O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, a prestar depoimento em até 24 horas por uso do X durante a proibição da plataforma no Brasil.
Segundo a decisão, há indícios de abuso de poder econômico e de uso indevido dos meios de comunicação, “sendo grave a afronta à legitimidade e normalidade do pleito eleitoral, podendo acarretar a cassação do registro ou do diploma e inelegibilidade”.
Na decisão, o ministro explica que determinou à Polícia Federal o monitoramento de casos extremados do uso do X para que, identificado o usuário, ele fosse notificado da decisão do STF de suspensão da plataforma. A rede social X está suspensa no Brasil desde o dia 30 de agosto.
Segundo ofício da PF encaminhado ao ministro, o perfil de Pablo Marçal fez diversas postagens desde o dia 2 de outubro – dentre elas, a que mostra laudo falso contra Guilherme Boulos (PSOL).
“Ressalta-se que o uso sistemático deste perfil na data de hoje, bem como nos dias anteriores, se amolda à hipótese de monitoramento de casos extremados, em que usuários utilizam subterfúgios para acessar e publicar na plataforma X, de forma sistemática e indevida, com a finalidade de propagar desinformação em relação as eleições de 2024, com discurso de ódio e antidemocráticos, conforme manifestação da Procuradoria-Geral da República”, diz um trecho da decisão.
Moraes pede que sua decisão e o relatório da Polícia Federal sejam encaminhados com urgência para a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia.
A decisão de Moraes ocorre após o Tribunal Regional de São Paulo (TRE-SP) mandar suspender o perfil de Marçal do Instagram.
A ser inaugurado no próximo dia 14 de março, o Complexo de Saúde Unimed (CSU) já evidencia resultados positivos no desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte. Com um investimento total de aproximadamente R$ 400 milhões, o novo complexo hospitalar não apenas amplia a capacidade de atendimento da Unimed Natal, mas também fortalece a economia local com a criação de novos postos de trabalho.
Durante a construção do CSU, cerca de 2.300 trabalhadores atuaram na obra, chegando a um pico de 700 funcionários simultaneamente. Agora, com a primeira fase concluída, o Complexo gera mais de 1.000 novos empregos diretos, podendo alcançar 2.000 contratações quando estiver em operação completa. Além disso, a Unimed Natal expande o número total de colaboradores de 1.800 para cerca de 3.000 com a abertura da nova unidade.
O diretor de Recursos Próprios da Unimed Natal, Dr. Emerson Oliveira, destaca a importância do CSU para o desenvolvimento do setor e para a economia do estado. “É muito bom ver nosso trabalho traduzido em impacto econômico para o Rio Grande do Norte. O Complexo de Saúde Unimed amplia nossa capacidade de atendimento, gera novas oportunidades para médicos cooperados e profissionais da saúde e fortalece o setor, oferecendo o que há de melhor e mais moderno para os nossos clientes”, pontua.
Além dos empregos diretos, a Unimed Natal ultrapassou os limites da área da saúde e alcançou segmentos estratégicos para o desenvolvimento socioeconômico do RN. Atualmente, a cooperativa gera mais de 36 mil empregos diretos e indiretos, e com a chegada do CSU, esse número será ampliado significativamente.
A cerimônia oficial de inauguração está marcada para o dia 14 de março e, já no dia seguinte, os serviços começam a ser transferidos gradualmente do Hospital da Unimed para o novo Complexo de Saúde. Durante esse período de transição, os usuários devem acompanhar as atualizações sobre a abertura dos serviços nos canais oficiais da Unimed Natal (app, site e redes sociais).
Empossada ministra nesta segunda-feira (10/3), Gleisi Hoffmann fez gestos aos ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Rui Costa, da Casa Civil, durante discurso ao assumir a titularidade da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência.
A nova ministra prometeu trabalhar em colaboração com os ministérios para avançar pautas econômicas. Além disso, se comprometeu a manter uma relação “respeitosa e direta” com o Congresso Nacional.
Agora responsável pela articulação política do governo, Gleisi é vista como antagonista de Haddad por diferenças na condução da política econômica do país. Os dois, no entanto, precisam trabalhar juntos para a aprovação de matérias prioritárias.
“Estarei aqui, ministro Fernando Haddad, para ajudar na consolidação das pautas econômicas desse governo. As pautas que você conduz e que estão colocando o Brasil na rota do emprego, do crescimento e da renda”, disse a ministra durante discurso.
O mesmo tom foi adotado em relação a Rui Costa, titular da Casa Civil. “Estarei aqui, ministro Rui Costa, nosso chefe da Casa Civil, para dar apoio à execução aos programas de governo que você coordena e que foram, com sua competência, rapidamente restabelecidos em dois anos. Juntos, e somente juntos, seremos capazes de reacender a esperança e atender às justas expectativas da população”, destacou.
Relação com Congresso
Na presença dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, Gleisi prometeu uma “relação respeitosa e direta” entre os poderes.
Seu antecessor, Alexandre Padilha, era criticado pela falta de interlocução com parlamentares e chegou a romper com o então presidente da Casa Baixa, Arthur Lira (PP-AL). Com isso, por vezes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rui Costa e Haddad entravam em campo para mediar as negociações em torno de pautas importantes.
O Brasil caiu da nona para a décima posição entre as maiores economias do mundo, segundo ranking elaborado pela Austin Rating.
Após encerrar 2024 com crescimento de 3,4%, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro atingiu US$ 2,179 trilhões.
Apesar de a economia nacional ter acelerado ante o resultado de 2023, o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, explica que a deterioração do câmbio ao longo do ano passado afetou o desempenho do Brasil.
O dólar ficou cerca de 27% mais caro em 2024, tendo encerrado o ano em R$ 6,179, de modo que o real foi uma das moedas mais desvalorizadas do ano.
Com o resultado, o Brasil voltou a ser superado pelo Canadá, após ter ultrapassado o país norte-americano em 2023. O PIB canadense cresceu 1,6% no ano, fechando 2024 com valor de US$ 2,215 trilhões.
Dentre os países que mais cresceram no ano, o Brasil ficou na 19ª posição, junto da Nigéria.
Economia brasileira em 2024
O crescimento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) veio levemente abaixo da estimativa do governo, do Banco Central (BC) e do mercado, que previam alta de 3,5%.
O PIB foi puxado especialmente pela alta dos setores de serviços (3,7%) e indústria (3,3%). A agropecuária, em contrapartida, registrou queda acumulada de 3,2%, em razão de questões climáticas que impactaram as safras ao longo do ano passado.
Com o resultado, o PIB totalizou R$ 11,7 trilhões em 2024, enquanto o PIB per capita chegou a R$ 55.247,45, com avanço real de 3% frente ao ano anterior.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou um investimento de R$ 32 milhões para a Conspiração Filmes, uma das responsáveis pela produção do longa “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres, que venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional. O valor será destinado ao desenvolvimento, produção e internacionalização de obras audiovisuais. Além disso, possibilitará a aquisição de equipamentos de produção e pós-produção.
O investimento foi realizado por meio do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), do BNDES. O programa foi criado em parceria com a Ancine (Agência Nacional de Cinema) e o Ministério da Cultura. O FSA foi lançado em junho de 2024 com orçamento inicial de R$ 400 milhões para fomentar a produção audiovisual brasileira.
O objetivo do programa é induzir investimentos e potencializar o mercado de crédito para o setor audiovisual. O foco de atuação do FSA é a infraestrutura audiovisual, a inovação e a acessibilidade, além do fortalecimento empresarial em todos os elos da cadeia produtiva.
“A cultura, que em outros tempos foi perseguida, voltou a ser valorizada no governo do presidente Lula e o BNDES está retomando o protagonismo no apoio ao audiovisual, um setor que gera emprego e renda e que dá visibilidade à identidade nacional“, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Além do longa de Walter Salles, em 2025 a Conspiração Filmes trabalha no lançamento dos títulos Vitória, Detetives do Prédio Azul 4 – O Fantástico Reino de Ondion, Velhos Bandidos, Samu e Bajo Presion, adaptação do Sob Pressão no México.
1º OSCAR BRASILEIRO O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” venceu o 1º Oscar da história do Brasil, ao levar a estatueta na categoria Melhor Filme Internacional. O longa dirigido por Walter Salles superou “A Garota da Agulha”, “Emilia Pérez”, “The Seed of the Sacred Fig” e “Flow”.
A obra é protagonizada pela atriz Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva (1929-2018), mulher do ex-deputado federal Rubens Paiva (1929-1971), que foi sequestrado e morto nos porões da ditadura militar brasileira (1964-1985). O filme é baseado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva, filho do casal.
Lançado no Brasil em novembro de 2024, o filme teve um faturamento de R$ 104,6 milhões no país até o fim de fevereiro de 2025. Trata-se da 3ª maior bilheteria do cinema brasileiro registrada pela Ancine desde 2018.
O longa foi visto por mais de 5,1 milhões de espectadores no Brasil. Somando o desempenho no exterior, “Ainda Estou Aqui” faturou ao todo US$ 27,4 milhões (R$ 159 milhões).
O Ministério Público entrou, na tarde desta segunda-feira (10), com uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pedindo que a Corte de contas adote medidas para garantir a legalidade e regularidade do contrato do governo com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), para estruturar a COP30 em Belém (PA).
“Considero que todas as contratações da administração, com organismos internacionais, mereçam atenção deste TCU, no sentido de avaliar a eficiência e a eficácia dos Acordos de Cooperação Técnica firmados, verificando se os objetivos propostos estão sendo alcançados e se os recursos estão sendo utilizados de forma adequada, além, claro, de garantir a legalidade dos ajustes“, disse, na representação, o procurador junto ao TCU, Lucas Furtado.
De acordo com ele, “a contratação em questão merece atenção especial desta Corte de contas, uma vez que envolve expressivo montante de recursos federais utilizados para contratação de empresa por dispensa de licitação”.
Na petição, ele pede ainda que o TCU acompanhe “todas as contratações do Governo Federal baseadas em Acordos de Cooperação Internacional e realizadas por dispensa de licitação”.
O contrato de R$ 478,3 milhões foi fechado sem licitação pela Secretaria Extraordinária para a COP30, estruturada pela Casa Civil. Nas redes sociais da OEI, há diversas fotos de dirigentes da organização com autoridades do governo, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); a primeira-dama, Janja da Silva; a ministra da Cultura, Margareth Menezes; o ministro da Educação, Camilo Santana; e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT).
Foi justamente na gestão Lula que houve um salto nos contratos da OEI com o governo federal. Apenas no segundo semestre de 2024, ela obteve R$ 600 milhões em contratos, mais que os R$ 50 milhões obtidos nos governos Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Nos bastidores, a avaliação é de que o aumento exponencial no número de contratos no governo Lula 3, em comparação com os antecessores, decorre do trabalho feito por Leonardo Barchini, atual secretário-executivo do Ministério da Educação, que comandou a OEI por 11 meses, antes de ir para o MEC, e negociou parte desses contratos.
Procurada, a Secretaria Extraordinária para a COP30 ainda não se manifestou.
Com o fim do Carnaval, muitos estudantes enfrentam o desafio de retomar o ritmo acadêmico e manter a produtividade ao longo do ano letivo. Os pais desempenham um papel fundamental nesse processo, tentando ajudar seus filhos a criar uma rotina estruturada e adotar estratégias eficazes de aprendizado.
Victor Cornetta, especialista em Tendências Educacionais pela PUC-RS e CEO da Kaizen Mentoria, destaca que esse é o momento ideal para corrigir falhas e estabelecer uma metodologia de estudo eficiente.
Segundo ele, muitos alunos encontram dificuldades ao estudar de forma independente, o que pode gerar frustração e desmotivação. No entanto, com o apoio adequado, é possível melhorar significativamente o desempenho escolar.
A Kaizen Mentoria adota um método focado no desenvolvimento da autonomia, disciplina e consistência. Sua abordagem integra organização da rotina, estabelecimento de metas e aplicação de técnicas de estudo comprovadas, transformando o esforço em resultados tangíveis.
“Quando o aluno entende a importância do processo de aprendizagem e percebe sua própria evolução, ele se sente mais engajado e motivado a seguir seu planejamento”, afirma Victor Cornetta.
Para ajudar seu filho a evitar lacunas no aprendizado e garantir um retorno estruturado às atividades acadêmicas, seguem algumas estratégias essenciais:
Ajude a criar um cronograma semanal equilibrado: Incentive seu filho a planejar uma rotina de estudos que contemple todas as disciplinas, incluindo pausas para descanso, garantindo produtividade sem sobrecarga.
Estimule técnicas de estudo ativas: Apoie a utilização de métodos dinâmicos, como resumos, mapas mentais e autoexplicações, para otimizar a retenção de conhecimento.
Auxilie na gestão do tempo: Ajude seu filho a estabelecer prioridades e distribuir o tempo de estudo conforme a complexidade das matérias e prazos acadêmicos.
Reforce a importância das revisões periódicas: Crie momentos de revisão para reforçar o aprendizado e evitar esquecimentos.
Incentive a autonomia e a disciplina: Encoraje seu filho a manter uma rotina estável, evitando longos períodos sem estudo.
Busque apoio especializado quando necessário: Se perceber dificuldades persistentes, considerar orientação pedagógica pode ser essencial para superar desafios e aprimorar o desempenho.
A mentoria se destaca pelo acompanhamento contínuo de seus alunos, utilizando análise de dados para personalizar e otimizar as estratégias educacionais. Esse modelo garante que cada estudante receba um plano adaptado às suas dificuldades e potencialidades, promovendo um ensino mais eficaz.
Vocês são fundamentais para o sucesso acadêmico de seus filhos. Criar um ambiente positivo e estruturado pode tornar o retorno aos estudos mais produtivo e motivador.
Para saber mais sobre os serviços da Kaizen Mentoria e agendar uma reunião, clique aqui: bit.ly/kaizenmentoriabg.
A rede social X, de Elon Musk, foi atingida por três ondas de instabilidade desde a manhã desta segunda-feira (10), que o bilionário alega terem sido causadas por um ataque cibernético.
De acordo com o site de rastreamento de interrupções DownDetector, os problemas começaram por volta das 7h, horário de Brasília, quando até 20.538 usuários relataram problemas.
Os problemas diminuíram temporariamente antes de quase 40 mil usuários relatarem interrupções às 11h. Desde 13h30, houve cerca de 26 mil relatos no momento da redação desta reportagem.
Muitos usuários do DownDetector reclamaram que o aplicativo não carregava, e a interrupção parece ser global, de acordo com os sites internacionais do DownDetector.
Os dados do DownDetector são relatados pelos próprios usuários, o que significa que não representam totalmente a escala da instabilidade.
Musk postou no X que acredita que “um grande e coordenado grupo e/ou um país está envolvido”, embora a fonte de motivação por trás do ataque não tenha sido confirmada.
Musk implementou cortes generalizados e grandes mudanças no X após adquirir a popular plataforma de mídia social, então chamada de Twitter, em 2022.
Foi um dia difícil para os negócios de Musk, que também é chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) de Donald Trump.
Nesta segunda-feira, as ações da Tesla caíram até 12% no pregão do meio-dia, apagando seus ganhos desde a eleição de Trump em novembro de 2024.
A ONG Me Too Brasil não forneceu à Polícia Federal as datas, os detalhes ou o canal utilizado pelas supostas vítimas de assédio sexual do ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida.
A reportagem do UOL teve acesso a relatórios da ONG que constam do inquérito, ainda em andamento.
Silvio Almeida foi demitido em 6 de setembro, um dia após o portal Metrópoles publicar uma reportagem, baseada em informações do Me Too Brasil.
A reportagem dizia que a ONG havia recebido denúncias de assédio e importunação sexual contra ele, e que, segundo 14 fontes, a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) seria uma das vítimas.
Em nota pública divulgada no próprio dia 5 de setembro, o Me Too confirmou o recebimento dessas denúncias, mas registros anteriores à demissão de Silvio não foram apresentados pela ONG à Polícia Federal.
A confirmação do Me Too serviu de base para a instauração de inquérito pela PF.
Uma advogada e ex-aluna de Silvio Almeida na Universidade São Judas que pediu para não ser identificada disse ao UOL que, em 7 de setembro, um dia após a demissão, foi procurada por uma suposta emissária do Me Too Brasil, querendo saber se ela havia sido assediada pelo ex-ministro.
“Falou, em ligação [telefônica], que precisava encorpar a denúncia”, disse. Ela foi aluna de Almeida entre 2009 e 2013 e negou que houvesse sido assediada.
Outra advogada e ex-aluna disse ao UOL que, em 4 de setembro, antes de a matéria do Metrópoles ser publicada, foi procurada por uma integrante da ONG, avisando que “vinha uma bomba” contra Silvio Almeida.
A mulher – que falou ao UOL sob a condição de anonimato —disse que foi orientada a não sair em defesa do ex-professor. “Ele é um predador sexual”, teria dito a integrante, num telefonema.
A defesa de Almeida afirmou que não comenta processos que estão em segredo de Justiça.
Procurado pelo UOL, o Me Too enviou uma nota em que diz que “segue firme em sua única missão de apoiar, preservar e cuidar das vítimas, preservando em sigilo todas as informações que envolvem as vítimas do ex-ministro”.
Canais oficiais
Em ofício enviado à ONG em 9 de setembro, a Polícia Federal pedia que fosse encaminhado ao órgão “todo o material que dispuser acerca das denúncias de assédio sexual” contra o ex-ministro.
Em 13 de setembro, a ONG enviou uma resposta à PF, informando que “entrou em contato com todas as vítimas que passaram pelos canais oficiais da organização”, que houve retorno de duas e uma delas já tinha dado depoimento à polícia.
Trata-se da professora e então candidata a vereadora de Santo André Isabel Rodrigues.
Após a reportagem do Metrópoles, ela foi ao Instagram dizer que Almeida havia colocado a mão na vagina dela durante um almoço em São Paulo.
No vídeo, Rodrigues não menciona o Me Too Brasil. Ela prestou depoimento à PF por videoconferência, em 10 de setembro.
Documentos do inquérito
Ainda no primeiro retorno à PF, o Me Too informou que a segunda vítima afirmava “não ter interesse no compartilhamento das informações”.
Na ocasião, a ONG também pedia prorrogação do prazo para o envio de novos dados.
Meses depois, em 18 de fevereiro, por meio de ofício, a Polícia Federal voltou a cobrar “todo o material” sobre as denúncias à ONG.
Dois dias depois, recebeu como resposta duas páginas, sem a logomarca do Me Too, com o título “Conclusão do Relatório da PF”.
As duas páginas apresentam relatos de cinco supostas vítimas, sem especificar as datas em que as mulheres teriam procurado a ONG, bem como a natureza e o canal das denúncias.
Datas posteriores à demissão
Todas as datas apresentadas no relatório são relativas a contatos posteriores à demissão de Silvio Almeida.
“Vítima 1: no dia 05/02/2025, informou à voluntária advogada que sente que o processo permanece paralisado”, registra o documento. Relata que a mulher (que se sabe ser a professora Isabel Rodrigues, embora o relatório não diga) está insegura e com medo.
O relatório informa que a “vítima 2” disse, em 5 de fevereiro de 2025, ter conversado com a delegada, não autorizando o registro do depoimento.
Sobre a “vítima 3”, informa-se que ela prestou depoimento à PF em 21 de novembro de 2024.
Trata-se de ex-aluna de Silvio Almeida na Universidade São Judas mencionada pela professora Isabel Rodrigues em seu depoimento. A identidade da ex-aluna também não consta do relatório.
Segundo Rodrigues, a ex-aluna a procurou após ver seu vídeo no Instagram e a autorizou a passar o contato dela para a Polícia Federal.
A respeito da “vítima 4”, lê-se no relatório que ela falou com uma voluntária do Me Too em 16 de setembro de 2024 e, depois, parou de responder às mensagens.
A mesma conduta teria sido adotada pela “vítima 5”, segundo o documento.
Início a partir de denúncias da ONG
As denúncias da ONG são a sustentação formal da investigação. A petição assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, pedindo instauração do inquérito informa que o processo teve início com a nota pública da ONG Me Too Brasil.
A menção à ONG também consta da portaria que instaura o inquérito.
Desde que o caso veio a público, o UOL pede ao Me Too Brasil informações sobre quantidade e data das denúncias, sem resposta. O primeiro pedido de informações é de 17 de setembro de 2024. O mais recente, de 7 de março.
O inquérito que apura as denúncias de importunação e assédio sexual contra Silvio Almeida já ouviu, além do ex-ministro, quatro denunciantes: Anielle Franco, Isabel Rodrigues e duas ex-alunas.
Conselheiras do Me Too não foram consultadas
A decisão de confirmar denúncias de assédio sexual contra Silvio Almeida não foi levada ao conselho da ONG Me Too Brasil.
O UOL apurou que as quatro mulheres que compõem o conselho ficaram sabendo das acusações contra o então ministro dos Direitos Humanos pela imprensa.
Compõem o conselho Maria Amélia Teles, jornalista; Kenarik Boujikian, ex-desembargadora; Neon Cunha, ativista; e Silvia Pimentel, professora de direito.
O Me Too Brasil orientou as quatro conselheiras a não darem entrevista sobre o assunto para o UOL.
Sede em apartamento residencial
Segundo relatado ao UOL, algumas conselheiras ficaram sabendo apenas após a adesão que o Me Too Brasil não tinha relação com o movimento homônimo dos Estados Unidos.
“Emprestaram suas credenciais a partir de uma indução ao erro”, disse uma advogada ao UOL, sob a condição de anonimato.
O movimento Me Too Brasil foi criado em 2019 pela advogada Marina Ganzarolli, de São Paulo. Em junho de 2022, ela abriu um CNPJ em nome do Me Too Brasil, organização focada em “atividades de associações de defesa de direitos sociais”.
A ONG tem como endereço um apartamento residencial na Vila Buarque, na região central de São Paulo.
A empresa tem como atividades secundárias “portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet”, além de “atividades de consultoria em gestão empresarial”, dentre outros.
Além de Ganzarolli, a ONG tem no quadro de sócias e administradoras as advogadas Luanda Pires e Luciana Terra Villar e a psicóloga Mariana da Costa Pedro Nogueira da Luz.
Em seu site, o Me Too Brasil afirma que “esteve à frente de importantes denúncias de assédio sexual”. Cita o exemplo do juiz trabalhista Marcos Scalercio, aposentado compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça após acusação de assédio e importunação sexual.
Menciona também o empresário Saul Klein, fundador das Casas Bahia, condenado por exploração sexual.
Presidente do Solidariedade, o deputado federal Paulinho da Força (SP) disparou um vídeo com críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último sábado (8/3). O dirigente partidário, que apoiou o petista na eleição de 2022, reclamou sobre falas do mandatário no contexto do Dia da Mulher.
A aliados, o parlamentar afirmou que está “a caminho” do rompimento total com o Planalto e considera não haver caminho para conciliação.
No vídeo enviado por WhatsApp no sábado, Paulinho reage a falas de Lula criticadas pelo teor machista. “Hoje era um dia de celebração, mas, infelizmente, não há o que comemorar”, afirmou o presidente do Solidariedade.
Entre os recortes do vídeo, está da a fala do petista sobre ser um “amante da democracia”, porque os amantes “na maioria das vezes são mais apaixonados pelas amantes que pelas mulheres”.
Questionado por aliados, Paulinho da Força afirmou que o apoio a Lula foi somente no contexto da eleição de 2022. O partido, porém, detém uma das vice-lideranças do governo na Câmara, com a deputada Maria Arraes (PE). Ela é irmã da ex-deputada Marília Arraes, que foi do PT e concorreu ao governo de Pernambuco apoiando o atual presidente.
Nos bastidores, Paulinho da Força tem defendido uma candidatura alternativa a Lula e Bolsonaro. Ele apoiou a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) à Prefeitura de São Paulo, mas trabalhou para descolar o prefeito da figura do ex-presidente.
O dirigente partidário é ligado a forças sindicais e começou a dar sinais claros de afastamento do PT no ano passado, próximo aos atos do Dia do Trabalhador. Na ocasião, ele avisou que o governo estava distante das bandeiras da classe e antecipou nos bastidores o esvaziamento do ato.
Se for em flagrante de delito pode sim.
Vergonhoso o STF se prestando a esse tipo de conduta. Dia de eleição e o candidato tendo que prestar depoimento.
O pau que bate em Chico não bate em Francisco!
Ao que me consta: nenhum eleitor, quiçá candidato pode ser preso de hoje até segunda-feira. Ou temos uma nova constituição! Kkk
Não, mas analfabetos funcionais como vc não sabem nem entender o que leem!
Vai fazer 8 anos que a Constituição é estuprada consistentemente e você ainda se surpreende? O amigo é telespectador de Jornal Nacional?
Tem sim é a alexandrina, que acha que pode tudo.
O idiota num pais de 1.300 presos, censura, perseguição e liberação de criminosos, acuando q uma alínea jurídica vale de alguma coisa…. Taquepariu.