Novo Jornal
A MRV GANHOU uma enorme dor de cabeça no final da tarde de ontem. Não em razão dos seus clientes, que há tempo aguardam a entrega das sete torres do residencial Nimbus, em construção na Avenida Abel Cabral, em Nova Parnamirim.
O problema a ser administrado agora é a morte do trabalhador Lenilson Soares da Silva, de 21 anos, que pode causar o embargo das obras.
Natural de São José de Mipibu, o jovem despencou do 9º andar do bloco 2 e não resistiu à queda de uma altura de aproximadamente 27 metros. O acidente aconteceu no final da tarde de ontem, por volta das 16h.
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil promete acionar a Justiça caso o laudo do Corpo de Bombeiros ateste que houve negligência da construtora.
Peritos estiveram no local, mas não souberam precisar o tempo para emitir um laudo sobre as causas do acidente.
Contudo, operários que trabalhavam no acabamento do prédio, e que presenciaram a queda do colega, disseram que o acidente aconteceu porque há falhas na estrutura que deveria possibilitar uma maior segurança para quem está no alto dos apartamentos.
Segundo uma das testemunhas, que pediu à reportagem para não se identificar, o jovem carregava um balde cheio de metralha para ser despejado dentro do elevador.
O andaime, no entanto, fica distante mais de um metro da parede do prédio.
O detalhe é que neste espaço, exatamente entre o estrutura metálica do andaime e a varanda do edifício, deveria haver uma passarela de segurança, uma tábua fixada para que os trabalhadores caminhem protegidos de qualquer escorregão ou tombo.
Antes de cair, as testemunhas disseram que Lenilson chegou a bater a cabeça nas ferragens do andaime.
Porém, como não havia nada para ele apoiar os pés, acabou despencando em queda livre.
Engenheiros responsáveis pela obra não quiseram dar declarações, não permitiram a entrada da imprensa no canteiro de obras e também barraram o acesso de representantes do Sindicato.
Se a MRV tratar a família desse trabalhador morto como está tratando os clientes aqui em Natal eles terão um grande problema, pois o relacionamento com os clientes da MRV é péssimo. Qualquer acordo com a família vai atrasar como tudo que é relacionado à MRV.
Lamento pela morte do funcionário, mas espero que a familia o sindicato eo MP apurem esta morte pois a MRV trata funcionários e clientes muito mal. Só o lucro interessa. Não respeitam prazos, contratos, nem atendem as ligações dos clientes. Tenho dificuldade para entender como ainda está atuando no mercado, pois em Minas Gerais é uma construtora desacreditada.