Luto

Morre Manoel Bezerra, fundador da Manchete Calçados

Foto: Arquivo – Tribuna do Norte

Faleceu neste domingo (5) o empresário Manoel Bezerra, fundador e dono das lojas de calçados Manchete, bastante tradicional em Natal.

Ele deixa a esposa Eleika e duas filhas, Kassandra e Rochele.

Confira abaixo uma entrevista do empresário Manoel Bezerra à Tribuna do Norte, em 2014, quando a Manchete Calçados estava prestes a completar 50 anos.

De engraxate à ascensão no setor de calçados

No próximo dia 18 de junho, a loja mais tradicional de calçados em Natal completa 50 anos. As cinco décadas da Manchete Calçados representam mais do que o sucesso empresarial do seu fundador, Manoel Bezerra, mas é o marco de sua história de superação. Do menino que vivia em um sítio na zona rural de Acari – e guiava o avô cego, para pedir na vizinhança – ao bem-sucedido empreendedor e empresário, que construiu uma marca consolidada, sem nunca ter frequentado a escola.

Em entrevista à Tribuna do Norte, Manoel Bezerra conta esta trajetória, fala das lições que aprendeu e do que é preciso para crescer no comércio. O empresário, que ainda hoje é o primeiro e o último a chegar na empresa, comenta sobre como anda o setor e o diferencial da companhia.

Como o senhor se tornou um grande empresário do setor de calçados?
Foi o destino. Eu tinha 12 anos, quando vi a cidade pela primeira vez e resolvi fugir. Eu morava no meio do mato, em um sítio, em Acari. Comecei andando, depois peguei uma carona. O caminhoneiro me deixou no  mercado em Currais Novos e eu pensei: aqui é minha casa.  Eu comia o que os donos das bancas me davam, dormia nas bancas e comecei engraxar sapato, com uma caixa que me arrumavam. Até que um dia um senhor, que estava engraxando o sapato, perguntou se eu queria aprender a arte do sapato. Foi quando fui trabalhar numa fabriqueta, fazendo mandados. Eu ia para lá todo dia, ele me dava 50 centavos, e com isso, eu comprava três biscoitos e um quarto de rapadura, que era o que eu comia. Foi quando eu comecei a fazer peças miudinhas com o restinho de couro. Eu aprendi fazer sandália de criancinha e ganhava um dinheirinho.

Foi aí que surgiu o comerciante?
Foi quando chegou um senhor, que era meu cunhado, Jeci de Assis Dantas, marido de uma irmã minha, que eu nem conhecia, porque era filha do primeiro casamento do meu pai. Ele estava vindo  de Caicó e ia trabalhar no Banco do Brasil de Currais Novos. Foi quem me deu a mão. Ele me levou para morar na casa dele. Foi quando eu comecei a ter boa alimentação, a ter uma casa para dormir.   Bancário naquela época só não fazia chover. Ele perguntou o que eu fazia, eu disse que aqui e acolá fazia feira para o irmão do dono da oficina. Ele me ajudou a comprar uma banca de feira por 15 contos. Eu cheguei para o dono da oficina e falei que eu ia fazer feira em Santa Cruz, Campo Redondo e Currais Novos. Na época das festas das cidadezinhas,  eu ia fazer as feiras das festas e vendia bem. O dono da oficina disse que fornecia a mercadoria e no final da última feira, eu pagaria o que vendi e fabricava, com ele, as faltas. Foi quando eu comecei, em 1957, a fazer as feiras e quando eu comecei a ganhar dinheiro. Mas eu gastava tudo. Foi quando meu cunhado me deu a lição: você não tem estudo, então, faça o seguinte: gaste o necessário e o que sobrar guarde no banco. Eu não gastava nada porque ele bancava tudo, até carro para andar eu tinha. Então, eu comecei toda terça-feira, eu tirava X para gastar e o restante colocava no banco.

E como o senhor veio para Natal?
Em 1963, eu achava que estava rico e vim morar em Natal. Quis fazer feira em Natal, mas o sistema aqui era diferente do interior. Eu tinha uma irmã que morava aqui, e vinha toda semana para a casa dela, final de semana ia para o interior fazer feira. Foi quando surgiu o pontinho na Corenel Cascudo e eu comprei o ponto para colocar loja.

Na época, a rua já era comercial?
Era uma rua residencial, de repúblicas de estudantes, mas tinham algumas lojas.

Conseguiu juntar tanto dinheiro assim nas feiras que o senhor comprou o prédio?
Eu tinha comprado só o ponto. Mas em 1968, o dono do prédio colocou a venda. Esse prédio era de um rapaz que era dono de uma farmácia e ele me pediu 20 contos, 10 contos de entrada e 20 prestações de 500. Eu cheguei para meu cunhado, que na época já era chefe de carteiras de cobrança da agência do Banco do Brasil da Cidade Alta e falei para ele.  Eu tinha 16 contos e 800 de mercadoria, então, ele pediu para eu pegar os  10 de entrada no Banco do Brasil. Meu cunhado anotou todos os dados e só entreguei ao gerente, seu Otávio. Ele me deu um promissória. E eu peguei o dinheiro no saco. Peguei o dinheiro, dei os 10 mil ao dono do prédio e quando foi passar a escritura, as promissórias estavam vinculadas a escritura. As promissórias foram pagas a um fornecedor, Bornérgio Trigueiro, que era o maior atacadista de medicação e o dono do prédio devia a ele. Todo dia do apurado, eu tirava um pedacinho e colocava no cantinho. O rapaz que vinha pegar o dinheiro, nunca veio para não levar. Vinte meses depois, chega um senhor, forte, numa Kombi de luxo, com cortina e perguntou “quem é Manoel Bezerra?” e disse “eu vim lhe conhecer porque eu recebi umas promissórias suas de um dinheiro que achava que estava perdido e meu irmão nunca veio aqui para não levar esse dinheiro. Por isso vim aqui para lhe conhecer.”. Era o Bonérfio Trigueiro, que na época era milionário.

E o nome Manchete? Como foi que o senhor escolheu?
Tinha um colega meu que tinha uma loja na rua e perguntou o nome que eu ia colocar. E eu disse “JK” e ele disse que não dava certo nome de político. E falou coloque Manchete, que era um nome mais criativo, bonito. Depois de um tempo, quando a Manchete veio para cá, onde o dono chegava e dizia que era da Manchete, o povo pensava que o cheque tinha voltado, achando que era da Manchete Calçados. Depois ligou um diretor do Rio de Janeiro, agradecendo o nome, dizendo que aqui não precisava de propaganda porque o nome já estava feito.

E como o senhor começou a expansão?
No comércio se você tiver venda, sobra alguma coisa e o concorrente acaba obrigando você a abrir mais lojas. Então fui abrindo loja. A segunda foi em 1970.

Quantas lojas o senhor tem hoje? E quantos funcionários?
Hoje tenho 8 lojas, 3 na Cidade Alta, uma no Alecrim, uma no Norte Shopping, uma no Midway Mall, uma no Natal Shopping  e outra no Hiper Bompreço de Ponta Negra. Hoje são 94 funcionários, mas já cheguei a ter 125, depende do momento do mercado.

O senhor começou vendendo só para mulher e depois passou também atender o público masculino. Qual é o melhor?
No início era só sandália baixa, só para mulher, depois quando eu comprei o prédio vizinho, que abri uma loja maior, coloquei calçados em geral. O mercado era carente, tinha poucas lojas, tinha mais o mercado da cidade, que pegou fogo, e aí minhas vendas aumentaram. Em 1974, comecei a vender para homens também. Se o calçado de mulher fosse igual o de homem, era todo mundo rico, porque o que não existe prejuízo. O sapato de mulher deixa muito saldo. Homem você vende tudo. Se for desatualizado, mulher não compra.

O mercado de calçados é muito concorrido? Qual é o seu diferencial?
Quando cheguei em Natal, a população era de 280 mil habitantes e já era muito concorrido, mas em menor proporção. Hoje é muito mais, porque têm as grandes redes, que têm 200 e tantas lojas. Mas nesses 50 anos, toda a vida, eu tive crédito. E o segredo do comércio é crédito, você comprar e pagar, porque a outra ponta também tem compromisso. Eu graças a Deus sempre paguei em dia.

E o diferencial?
É o poder de compra, porque as fábricas dão melhores condições de compra. Eu procuro os menores prazos para conseguir desconto. Já as redes, querem 120, 180 dias. O que eu pego de desconto repasso para o cliente. E, é muito simples, o industrial seleciona os pedidos e dá preferência a quem paga rigorosamente e eu, graças a Deus, estou no meio.

O senhor pensa em abrir mais lojas? Em ir para outro Estado?
Abrir mais loja, depende se surgir local porque tudo é local e oportunidade. Mas eu nunca pensei em ir para fora, acho que meu lugar é aqui.

E como o senhor avalia o mercado hoje?
O setor hoje está muito fraco,  porque está todo mundo endividado, com esse bichinho chamado cartão de crédito. Por um lado é uma beleza, todo mundo tem tudo. Mas a complicação é atrasar. Não é fácil não. Eu nunca usei. Mas a felicidade da gente também foi o cartão de crédito, foi a salvação da lavoura. Porque todos podem comprar. Mas acho que isso é em todos os setores.

E como será o futuro das lojas? Suas filhas lhe ajudam?
Eu tenho minha esposa, que dá um expediente, e tenho uma moça que faz tudo. Mas minhas filhas têm lojas delas.  Mas elas vão ter que cuidar, se quiserem continuar, porque tudo é delas. Elas já trabalharam comigo, uma me ajuda até hoje indiretamente. Mas eu quem administro tudo, sei de tudo das lojas.

Opinião dos leitores

  1. que beleza de história. O que mais me impressiona é o tino como empreendedor e gestor. Essa turma que toma água de Acari parece muito inteligente. abs

  2. Bruno, obrigada meu amigo pela bela homenagem a meu pai com a republicação da entrevista.

  3. Que Deus conceda o descanso e as alegrias eternas. Meus Pêsames aos familiares e amigos.

    1. Sòmente agora, ao chegar do interior, tomei conhecimento do falecimento do grande amigo Manoel da Manchete, exemplo de trabalho, empreendorismo e honestidade, nosso abraço solidário à Eleika, kassandra e Rochele. 🙏🙏🙏

  4. Grande Homem e ex patrão, foi muito bom trabalhar com o sr manoel de souza bezerra, Descance em paz, meus sentimentos a toda familia

  5. História muito bonita de Seu Manoel. Exemplo para muitos. Que fique ao lado do Senhor confortando a família.

  6. Obrigada por todas as condolências e relatos de histórias incríveis!!!!! Meu pai foi incrível, um ser humano único, lutou contra tantas adversidades na infância e venceu, construiu uma história de vida ética, com muito respeito ao próximo. Obrigada painho pelo grande exemplo que nos deu!!! Vá em paz e até logo. A vida não acabou, apenas estamos em planos diferentes. 😘❤️🙏🏻

  7. Foi um grande homem, simples, humilde esse era Manuel,todos os dias quando ele fechava o loja eu ia deixar ele em casa,estou sem acreditar, descanse em paz 🙏🙏🙏🙏

  8. que historia linda,sempre comprei na Manchete Calçados mas não conhecia a história do dono. Descanse em paz …cumpriu sua missão.

  9. Um grande amigo, Ivamar trabalhou com ele muitos anos. Grande incentivador dos seus funcionários.
    Descanse em paz Seu Manoel.
    Deus conforte toda família.

  10. O homem mais humano, amigo, bom profissional que eu conheci ao lado do meu pai.
    Conheci de perto, trabalhei com ele muito tempo em suas lojas.

  11. O homem mais correto, decente, humano e amigo que eu conheci na minha vida. Além de meu pai, um homem fantástico digo isto de coração, tive a oportunidade de trabalhar com ele em suas lojas.

    1. Homem de bem.
      Teve um revés danado, quando a sua loja da Coronel Cascudo pegou fogo, incendiou, não ficou nada, então ele reergueu tudo e dizia, Deus devolve ao seu legítimo dono, tudo aquilo que ele conquistou com honestidade, então ele se sentiu assim, recebendo de volta tudo, através do suor, do trabalho, nunca com formas estranhas, sempre com honestidade e dedicação, sou fã da história de Seu Manoel da Manchete.
      Ele cumpriu o que veio fazer nesse mundo.
      Fica seu exemplo de Homem Bom, reto e Probo.

  12. Sr. Manoel, homem íntegro. Que Descanse em paz e que Deus conforte D. Eleika, Kassandra e Rochelle ✨✨🙏🏻

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Geral

Nesta semana no Papo de Fogão, aprenda a fazer um cupim que derrete na boca, feijão tropeiro e um arroz de toicinho

Nesta semana, o Papo de Fogão vem com receitas especiais. O convidado Fabão Nascimento, do Quintal do Fabão em Teresina/PI, traz o sabor de um Cupim autêntico com feijão tropeiro.

E, para completar, o Chef Wilson Borges, do Bistrô da Chef em São Luís/MA, apresenta uma dica rápida e deliciosa: Arroz de toicinho. Não perca essas inspirações para o seu próximo prato.

SÁBADO

BAND
MARANHÃO, 7h
CEARÁ, 8h
PIAUÍ, 8h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO

RECORD
PERNAMBUCO – TV GUARARAPES, 8h30
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Geral

Casas dos ministros do STF foram inspecionadas após atentado em Brasília

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

As casas dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) passaram por uma inspeção depois do atentado na Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira (13).

A medida foi tomada para avaliar eventual risco de artefatos terem sido deixados na região das residências.

Policiais judiciais já fazem a segurança rotineira das casas dos magistrados. A inspeção após o atentado foi mais rigorosa.

O homem-bomba Francisco Wanderley Luiz tinha o STF como alvo.

Ele morreu depois de deitar-se sobre uma bomba que havia acabado de acender, ao lado da estátua da Justiça e em frente ao prédio do Supremo.

Varredura na Corte

O prédio principal do STF também passou por uma varredura, na manhã da quinta-feira (14), por agentes da Polícia Federal (PF) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar.

A Corte está cercada com grades desde o episódio, e seguirá assim por tempo indeterminado.

CNN Brasil

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Geral

PF pedirá ao STF quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de homem que morreu após causar explosões na Praça dos Três Poderes

Foto: Reprodução

A Polícia Federal levará ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de quebra de sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico de Francisco Wanderley Luiz. Na quarta-feira, ele morreu após explodir bombas em um atentado na Praça dos Três Poderes.

A PF também tem feito outras diligências para acelerar as investigações. Além de analisar todos os dados abertos de Wanderley Luiz, que usava o codinome de Tiü França nas redes sociais, os investigadores estão buscando imagem na Câmara dos Deputados e em estabelecimentos comerciais e endereços onde ele esteve em Brasília.

Para traçar o roteiro, a PF está localizando e intimando, para depor, várias pessoas que tiveram algum contato com Vanderley Luiz na capital federal.

Bela Megale – O Globo

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Geral

Piloto de avião da FAB que caiu no RN recebe homenagem; Capitão foi reconhecido por direcionar a aeronave para área desabitada antes de ejetar

Piloto da FAB recebeu homenagem no encerramento do Cruzex — Foto: Reprodução

O piloto do caça F-5M da Força Aérea Brasileira (FAB), capitão Lucca Minhaqui Azevedo, recebeu uma homenagem nesta sexta-feira (15) por ter direcionado o avião que caiu para uma área desabitada antes de ejetar.

O incidente ocorreu em Parnamirim, na Grande Natal, em uma mata próxima a condomínios residenciais, no dia 22 de outubro.

A homenagem aconteceu durante o encerramento do Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex), treinamento multinacional e operacional organizado pela FAB.

O reconhecimento foi oficializado pelo deputado Sargento Gonçalves (PL), que entregou uma moção de louvor ao capitão aviador. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar destacou que o ato do piloto evitou possíveis danos as áreas residenciais.

“Na qualidade de parlamentar e membro da segurança pública, não poderia deixar de expressar meu respeito e admiração pela coragem e perícia demonstradas pelo Capitão Aviador Lucca Minhaqui Azevedo”, escreveu o deputado.

Relembre o acidente

O caça F-5M caiu durante um treinamento em uma área de mata próxima a condomínios residenciais em Parnamirim, na Grande Natal.

Imagens registradas por moradores mostram o avião em chamas antes de atingir o solo. O piloto conseguiu ejetar e foi resgatado por uma equipe de salvamento da Força Aérea Brasileira (FAB).

De acordo com a FAB, o piloto direcionou a aeronave para uma área desabitada antes do impacto.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e enviou equipes para conter o avanço do fogo na vegetação na área da queda.

O militar passou por exames no hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e teve constatada uma luxação no ombro.

g1-RN

Opinião dos leitores

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Acidente

Turista morre em acidente de quadriciclo na região da Lagoa de Pitangui

Foto: Reprodução

Um homem morreu na tarde desta sexta-feira (15) em um acidente envolvendo quadriciclos na região da Lagoa de Pitangui, em Extremoz, na Grande Natal. Segundo relatos de testemunhas, a vítima, um idoso que estava a passeio com a família, colidiu com outro veículo durante o trajeto. Com o impacto, ambos os quadriciclos caíram em um barranco, exigindo o resgate das vítimas por helicóptero.

Após o acidente, o idoso ficou desacordado. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) realizaram manobras de reanimação, mas ele não resistiu aos ferimentos e teve o óbito constatado no local. A informação foi confirmada pelo major Moisés, subcomandante do 16º Batalhão da Polícia Militar.

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Geral

NOTA DE ESCLARECIMENTO – CHAPA 20 OAB

A advogada Rossana Fonseca enviou uma nota de esclarecimento para o BG sobre a nossa postagem a respeito da pirotecnia implantada por ela na eleição da OAB-RN para tentar vencer.

O melhor da nota é Rossana, que montou a maior estrutura de comunicação de uma eleição da OAB, se fazer de vítima e “perseguida”.

O BG vai voltar a este assunto, abaixo segue a nota da candidata da Chapa 20.

Em relação a nota “Rossana Fonseca apela para pirotecnia e faz promessas ilegais” informo A DIMINUIÇÃO DO VALOR DA ANUIDADE É LEGAL e é autorizado pela exceção prevista no artigo 2o, inciso III do Provimento 185/2018 que estabelece a possibilidade de redução se devidamente justificada e fundamentada na eficiência da gestão administrativa da Seccional e sem prejuízos ao equilíbrio financeiro”.

Desta forma, ao contrário da “pirotecnia” citada no blog, a redução em 30% é medida plenamente possível e legal. Ela foi respaldada por estudos detalhados, que analisaram as exceções previstas no provimento citado, além dos impactos legais, econômicos e financeiros da proposta. Essa iniciativa inclui, ainda, a revisão e transparência dos gastos da atual gestão, o que reforça a viabilidade da redução.

Nossa nossa proposta se atrela totalmente à eficiência administrativa e financeira, considerando que a inadimplência alcança 50% e nada vem sendo feito para minimizar tal situação, cujo caminho é a redução de custos supérfluos e controle de despesas.

No entanto, o que temos observado em seu blog é uma postura que, infelizmente, ultrapassa os limites da crítica legítima e resvala em afirmações descoladas da realidade, muitas vezes ofensivas à honra e reputação de profissionais que se dedicam à construção de uma Ordem mais justa e eficiente.

Diante disso, espero que este direito de resposta seja publicado de forma integral e com a mesma visibilidade dada à matéria original, sem prejuízo das medidas cabíveis decorrentes das informações publicadas.

Atenciosamente,
Rossana Fonseca
Chapa 20

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Geral

Lançamento do livro ‘Peregrinação à Terra Santa dez anos depois’, de Anisio Marinho Neto, será no dia 28 de novembro

O lançamento do livro PEREGRINAÇÃO À TERRA SANTA dez anos depois, de autoria do Procurador de Justiça Anisio Marinho Neto acontece no dia 28 de novembro, das 17h às 21h, na Ampern, localizada na Av. Amintas Barros, 4175, no bairro de Lagoa Nova, em Natal.

A obra traz um apanhado histórico da Terra Santa no antigo e novo testamento, na idade média e na contemporaneidade. Outro capítulo é inteiramente dedicado aos detalhes da peregrinação de 2014, com depoimentos de cada um dos 26 amigos que visitaram juntos a terra de Jesus Cristo, na companhia do Padre Francisco Fernandes.

Toda renda obtida com a venda dos exemplares será destinada às obras pastorais e sociais da Paróquia do Bom Jesus das Dores.

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Geral

Gilmar Mendes vota para colocar Robinho em liberdade; placar está 3 a 1 para manter prisão

Foto:  Jornal Nacional/Reprodução

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (15) para colocar em liberdade o ex-jogador de futebol Robinho.

Robinho está preso há oito meses em Tremembé, no interior de São Paulo. O ex-jogador cumpre a pena de nove anos de prisão por estupro coletivo a que foi condenado na Justiça da Itália. O crime ocorreu em 2013, quando ele era um dos principais jogadores do Milan, na Itália.

Além de Gilmar, votaram os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, mas para manter a prisão. Os ministros podem inserir seus votos no sistema eletrônico da Corte até o dia 26.

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Geral

Zanin e Dino votam contra pedido do MPF para retirar símbolos religiosos em órgãos públicos

Foto: Divulgação/STF

Os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram nesta sexta-feira (15) para rejeitar um recurso que pede a retirada de todos os símbolos religiosos em órgãos públicos.

A discussão passa por saber se a presença desses símbolos, como crucifixos, fere princípios como o do Estado laico.

Para Zanin, relator do caso, a existência dos itens religiosos nos prédios públicos não viola as normas constitucionais, desde que tenha o objetivo de manifestar a tradição cultural da sociedade brasileira. Dino seguiu o entendimento.

O tema está sendo julgado em sessão virtual que começou nesta sexta (15) e vai até 26 de novembro. No formato, não há debate entre os ministros, que apresentam seus votos em um sistema eletrônico.

Herança cultural, diz Zanin

Em seu voto, Zanin disse que a presença dos símbolos religiosos nos espaços públicos “não deslegitima” a ação estatal, seja administrativa ou de julgador, “mesmo porque a fundamentação jurídica não se assenta em elementos divinos”.

Segundo o ministro, a existência desses itens “não constrange o crente a renunciar à sua fé; não retira a sua faculdade de autodeterminação e percepção mítico-simbólica; nem fere a sua liberdade de ter, não ter ou deixar de ter uma religião”. Para Zanin, a solução da controvérsia passa por levar em consideração o “aspecto histórico-cultural presente”, como a importância do catolicismo.

“No início de meu voto, demonstrei como o Cristianismo — até então liderado pela Igreja Católica — esteve presente na formação da sociedade brasileira, registrando a presença jesuítica desde o episódio do descobrimento e, a partir daí, atuando na formação educacional e moral do povo que surgia”, afirmou.

“Não fossem apenas os crucifixos, não há como desconsiderar as dezenas de dias consagrados — diversos deles com decretação de feriado —, a nomenclatura de ruas, praças, avenidas e outros logradouros públicos, escolas públicas, estados brasileiros, que revelam a força de uma tradição que, antes de segregar, compõe a rica história brasileira.”

Legado do cristianismo, diz Dino

Ao acompanhar o entendimento, Flávio Dino também ressaltou que a valorização da dimensão religiosa do ser humano pela Constituição “reflete uma influência histórica do cristianismo e, em particular, da Igreja Católica”.

Dino deu exemplos da presença desse legado os nomes de estados e municípios. “Com nomes de Santas e Santos, são 586 Municípios, aproximadamente. Tais denominações são parte da construção de nossa identidade nacional”, afirmou.

“O descanso semanal remunerado, prática consolidada na legislação trabalhista e na rotina dos brasileiros, é mais uma herança da tradição judaico-cristã que foi incorporada à nossa cultura e que beneficia a organização da vida social, sem impor ou discriminar qualquer religião”, disse Dino.

De acordo com o magistrado, a presença de símbolos religiosos do cristianismo vai além do aspecto “puramente religioso e assumem um valor cultural e de identidade coletiva”.

“O crucifixo, assim, possui um duplo significado: representa a fé para os crentes e a cultura para os que compartilham da comunidade”, afirmou.

Segundo Dino, proibir a exposição de crucifixos em repartições públicas seria instituir um “Estado que não apenas ignora, mas se opõe a suas próprias raízes culturais e à liberdade de crença”.

O caso

A discussão sobre o tema chegou ao STF por meio de um recurso do Ministério Público Federal (MPF).

O órgão havia acionado a Justiça Federal em São Paulo contra a exposição de símbolos religiosos em repartições públicas do estado.

O Judiciário negou o pedido em duas instâncias. No Supremo, o caso teve reconhecida a repercussão geral.

Na Corte, a posição defendida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) passou a ser a de rejeição do pedido.

Segundo o órgão, os símbolos religiosos não violam os princípios da laicidade do Estado, da liberdade de crença, da isonomia, da impessoalidade da Administração Pública e da imparcialidade do Poder Judiciário.

Tratam-se, segundo o órgão, de expressão da liberdade religiosa e da diversidade cultural do povo brasileiro, que deve ser “salvaguardada pela tolerância e respeito ao pluralismo”.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Ainda bem. O crucifixo não faz mal a ninguém, não está vinculado às sombras, mas a Luz.

  2. Quero ver como irão tirar o Cristo Redentor do RJ se os deuses do Olimpo aceitarem o recurso do MPF.

    1. O Cristo redentor não está dentro de um prédio público, aprenda a ler e interpretar. Passe menos vergonha.

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Geral

Temer diz que teto de gastos era de ‘concreto’ e que arcabouço de Lula tem ‘teto de palha’

Foto: Werther Santana/Estadão

O ex-presidente Michel Temer fez, nesta sexta-feira, 15, uma crítica à regra fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva no Lide Brazil Conference, em Lisboa, capital portuguesa. Temer comparou o teto de gastos de sua gestão a uma estrutura de concreto. E o arcabouço elaborado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a uma estrutura de palha.

“Interessante a ideia do teto, que, na verdade, é uma coisa para diminuir a dívida pública. O objetivo do teto é diminuir a dívida pública e, portanto, não pagar juros excessivos em relação à dívida pública. Ele ainda existe. O tal do arcabouço, o que é o arcabouço hoje? Nada mais do que um teto reajustado”, disse Michel Temer.

“Se, no nosso teto, era apenas aplicar a inflação para o Orçamento seguinte, hoje é inflação mais 0,5% (na verdade, 0,6%), mais 2,5% da receita líquida. Eu considero que nosso teto era um teto de concreto. Esse é um teto, quem sabe, de palha. Não se sabe se vai dar certo, porque houve uma modificação. Mas é um teto ainda, a ideia do teto”, declarou o ex-presidente.

Popular no mercado financeiro, o teto de gastos adotado por Temer em seu governo teve a oposição de forças políticas de esquerda, como o PT. O partido de Lula também considera que o emedebista e ex-presidente da República aplicou um golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff para chegar ao poder. Petistas costumam rejeitar comparações entre o teto de gastos e o arcabouço fiscal.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Michel Temer amigo dos irmãos Fri boi.
    Foi esse ex presidente, que nomeou Alexandre de Morais, pro STF.

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