Após o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Djair Oliveira, denunciar que Carla Ubarana estava gozando de regalias no apartamento no qual encontra-se internada no Hospital São Lucas, os promotores de Defesa do Patrimônio Público ajuizaram um pedido ao juiz Armando Pontes. O Ministério Público solicitou que seja verificada a real necessidade de internação da servidora do Tribunal de Justiça, acusada de ser a mentora do suposto esquema de desvio de recursos no Setor de Precatórios.
No pedido encaminhado ao juiz Armando Pontes, o Ministério Público solicitou que seja realizada uma perícia médica oficial para atestar o estado de saúde de Carla Ubarana e, consequentemente, comprovar sua real necessidade de internação. Se ficar comprovado que ela precisa de assistência médica ininterrupta numa unidade hospitalar, a custódia do seu quarto deverá ser feita por agentes penitenciários da unidade prisional na qual deveria estar presa.
Os promotores solicitaram, ainda, que todo o prontuário médico retido no hospital seja encaminhado em 24 horas ao Ministério Público, sob pena de multa diária por descumprimento no valor de R$ 10 mil. O advogado de defesa de Carla Ubarana, Felipe Cortez, foi procurado pela reportagem para comentar o andamento do processo e os pedidos do Ministério Público, mas não respondeu ou retornou às tentativas de contato telefônico.
Carla Ubarana está internada desde o dia 31 de janeiro, quando chegou em Natal após ter sido presa em Recife ao lado do seu marido, George Luís de Araújo Leal, que também é acusado de participar do suposto esquema de desvio de recursos do TJ. Carla Ubarana passou mal quando chegou à sede da Delegacia Especializa em Crimes Contra a Ordem Tributária (Deicot), no Centro Administrativo, e foi conduzida ao Hospital Walfredo Gurgel. De lá, ela foi levada pela família para o Hospital São Lucas, onde chegou a ocupar um leito da UTI, após apresentar quadro hipertensivo. Com o controle da pressão arterial, os médicos a conduziram para um apartamento do hospital. De acordo com os policiais civis que realizaram o traslado de Carla de Recife para Natal, ela passou a maior parte da viagem tomando medicamentos e dormindo. Desde que foi presa, ela vem sendo custodiada por policiais civis que se revesam numa escala de plantão na entrada do apartamento da acusada.
Segundo os promotores de Justiça e o presidente do Sinpol, Djair Oliveira, a custódia de Carla Ubarana deve ser responsabilidade do estabelecimento prisional no qual ela deveria estar presa. Conforme fontes da TRIBUNA DO NORTE, ela deveria ter sido encaminhada para o Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim, para onde foi levada sua ex-funcionária particular, Cláudia Sueli Silva de Oliveira, enquanto esteve presa.
Conforme depoimento de Djair Oliveira publicado na edição da TN de ontem, a antiga chefe do Setor de Precatórios do TJ estaria gozando de regalias e não aparentava estar doente ao ponto de permanecer internada na unidade. Como uma das vantagens, Carla Ubarana estaria recebendo visitas em variados e incontrolados momentos. Além disso, os policiais civis não poderiam revistar ou solicitar o nome dos visitantes.
Com informações da Tribuna do Norte
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