Uma mulher foi agredida dentro de uma casa noturna na Rua Major Lopes, Bairro São Pedro, Região Centro-Sul de BH, na madrugada de sábado. A supervisora Danielle Fernandes, de 28 anos, chegou ao local por volta de 1h para assistir a um show de amigos. Segundo ela, um homem a abordou tentando beijá-la sem o seu consentimento.
Como ela evitou o contato, acabou sendo tocada em suas partes íntimas pelo suposto agressor. “Ele passou a mão por dentro do meu vestido e ainda jogou vodca com energético na minha cabeça”, afirma Danielle. A situação gerou um protesto na rede social Facebook que até o fechamento desta edição já tinha alcançado 1,3 mil compartilhamentos, além de inúmeros comentários.
O homem acusado de ser o agressor rapidamente sumiu dentro da casa noturna e ela tentou procurá-lo com a ajuda dos seguranças do estabelecimento. Depois de um longo tempo de busca, ela encontrou o agressor com a ajuda de duas amigas e foi ofendida verbalmente pelo homem. Segundo Danielle, ela foi chamada de prostituta e sapatão.
Os seguranças foram chamados novamente, mas nada puderam fazer, alegando que o suposto agressor não tinha sido flagrado cometendo nenhum tipo de agressão. Segundo a mulher, como o homem negou as acusações, os seguranças nada fizeram e o liberaram.
Imediatamente, a supervisora requisitou a presença do responsável pela casa noturna. “Quando me encontrei com o administrador, pedi que o cara fosse expulso, mas ele me disse que não podia fazer nada, que seria a minha palavra contra a dele”, afirma a agredida. Ela disse ainda que o responsável pela boate debochou da situação e disse que ela poderia chamar a polícia, se fosse sua vontade.
“Não fiz isso na hora porque não sabia nem o nome do homem que me agrediu e ele provavelmente iria embora.” Danielle deixou a casa noturna por volta das 3h, depois de pagar a conta. Ela teria prestado queixa em uma delegacia antes de ir para casa.
De acordo com o administrador da casa noturna, que preferiu não se identificar, não foi possível tomar uma decisão apenas com base na palavra da cliente. Segundo ele, como a mulher disse que tinha testemunhas, a recomendação foi para que todos comparecessem à delegacia para registrar a ocorrência. “Em momento algum debochei da situação. Inclusive me dispus a comparecer à polícia para fazer o boletim de ocorrência.”
Ele acrescentou que não houve mais nenhum contato com o suposto agressor e que Danielle continuou na boate curtindo o show até as 4h, dando a impressão de que a situação já estava contornada. A mulher informou que pretende processar a casa por conta da conivência do estabelecimento com as agressões. “Minha advogada já está olhando os trâmites necessários e amanhã (hoje) vou fazer alguma coisa.”
Fonte: Estado de Minas
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