Diversos

MPRN detalha operação Cidade Luz

Investigação apura desvios de R$ 22 milhões na Secretaria de Serviços Urbanos de Natal; Justiça determinou prisão de empresários e afastamento do presidente da Câmara Municipal

Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (24), o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) repassou detalhes da operação Cidade Luz, deflagrada no início da manhã e que investiga o desvio de mais de R$ 22 milhões da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (Semsur).

A coletiva foi aberta pelo procurador-geral de Justiça, Eudo Rodrigues Leite, e dela também participaram o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Fausto França, além dos promotores de Justiça Giovanni Rosado, Paulo Lopes, Rafael Galvão, Thibério Fernandes e Afonso de Ligório.

“Foi um trabalho de fôlego da 35ª Promotoria de Justiça com apoio imprescindível do Gaeco e das Promotorias de Justiça do Patrimônio Público”, disse o procurador-geral de Justiça, Eudo Rodrigues.

O titular da 35ª Promotoria de Justiça, Giovanni Rosado, explicou os elementos apurados até a deflagração da operação que apontam a formação de um cartel com participação de empresas do estado de Pernambuco, que se relacionam entre si, e se revezavam na prestação de serviços para a Semsur.

“Era uma contratação reiterada de alguns serviços como a manutenção da iluminação pública da cidade, sem que nunca se concluísse a licitação, invariavelmente com esses serviços sendo prestados por empresas de Pernambuco, como se no Rio Grande do Norte e em nenhum outro estado da federação tivessem empresas com capacidade de realizar o serviço”, informou.

Pelo que foi apurado, há indícios de superfaturamento e pagamento de propina relativos a contratos firmados entre as empresas e a Semsur não só para a prestação de serviços referentes à manutenção, mas também outros serviços como a decoração natalina e vias especiais.

Mandados cumpridos

O coordenador do Gaeco, Fausto França, informou que, ao todo, foram expedidos 15 mandados de prisão e presos temporariamente por 5 dias: Alberto Cardoso Correia do Rego Filho, Antônio Felipe Pinheiro de Oliveira, Antônio Fernandes de Carvalho Junior, Daniel Fernandes Ferreira de Melo, Epaminondas da Fonseca Ramos Junior, Jerônimo da Câmara Ferreira de Melo, Jorge Cavalcanti Mendonça e Silva, Kelly Patricia Montenegro Sampaio Alves, Mauricio Custódio Guarabyra, Mauricio Ricardo de Moraes Guerra, Sergio Pignataro Emerenciano e Valério Max de Freitas Melo. Além deles, foram presos preventivamente Allan Emmanuel Ferreira da Rocha e Felipe Gonçalves de Castro. Um único mandado de prisão temporária não foi cumprido, o de Adelson Gustavo Coelho Ponciano, que estava viajando, mas que, segundo o MPRN, deverá se apresentar até o final desta segunda-feira.

O ex-secretário de Serviços Urbanos de Natal Raniere Barbosa foi afastado do mandato de vereador e do cargo de presidente da Câmara Municipal de Natal, que ocupa atualmente. Ele está proibido de ir à Câmara Municipal, à Semsur e à Controladoria do Município.

Foram expedidos também pelo juiz de Direito da 7ª vara Criminal de Natal 29 mandados de busca e apreensão cumpridos com apoio da Polícia Militar nas cidades de Natal e Parnamirim, no Rio Grande do Norte, e também em Recife, nas cidades de Olinda e Jaboatão dos Guararapes, e ainda em Fernando de Noronha, em Pernambuco. Os gabinetes de Raniere Barbosa e da Presidência da Câmara Municipal de Natal também foram alvos dos mandados.

A operação Cidade Luz contou com o apoio da Polícia Militar do Rio Grande do Norte e ainda do Ministério Público, da Polícia Militar e da Polícia Civil de Pernambuco.

Superfaturamento

Dados da Controladoria Geral do Município de Natal demonstram que entre os anos de 2013 e 2017, as empresas Alclog, Ancar, Enertec, FGTech, Geosistemas, Lançar, Real Energy e Servlight, todas sediadas em Pernambuco, foram beneficiárias de pagamentos no montante de R$ 73.433.486,86 de contratos com a Semsur. O MPRN estima superfaturamento médio de 30% no valor dos contratos celebrados.

A investigação desvendou que os empresários Alberto Cardoso Correia do Rêgo Filho, Allan Emmanuel Ferreira da Rocha, Epaminondas da Fonseca Ramos Júnior, Felipe Gonçalves de Castro, Jorge Cavalcanti Mendonça e Silva, Maurício Custódio Guarabyra e Maurício Ricardo de Moraes Guerra, associados em organização criminosa e fazendo uso das empresas deles, monopolizam os contratos de serviços de iluminação pública da Semsur pelo menos desde o ano de 2013 até os dias atuais mediante controle de mercado, corrupção de agentes públicos, peculato, lavagem de capitais e fraudes nas licitações e contratações diretas. Para o MP, eles integram o “núcleo empresarial” da organização.

Simulação

A apuração constatou que, além das empresas referidas, os investigados também utilizam outras firmas na consecução das atividades da organização criminosa, seja mediante a formação de consórcios, por meio de empresas por eles próprios controladas, ou ainda utilizando-se de firmas que participam das licitações e processos de contratação direta apenas para simular a ocorrência de disputa. Algumas dessas empresas eventualmente são subcontratadas para prestar os serviços licitados e vencidos pelo cartel.

Lavagem de dinheiro

Os investigadores descobriram também que a organização criminosa é integrada por um “núcleo de lavagem de capitais”. Os integrantes desse núcleo são os responsáveis pelo pagamento de propina a agentes públicos, seja em espécie ou por meio da aquisição de veículos.

Os agentes públicos integram o “núcleo administrativo”, sendo recrutados para viabilizar contratações e pagamentos em favor do esquema criminoso. O MPRN encontrou provas de que, ao assumirem o comando da Semsur em janeiro de 2013, o ex-secretário Raniere Barbosa, o secretário-adjunto, Sérgio Emerenciano, e o diretor do Departamento de Iluminação Pública, Antônio Fernandes foram cooptados para o núcleo administrativo da organização criminosa e passaram a atuar para assegurar a presença do cartel no domínio dos contratos de serviços de iluminação pública da Secretaria.

Controle político-administrativo

Outras evidências apontam que, mesmo após ter deixado a titularidade da Semsur em abril de 2015 para reassumir o mandato de vereador e a liderança do prefeito na Câmara Municipal, Raniere Barbosa manteve o absoluto controle político-administrativo da Secretaria. Segundo o apurado na investigação, o presidente da Câmara Municipal manteve a equipe dele no comando da pasta, formada por pessoas da sua estrita confiança, permanecendo assim com ascendência direta sobre a Secretaria de Serviços Urbanos. Ele continuou interferindo nas nomeações e exonerações, vetando inclusive a emissão de pareceres pela assessoria jurídica da pasta.

“A Semsur foi utilizada a serviço desse cartel e mesmo depois que saiu da Secretaria, o vereador continuou com ascendência sobre o órgão como um todo. Isso não é só impressão, são fatos documentados. Tinha uma pessoa do gabinete do parlamentar, com acesso à Semsur e que integrava a folha de uma das empresas”, informou Giovanni Rosado durante a coletiva.

Agentes públicos, que desempenharam ou ainda desempenham funções na Semsur, também foram incorporados ao núcleo administrativo da organização criminosa, principalmente José Erasmo dos Santos Júnior, Kelly Patrícia Montenegro Sampaio Alves, Romário Luan Araújo de Lima, Valério Max de Freitas Melo e Walney Mendes Accioly. Esse último, mesmo sem ostentar nos cinco últimos anos vínculo formal com o órgão, elaborava documentos internos da Secretaria.

Ex-secretários

A investigação do MPRN demonstrou, ainda, que, mantendo a estratégia de cooptação do comando da Semsur para o núcleo administrativo, a organização criminosa, antes mesmo da confirmação da mudança do titular da pasta, já tinha iniciado, desde dezembro de 2016, o recrutamento do ex-secretário Jerônimo da Câmara Ferreira de Melo. Ao assumir o cargo no início de 2017, Jerônimo Melo colocou a serviço do grupo criminoso o próprio filho, Daniel Fernandes Ferreira de Melo, e o chefe de Gabinete Airton Soares Costa Neto. Jerônimo e Airton já deixaram os cargos que ocupavam na Secretaria de Serviços Urbanos.

A operação Cidade Luz cumpriu mandados de prisão em desfavor do ex-titular da Semsur Jerônimo da Câmara Ferreira de Melo, do ex-secretário-adjunto da pasta, Sérgio Pignataro Emerenciano, e do ex-diretor do Departamento de Iluminação Pública, Antônio Fernandes de Carvalho Junior.

A investigação realizada pelo MPRN teve início em 11 de março de 2015, data em que foi instaurado um inquérito civil. Pelo apurado, as condutas dos participantes do esquema criminoso caracterizam crimes como peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa, lavagem de dinheiro, dispensa indevida de licitação, fraude aos procedimentos licitatórios e formação de cartel.

Os elementos levantados na investigação igualmente demonstram que a organização criminosa comete delitos de forma serial, atuando em diversos municípios do Rio Grande do Norte, inclusive havendo indícios de pagamento de propina a outros agentes públicos de algumas dessas cidades.

Cautelares

O promotor de Justiça Rafael Galvão lembrou que além dos mandados de prisões e de busca e apreensões, a Justiça deferiu medidas importantes, como a fixação de fianças de até R$ 100 mil, e deferiu também medidas cautelares como o afastamento de funções públicas.

http://www.mprn.mp.br/portal/inicio/noticias/8102-em-coletiva-de-imprensa-mprn-detalha-operacao-cidade-luz

 

Opinião dos leitores

  1. A culpa maior é de quem nomeia essas figuras e depois diz que não sabia de nada. Muito fåcil viu. Ou justiça pq vc tarda tanto para condenar os verdadeiros culpados que dilapidam nosso dinheirinho suado!

  2. BG.
    Á certeza da impunidade é que leva esses indivíduos a praticarem esses atos, quando são presos eles não sabem de nada. Precisa-se urgente mudar as Leis no Brasil para prender esses bandidos e que fiquem muitos anos na cadeia para servir de exemplo a outros que fazem a mesma coisa.

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Judiciário

Gilmar determina que apenas PGR pode pedir impeachment de ministros do STF

Foto: Antonio Augusto

O decano do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, deu liminar para que apenas a PGR (Procuradoria-Geral da República) possa iniciar processos de impeachment contra ministros da Corte.

A decisão suspende trecho da lei de 1950 que previa a prerrogativa para qualquer cidadão brasileiro. O plenário vai se debruçar sobre o tema em julgamento virtual, entre os dias 12 e 19 de dezembro.

Gilmar também determina que a aprovação do processo pelo Senado Federal exija dois terços dos votos, e não mais maioria simples, como consta na legislação atual.

A liminar do decano impede, ainda, que o mérito de decisões judiciais proferidas por ministros do STF seja usado como argumento para denúncia de crime de responsabilidade.

CNN

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Saúde

UBSs de Parnamirim são pioneiras em implante anticoncepcional em mulheres de 14 a 49 anos

Foto: Divulgação 

A Prefeitura de Parnamirim, por meio da gestão da prefeita Nilda, deu mais um passo importante no fortalecimento da Atenção Primária à Saúde e na ampliação da política municipal de cuidado integral à mulher. O município agora disponibiliza o Implanon, método contraceptivos de longa duração, inserido sob a pele do braço. Parnamirim é pioneira no Rio Grande do Norte neste procedimento que garante a segurança da mulher por 3 anos totalmente gratuito.

Todas as mulheres poderão ter acesso a este método procurando sua UBS e recebendo o encaminhamento, neste primeiro momento, para as UBSs de Santa Júlia, Santa Tereza, Nova Esperança I, Vida Nova e Parque Industrial para obter acesso ao método, que oferece proteção contraceptiva de longa duração, reforçando a autonomia reprodutiva para as mulheres da cidade.

Para a implementação da iniciativa, médicos e enfermeiros da rede municipal passaram por capacitação específica, realizada pela Secretaria de Saúde do Estado, assegurando que todo o processo, desde o acolhimento até o procedimento e o acompanhamento, seja realizado com qualidade, resolutividade e acolhimento dentro da própria Atenção Primária. A prefeita Nilda destaca que investir na formação contínua das equipes é uma prioridade absoluta.

“Estamos investindo em cuidado, zelo e compromisso. Ampliar o acesso aos métodos contraceptivos é ampliar direitos, promover autonomia e fortalecer a Atenção Primária. Nossa gestão seguirá valorizando os profissionais e garantindo que as mulheres de Parnamirim tenham cada vez mais acesso a serviços de qualidade”, disse Nilda.

O método disponibilizado é um anticoncepcional de longa duração, com efetividade de até três anos, oferecendo uma alternativa importante para mulheres que, por diferentes motivos, não conseguem se adaptar a outros métodos, como o uso diário do contraceptivo oral. A ação será expandida para todas as UBSs do município, garantindo que mais mulheres possam usufruir desse recurso seguro, eficaz e recomendado pelas principais diretrizes de saúde.

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Política

PESQUISA REAL TIME: Allyson e Rogério empatam em disputa para o governo do RN

Foto: Reprodução

O prefeito de Mossoró (RN), Alysson Bezerra (União), e o senador Rogério Marinho (PL-RN) lideram cenários para uma eventual disputa ao governo do Rio Grande do Norte em 2026, segundo pesquisa divulgada pelo instituto Real Time Big Data nesta quarta-feira (3). O levantamento aponta empate técnico entre os dois.

Foram ouvidas 1.200 pessoas entre os dias 1º e 2 de dezembro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

No primeiro cenário testado, Alysson Bezerra tem 36% das intenções de voto, contra 34% de Rogério Marinho. Em seguida, aparece o secretário estadual da Fazenda, Cadu Xavier (PT), com 10%. Votos em branco e nulo somam 11%. Outros 9% não souberam ou não responderam.

Já no segundo cenário avaliado, sem a presença de Rogério Marinho, Alysson Bezerra tem ampla vantagem sobre os adversários, marcando 42%. Na sequência, surge o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos), que assinala 17%. Cadu Xavier completa a lista com 11%.

Votos em branco e nulo são 13%, enquanto 17% não souberam ou não responderam.

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Polícia

VÍDEO: Polícia desarticula esquema milionário de desvio de medicamento controlado no RN

 

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A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou, nas primeiras horas desta quarta-feira (03), a “Operação GH-404”, destinada a desarticular um esquema criminoso voltado ao desvio de somatropina, hormônio de uso restrito e controlado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), distribuído na rede pública de saúde do Estado.

As investigações, conduzidas pelo Departamento de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR/LD), tiveram início após comunicação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), que identificou divergências no controle de estoque e dispensações indevidas não reconhecidas pelos responsáveis legais dos pacientes.

Durante o cumprimento das medidas cautelares, autorizadas pela Justiça, foram apreendidos documentos, computadores, celulares e extratos bancários. A decisão judicial também determinou o afastamento cautelar de servidores públicos lotados na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (UNICAT), para garantir a continuidade das apurações.

A ação contou com o apoio institucional da SESAP e da UNICAT, além do suporte operacional da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), da PCRN.

A somatropina, hormônio de crescimento humano sintético (GH), tem uso restrito a indicações clínicas específicas, sendo proibida sua utilização para fins estéticos, de rejuvenescimento ou aumento de massa muscular.

O nome “GH-404” faz referência ao hormônio de crescimento humano (Growth Hormone – GH) e ao código “404”, expressão associada ao erro “não encontrado”, simbolizando as falhas de rastreabilidade e inconsistências identificadas no controle do medicamento.

As diligências continuam e novas informações serão divulgadas em breve.

 

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Política

Relator ignora pressão do governo e mantém escala 6×1 com limite de 40h na PEC

Foto: Agência Câmara de Notícias

O relator da PEC da escala 6×1, deputado Luiz Gastão (PSD-CE), decidiu manter no texto a possibilidade de trabalho em seis dias por semana, com limite de oito horas diárias e 40 horas semanais — mesmo após críticas e surpresa demonstrada por integrantes do governo federal. A proposta original, da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), previa o fim da escala 6×1 e a adoção da jornada 4×3, com até 36 horas semanais.

Gastão justificou as alterações apontando possíveis impactos econômicos negativos caso a jornada reduzida fosse aprovada, como queda na produção, redução da produtividade e aumento do desemprego. O relator afirma que sua versão “compatibiliza” as demandas dos trabalhadores com as preocupações dos empregadores, propondo redução gradual da jornada atual de 44 horas para 42 horas e, depois, queda de uma hora por ano. Finais de semana teriam limitação de seis horas diárias e adicional de 100% nas horas extras.

O relatório ainda determina que a diminuição da carga horária ocorrerá sem corte salarial. Para equilibrar custos, a PEC sugere uma desoneração progressiva para empregadores cuja folha de pagamento represente 30% ou mais do faturamento, permitindo descontos que vão de 0% a até 50% na contribuição sobre a folha.

A subcomissão especial da escala 6×1 se reúne nesta quarta-feira (3), às 9h, para analisar o relatório. Depois, a PEC seguirá para avaliação na Comissão de Trabalho e na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Com informações da CNN

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Geral

Megaoperação derruba mais de 550 serviços de ‘gatonet’ e bloqueia acesso a sites e apps piratas no país

Foto: Reprodução

O combate ao “gatonet” ganhou um novo capítulo nos últimos dias, com duas operações que tiraram do ar 558 serviços de streaming pirata desde quinta-feira (27). As ações são parte de investigações que vêm derrubando milhares de plataformas ilegais desde o ano passado.

A operação mais recente ocorreu na Argentina e desativou 22 aplicativos no domingo (30), incluindo BTV e Red Play. A iniciativa faz parte da segunda fase de uma investigação que, em novembro, já havia retirado outros 14 apps do ar, entre eles My Family Cinema e TV Express. No Brasil, a oitava fase da Operação 404 bloqueou 535 sites e um aplicativo, em uma força-tarefa coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no combate a violações de direitos autorais.

Com os bloqueios, usuários que pagaram por assinaturas de serviços piratas têm recorrido a plataformas de reclamação. Contudo, segundo orientação do Procon-SP, consumidores não possuem respaldo legal nesses casos, já que as plataformas operam de forma irregular e utilizam conteúdo pirateado.

A operação argentina divulgou a lista de 36 aplicativos retirados do ar; entre eles estão ALA TV, Blue TV, Boto TV, My Family Cinema, TV Express, Vexel Cinema e outros. No Brasil, as autoridades não disponibilizaram a relação de sites e apps bloqueados, pois esses dados ficam sob responsabilidade das Polícias Civis e órgãos de Justiça que atuaram na investigação.

Com informações do G1

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Política

Moraes defende humildade do Judiciário para ouvir críticas, mas aponta ataques de grupos influentes

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes afirmou, nesta terça-feira (2), que o Poder Judiciário precisa ter “humildade” para reconhecer críticas consideradas válidas. A declaração foi feita durante um evento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília. Segundo ele, há observações que merecem ser analisadas internamente para melhorar a atuação das instituições.

A informação é da colunista Andreza Matais, do Metrópoles. Moraes, no entanto, destacou que parte dos ataques ao Judiciário tem origem em grupos econômicos organizados que, segundo ele, defendem igualdade e liberdade apenas para seus próprios interesses. O ministro afirmou que esses setores, integrados internacionalmente, intensificaram as ofensivas contra magistrados nos últimos anos.

Ele também citou o papel das redes sociais na amplificação dessas críticas, apontando que influenciadores digitais têm se apresentado como “analistas judiciais”, mesmo sem conhecimento técnico sobre o funcionamento dos tribunais. Para Moraes, a repercussão gerada por perfis de grande alcance acaba alimentando a percepção de que o Judiciário está permanentemente sob ataque.

Apesar das críticas, o ministro reforçou que o debate público é legítimo e que o Judiciário deve seguir avaliando apontamentos construtivos sem buscar “resolver todos os problemas do mundo”, como afirmou no discurso.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Argentina julga nesta quarta (3) extradição de brasileiros do 8 de Janeiro após pressão de Moraes

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Justiça Federal da Argentina começa a julgar nesta quarta-feira (3) o pedido de extradição dos cinco condenados pelos atos de 8 de janeiro que foram presos no país após ordem do ministro Alexandre de Moraes. Eles receberam penas entre 13 e 17 anos no Brasil e serão julgados simultaneamente pelo juiz Daniel Rafecas, responsável por mais de 60 mandados contra foragidos ligados ao caso.

A audiência está marcada para 11h30 (horário de Brasília). O governo brasileiro será representado por advogados contratados pela AGU, enquanto o Ministério Público argentino também participa. Após as exposições, Rafecas terá até três dias úteis para decidir — prazo que termina na próxima terça (9). Caso a extradição seja autorizada, ainda caberá recurso à Suprema Corte da Argentina.

O processo já sofreu três adiamentos: o primeiro por conflito de agenda no tribunal, o segundo a pedido da própria AGU e o terceiro após recursos apresentados por defensores de um dos presos, que foram negados. Todos os cinco haviam solicitado refúgio à Conare argentina, mas não receberam resposta antes da prisão.

Mesmo que o juiz decida pela extradição, o colegiado da Conare ou o presidente Javier Milei ainda podem intervir e conceder refúgio. Uma das presas, Ana Paula de Souza, afirmou recentemente que se arrepende de ter escolhido a Argentina para fugir e que o grupo está “abandonado” no sistema prisional do país.

Com informações da CNN

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Geral

Setor prevê demissões em massa no RN após fim da exigência de autoescolas

Foto: DETRAN-RN

A decisão do Governo Federal de extinguir a obrigatoriedade dos cursos de formação em autoescolas para tirar a CNH acendeu um alerta em todo o país, especialmente no Rio Grande do Norte. Empresários do setor classificam a medida, aprovada por unanimidade pelo Contran, como “uma nova pandemia” para os Centros de Formação de Condutores (CFCs), que já registram queda de até 80% na procura desde que a mudança começou a ser ventilada em julho.

No Estado, o impacto pode ser devastador. Segundo o presidente do SindCFC-RN, Eduardo Domingo, em entrevista à rádio Jovem Pan News Natal nesta terça-feira (2), das 120 autoescolas existentes, apenas cerca de 30 podem resistir. Ele afirma que a categoria perdeu alunos, faturamento e previsibilidade, e que a decisão deixou as empresas “à deriva”. O setor estima que cada autoescola emprega, em média, dez pessoas — o que coloca cerca de 1.200 empregos diretos em risco, sendo quase 950 demissões previstas caso a resolução seja mantida.

O efeito deve atingir também toda a cadeia que gira em torno da formação de motoristas: despachantes, clínicas, psicólogos, oficinas, fornecedores e empresas terceirizadas de exames práticos. Para o sindicato, a justificativa de reduzir custos não se sustenta, já que a habilitação funciona como uma porta de entrada para o mercado de trabalho. “Dois ou três meses trabalhando com aplicativo e o investimento se paga”, argumenta Eduardo.

Outro ponto de preocupação é a estrutura pública. Hoje, segundo o setor, mesmo quem conclui as aulas enfrenta espera de meses para fazer os exames no Detran. Com a liberação dos candidatos fora das autoescolas, a previsão é de que a demanda triplique, sem que haja capacidade de absorção. “Não tem como comportar esse volume”, alerta o dirigente.

Com informações do Agora RN

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Geral

Bope “só matou otário”, diz vice-presidente do PT em evento

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O prefeito de Maricá e vice-presidente do PT, Washington Quaquá, voltou a gerar polêmica ao comentar a megaoperação do Bope realizada em 28 de outubro nos Complexos da Penha e do Alemão, que deixou 122 mortos – entre eles, cinco policiais. Durante evento do PT no Rio, nesta terça-feira (2), Quaquá afirmou que a ação “só matou otário, vagabundo, bandido”, segundo a CNN Brasil.

A fala provocou indignação entre participantes do seminário, que reagiram imediatamente. Houve bate-boca e parte da plateia acusou o petista de distorcer os fatos. Quaquá rebateu dizendo que estava sendo interrompido e chegou a afirmar que seus críticos “só ouvem a própria opinião”.

O encontro reuniu nomes do governo e do partido, como Jean Uema, Chico Lucas, José de Filippi, Edinho Silva e Vitória Fortuna. Segundo comunicado oficial do PT, o prefeito de Maricá teria ido ao evento defender uma estratégia de segurança baseada em presença estatal e políticas sociais, embora tenha insistido que o combate ao crime envolve “ocupação militar do território”.

Essa não é a primeira manifestação do petista em defesa da operação. Dois dias após a ação policial, Quaquá já havia declarado nas redes sociais que “ninguém enfrenta fuzil com beijinhos”.

Com informações do Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Esse cidadão se não se enquadrar, será expulso do PT, será que ninguém no PT não falou para ele que não chamar bandido de bandido, criminosos de criminosos, ladrão de ladrão, corrupto de corrupto etc… O adjetivo correto é vítimas da sociedade

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