Política

‘Meu país merece mais respeito’, afirma FHC em resposta a artigo de Lula

Em artigo publicado no jornal inglês ‘Financial Times’, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso contesta que o Brasil estava sem direção quando Lula assumiu a Presidência e diz que o petista se faz de vítima

Em artigo publicado nesta terça-feira, 21, pelo jornal inglês Financial Times, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso rebate as afirmações feitas pelo seu sucessor na Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em texto divulgado semana passada no The New York Times, onde o petista condenado e preso pela Operação Lava Jato afirma que há um golpe de direita em andamento no Brasil para que ele não concorra às eleições deste ano. FHC afirma que Lula retrata o País como uma “democracia em ruínas”, na qual a lei foi usada de maneira arbitrária para minar o petista e seu partido, o que não é verdade. “Meu país merece mais respeito”, cobrou o ex-presidente tucano.

No artigo, ex-presidente FHC criticou a maneira como Lula tem se defendido Foto: Financial Times/Divulgação

No artigo, FHC afirma que a visão sobre o Brasil do seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, é uma “ficção danosa”. “Meu sucessor como Presidente falsamente se apresenta como vítima de uma conspiração da ‘elite'”, acusou, acrescentando que o retrato pintado pelo petista de que o País conta com uma democracia em ruínas, na qual o Estado de Direito deu lugar a medidas arbitrárias destinadas a enfraquecê-lo e a seu partido, não é verdade.

Em seguida, FHC diz que a visão de Lula “é uma versão peculiar das últimas décadas da história do Brasil, na qual ele, às vezes, aparece como o salvador do povo e, às vezes, como vítima de uma conspiração de “elite”. O ex-presidente escreve ainda que o caso de Lula não é isolado e que, no Brasil, há políticos de todos os partidos na prisão e salienta que a Operação Lava Jato descobriu um esquema de desvio de bilhões de dólares para o Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula. “O Brasil está passando por um doloroso, mas necessário processo de reaplicação da sua vida pública, e as ações do Ministério Público Federal e do Poder Judiciário fazem parte disso. Nem sempre me sinto à vontade com a extensão das penas impostas ou com a expansão da prisão preventiva, na qual o acusado é preso antes mesmo de seu primeiro julgamento em um tribunal inferior. É uma grave distorção da realidade, no entanto, dizer que há uma campanha direcionada no Brasil para perseguir indivíduos específicos. Meu País merece mais respeito.”

Em outro trecho, Fernando Henrique também responde à declaração de Lula sobre a situação brasileira em 2003. “Também não é verdade, como Lula afirma, que o Brasil não tinha direção antes de ele assumir a Presidência, em 2003. É preciso lembrar que a estabilização depois de anos de hiperinflação começou com o Plano Real, lançado pelo ex-presidente Itamar Franco, e continuou no meu governo. Esse também foi um período marcado pelo estabelecimento de programas de bem-estar social que Lula posteriormente iria expandir”, ressalta o tucano.

“O impeachment e a destituição da Presidente Dilma Rousseff em 2016 não foram, ao contrário do que Lula afirma, um golpe de Estado. Foi o resultado, entre outras coisas, da violação do seu governo à lei de responsabilidade fiscal do Brasil no período que antecedeu a eleição de 2014”, defendeu.

Para Fernando Henrique Cardoso, o processo de impeachment seguiu todos os trâmites constitucionais sob a supervisão da Suprema Corte brasileira, na qual a maioria dos juízes foi nomeada por Lula e Dilma. “Minha crítica não é motivada pelo antagonismo pessoal. Lula e eu lutamos juntos contra o regime autoritário que governou o Brasil entre 1964 e 1985. Quando, depois, concorremos um contra o outro em eleições democráticas, mantive uma relação construtiva com ele”, relatou.”Lamento que o ex-presidente enfrente acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. Mas o fato é que os processos judiciais em que ele esteve envolvido seguiram o devido processo e foram conduzidos de acordo com a Constituição e o estado de direito”, acrescentou.

O caso de Lula não é isolado, segundo o artigo. O autor lembrou que há políticos de todos os partidos na prisão, inclusive membros do PSDB, ao qual é ligado. Ele também citou que a inelegibilidade de Lula para concorrer à Presidência nas próximas eleições é a consequência de uma iniciativa popular que recebeu mais de 1 milhão de assinaturas, foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo próprio ex-Presidente em 2010. FHC ressaltou que a iniciativa foi uma resposta ao escândalo Mensalão, descoberto em 2005, mas que não impediu que outro, ainda maior, fosse perpetrado em algumas das maiores estatais, particularmente a Petrobras.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. FHC não é flor que se cheire. Mas, ele fez o certo ao desmentir o maior ladrão e mentiroso que a política brasileira produziu, Lula. Lula pensa que todo mundo acredita nele, só quem acredita são os psicopatas lulistas, como ele.

  2. É tudo encenação!! Só para mostrarem que estão em lados opostos.
    É igual aos Alves x Mais aqui no RN, aqui no final eles se entendem e povão ficam a ver navios.
    Tudo farinha do mesmo saco.

  3. PT e PSDB são dois lados da mesma moeda. Ambos são esquerda e simulam serem antagônicos, na chamada "teoria das tesouras". O PSDB é o PT de paletó e com mais estudo, mais competência, mais vontade de trabalhar. É o PT que "toma banho". Os dois são corresponsáveis pela situação caótica em que nos encontramos. Já vimos que esse caminho (de esquerda) não funcionou em país nenhum do mundo. O que falta para tomarmos a direção certa, aquela que levou o mundo desenvolvido e civilizado a prosperar?

    1. Kkkkkk
      Outro poeta. Pense uma figura. Estou imaginando o q acontecerá com essa figura quando o PT vencer a eleição pra presidente e governador do RN.
      Vai faltar tranquilizante no mercado. Kkkkk
      Será q há tb antihipocresite nas farmácias?

  4. Olhe aí, farinhas do mesmo saco entrando em confronto. O velho FHC falou muito bem quando disse que o ex presidente populista bolivariano afirmou que: "ele monta uma ficção danosa. Meu sucessor como Presidente falsamente se apresenta como vítima de uma conspiração da ‘elite'".
    O PT tentou tomar a legislação e substituir pelos "conselhos comunitários", coisa adotada em DITADURAS para rasgar toda lei existente e se submeter a vontade totalitária do partido.
    FHC conseguiu acertar de novo ao dizer que “O Brasil está passando por um doloroso, mas necessário processo de reaplicação da sua vida pública, e as ações do Ministério Público Federal e do Poder Judiciário fazem parte disso" e se baseiam em lei vigente, não em vontades pessoais.
    Mas os petistas não aceitam as leis, eles não respeitam a constituição, são manipuladores e doutrinados a seguir a ordem do líder e nada mais.

  5. Esse lesa-patria e representante dos bancos, FHC, calado é um poeta. Apoiou o golpe, apoiou a sustentação e o programa do golpista mor, Temer.

  6. Brasil tá no que devido esses 2 pilantras, o lula foi desmascarado já esse outro não foi mas, roubou o dinheiro da nação pra votar a sua reeleição, outro escândalo foi bilhões desperdiçado foi o do "banestado", teve bem mais, no entanto tinha abafadores dentro do poder judiciário e, arquivaram todos eles, era valores iguais ou maiores que os 100 bilhões de reais de desvio calculados até agora so pela lava jato. São uns ratos!!!

  7. É difícil entender a cabeça desses defensores do poder pelo poder. Ué! Semana passada defendia alianças entre PT e PSDB, como é que agora tá dizendo isso? Vá entender.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Glenn Greenwald relembra reportagem em que assessor de Moraes fala em ‘pegar o Eduardo Bolsonaro’

Foto:reprodução

O jornalista Glenn Greenwald compartilhou link de reportagem que escreveu em agosto do ano passado na qual expõe uma conversa de assessores do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), agora licenciado.

Na reportagem, escrita em parceria com Fabio Serapião e publicada no jornal Folha de S.Paulo, consta que o juiz auxiliar de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Antônio Vargas, afirmou ao então assessor de Moraes no TSE, Eduardo Tagliaferro, que a intenção do ministro era “pegar o Eduardo Bolsonaro”.

O assessor também chamou o filho de Bolsonaro de “bandido”.

A reportagem voltou a ser mencionada depois que Eduardo Bolsonaro decidiu ficar nos Estados Unidos e se licenciar do cargo de deputado. Havia contra ele um pedido de deputados do PT de apreensão de passaporte e de investigação pelas denúncias que o parlamentar fez sobre supressão de garantias legais e constitucionais no Brasil contra a direita.

Horas depois do anúncio de que Eduardo não voltaria ao Brasil e pediria asilo aos EUA, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer contrário à apreensão do passaporte, e Moraes arquivou o pedido do PT.

“Esta é a reportagem que fizemos na Folha mostrando que os principais assessores de Moraes teriam discutido como o ministro do STF queria pegar Eduardo Bolsonaro”, escreveu Greenwald ao compartilhar o link e um print de parte do texto.

O conjunto de mensagens transcrito pela Folha mostra que Moraes teria pedido aos assessores para associar Eduardo ao argentino Fernando Cerimedo, acusado de disseminar desinformação sobre fraudes nas eleições.

O pedido foi repassado pelo juiz auxiliar Marco Antônio Vargas a Tagliaferro. Cerimedo foi investigado por afirmar que cinco modelos de urnas em que Luiz Inácio Lula da Silva recebeu mais votos não passaram por testes de segurança.

Em 4 de novembro, o juiz auxiliar de Moraes escreveu a Tagliaferro: “Ele quer pegar o Eduardo Bolsonaro. A ligação do gringo com o Eduardo Bolsonaro.” O assessor, por sua vez, respondeu: “Será que tem?”

Em conversas posteriores, Tagliaferro mencionou um vídeo de Eduardo Bolsonaro com a bandeira do jornal que promoveu as teorias de Cerimedo, afirmando que isso poderia estabelecer uma ligação.

“Tem um vídeo do Eduardo Bolsonaro com a bandeira do jornal que fez a live de ontem, conseguimos aí relacionar ele aquilo”, escreveu Tagliaferro. ” Que beleza”, respondeu o juiz auxiliar de Moraes.

Revista Oeste 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Mulher queima o pênis do marido com acetona ao suspeitar de traição

Foto:reprodução

Uma mulher é suspeita de queimar o pênis do marido e de atacá-lo com um facão após desconfiar de que foi traída. O crime foi cometido na tarde dessa terça-feira (18/3), em Boa Esperança do Sul, interior de São Paulo.

De acordo com a Polícia Militar de São Paulo (PMSP), a mulher chegou à própria casa mais cedo e flagrou o marido nu. Ao verificar o celular dele, a mulher encontrou mensagens comprometedoras enviadas para a irmã dela, além de fotos da outra mulher nua.

Tomada pela fúria, ela pegou acetona, jogou sobre o órgão genital do marido e ateou fogo.

O caso é investigado pela Polícia Civil de São Paulo.

METRÓPOLES 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Lojista é esfaqueado dentro do próprio comércio e morre

Foto: reprodução

O lojista Christian Noronha Lopes dos Santos, de 42 anos, morreu na tarde desta quinta-feira (20), no Hospital Wilson Rosado, em Mossoró. Ele foi esfaqueado em sua loja de material esportivo, localizada na Rua Meira e Sa, no centro da cidade.

O autor do crime, segundo versão inicialmente divulgada, é um morador de rua, conhecido por “Pernalonga.” A Polícia Militar foi muito diligente e prendeu o suspeito.

Christian Noronha teria o abordado por estar desarrumando peças da loja e, revoltado, o agressor o feriu mortalmente. Campanha para doação de sangue ainda foi desencadeada, mas o lojista acabou falecendo.

Christian deixa mulher e três filhos (um ainda bebê).

Blog Carlos Santos 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Após declaração de Lewandowski, entidades que representam policiais afirmam que ministro da Justiça é “desconhecedor da realidade institucional das forças policiais”

Após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski afirmar que a a Justiça é ‘obrigada a soltar’ porque a ‘polícia prende mal’, entidades que representam policiais e delegados no país fizeram um manifesto contrário à declaração do ministro.

As entidades classificaram as falas de Lewandowski como ‘desprovidas de embasamento’. No manifesto, as entidades afirmam que “o Brasil tem um Ministro da Justiça e Segurança Pública absolutamente alheio e desconhecedor da realidade institucional das forças policiais, desqualificado para o tema de segurança pública, totalmente indiferente às prioridades de enfrentamento à criminalidade e tragicamente incapaz de compreender a dinâmica do trabalho das instituições policiais brasileiras”.

Leia a íntegra abaixo:

Para a perplexidade e repúdio da imensa maioria da sociedade brasileira, das instituições policiais e de centenas de milhares de seus integrantes que diuturnamente laboram em prol do interesse público e da defesa social diante de uma criminalidade com indicadores alarmantes decorrentes de múltiplas causas, deparamo-nos em contexto tão lamentável com uma absurda declaração do Sr. Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que desta vez categoricamente afirma que:
“a polícia prende mal” e por tal pretexto o “Judiciário solta”.

Além de desprovidas de embasamento e mínima capacidade empírica, tais declarações apenas constatam que, de forma inaudita, o Brasil tem um Ministro da Justiça e Segurança Pública absolutamente alheio e desconhecedor da realidade institucional das forças policiais, desqualificado para o tema de segurança pública, totalmente indiferente às prioridades de enfrentamento à criminalidade e tragicamente incapaz de compreender a dinâmica do trabalho das instituições policiais brasileiras.

Indiferente aos alertas inúmeros de descontinuidade de vários programas implementados no próprio Ministério da Justiça e Segurança Pública (como o próprio Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas) e de descompasso com o ordenamento jurídico vinculado à segurança pública no Brasil (como a própria Lei nº 13.675/2018, que instituiu o Sistema Único de Segurança Pública), o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP se pautam por narrativas enviesadas, declarações equivocadas, sem fundamento técnico e científico e implementação de medidas políticas de impacto midiático que só prejudicam a motivação e legitimidade das instituições policiais.

As declarações estereotipadas do Ministro Ricardo Lewandowski revelam a total inação e falência da política nacional de segurança pública do Governo, que desconsidera vários (bons) programas da gestão anterior e alavanca uma constante polarização política e tensões com as instituições policiais do Brasil.

Ademais, ofendem indelevelmente a honra dos policiais deste país.

Para apenas exemplificar o nível de inverdade da manifestação do Sr. Ministro da Justiça e Segurança Pública em relação às alegadas “falhas” de prisões por parte dos policiais no Brasil como justificativa para a “soltura” de criminosos e infratores, devemos recordar que foi justamente o Sr. Ministro Ricardo Lewandowski quem advogou explicitamente a implementação das audiências de custódia sem normatização infraconstitucional e promoveu teses além do garantismo penal para legitimar liberações de criminosos.
Destacamos que o Sr. Ministro da Justiça, há mais de 1 ano no cargo, não utilizou a sua experiência como jurista da mais alta corte do País quando analisou os recursos advindos de condenações em primeiro, segundo e terceiro grau, em que revogou diversas condenações penais por ter observado inúmeras falhas (segundo a sua tese e convencimento) não somente das polícias, mas também do Ministério Público e do juiz nos processos criminais que levaram à condenação de criminosos, podendo, pois, prestar um melhor serviço para a Nação ao defender projetos de lei e programas para aperfeiçoar as prisões, as denúncias e as sentenças em tramitação no Congresso Nacional e apoiados pelas entidades subscritoras.

Convidamos inclusive o Sr. Ministro Lewandowski, natural do Estado de São Paulo, antes que venha a deixar o cargo, a fazer uma pedagógica visita ao mausoléu dos policiais mortos em serviço naquele Estado ou que compareça a enterros de policiais quase que diariamente mortos em decorrência do cargo, para refletir um pouco mais antes de fazer declarações infelizes que ofendem a honra e a história das instituições policiais e de seus integrantes que garantem a paz social e a governabilidade do país.

Ademais, novamente reiteramos à sociedade brasileira e à classe política que a intitulada “PEC da Segurança Pública” tão defendida pelo Sr. Ministro da Justiça e Segurança Pública como “a marca de sua gestão”, não tem qualquer apoio das entidades representativas das categorias policiais que subscrevem este manifesto, por ser redundante, inepta e criar mais problemas institucionais, além de desviar a atenção dos reais problemas da segurança pública no Brasil – notadamente decorrentes da inação do Estado brasileiro em cumprir a própria legislação em vigor e efetivar políticas públicas transversais.

Que a sociedade brasileira se levante democraticamente contra tamanha crise institucional e política que vivenciamos na segurança pública do Brasil.

Brasília, 20 de março de 2025.

FENEME – Federação Nacional das Entidades Militares Estaduais

ANERMB – Associação Nacional das Entidades Representativas dos Militares Brasileiros

ADEPOL DO BRASIL – Associação dos Delegados de Polícia do Brasil

FENADEPOL – Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal

FENDEPOL – Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil

AMEBRASIL – Associação Nacional dos Militares Estaduais

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Médicos da UTI do Walfredo Gurgel ameaçam paralisar atividades após seis meses de salário atrasado

Foto: MPRN

Médicos que trabalham na UTI do Hospital Walfredo Gurgel, maior hospital de traumas do Estado, ameaçam paralisar os atendimentos. A categoria reclama que está com seis meses de salário atrasado. Em assembleia no Sindicato dos Médicos (Sinmed-RN), os profissionais decidiram que vão interromper a prestação do serviço caso o repasse não seja regularizado até 25 de março (terça-feira).

De acordo com a categoria, contratada através da empresa de Serviço de Assistência Médica e Ambulatorial (Sama), os repasses financeiros não são feitos pelo Estado desde o mês de outubro de 2024.

Diante do descumprimento do acordo, os médicos decidiram em assembleia apresentar um prazo para pagamento dos meses de outubro e novembro de 2024 até o dia 25 de março, às 16h. Caso o pagamento dos dois meses não seja efetuado, uma nova assembleia da categoria será realizada no mesmo dia para decidir sobre a possibilidade de uma paralisação a partir do dia 26 de março.

O presidente do Sinmed-RN, Geraldo Ferreira, lembra que existe um acordo pré-processual feito em audiência de conciliação, realizada pela Justiça Federal, com a participação do sindicato, do Conselho Regional de Medicina (Cremern), da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) e da Sama. O acordo prevê que os atrasos salariais não podem ultrapassar três meses.

Além das UTIs do Walfredo Gurgel, os hospitais da Polícia, Santa Catarina, Giselda Trigueiro e Deoclécio Marques (todos em Natal, sendo apenas o último localizado em Parnamirim) também podem ter os atendimentos paralisados, totalizando 9 UTIs, caso o repasse financeiro do Estado não seja efetuado até o dia 25.

O que diz a Sesap

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) disse que “mantém negociações” com a empresa prestadora de serviço médico e busca efetuar o pagamento até a próxima terça-feira (25), evitando assim a paralisação. “A gestão está adotando todas as medidas cabíveis e urgentes para garantir a continuidade dos serviços essenciais”, diz a nota.

A Secretaria enfatiza que “segue enfrentando dificuldades financeiras decorrentes da queda significativa na arrecadação do ICMS em 2024”, proveniente das leis federais 192 e 194, de 2022, que reduziram a cobrança do imposto dos estados sobre combustíveis, telecomunicações e energia elétrica.

“O efeito do reajuste da alíquota do ICMS, aprovado para 2025, só acontecerá a partir de abril, quando a gestão estadual iniciará gradativamente o reequilíbrio das contas”, afirmou a pasta.

98 FM Natal

Opinião dos leitores

  1. Quero ver um empresário atrasar 6 meses o ICMS e continuar funcionando. O governo é bom cobrador e péssimo pagador.

    1. isto tem sido comum para todos os fornecedores do estado em todas as secretarias.
      A única coisa em dia até o presente momento é o salário dos servidores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Ministério da Justiça divulga nota para tentar explicar fala polêmica de Lewandowski sobre polícia ‘prender mal’

Foto: Wilton Junior/Estadão

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou nota para tentar explicar uma declaração considerada polêmica feita pelo ministro Ricardo Lewandowski na quarta-feira, 19. Ele afirmou que o Judiciário é obrigado a soltar detentos que tiveram suas prisões conduzidas de forma errada pela polícia, e que “a polícia tem que prender melhor”.

“É um jargão que foi adotado pela população, que a polícia prende e o Judiciário solta. Eu vou dizer o seguinte: a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar”, afirmou Lewandowski durante abertura da reunião do Conselho Deliberativo da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), em Brasília.

A declaração repercutiu mal entre associações policiais e a oposição ao governo Lula, e a pasta agiu para suavizar a fala. Em nota, o MJSP informou que “a manifestação ocorreu em um contexto da falta de integração das informações das polícias e as audiências de custódia”.

“Nesse cenário, ele falou que, hoje, há uma dificuldade de troca de informações entre as forças de segurança do país e o Poder Judiciário, o que se pretende solucionar a partir da PEC da Segurança Pública –cujo um dos objetivos é o de padronizar e uniformizar os dados produzidos pelas autoridades policiais em todo o Brasil, qualificando as ações de segurança pública”, diz a nota.

“Na resposta do ministro, foi citado que, em muitos casos, o detido é apresentado ao juiz na audiência de custódia, mas, por falta de padronização e de compartilhamento no registro de informações, o magistrado não tem acesso a dados importantes, como, por exemplo, os antecedentes do suspeito”.

“Vale destacar que o ministro iniciou sua manifestação sobre o assunto exaltando a necessidade de valorizar as polícias, inclusive com melhores salários, e de equipar melhor as forças policiais para, entre outros pontos, qualificar todo o processo probatório e robustecer os processos judiciais”, finaliza.

Deputados federais, especialmente da bancada da bala — formada por políticos ligados às forças policiais — articulam a convocação de Ricardo Lewandowski na Câmara dos Deputados.

O deputado federal Delegado Palumbo (PL-SP), integrante da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, criticou a fala de Lewandowski e afirmou que há articulações na Casa para colher assinaturas com o objetivo de convocar o ministro a prestar esclarecimentos sobre o tema perante os parlamentares.

Delegados de Polícia Federal se disseram “indignados” com as declarações do ministro. Em nota divulgada nesta quinta-feira, 20, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), maior entidade da classe, disse que “críticas públicas não respaldadas em evidências e dados concretos enfraquecem o esforço conjunto de enfrentamento à criminalidade”.

“Só é possível falar em prisão ‘mal realizada’ quando se detecta alguma ilegalidade e certamente essa não é a realidade diuturna das audiências de custódia realizadas no Brasil”, diz a manifestação dos delegados.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Concordo com o MINISTRO, A POLICIA TRABALHA MAL, E ESTUPIDA, MAL EDUCADA, VIOLENTA, ESCRUPULOSA E AINDA USA DO TERMO ABUSO DE AUTORIDADE, QUANDO NA VERDADE,NAO PASSAM DE FUNCIONÁRIOS PAGOS PELA POPULAÇÃO.
    MUITOS NUNCA FORAM A UMA UNIVERSIDADE.
    PARABÉNS MINISTRO, A VERDADE DOI A QUEM NAO SABE TRABALHAR

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

OAB diz que tratará com imparcialidade reclamação da defesa de Bolsonaro e Braga Netto contra Moraes


Beto Simonetti, presidente da OAB  Foto: RAUL SPINASSÉ/NOVO SELO COMUNICAÇÃO

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou nesta quinta-feira, 20, que tratará com “seriedade e imparcialidade” a representação feita à entidade pelas defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do general Walter Braga Netto e do coronel Marcelo Câmara contra supostas “ilegalidades” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme antecipou a Coluna do Estadão, os advogados dos bolsonaristas alegaram “violação das prerrogativas” no processo que tramita no STF.

Todos os pedidos relacionados a eventuais violações do livre exercício profissional são tratados com a seriedade e a imparcialidade que sempre pautaram a atuação da entidade, sem distinção de parte ou contexto. Portanto, como de praxe, a Ordem dará ao pedido o devido processamento ordinário, com a análise técnica e objetiva dos fatos apresentados”, disse a entidade. O documento apresentado pelas defesas, endereçado ao presidente da OAB, Beto Simonetti, começou a tramitar nesta quinta-feira, 20.

Os advogados pediram que a OAB faça uma intervenção “urgente” e “tome as providências que entender cabíveis e necessárias para garantir que as prerrogativas profissionais dos advogados postulantes sejam restabelecidas e garantidas”. “Os advogados postulantes se encontram de mãos atadas frente às diversas negativas de pleitos que são necessários ao exercício de sua profissão”.

“Uma manifestação cirúrgica, pontual, assertiva do Conselho Federal da OAB irá abraçar essa tese nossa do cerceamento de defesa. Eu acho que é fundamental. Quando você viola a prerrogativa de um advogado, na verdade, você está violando o direito da sociedade civil. Porque alguém outorgou um mandato para um advogado para que ele possa exercer a sua atividade na plenitude. E infelizmente, isso não vem ocorrendo nesta ação penal [no STF]”, disse o advogado.

Coluna do Estadão

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Lewandowski diz que polícia ‘prende mal’ e o Judiciário é ‘obrigado a soltar’

Foto: Robson Alves/MJSP

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski disse que a polícia executa prisões de forma equivocada e, por isso, o Judiciário é obrigado a soltar os presos.

“É um jargão que foi adotado pela população, que a polícia prende e o Judiciário solta. Eu vou dizer o seguinte: a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar”, afirmou o ministro, nesta quarta-feira (19).

Lewandowski rebateu críticas sobre o papel do poder Judiciário em uma palestra sobre o impacto da PEC da Segurança Pública nos setores de comércio e serviços.

O chefe da Justiça, que foi ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) entre 2006 e 2023, disse que a instituição policial, às vezes, prende sem provas e dados concretos. Segundo Lewandowski, se as prisões fossem de forma técnica, apresentando dados e indícios probatórios para o juiz, dificilmente os infratores seriam soltos.

“É claro que nós temos que aperfeiçoar isso, nenhum juiz soltará um criminoso. Ele não está lá para soltar, ele está lá para fazer justiça. […] A polícia tem que prender melhor”, finalizou.

Em nota, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) repudiou a fala do ministro Lewandowski.

“Só é possível falar em prisão ‘mal realizada’ quando se detecta alguma ilegalidade e certamente essa não é a realidade diuturna das audiências de custódia realizadas no Brasil”, afirmou a associação.

A nota traz ainda que a qualidade da prova produzida pelas Polícias Judiciárias “não pode ser medida pelo número de liberdades provisórias concedidas em audiências de custódia”.

A ADPF ainda cobra o Ministério da Justiça e afirma que a pasta deveria “estar atuando para valorização da polícia judiciária e dos Delegados de Polícia” e focar “no que realmente importa”.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Esse é um mentiroso contumaz, defensor da bandidagem, nada do que esse cara faz beneficia a população do bem.

  2. Agora pronto. Esse tipo de comentário só faz incintar mais violência. Como é que pode. Esse povo tá doido.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Restaurante culpa Bolsa Família e cervejinha por falta de funcionários

Foto: reprodução/redes sociais

Uma unidade do restaurante Freshouse, localizada no Shopping Market Place, na zona sul de São Paulo, justificou a falta de funcionários pelo “pessoal do Bolsa Família e da cervejinha não querer trabalhar”, após reclamações de clientes por atrasos do serviço. Com um comunicado colado no balcão de atendimento, o estabelecimento pediu paciência aos consumidores.

No papel, o Freshouse pede paciência aos clientes e admite a falta de profissionais. Fotos do aviso foram compartilhadas por consumidores e viralizaram nas redes sociais.

“Srs. clientes, por favor, tenham paciência, o pessoal do bolsa família e da cervejinha não quer trabalhar, estamos com muita falta de funcionários. Obrigado”, dizia o alerta.

Além do Shopping Market Place, a franquia, focada em opções de comidas frescas e nutritivas, também possui lojas no Mercado Municipal de Pinheiros, em Perdizes e no Shopping SP Market, todos na capital.

Em resposta às críticas, o restaurante publicou uma nota nas redes sociais alegando que a comunicação foi feita sem a autorização da diretoria. Na publicação, a marca afirma ainda que a mensagem não reflete os valores da Freshouse.

“Reconhecemos que uma notificação foi colocada indevidamente em nossa unidade do Shopping Market Place, contendo uma mensagem inapropriada e que não reflete os valores da Freshouse. Essa comunicação foi feita sem a autorização da diretoria e, infelizmente, transmitiu uma mensagem equivocada sobre a situação”, diz o texto.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Já um supermercado local quando abriu vagas em fevereiro, lotou o estacionamento de gente. Ganhar 1500 em Natal ou 2000 em SP?

  2. No Brasil do PT daqui a pouco ninguém quer trabalhar. Anotem, daqui 4 anos estaremos IMPORTANDO MÃO DE OBRA.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Projeto Toca Brasil realiza edição especial LUMNA com grandes nomes da música eletrônica em Natal

Natal recebe no dia 29 de março a edição especial LUMNA, parte do projeto cultural Toca Brasil, que promove a música brasileira e valoriza a cena artística local. O evento, que acontece na capital potiguar, reúne grandes nomes da música eletrônica nacional e talentos do Rio Grande do Norte, proporcionando um encontro inédito entre diferentes vertentes do gênero.

A programação conta com a presença de Mojjo, DJ e produtor musical que acumula mais de 100 milhões de streams e colaborações com Alok, KVSH e Vintage Culture, além de participações em festivais de renome como o Ultra Music Festival e o Green Valley. Outra atração confirmada é Jessica Brankka, DJ que alia música, moda e lifestyle, com passagens por eventos icônicos como Tomorrowland, Hï Ibiza e Burning Man.

O line-up também destaca talentos locais, como TMF, nome artístico de Talles Miranda, conhecido por suas performances energéticas e remixes criativos, incluindo uma versão da faixa Lotus 72D, inspirada no piloto Emerson Fittipaldi. Felipe BZ, outro representante potiguar, também se apresenta no evento, trazendo sua versatilidade e experiência em festivais como o Pré-Réveillon da Pipa e o festival Natal em Natal.

O Toca Brasil se consolidou como uma plataforma de incentivo à música e à economia criativa, promovendo a interação entre artistas nacionais e locais em eventos que celebram a diversidade musical. A edição LUMNA reforça esse compromisso ao abrir espaço para a música eletrônica dentro do projeto, ampliando o alcance da cena EDM no estado.

O evento será no D´Praia, em Ponta Negra e terá Lounge Open Bar. Os ingressos estão à venda no site e app Bilheteria Digital https://www.bilheteriadigital.com/lumna-29-de-marco ou sem taxa pelo WhatsApp 84 99698-0903

O evento é uma realização da FF Entretenimento, com produção cultural da Viva Entretenimento, e conta com incentivos via Lei Djalma Maranhão da Unimed Natal, Hotel Moriah, Nissauto e Espacial Veículos e via Lei Câmara Cascudo, Secretaria de Cultura do Rio Grande do Norte e Fundação José Augusto, da CDA Distribuidora e Supermercados Nordestão.

Mais informações: @festalumna.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *