Foto: Erbs Jr./Estadão Conteúdo
Um dos únicos entre os 25 condenados no processo do mensalão que ainda não foi preso, o ex-deputado Roberto Jefferson, delator do esquema de corrupção, publicou nesta quinta-feira (20), em seu blog, um comentário comparando as posturas de PT e PSDB no trato com seus políticos envolvidos em escândalos.
Para ele, enquanto os petistas “não se importam em perder capital político para defender os seus”, os tucanos não se preocuparam em defender o ex-deputado Eduardo Azeredo, que renunciou ao mandato na última quarta-feira (19) por conta de seu envolvimento no mensalão tucano.
Jefferson disse que a renúncia impediu que o PSDB “ficasse sangrando em praça pública”, ainda mais em ano eleitoral. Em contrapartida, o comportamento da sigla com Azeredo teria sido decepcionante.
“Mas, como diz o ditado popular, mineiro não é solidário nem no câncer”, escreveu ele.
Jefferson aguarda avaliação de seu pedido de prisão domiciliar. Ele se curou recentemente de um câncer e sua defesa alega que os presídios não possuem condições adequadas para que ele siga com seu tratamento e com a dieta específica que lhe foi recomendada pelos médicos.
Leia a seguir a íntegra do comentário escrito por Jefferson:
“Prestes a ser julgado pelo STF no caso do mensalão mineiro, que envolveria o uso de recursos públicos em campanha eleitoral, o deputado Eduardo Azeredo renunciou ontem ao mandato parlamentar. Acuado, pediu pra sair, abdicando do uso do mandato como escudo pra se defender das acusações, como alguns teimaram em fazer, constrangendo os colegas, a instituição e ministros do Supremo. Pressionado ou não, com a renúncia Azeredo impediu que seu partido, o PSDB, ficasse sangrando em praça pública. Neste ponto, os tucanos se diferenciam dos petistas, que não se importam em perder capital político pra defender os seus. Mas como diz o ditado popular, mineiro não é solidário nem no câncer. Tá explicado”.
R7
Com a permissão deste estimado editor do blog, meu caro Anônimo, fiz questão de postar logo no início da notícia recente, para que o mundo tomasse conhecimento do seu prestimoso talento. Agora alguém já lhe conhece, porque sempre lê Paulo Kasinsk. E mais, venerado imortal e meu leitor de carteirinha, sabia que você ia me ler, iria atrás de uma resposta minha, para saber se eu tomei conta da sua existência. Contente-se com a cota que já lhe dispensei; continue admirando o estilo e a elegância desse humilde e sempre humilde escrevinhador. Devo confessar que não é proposital, infelizmente essa elegância é congênita. Faça como a bebida, aprecie com moderação. Beba as palavras e o estilo, a cor e a textura, as linhas e as entrelinhas; você sempre sairá uma pessoa melhor.