Brasil

Moraes usou TSE fora do rito para investigar bolsonaristas no Supremo, revelam mensagens

O gabinete de Alexandre de Moraes no STF ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal durante e após as eleições de 2022.

Diálogos aos quais a reportagem teve acesso mostram como o setor de combate à desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), presidido à época por Moraes, foi usado como um braço investigativo do gabinete do ministro no Supremo.

As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano.

Folha teve acesso a mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares de Moraes, entre eles o seu principal assessor no STF, que ocupa até hoje o posto de juiz instrutor (espécie de auxiliar de Moraes no gabinete), e outros integrantes da sua equipe no TSE e no Supremo.

Em alguns momentos das conversas, assessores relataram irritação de Moraes com a demora no atendimento às suas ordens. “Vocês querem que eu faça o laudo?”, consta em uma das reproduções de falas do ministro. “Ele cismou. Quando ele cisma, é uma tragédia”, comentou um dos assessores. “Ele tá bravo agora”, disse outro.

O maior volume de mensagens com pedidos informais –todas no WhatsApp– envolveu o juiz instrutor Airton Vieira, assessor mais próximo de Moraes no STF, e Eduardo Tagliaferro, um perito criminal que à época chefiava a AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE.

Tagliaferro deixou o cargo no TSE em maio de 2023, após ser preso sob suspeita de violência doméstica contra a sua esposa, em Caieiras (SP).

Procurados por meio da assessoria do STF e informados sobre o teor da reportagem, Moraes e o juiz Airton Vieira não responderam. Tagliaferro afirmou que não se manifestará, mas que “cumpria todas as ordens que me eram dadas e não me recordo de ter cometido qualquer ilegalidade”.

O ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro (de terno), e Airton Vieira, juiz instrutor de Alexandre de Moraes no STF – Reprodução/Reprodução

As mensagens mostram que Airton Vieira (STF) pedia informalmente via WhatsApp ao funcionário do TSE relatórios específicos contra aliados de Bolsonaro. Esses documentos eram enviados da Justiça Eleitoral para o inquérito das fake news, no STF.

Em nenhum dos casos aos quais a Folha teve acesso havia informação oficial de que esses relatórios tinham sido produzidos a pedido do ministro ou do seu gabinete do STF. Em alguns, aparecia que o relatório era “de ordem” do juiz auxiliar do TSE. Em outros, uma denúncia anônima.

As mensagens abrangem o período de agosto de 2022, já durante a campanha eleitoral, e maio de 2023.

Folha obteve o material com fontes que tiveram acesso a dados de um telefone que contém as mensagens, não decorrendo de interceptação ilegal ou acesso hacker.

  • Ouça trechos de diálogos entre assessores de Moraes

O conjunto de diálogos mostra ao menos duas dezenas de casos em que o gabinete de Moraes no STF solicita de maneira extraoficial a produção de relatórios pelo TSE.

Ao menos parte desses documentos foi usada pelo ministro para embasar medidas criminais contra bolsonaristas, como cancelamento de passaportes, bloqueio de redes sociais e intimações para depoimento à Polícia Federal.

controverso inquérito das fake news, aberto em março de 2019, tornou-se um dos mais polêmicos em tramitação no Supremo, tendo sido usado por Moraes nos últimos anos para tomar decisões de ofício (sem provocação), sem participação do Ministério Público ou da Polícia Federal.

Dois pedidos de monitoramento e produção de relatórios sobre postagens do jornalista Rodrigo Constantino, apoiador de Jair Bolsonaro, mostram como se dava a dinâmica.

Um deles ocorreu em 28 de dezembro de 2022, a quatro dias da posse de Lula, quando, em tese, já não havia mais motivo para o TSE atuar.

O juiz auxiliar do gabinete de Moraes no STF pergunta a Tagliaferro, do TSE, se ele pode falar. “Posso sim, posso sim, é por acaso [o caso] do Constantino?”.

Depois desse áudio, os dois iniciam uma conversa sobre um pedido de Moraes para fazer relatórios a partir de publicações das redes de Constantino e do também bolsonarista Paulo Figueiredo, ex-apresentador da Jovem Pan e neto do ex-presidente João Batista Figueiredo, o último da ditadura militar.

À época, os dois entraram na mira de Moraes porque reverberaram em suas redes sociais ataques à lisura da eleição e a ministros do STF, além de incitar os militares contra o resultado das urnas.

Eduardo Tagliaferro, então chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE, e o ministro Alexandre de Moraes – Reprodução

Depois de Tagliaferro (TSE) encaminhar uma primeira versão do relatório sobre Constantino, Airton Vieira (STF) manda prints de postagens do jornalista e cobra a alteração do documento para inclusão de mais manifestações.

Pelas mensagens, fica claro que o pedido para produção do relatório partiu do próprio Moraes.

“Quem mandou isso aí, exatamente agora, foi o ministro e mandou dizendo: vocês querem que eu faça o laudo? Ele tá assim, ele cismou com isso aí. Como ele está esses dias sem sessão, ele está com tempo para ficar procurando”, diz Airton Vieira em áudio enviado a Tagliaferro às 23h59 daquele dia.

“É melhor por [as postagens], alterar mais uma vez, aí satisfaz sua excelência”, completa Vieira.

O assessor do TSE então responde, já na madrugada do dia 29 de dezembro, e afirma que o conteúdo do relatório enviado anteriormente já seria suficiente, mas que iria alterar o documento e incluir as postagens indicadas por Moraes por meio do juiz instrutor.

“Concordo com você, Eduardo [Tagliaferro]. Se for ficar procurando [postagens], vai encontrar, evidente. Mas como você disse, o que já tem é suficiente. Mas não adianta, ele [Moraes] cismou. Quando ele cisma, é uma tragédia”, responde o juiz Airton Vieira.

Dias depois dessa conversa, em 1º de janeiro de 2023, Airton Vieira manda para Tagliaferro cópia de duas decisões sigilosas de Moraes tomadas dentro do inquérito das fake news produzidas com base no relatório enviado de maneira supostamente espontânea.

“Trata-se de um ofício encaminhado pela Assessoria Especial de Desinformação Núcleo de Inteligência do Tribunal Superior Eleitoral”, diz o início da decisão, sem citar que o material havia sido encomendado em seu nome pelo auxiliar em uma conversa via WhatsApp.

Entre as postagens de Constantino que entraram na mira estavam duas: “O que se passava na cabeça de Gilmar Mendes na festa da impunidade ontem, festejando a nomeação de Lula pelo sistema? Que será o primeiro aqui a ganhar um habeas corpus?”. E a outra “é a primeira vez na história do crime organizado que as vítimas assistem, em tempo real, (sic) a quadrilha se preparando para lhes roubar, conhecem os criminosos, e não podem fazer nada porque a Justiça a quem poderiam recorrer faz parte da quadrilha.”

Nas decisões, Moraes ordena a quebra de sigilo bancário de Constantino e Figueiredo, bem como o cancelamento de seus passaportes, bloqueio de suas redes sociais e intimações para que fossem ouvidos pela Polícia Federal.

Cerca de um mês antes, em 22 de novembro de 2022, outro pedido de Moraes sobre Constantino mostra o próprio ministro efetuando as solicitações que chegaram ao órgão de combate à desinformação do TSE.

Naquele dia, às 22h49, Airton Vieira manda o print de uma conversa com Moraes em um grupo do WhatsApp chamado Inquéritos.

A mensagem mostra o ministro enviando postagens de Constantino, uma delas questionando o fato de o partido de Bolsonaro, o PL, não ter feito um questionamento ao TSE —não fica claro sobre qual tema.

“Peça para o Eduardo analisar as mensagens desse [Constantino] para vermos se dá para bloquear e prever multa”, diz a mensagem de Moraes, cujos prints foram enviados a Eduardo Tagliaferro. “Já recebi” e “Está para derrubada”, responde o assessor do TSE em duas mensagens.

 

Print de mensagem via WhatsApp em que Alexandre de Moraes faz pedido ao seu juiz instrutor Airton Vieira – Reprodução

Após pedir para Tagliaferro produzir um relatório “como de praxe”, Airton Vieira e o assessor do TSE discutem sobre se as decisões seriam pelo STF ou pelo TSE.

Em um primeiro momento, Airton Vieira diz que o bloqueio seria dado pelo TSE e a multa pelo STF. Em poucos minutos, no entanto, ele informa que tudo será pelo STF e pede para Tagliaferro caprichar.

“Eduardo, bloqueio e multa pelo STF (Rodrigo Constantino). Capriche no relatório, por favor. Rsrsrs. Aí, com ofício, via e-mail. Obrigado”, afirma.

Já na madrugada do dia 23, à 1h06, Tagliaferro envia o relatório atribuindo a informações recebidas de parceiros do setor de combate à desinformação.

“Através de nosso sistema de alertas e monitoramentos realizados por parceiros deste Tribunal, recebemos informações de frequentes postagens realizadas pelo perfil @Rconstantino, esse em uso na plataforma Twitter, no qual informam existir diversas postagens ofensivas contra as instituições, Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior Eleitoral”, diz o documento.

Em uma outra conversa, no dia 4 de dezembro de 2022, os próprios assessores de Moraes manifestam receio sobre o modo não convencional que vinha sendo usado.

Às 12h daquele dia, Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar de Moraes no TSE, pergunta a Tagliaferro: “Dr. Airton está te passando coisas no privado?”.

Após o chefe do órgão de combate à desinformação responder que sim, o juiz do TSE faz uma brincadeira sobre a possibilidade de o modelo implicar em nulidade das provas. “Falha na prova. Vou impugnar”, disse ele.

Tagliaferro então fala da sua apreensão com o modelo de envio de relatórios por meio do TSE a pedido de Airton Vieira. “Temos que tomar cuidado com essas coisas saindo pelo TSE. É seu nome”, diz ele. Em seguida, chega a sugerir um possível caminho para “aliviar isso”.

“Nem que crie um e-mail para enviar para nós uma denúncia.”

A atuação de Moraes à frente do TSE e dos inquéritos no STF rendeu críticas e elogios ao longo do tempo. Um dos períodos mais tensos para o ministro ocorreu recentemente, em abril, quando Elon Musk passou a contestar as decisões do magistrado brasileiro.

Neste contexto, uma comissão do Congresso dos EUA publicou uma série de decisões sigilosas de Moraes sobre a suspensão ou remoção de perfis nas redes sociais.

Com base nesse material, a Folha revelou naquele mesmo mês de abril que o órgão do TSE de enfrentamento à desinformação havia ajudado a turbinar inquéritos do STF. O que não se sabia, no entanto, é que o grupo produzia esses relatórios a pedido do próprio gabinete de Moraes, o que agora é possível saber com base nas mensagens.

O inquérito das fake news foi aberto em março de 2019, logo nos primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro (PL), por ordem do ministro Dias Toffoli, que indicou Moraes como relator.

O objetivo, divulgou o STF à época, era “apurar fatos e infrações relativas a notícias fraudulentas (fake news) e ameaças veiculadas na Internet que têm como alvo a Corte, seus ministros e familiares”.

Desde o início, quando censurou a revista Crusoé, o inquérito tem sido alvo de críticas por juristas, mas foi considerado constitucional pelo plenário do STF, em junho de 2020.

A PGR, ainda sob Raquel Dodge, pediu mais de uma vez o arquivamento do caso. Na gestão de Augusto Aras, a Procuradoria defendeu sua participação no inquérito, que deveria mirar apenas fatos relacionados a garantia da segurança dos integrantes do tribunal.

Fonte: Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Vi dois siris jogando bola lá no mar, vi dois siris bola jogar , lá no mar….
    Vai cair o careca , o careca vai cair lá lá ia…..
    Até cego e surdo tá vendo que é perseguição total contra Bolsonaro.
    Não existe nem um santo na política.
    Mas todo mundo tá vendo.
    Lula tá com o franzido que não passa um maruim ou vai ficar que passa uma jaca.
    Kkkkkkkkkkkk
    Vi dois siris jogando bola lá no mar, vi dois suris bola jogar , lá no mar

  2. Grande coisa…kkkkk
    Não muda nada nada nada…
    Moraes continua com o nosso máximo respeito e o Bozo continua candidato a uma vaga no sistema prisional…
    Moraes: herói democrata!

  3. Calo-me porque o silêncio é permitido, não só a mim, não conheço do processo, nem mesmo sou advogado, sou apenas um cidadão simples, e aí calo-me, mesmo que eu leia, veja ou escute, eu não li, eu não vi, eu não escutei. Celo-me!!

  4. Essas matérias da foice de São Paulo não vale na gadolandia, ainda mais quando mostra que Xandão usou métodos da lava jato que prendeu Lula né!?

  5. Morais tá certo, bando de bolsominion queriam fazer aqui o que maduro faz na Venezuela, espero que dê cadeia pesada a essa corja lixo

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Polícia

Deolane está em presídio superlotado, mas conta com cela exclusiva

Foto: Reprodução

Após ter a prisão domiciliar revogada, a influenciadora e advogada Deolane Bezerra foi encaminhada à Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste de Pernambuco, a 280 km do Recife.

Além da empresária, o presídio abriga as “Canibais de Garanhuns” e outras 262 detentas – no entanto, a unidade prisional só teria capacidade para 107 mulheres e está superlotada, de acordo com o Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco.

Apesar da superlotação, à CNN, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (SEAP/PE) explicou que a empresária está em uma cela privada.

“Por tratar-se de um caso de grande repercussão, Deolane Bezerra está em uma cela reservada, com o objetivo de garantir sua integridade física. A medida é comum em casos envolvendo figuras públicas, visando proteger a detenta de eventuais ameaças de outras internas”, esclarece a SEAP.

CNN

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Clima

Brasil vive o período de estiagem mais extenso já registrado

Foto: Michael Dantas/AFP

A seca deste ano é a mais extensa já registrada no Brasil, a mais intensa em partes da Amazônia e deve superar em severidade a do Pantanal em 2021, até agora a mais extrema desse bioma. O número de focos de incêndio entre janeiro e segunda-feira chegou a 164.543, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foi o maior para este período desde 2010 e o quinto desde o início da série histórica, em 1998 — o pior ano foi 2007, com 184.010 focos.

A gravidade e extensão do fenômeno foram detalhadas em uma nota técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A nota lembra que ele começou no segundo semestre de 2023. Segundo o Cemaden, estão sob algum grau de seca 5 milhões de km², ou 59% do país. Até então, a estiagem mais ampla registrada era a de 2015-2016, com 4,6 milhões de km² (54% do território). A terceira mais ampla foi a de 1997-1998, que afetou 3,6 milhões de km² (42%).

O Globo

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Política

Além de impeachment, oposição fala em apreender e acessar telefone de Moraes em documento

Foto: Gustavo Moreno/STF

Além do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a oposição no Congresso Nacional fala na apreensão e na quebra de sigilo de telefones, computadores, tablets e outros aparelhos eletrônicos pessoais e funcionais do magistrado.

A ideia consta no pedido de impeachment contra Moraes. O documento ainda não está no sistema oficial do Senado, mas foi compartilhado nesta terça-feira (10) pela assessoria do senador Rogério Marinho (PL-RN) com a assinatura da assessoria técnica da Secretaria-Geral da Mesa do Senado.

O texto cita a criação de uma comissão especial de senadores para então eventualmente determinar a busca e apreensão de aparelhos não só de Moraes, mas também dos auxiliares Airton Vieira e Marco Antônio Vargas e do perito Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Afirma que, “quebrados seus sigilos, sejam periciados pelo órgão técnico próprio a fim de angariar provas para subsidiarem o presente procedimento”.

CNN Brasil

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Esporte

Eliminatórias: Brasil perde para Paraguai e ouve ‘olé’ da torcida adversária

Foto: Daniel DUARTE / AFP

A seleção brasileira continua envergonhando o seu torcedor. Se foi ao menos competitiva contra o Equador, nesta quarta-feira (10) sucumbiu diante de um rival mais frágil, o Paraguai, em partida da oitava rodada das Eliminatórias. Com notável dificuldade para ser criativo, o Brasil mereceu ser derrotado em Assunção. Perdeu por 1 a 0 – gol marcado pelo jovem meio-campista Diego Gómez – num duelo em que foi dominado e poderia ter perdido por mais.

A partida no Defensores del Chaco, foi previsível, lenta, apática e improdutiva a seleção brasileira, repetindo atuações tão ruins que havia feito sob o comando de diferentes técnicos. O time produziu muito pouco e jogou como se não precisasse subir na tabela, mas precisa, já que caiu para o quinto lugar. São apenas dez pontos em oito partidas no torneio classificatório – oito a menos que a líder Argentina.

É muito pouco para a seleção pentacampeã, outrora reconhecida e exaltada como a melhor do mundo. Hoje, tem que ouvir vaias, críticas e cobranças porque é protagonista de seguidos vexames. O Paraguai tem nove e está no sétimo lugar.

Jovem Pan

Opinião dos leitores

  1. Essa seleção é a cara do Brasil atual. Desorganizado, abatido. Desfigurado. Seria excelente se ficar de fora desta copa

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Brasil

Lula entregará medalha do mérito da saúde a Janja e Xuxa hoje

Foto: Reprodução/Instagram

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregará, na tarde desta quarta-feira (11.set.2024), a medalha de mérito Oswaldo Cruz, na categoria ouro, a 22 pessoas e 10 instituições (leia abaixo). Dentre as homenageadas estão a primeira-dama, Janja Lula da Silva, a apresentadora Xuxa Meneghel, a ginasta Daiane dos Santos e a dona do Magazine Luiza, a empresária Luiza Trajano.

Criada em 1970, a honraria é usada para reconhecer pessoas e entidades que tenham contribuído, direta ou indiretamente, para o bem-estar físico e mental dos brasileiros. O decreto assinado por Lula e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, porém, não especifica a atuação de Janja e Luiza Trajano em prol do tema.

A homenagem e entrega das medalhas está agendada para às 16h30 desta 4ª feira (11.set), no Palácio do Planalto. O decreto foi publicado na edição de 4 de setembro do Diário Oficial da União.

Poder360

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Mundo

Trump e Kamala trocam acusações sobre inflação, aborto, imigração e Putin em 1º debate

Foto: Win McNamee/Getty Images

Donald Trump e Kamala Harris participaram do primeiro — e possivelmente único —, debate para a presidência dos Estados Unidos na noite desta terça-feira (10), realizado pela ABC News, com transmissão para todo o Brasil ao vivo pela RECORD NEWS, com tradução simultânea. Essa foi a primeira vez que o republicano e a democrata se encontraram pessoalmente. Eles apertaram as mãos no início da transmissão.

O embate começou com a discussão sobre a economia. A vice-presidente afirmou que o plano de Trump é o mesmo de seu primeiro governo e que o candidato governa para as grandes empresas. “Eu sou a única pessoa nesse palco que tem um plano para elevar a classe média e todo o povo americano”, disse.

Em contrapartida, o republicano afirmou que os Estados Unidos, atualmente, estão com uma inflação “nunca vista antes” e talvez uma das piores na história. “Eu criei uma das melhores economias da história do nosso país e vou fazer isso mais uma vez, e melhor ainda”.

Questões sobre imigração dominaram boa parte do embate. “Sou a única pessoa aqui em cima que colocou em pauta a questão de armas, drogas e imigrantes. Mas o Congresso dos EUA, que tem grandes conservadores, veio com a questão das fronteiras. Eu tentei que as fronteiras funcionassem. Sabe o que ele fez? Trump ligou para os comparsas dele e pediu para que não fosse aprovado”, disse Kamala.

O republicano rebateu dizendo que se Harris se tornar presidente dos Estados Unidos, o país vai se tornar uma Venezuela com anabolizantes.

“Permitiram criminosos, terroristas e ladrões de rua entrarem em nosso país. […] Os países removem seus criminosos das ruas e exportando para o nosso país, rebateu Trump.

R7

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RN

Pacientes do SUS ficam sem atendimento renal no RN

Foto: Arquivo TN

Há 46 dias, pacientes que necessitam de tratamento contra cálculo renal através do serviço público no Rio Grande do Norte estão desamparados. A situação envolve a falta de renovação do convênio por parte do Governo do Estado com uma clínica privada que presta esse atendimento há 30 anos.

Desde o dia 27 de julho com o contrato expirado, a estimativa é que mais de 200 pacientes já foram prejudicados sem a realização de cirurgias que seriam contempladas através do convênio.

De acordo com Maryo Kemps, diretor da clínica privada, a unidade é a única com a prestação desses atendimentos ao cuidados renais no Rio Grande do Norte através do Sistema Único de Saúde (SUS), acumulando uma média de 120 atendimentos por mês ou 1.440 por ano.

“De 90 a 95% da nossa atividade é direcionada ao SUS. Eu venho mandando ofício tentado pleitear uma negociação para abrir um discurso de renovação e a gente sempre com dificuldade de burocracia”, explica.

Tribuna do Norte

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Saúde

Número de casos suspeitos de dengue aumenta 177% no Estado

Foto: Reprodução

O número de casos de dengue no Rio Grande do Norte teve crescimento alarmante em 2024. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, entre janeiro e agosto deste ano, foram contabilizados 16.947 casos prováveis da doença, um aumento de 177,4% em relação ao mesmo período de 2023, quando o estado registrou 6.109 casos. Além disso, o Estado contabilizou três mortes por dengue e dois óbitos estão em investigação. Os casos registrados até agosto deste ano já superam o total do ano passado, que foi de 7.679.

Apesar desse aumento significativo, a adesão à campanha de vacinação contra a dengue tem sido irrisória. A campanha de 2024, que tinha como público-alvo 112.321 pessoas, alcançou apenas 7.212 indivíduos com a primeira dose da vacina, representando 6,42% do total. A situação é ainda mais preocupante com relação à segunda dose: somente 2.464 pessoas, ou 2,19% do público-alvo, completaram o esquema vacinal.

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Luto

Universitário é morto a tiros em academia no interior do RN

Foto: Instragram/Uern

Um universitário identificado como André Felipe Jales Fernandes, de 19 anos, foi morto a tiros em uma academia durante a tarde desta terça-feira (10) na cidade de Messias Targino, localizada na região Oeste do Rio Grande do Norte. A vítima integrava a Universidade Estadual do RN (Uern), no município de Patu.

Segundo a Polícia Civil, André Felipe foi baleado na escada da academia. As motivações para o crime estão sendo invetigadas.

Em nota divulgada nas redes sociais, a universidade lamentou a morte do aluno, que cursava o 2º período de Ciências Contábeis, e decretou um luto de três dias na instituição. As aulas desta noite foram suspensas.

Leia a nota na íntegra abaixo:

“É com profundo pesar que a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) lamenta o falecimento do estudante André Felipe Jales Fernandes, 19 anos, aluno do 2º período do curso de Ciências Contábeis da Uern Patu.

Em sinal de luto, a Universidade decretou luto oficial por três dias, com hasteamento da bandeira da Uern a meio mastro.

A direção da Uern Patu informa que as atividades acadêmicas estão no turno da noite desta terça-feira, 10.

Solidários a familiares e amigos, expressamos nossas sinceras condolências por essa perda irreparável”.

Fonte: Tribuna do Norte

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Geral

MPF cobra que Estado e União localizem 27 presos que desapareceram na rebelião de Alcaçuz em 2017

Foto: Seap / Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) enviou uma recomendação à União e ao estado do Rio Grande do Norte para que localizem os presos que desapareceram após a rebelião ocorrida na Penitenciária de Alcaçuz, no ano de 2017. Segundo o MPF, 27 detentos simplesmente desapareceram dos registros do presídio.

A rebelião, que aconteceu em janeiro de 2017 e durou 14 dias, ficou marcada pela violência entre facções e a morte de, pelo menos, 26 detentos.

O documento, de autoria do procurador da República Fernando Rocha, cobra que os governos federal, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, e estadual, a partir da Secretaria da Administração Penitenciária, localizem as pessoas que ainda estão oficialmente desaparecidas desde a rebelião de 2017 e, além disso, adotem medidas preventivas e de reparação.

Dentre as ações de prevenção recomendadas estão a criação de um plano de resposta imediata a rebeliões; um sistema de registro eficaz de todas as movimentações dos detentos; mobilização de equipes especializadas para varreduras e buscas; uso de câmeras de segurança, drones e outras tecnologias de monitoramento; e investigações coordenadas com a polícia e órgãos de direitos humanos. Tudo isso para descobrir o paradeiro dos que ainda não foram encontrados e evitar novos desaparecimentos.

O MPF requer ainda que o poder público mantenha contato contínuo e transparente com os familiares dos desaparecidos; utilize depoimentos de testemunhas, imagens de câmeras de segurança e informações da comunidade local para obter pistas; trabalhe em conjunto com instituições como a Defensoria Pública, Ministério Público e órgãos de segurança; bem como promova testes de DNA caso sejam encontrados restos mortais ou evidências de crimes.

Já como política de reparação, se não for possível localizar os desaparecidos, a União e o estado do Rio Grande do Norte devem se responsabilizar por indenizar as famílias, “reconhecendo a omissão ou falhas no controle e proteção dos detentos sob sua custódia, além emitir relatórios públicos detalhados sobre o andamento das investigações, os esforços de busca e as medidas adotadas”.

Rebelião de Alcaçuz

A Penitenciária Estadual de Alcaçuz, localizada no município de Nísia Floresta (Região Metropolitana de Natal), no Rio Grande do Norte, é o maior complexo prisional do estado. A rebelião de 2017 envolveu presos pertencentes a grupos criminosos rivais – Primeiro Comando da Capital (PCC), de origem paulista, e Sindicato do Crime, de origem potiguar – e foi parte de uma onda de violência nacional ligada à guerra entre facções.

Os corpos de 26 presos foram encontrados em condições de extrema brutalidade, não havendo certeza em relação aos demais desaparecidos. Em meio à violência, à superlotação e à falta de controle dentro da penitenciária, as facções criminosas impuseram sua própria forma de justiça, resultando em mortes, mutilações e ocultação de cadáveres, o que dificultou a identificação e a contabilização exata das vítimas.

Vários presos foram dados como desaparecidos, alguns até já foram recapturados, mas até o momento não se tem informações conclusivas sobre o paradeiro de 27 deles, mesmo após diligências realizadas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Defensoria Pública da União (DPU).

Fonte: Portal 98Fm

Opinião dos leitores

  1. Tem de ir numa sessão espírita pois os corpos de muitos foram despedaçados segundo relato da imprensa na época do ocorrido e colocados nas fossas da unidade. prisional

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