não querem uma segunda Guerra Fria. Queremos comércio livre e justo. Precisamos discutir a comercialização em nossas próprias moedas. É hora de mudar essa dependência”, afirmou Lula em coletiva, ao lado do presidente indonésio Prabowo Subianto.

O petista criticou o protecionismo e ressaltou a importância do multilateralismo nas relações econômicas. Segundo ele, o século XXI “exige coragem para romper com modelos antigos e garantir uma democracia comercial baseada na cooperação e não na dominação”.

Na visita a Jacarta, os dois países assinaram acordos nas áreas de agricultura, energia, ciência e comércio. Lula também defendeu ampliar o fluxo comercial bilateral, hoje em cerca de US$ 6 bilhões. O encontro com Trump, previsto para domingo (26), deve abordar as tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros e buscar a reaproximação entre os dois governos.

Com informações do Metrópoles

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Política

Flávio Bolsonaro diz que Moraes segue tentando enfraquecer direita antes das eleições de 2026

Foto: Senado/STF/Governo Federal

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem atuado para dificultar a reorganização da direita com vistas às eleições de 2026. A declaração foi dada após Moraes proibir o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, de visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar.

“Moraes segue seu planejamento de atrapalhar a direita a se organizar para 2026. Quer interferir no processo eleitoral como fez em 2022. Mas dessa vez não vai conseguir”, disse o senador à CNN Brasil. Segundo Flávio, a restrição não impedirá que o partido avance nas articulações políticas para enfrentar o PT nas próximas eleições.

O ministro justificou a decisão com base nas condições impostas ao ex-presidente, que está proibido de manter contato com outros investigados. Valdemar voltou a ser alvo de investigação após o STF determinar a reabertura do inquérito que apura suposta participação em tentativa de golpe de Estado.

Lideranças do PL também criticaram a decisão. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da legenda na Câmara, classificou a medida como “mais uma interferência indevida que visa prejudicar a direita”. Nos bastidores, integrantes do partido avaliam que as recentes decisões de Moraes podem impactar a estratégia eleitoral da sigla para 2026.

Com informações da CNN Brasil

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Política

Líder do governo Lula diz que Planalto demorou, mas acerta ao exonerar aliados de deputados infiéis

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O líder do governo Lula (PT) na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o Palácio do Planalto agiu com atraso ao exonerar aliados de deputados que votaram contra a medida provisória que elevou impostos. Segundo ele, as demissões representam uma “assepsia” necessária para reorganizar a base aliada. “O governo decidiu, ainda que tarde — mas antes tarde do que nunca —, que não dá para um partido ter ministério A, B, C e não ajudar o governo”, disse o petista a Folha de S.Paulo.

Guimarães relatou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), concordou com a redistribuição de cargos e teria selado uma trégua com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante um jantar no domingo (19). O movimento busca pacificar a relação entre o Executivo e o Legislativo após semanas de atritos.

De acordo com o líder, a reorganização política deve garantir apoio para pautas consideradas prioritárias pelo governo até o fim do ano, como projetos fiscais e a votação do Orçamento de 2026. Ele também destacou que o diálogo entre os partidos é essencial para evitar novas derrotas no Congresso.

Após críticas públicas de Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao comportamento do Congresso, Guimarães defendeu um gesto de conciliação. “Agora é hora de estender a bandeira da paz e focar no que é fundamental para o país”, afirmou.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Geral

Cotado para o STF, Jorge Messias elogia Supremo e defende limites entre os Poderes

Foto: Reprodução

O advogado-geral da União, Jorge Messias, elogiou nesta quarta-feira (22) o Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu o respeito à separação entre os Poderes. Segundo ele, o Judiciário deve evitar interferências na execução de políticas públicas definidas pelo Executivo e pelo Congresso Nacional.

“É preciso respeitar os espaços do Legislativo e do Executivo nas formulações e execuções de políticas públicas. Me refiro às metas, planos e programas impostos pelo Judiciário, que, na minha opinião, devem ser traçados a partir das balizas desenhadas pelos outros poderes, e não pela originalidade da democracia judicial”, afirmou.

Messias é um dos nomes mais cotados para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso no STF. A expectativa nos bastidores é de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça a indicação, que precisará ser aprovada pelo Senado Federal.

Durante sua fala, o advogado-geral destacou o papel do Supremo na democracia brasileira. “O STF tem protagonismo histórico garantido pela Constituição, pela sofisticação das decisões e pela capacidade de adaptação aos desafios do Estado contemporâneo”, disse.

Essa foi a primeira manifestação pública de Messias desde a saída oficial de Barroso, no último sábado (18). Segundo apuração da CNN Brasil, o ministro tem evitado dar entrevistas ou declarações políticas para não parecer que está em campanha pela vaga.

A fala ocorreu durante uma mesa sobre constitucionalidade de ações estruturais, no XXVIII Congresso Internacional de Direito Constitucional promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

Com informações da CNN Brasil

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Geral

Prefeitura do Natal solta nota afirmando que vai ter parque e acusa o IDEMA de atrapalhar o desenvolvimento de Natal

Foto: Reprodução

A Prefeitura de Natal divulgou uma nota nesta quarta-feira (22) reafirmando que o projeto de criação de um parque na capital potiguar será levado adiante. O comunicado foi emitido após o Governo do Estado, por meio do Idema (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente), questionar a proposta municipal de implantação de um Parque Linear dentro da área do Parque das Dunas.

Na nota, o Município assegura que “Natal terá um parque” e que a definição da sua tipologia dependerá de estudos em andamento sobre flora, fauna e avaliação ambiental e legal da região. A gestão municipal também acusa o Idema de ter “postura radical” e “falta de compromisso com o diálogo e o desenvolvimento sustentável do RN”.

Segundo a Prefeitura, o instituto “despreza outros valores constitucionais como lazer, turismo, geração de renda e, sobretudo, a vontade da população”, que teria indicado, durante a revisão do Plano Diretor, a criação de um equipamento de lazer nas proximidades da Avenida Engenheiro Roberto Freire.

O texto destaca ainda que eventuais supressões vegetais seriam “compensadas em dobro” e cita como exemplo o caso do Shopping RioMar, em Recife, construído sobre parte de uma área de mangue. A administração municipal defende que a proposta segue a lógica de compensação ambiental prevista em lei e argumenta que “o mundo todo já trabalha com essa perspectiva”.

A nota também menciona que a própria legislação do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) “incentiva equipamentos como o que a Prefeitura de Natal pretende e irá implantar”, citando o Bosque dos Namorados e as trilhas do Parque das Dunas como exemplos de convivência entre lazer e preservação.

“A população deve ficar tranquila, pois a Cidade do Natal terá um parque equilibrado, onde irão conviver todos os valores constitucionais mencionados acima. Natal continuará avançando em sustentabilidade”, diz o comunicado.

Mais cedo, o Governo do Estado havia divulgado uma nota reconhecendo a importância de ampliar os espaços públicos urbanos, mas reforçando que qualquer intervenção dentro da área do Parque das Dunas precisa seguir normas legais e técnicas.

De acordo com análise técnica da Unidade de Gestão da Biodiversidade (UGBIO), cerca de 60% da área proposta pela Prefeitura está localizada em zona de preservação integral (ZP3), onde não são permitidas construções permanentes nem atividades com grande fluxo de visitantes.

Mesmo assim, o Idema ressaltou que o Plano de Manejo do parque prevê outra área — a Zona de Uso Intensivo (ZUI2) — com cerca de 16 hectares, apta a receber estruturas de lazer e cultura semelhantes às do Bosque dos Namorados.

O Governo também reforçou que o licenciamento ambiental de qualquer atividade dentro do Parque das Dunas é de competência exclusiva do Idema, e afirmou que seguirá buscando diálogo com a Prefeitura, o Exército e os Ministérios Públicos Estadual e Federal para garantir que “qualquer intervenção no Parque das Dunas seja legalmente adequada, ambientalmente sustentável e socialmente benéfica”.

O Parque das Dunas, criado em 1977 e reconhecido pela Unesco como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, é uma das principais áreas de preservação do Rio Grande do Norte e patrimônio natural da capital.

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Geral

Lula confirma candidatura à reeleição durante visita à Indonésia

Foto: Willy Kueniawan/Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que disputará um quarto mandato nas eleições de 2026. A declaração foi feita durante um discurso em Jacarta, na Indonésia, nesta quarta-feira (22), durante visita oficial de Estado em retribuição à viagem do presidente indonésio, Prabowo Subianto, ao Brasil em julho.

“Eu vou disputar um quarto mandato no Brasil. Então, estou lhe dizendo que ainda vamos nos encontrar muitas vezes. Esse meu mandato só termina em 2026, no final do ano. Mas estou preparado para disputar outras eleições”, afirmou Lula ao lado do líder indonésio.

O petista já havia sinalizado anteriormente que poderia concorrer novamente caso mantivesse boa saúde, embora, em 2022, tenha dito que não pensava em reeleição. À época, afirmou que pretendia apenas “governar o país por quatro anos e deixá-lo tinindo”, entregando o cargo a outro sucessor em 2026.

A confirmação da candidatura ocorre em meio à dificuldade do PT em encontrar novos nomes com força nacional para uma disputa presidencial. Lula está em viagem pela Ásia, onde, além da Indonésia, passará pela Malásia para participar da cúpula da Asean. Durante o giro, ele deve se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no domingo (26), para tratar de temas como tarifas comerciais, sanções a autoridades brasileiras e a situação política na Venezuela.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Política

Câmara dá carta branca ao STF e limita ação de partidos pequenos: quem não atingir cláusula de desempenho fica fora do jogo

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

 

A Câmara aprovou, nesta quarta-feira (22), regras que vão mexer com o STF e enviou o projeto ao Senado. A proposta regula julgamentos monocráticos e define prazos de até 12 meses para decisões de ações concentradas, como ADIs e ADPFs. Recurso do Partido Novo foi derrotado por 344 a 95.

O texto, do relator Alex Manente (Cidadania-SP) e baseado em anteprojeto da comissão de juristas de Gilmar Mendes, exige justificativa em plenário para decisões monocráticas e aumenta o quórum necessário para modulação de efeitos para 2/3 dos ministros.

A medida mais polêmica limita que apenas partidos que atinjam a cláusula de desempenho possam propor ações no STF. A regra, válida a partir de 2027, exige mínimo de 13 deputados em 1/3 dos estados ou 2,5% dos votos válidos em 1/3 das unidades da Federação. Para Talíria Petrone (Psol-RJ), a medida fere a Constituição, que garante a partidos representados no parlamento o direito de acionar a Corte.

Federações partidárias deverão atuar como uma só agremiação, mesmo que algum partido individualmente alcance a cláusula. Apenas confederações sindicais ou entidades de classe nacionais poderão propor ações de controle concentrado de constitucionalidade.

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Judiciário

Fachin autoriza Fux a mudar para a Segunda Turma do STF

Foto: Antonio Augusto/STF

O presidente do STF, Edson Fachin, autorizou que o ministro Luiz Fux troque a Primeira Turma pela Segunda. O pedido de Fux atende à vaga aberta pela aposentadoria de Luís Roberto Barroso, que, se permanecesse, assumiria posição no colegiado. A mudança de turma acontece logo após Fux votar pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro, do general Braga Netto e de sete integrantes do chamado núcleo de desinformação da trama golpista.

Com isso, a Primeira Turma agora terá apenas quatro ministros: Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino, enquanto a quinta vaga só será preenchida após nomeação de Lula para substituir Barroso.

A Segunda Turma passa a contar com André Mendonça, Nunes Marques, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, enquanto a Primeira continuará julgando recursos de Bolsonaro e dos demais núcleos de réus com quórum reduzido. Até agora, o STF condenou 15 réus na trama golpista, sendo oito do núcleo liderado por Bolsonaro e sete absolvidos ontem.

Réus à espera

Os próximos julgamentos já têm datas: núcleo 3 será analisado em 11 de novembro, núcleo 2 a partir de 9 de dezembro, e o núcleo 5, liderado pelo empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo, ainda não tem previsão. Figueiredo mora nos EUA e sequer apresentou defesa.

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Política

FACÇÕES NA MIRA: Governo federal cria lei que pune líderes com até 30 anos e rastreia cada membro

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O governo federal quer apertar o cerco contra o crime organizado. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, enviou nesta quarta-feira (22) ao presidente Lula e à Casa Civil o projeto Antifacção, que cria o novo tipo penal “organização criminosa qualificada”, com penas de até 30 anos de prisão para líderes e integrantes de facções.

O projeto institui um banco de dados nacional com informações detalhadas sobre criminosos, incluindo nome, pseudônimo, endereço e até DNA. A ideia é centralizar dados estratégicos para rastrear facções em todo o país. Lewandowski afirmou que o Estado precisa estar “mais organizado do que o crime”, cada vez mais sofisticado.

Entre as medidas previstas estão apreensão de bens e valores durante investigações, infiltração de policiais e colaboradores nas facções, criação de pessoas jurídicas fictícias para operações e monitoramento de encontros de presos ligados ao crime organizado.

A pena para organização criminosa simples sobe de 3–8 anos para 5–10 anos, e agravantes como aliciamento de crianças, domínio territorial, uso de armas restritas ou morte de agentes de segurança podem dobrar a punição.

Facções dominam

Lewandowski alerta que o domínio territorial das facções deixa comunidades vulneráveis, sem saneamento, escolas ou saúde. Para enfrentar o problema, o ministério planeja retomar territórios ocupados por criminosos, combinando ação policial e avanço de serviços públicos.

O endurecimento das penas, segundo ele, não é solução única, mas funciona como fator de dissuasão, especialmente para os membros de menor escalão das facções.

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