Política

Na CPI da Covid, Witzel fala em perseguição após prisão no caso Marielle, faz comparação com Lula e decide encerrar participação fazendo valer habeas corpus

Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

O ex-governador do Rio Wilson Witzel usou o depoimento da CPI da Covid, nesta quarta-feira, como palco para se defender das acusações que o levaram a sofrer impeachment e atacar o presidente Jair Bolsonaro, a quem responsabilizou pelas mortes na pandemia. O ex-governador alegou ser vítima de “perseguição política” — o que, segundo ele, teria começado após a prisão dos assassinos da vereadora Marielle Franco. Witzel afirmou também que teve “praticamente zero” cooperação do Ministério da Saúde para o combate à pandemia da Covid-19 e que o” presidente deixou os governadores à mercê da desgraça que viria”. Ele deixou a sessão antes de concluir o depoimento, por volta das 14h, fazendo uso do habeas corpus concedido a ele pelo Supremo Tribunal Federal.

— O nível cooperação do Ministério da Saúde foi praticamente zero — disse Witzel, que depois alegou que foi cassado por ter investigado morte de Marielle:

— Tudo começou porque mandei investigar sem parcialidade o caso Marielle. Quando foram presos os dois executores, a perseguição contra mim foi inexorável.

Witzel perdeu o cargo após um processo de impeachment por crime de responsabilidade em esquema de corrupção na área da Saúde. Ele foi alvo de investigações da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República que detectaram um esquema de desvios de verba da Saúde durante sua gestão na pandemia. Com base nas provas, a PGR apresentou três denúncias de corrupção ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o ex-governador. A investigação apontou, por exemplo, que o escritório de advocacia da mulher dele, Helena Witzel, recebeu pagamentos de fornecedoras do setor de saúde. De acordo com as denúncias, os repasses eram prova de pagamentos de propina destinada a Witzel.

Investigação do caso Marielle

Em seu depoimento à CPI, Witzel disse que, após ser acusado por Bolsonaro de interferir na investigação da morte da vereadora Marielle para atingi-lo, não foi mais recebido pelo governo federal.

— A partir caso Marielle que o governo federal começou a retaliar. Nós tínhamos dificuldade de falar com os ministros e ser atendidos. Encontrei o ministro [Paulo] Guedes [da Economia]. Ele virou a cara e saiu correndo: “não posso falar com você” — afirmou o ex-governador.

Witzel contou também que, em um encontro com o ex-ministro Sergio Moro, ele não quis tirar foto e disse que não poderia dar publicidade ao encontro.

— Moro me disse: ‘Witzel, o chefe falou para você parar de falar que você quer ser presidente. E, se você não parar de falar que ser presidente, infelizmente, ele não vai te atender em nada’ — disse o ex-governador, que respondeu:

— Moro, eu acho que você está no caminho errado. Se quer ser ministro do Supremo, não tem que fazer isso.

O ex-governador reclamou também de perseguição do Ministério Público e citou especificamente a subprocuradora Lindôra Araújo — braço-direito do procurador-geral, Augusto Aras, e responsável por ações contra governadores durante a pandemia — por entender que ela tem interesse em ajudar a construir a narrativa do governo federal.

Após Witzel reforçar que houve perseguição, o senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ) interrompeu o ex-governador e sugeriu que a acusação era grave, o que gerou bate-boca.

— O que o depoente está dizendo aqui agora é que há um conluio de ministros do STJ para persegui-lo. Isso é muito grave – disse Flávio Bolsonaro, sugerindo uma comunicação do colegiado com o tribunal para apurar os fatos.

Pouco depois, Witzel disse que não são os ministros do STJ que precisam ser investigados e sugeriu uma reunião “reservada” apenas com integrantes da CPI. Flávio não é integrante da comissão, mas participa da sessão desta quarta-feira.

— Nesta reunião eu faço questão de apresentar elementos para iniciar uma investigação de pessoas que estão desvirtuando (…) e nós vamos descobrir quem está patrocinando investigação contra governador, que o resultado é um só: 490 mil mortes no país — disse.

O senador Randolfe Rodrigues pediu depoimento reservado de Witzel. O ex-governador disse que “os fatos são graves” e pediu que a reunião seja feita em uma outra data.

Comparação com Lula

O ex-governador criticou ainda as delações que, na sua avaliação, não são verdadeiras, e comparou sua situação à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos fechou um acordo de colaboração em que acusou o governador de desvios no setor.

— Quem paga o tempo em que o governador Witzel foi cassado, o tempo que o presidente Lula perdeu preso quando não poderia estar preso naquela circunstância? — disse Witzel.

Alvo de investigações de corrupção, e com o escritório de advocacia da mulher tendo recebido dinheiro de fornecedores do estado, Witzel reclamou de perseguição:

— O governador do Rio de Janeiro foi perseguido vergonhosamente por instituições que não deveriam se politizar.

Ao ser indagado sobre problemas nas investigações das OSs, Witzel afirmou que a investigação foi direcionada para derrubá-lo do cargo. O ex-governador questionou o motivo do então governador interino na época, Cláudio Castro, estar em Brasília no dia da busca e apreensão.

— O vice-governador que me substitui estava aqui em Brasília. O que ele estava fazendo aqui eu não sei até hoje (..) Isso eu acho que merecia uma quebra de sigilo para saber o que ele estava fazendo na véspera da busca e apreensão no Palácio Laranjeiras.

Apesar de ter sofrido um processo de impeachment, ele disse esperar ainda poder voltar ao cargo e terminar o mandato em 2022 — cenário altamente improvável. Ex-juiz que se elegeu ancorado num discurso conservador, Witzel disse não ser nem de direita nem de esquerda, mas um cidadão que deixou a magistratura para entrar na política por amor ao país. Afirmou também que ele e a família têm a vida em risco, em razão da máfia na saúde e das milícias.

O relator Renan Calheiros fez várias perguntas relacionadas ao relacionamento político entre Witzel, o presidente Jair Bolsonaro e familiares. Senadores governista reclamaram que a CPI estava sendo usada como “palanque”. Em algumas questões, Witzel chegou a pedir “escusas” para não comentar.

Críticas a Bolsonaro

Entre os problemas da gestão Witzel na saúde está a instalação de hospitais de campanha. Alguns deles foram fechados sem sequer terem sido abertos para atendimento da população. Na CPI, Witzel atribuiu os problemas a uma sabotagem de deputados estaduais, que estariam divulgando informações erradas sobre os gastos do governo com os hospitais.

Witzel responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) pelas mortes na pandemia:

— Como em um país o presidente não dialoga com o governador? O presidente deixou os governadores à mercê da desgraça que viria. O único responsável pelos 450 mil mortos tem nome, endereço e tem que ser responsabilizado aqui, no Tribunal Penal Internacional pelos atos que praticou.

Segundo ele, o governo federal construiu uma narrativa para responsabilizar e perseguir os governadores.

Ao ser novamente indagado sobre os investimentos do governo federal no Rio, Witzel voltou a reclamar da não liberação de leitos dos hospitais federais no estado e negou que tenha sido responsável por desvio de recursos dos hospitais de campanha. O senador Humberto Costa (PT-RJ) afirmou que houve “omissão” do governo federal.

— Quem é responsável por esse processo trágico que se viveu e se viveu no Rio de Janeiro é o governo federal, é o presidente da República, são aqueles que durante todo esse processo sabotaram as medidas de afastamento, de isolamento social, que apregoaram contra as vacinas apregoaram contra os testes — disse Humberto Costa.

No início do depoimento, apesar de estar protegido por um habbeas cospus, Witzel diise que ia colaborar com a CPI. O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia autorizado o não comparecimento de Witzel ao colegiado e deu a ele a permissão de ficar calado durante a oitiva.

— Não tenho medo da verdade, estou á disposição — disse Witzel, explicando que pode ser orientado por seus advogados em algumas questões, mas que não teria problema em responder os questionamentos dos senadores.

O discurso do ex-governador, com vários ataques a Bolsonaro, foi interrompido pelo senador governista Jorginho Mello (PL-SC), que o criticou pela posição ofensiva contra o presidente.

— Ele veio aqui para fazer comício? — questionou Mello.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Tem muita coisa ainda pra falar….
    O porteiro do condomínio…o importante é o porteiro do condomínio…
    Tem caroço nesse angu…um dia a casa vai cair…

    1. Talvez o porteiro do teu condomínio tem algo pra te falar e não sabe como lhe dizer kkkkk

    2. Sua opinião está baseada em várias mentiras criadas, é sério? Vai querer colocar a culpa da morte de uma miliciana, encomendada por grupo opositor da milícia dela, em outra pessoa? Já sei, você sai nas ruas gritando que todo corrupto é inocente.
      Um político desse que sujou as mãos, foi retirado do cargo em menos de 02 anos de mandato, com um mundo de provas de suborno e todo tipo de corrupção, uma vergonha. Só pode está alinhado a esquerda para receber o aplauso e gritos (zurra) dos zumbis. O resto, é choro e irresponsabilidade.

    1. Vai rezando ao molusco, não à Deus, pelo fato de vcs não acreditarem nele, quem sabe tudo fique mais fácil, o diabo já foi invocado em outros momentos e com certeza vc lembra deles.

  2. Safado, na hora que o Senador Girão perguntou sobre o superfaturamento dos valores dos respiradores o homeee Fugiu, kkkkk Ah Cabra de peia.

  3. Só os pulhas iguais a ele se interessam por sua opinião. Esse sujeito deveria estar preso, assim como Renan Calheiros e a maioria dos membros dessa CPI dos corruptos.

    1. MARAVILHADO COM OS COMPONENTES DESTA GRACIOSA CPI. PENSE NO JULGAMENTO PERFEITO.

  4. Falou o ex-governador do RJ cassado por improbidade administrativa kķkkk na CPI do circo fuxiquinha.

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Mundo

VÍDEO: Avião com criança e outras 5 pessoas cai perto de shopping e explode na Filadélfia, nos EUA

 

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Um avião de pequeno porte caiu perto de um shopping center na cidade da Filadélfia, nos EUA, nesta sexta-feira (31). De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), havia uma criança e outras cinco pessoas na aeronave.
Não havia confirmações sobre mortos e feridos no avião e no solo até a última atualização desta reportagem.

A criança, segundo a agência, era uma paciente que estava sendo transferida com a mãe acompanhando. A aeronave era da empresa Jet Rescue Air Ambulance, que faz transporte aeromédico.

Segundo a agência, todos a bordo do voo eram do México. A criança estava sendo transportada para casa, de acordo com o porta-voz da Jet Rescue, Shai Gold. O destino final do voo era Tijuana, com uma parada no Missouri.
A criança e a mãe estavam junto com quatro tripulantes. Gold disse que a tripulação era experiente.

Vídeos publicados em redes sociais mostram focos de incêndio na cidade. Segundo testemunhas, o impacto ocorreu na região de um shopping chamado Roosevelt Mall. Uma imagem, em particular, mostra o que parece ser uma queda de aeronave de nariz em alta velocidade.

Segundo a FAA, agência que regula a aviação civil nos EUA, a aeronave envolvida é um avião bimotor de resgate médico, modelo Learjet 55, que havia decolado do aeroporto Philadelphia Northeast, a poucos quilômetros do local do impacto.

O voo MTS56, que tinha como destino a cidade de Springfield, no estado do Missouri, caiu cerca de 30 segundos após a decolagem. Segundo dados do site FlightRadar24, que monitora tráfego aéreo, o Learjet atingiu uma altitude de 500 m antes de despencar do céu.
A queda teria acontecido por volta das 18h no horário local (20h em Brasília). TVs locais mostram dezenas de viaturas de polícia e bombeiros no local, isolado pelas autoridades. Pelo menos uma casa e vários carros estão em chamas.

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G1

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Geral

Rodrigo Bocardi fala pela 1ª vez após demissão: “Um susto”

Reprodução

O jornalista Rodrigo Bocardi, 49, se pronunciou na noite desta sexta-feira (31) sobre sua demissão da TV Globo. Em um vídeo nas redes sociais, ele comentou sua trajetória na emissora e descreveu o desligamento como “um susto”.

“E aí, pessoal, tudo bem? Sim, está tudo bem. Olha só, que dia hein! Eu quero compartilhar esse sentimento com vocês, está tudo bem. Eu não quis deixar passar tanto tempo para dar uma satisfação para vocês depois do grande susto de ontem”, iniciou Bocardi.

Em seu relato, o ex-apresentador do Bom Dia São Paulo agradeceu a emissora, na qual foi correspondente em Nova York e substituiu âncoras em outros telejornais.

“Vou fazer aqui um depoimento no improviso, da maneira que eu gosto, sem texto, sem nada, para agradecer. Agradecer a TV Globo, 25 anos… Um quarto de século. Quanto aprendizado, quanta oportunidade. A gente fez muita coisa, a gente chorou, a gente sorriu, a gente se divertiu, a gente ficou de mau humor, a gente fez tudo isso”, continuou.

Leia o depoimento na íntegra:

E aí, pessoal, tudo bem? Sim, está tudo bem. Olha só, que dia hein! Eu quero compartilhar esse sentimento com vocês, está tudo bem. Eu não quis deixar passar tanto tempo para dar uma satisfação para vocês depois do grande susto de ontem. Vou fazer aqui um depoimento no improviso, da maneira que eu gosto, sem texto, sem nada, para agradecer. Agradecer a TV Globo, 25 anos… Um quarto de século. Quanto aprendizado, quanta oportunidade. A gente fez muita coisa, a gente chorou, a gente sorriu, a gente se divertiu, a gente ficou de mau humor, a gente fez tudo isso.

E o principal: a gente conseguiu construir essa conexão. Uma conexão crescente, forte, potente, né?! De todos os dias de interação, de respeito, de carinho comigo, que eu só agradeço. Isso é especial. E de crítica e cobrança. E eu tentando ser a voz de todos ali, fazendo as críticas contundentes muitas vezes, não agradando a todos. Mas eu quero dizer para vocês que nesse período, eu atuei da mesma forma. 25 anos com os mesmos princípios, então é isso que deixa a minha consciência tranquila. Bem tranquila.

Quero dizer para vocês que vou aparecer mais vezes por aqui, a gente vai se falar mais, a gente está junto, não tem essa. E quem sabe também em outros lugares, dizendo ‘ bom dia, boa tarde, boa noite’, vai ser o quê? Tem um futuro bonito aí, temos muitos caminhos para percorrermos juntos.

Fiquem bem, aceitem essa minha tranquilidade, o agradecimento à vocês e o agradecimento à TV Globo. Boa sorte ao Bom Dia São Paulo, que continue sendo a potência que sempre foi e a gente se vê. Final de semana está chegando, curtam da mesma forma que eu vou curtir. E amanhã, já sabe né?! Durma até acordar.

CNN Brasil

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Política

Com favoritos, Senado e Câmara elegem novos presidentes neste sábado (1º)

REUTERS/Ricardo Moraes

Os novos presidentes da Câmara e do Senado serão definidos em votações neste sábado (1°). Pela manhã, a partir das 10h, os senadores escolhem o novo comando da Casa. Às 16h, os deputados iniciam a eleição para a nova presidência.

O favorito entre os senadores é Davi Alcolumbre (União-AP), que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa. Ele tem o apoio de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado que chegou ao cargo em 2021 e foi reeleito com o endosso de Alcolumbre.

O senador tem o apoio de oito partidos (MDB, Republicanos, PT, PL, PSB, PDT, PSD e PP), além do próprio União Brasil. Apenas o Novo e o PSDB não embarcaram formalmente na campanha do político.

No caso do Podemos, três senadores da legenda anunciaram endosso a Alcolumbre, mas a sigla teve um racha com dois outros integrantes anunciando candidaturas próprias.

Outros senadores também anunciaram candidaturas avulsas São eles: Eduardo Girão (CE), único representante do Novo na Casa; Marcos Pontes (PL-SP), mesmo sem o apoio da sua bancada e sob críticas de Jair Bolsonaro (PL); e os senadores do Podemos Marcos do Val (ES) e Soraya Thronicke (MS).

Após a escolha do novo presidente, será realizada a votação dos demais integrantes da Mesa Diretora: os dois vice-presidentes, os quatro secretários e os quatro suplentes.

Câmara

Na Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) tem apoio de quase todos os partidos. Apenas as bancadas do PSOL e do Novo não declararam apoio ao deputado.

O deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) também devem disputar o comando da Casa. O prazo para o registro das candidaturas é até 13h30 deste sábado.

Motta reúne apoio, além do próprio Republicanos, de 17 partidos (Avante, Cidadania, MDB, PC do B, PDT, PL, Podemos, PP, PRD, PSB, PSD, PSDB, PT, PV, União Brasil, Rede e Solidariedade). Juntas as bancadas somam 495 deputados, mas o apoio formal das siglas não garante os votos de todos os integrantes, já que a votação é secreta.

Apenas as bancadas do Novo, com quatro deputados, e do PSOL, com 13 integrantes, não apoiaram Motta.

Antes da eleição, os deputados deverão formalizar, até às 9h, a formação dos blocos parlamentares, que servirá de base para a distribuição dos cargos na Mesa Diretora. Quanto maior o bloco, mais cargos o grupo têm direito na Mesa.

O acordo sobre os nomes indicados de cada partido deve ser concluído na reunião de líderes prevista para às 11h.

Os deputados devem registrar 11 votos na cabine eletrônica para: presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes. A votação é secreta. Para serem eleitos em primeiro turno de votação, os candidatos precisam receber 257 votos (maioria absoluta).

CNN Brasil

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Brasil

VÍDEO: Deficit de R$ 8,07 bilhões das estatais não é rombo, diz Ministra de Lula

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, declarou nesta 6ª feira (31.jan.2025) que o deficit de R$ 8,07 bilhões das empresas estatais, o maior da história, não deve ser classificado como “rombo”. Segundo Dweck, o resultado negativo é só uma demonstração contábil e não deve ser classificado como prejuízo, porque a maioria das empresas seria lucrativa.

“Não chamem de rombo, a gente já explicou isso, é bom lembrar. Hoje, o que foi divulgado pelo Banco Central é o resultado fiscal das empresas, que pensa só as receitas do ano e as despesas do ano. Como eu já expliquei várias vezes, muitas despesas que são feitas pelas estatais são com dinheiro que estava em caixa e, portanto, ele acaba gerando resultado deficitário ainda que as empresas tenham lucro”, disse a ministra a jornalistas depois de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os Correios.

As estatais fecharam 2024 com o maior deficit da série histórica, iniciada em 2002. O BC (Banco Central) divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” nesta 6ª feira (31.jan). Eis a íntegra do comunicado (PDF – 274 kB).

Em 2023, as estatais registraram deficit de R$ 2,27 bilhões. O saldo negativo subiu 255,8% no ano passado. Segundo dados do BC, o deficit acumulado das estatais no governo Lula foi de R$ 10,3 bilhões.

CORREIOS PUXAM DEFICIT

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Gestão e Inovação na 5ª feira (30.jan), os Correios puxam a fila do deficit primário das estatais federais, com saldo negativo de R$ 3,2 bilhões. A estatal é presidida por Fabiano Silva dos Santos, advogado indicado ao cargo pelo Prerrogativas, grupo de operadores do direito simpáticos ao presidente Lula. O coletivo atuou e segue atuando fortemente contra as acusações de processos da Lava Jato.

O resultado de R$ 4,04 bilhões diz respeito às companhias que entram na meta fiscal e não incluem empresas do grupo Petrobras e bancos estatais, que estão fora da meta

Dweck declarou que 9 das 11 empresas estatais são lucrativas, apesar de também aparecerem como deficitárias. Isso aconteceria porque as instituições voltaram a fazer investimentos com os recursos em caixa. Não é o caso dos Correios, que ainda precisa se tornar lucrativa.

“O foco com os Correios é que eles sejam uma empresa lucrativa, se vai ter deficit ou superavit é o resultado das receitas do ano e as despesas do ano, é muito importante lembrar isso, não é o rombo, das 11 empresas que têm deficit foram divulgadas hoje, 9 têm lucro, portanto não é rombo. Segundo, o Tesouro não vai arcar com isso, a gente já explicou isso, não é o rombo, de novo, é o resultado pelo fato dessas empresas estarem gastando o dinheiro que está em caixa, terem aumentado os investimentos”, disse.

Correios minimizam deficit

O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, minimizou nesta 6ª feira (31.jan) o deficit da empresa em 2024 de R$ 3,2 bilhões em 2024. Ele também diferenciou o valor do rombo com o do balanço, que ainda será divulgado em março, onde será anunciado se a empresa teve lucro ou prejuízo em 2024. Perguntado, entretanto, não citou se há expectativa de lucro para a divulgação marcada para daqui a pouco mais de 1 mês.

“É, assim, nós vamos aguardar a divulgação oficial dos números, ainda estão sendo contabilizados no fechamento do mês de dezembro e quando tiver, naturalmente, esses números vão ser divulgados”, declarou Fabiano.

Ele chegou a dizer, em conversa com jornalistas, que estava trabalhando para que os Correios se tornassem lucrativos ainda em 2025. Perguntado sobre isso, ele recuou, afirmando que os números podem aparecer nos balanços trimestrais ao longo do ano, mas não no fechado de 2024 que será divulgado em março.

Fabiano não quis responder, entretanto, se acredita que a empresa dará lucro em 2024 ou não. A expectativa é que o balanço de 2024 deve mostrar o maior prejuízo da história, de R$ 3,2 bilhões. Até hoje, o pior foi o de 2015, sob Dilma Rousseff (PT): R$ 2,1 bilhões.

Poder 360

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Gastronomia

Camarão Iracema, uma homenagem a praia de Fortaleza e um ceviche de salmão delicioso esperam por você no Papo de Fogão

O Papo de Fogão desta semana está cheio de sabores imperdíveis. O Chef Luciano Ferreira, do Restaurante O Capo em Fortaleza/CE, apresenta o especial Camarão Iracema, um prato que une tradição e sofisticação. E para a dica da semana, a Chef Maristela Franco, do Restaurante Armazém do Chef em São Luís/MA, traz um delicioso Ceviche de Salmão. Não perca essas receitas incríveis!

SÁBADO
BAND
MARANHÃO, 7h
CEARÁ, 8h
PIAUÍ, 8h

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h
PARAÍBA –
TV CORREIO/RECORD, 10h30

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Brasil

Defesa de um dos “kids pretos”, grupo de elite do Exército, pede anulação de delação premiada de Mauro Cid

Antônio Cruz/Agência Brasil – Arquivo

A defesa do tenente-coronel Rodrigo Azevedo, um dos “kids pretos”, grupo de elite do Exército, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid seja anulada. Azevedo está preso pela suspeita de participar do suposto plano de golpe de Estado e assassinato de autoridades.

Segundo a defesa, os áudios divulgados “indicam clara ilegalidade e nulidade do acordo de colaboração premiada firmado entre o tenente-coronel Mauro Cid e a Polícia Federal, uma vez que evidenciam o descumprimento dos requisitos necessários para a validação do aludido acordo”.

Para os advogados de Azevedo, o conteúdo das informações vazadas indica que Cid “teria sido constrangido a assinar um acordo de colaboração premiada cujo conteúdo era dissonante de sua versão a respeito dos fatos”.

Por isso, o conteúdo não teria validade. “Não há dúvidas de que os áudios divulgados pela imprensa indicam possível ocorrência de coação e de ausência de voluntariedade na manifestação de vontade do colaborar, o que, por razões evidentes, deslegitima, invalida e torna ilícito o conteúdo do termo do acordo de colaboração premiada firmado”, completa.

A delação premiada de Cid foi firmada em agosto de 2023 e em 2024. No primeiro depoimento, o ex-ajudante de ordens contou sobre o contexto do grupo de Bolsonaro após a derrota nas eleições para Luiz Inácio Lula da Silva. A delação do tenente-coronel do Exército aborda as divisões internas no núcleo duro de apoio ao ex-presidente.

Como ajudante de ordens da presidência, o tenente prestava assistência direta a Bolsonaro e acompanhava o presidente em compromissos oficiais e reuniões. Ele crava no depoimento que o ex-presidente trabalhava com duas hipóteses.

“A primeira seria encontrar uma fraude nas eleições e a outra, por meio do grupo radical, encontrar uma forma de convencer as Forças Armadas a aderir a um Golpe de Estado”, declarou à PF.

‘Vazamentos seletivos’

A defesa de Jair Bolsonaro criticou o vazamento, no último domingo (26), do primeiro depoimento da delação de Mauro Cid, e falou em “indignação diante de novos vazamentos seletivos”. À PF (Polícia Federal), o tenente-coronel contou como aliados do ex-chefe do Executivo teriam divergido sobre a melhor estratégia para ser adotada após a derrota nas eleições de 2022.

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R7

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Geral

WhatsApp diz que empresa de software espião Paragon vigiou usuários do app em diversos países

Foto: Mariana Saguias/TechTudo

Um funcionário do WhatsApp disse que a empresa israelense de spyware Paragon Solutions buscou vigiar usuários do aplicativo, incluindo jornalistas e membros da sociedade civil.

O funcionário disse nesta sexta-feira (31) que o WhatsApp detectou um esforço do programa espião para hackear aproximadamente 90 usuários.

Segundo ele, essas pessoas receberam documentos eletrônicos maliciosos que não exigiam nenhuma interação para comprometer seus alvos, uma invasão chamada “zero-click”.

Ainda de acordo com a fonte, a Meta, dona do aplicativo, barrou a invasão e mandou uma carta para a Paragon parar com a ação.

O funcionário se recusou a discutir como foi determinado que a Paragon era responsável pelo ataque. Ele disse que as autoridades policiais e os parceiros do setor foram informados, mas não quis dar detalhes.

O FBI não retornou imediatamente uma mensagem pedindo comentários.
Em um comunicado, o WhatsApp disse que a empresa “continuará a proteger a capacidade das pessoas de se comunicarem de forma privada”.
A Paragon se recusou a comentar.
Alvos em mais de 24 países

O funcionário se recusou a dizer quem, especificamente, era alvo da espionagem. Mas afirmou que os alvos estavam localizados em mais de duas dúzias de países, incluindo várias pessoas na Europa.

O funcionário disse que o WhatsApp está encaminhando os alvos para o grupo canadense de vigilância da internet Citizen Lab.

O pesquisador John Scott-Railton, do Citizen Lab, disse que a descoberta do spyware da Paragon direcionado aos usuários do WhatsApp “é um lembrete de que o spyware mercenário continua a proliferar e, à medida que isso acontece, continuamos a ver padrões familiares de uso problemático”.

Os criadores de spyware, como a Paragon, vendem software de vigilância de alta qualidade para clientes do governo e normalmente apresentam seus serviços como essenciais para combater o crime e proteger a segurança nacional.

No entanto, essas ferramentas de espionagem foram descobertas várias vezes nos telefones de jornalistas, ativistas, políticos da oposição e pelo menos 50 autoridades dos EUA, o que levanta preocupações sobre a proliferação descontrolada da tecnologia.

O que é a Paragon

A Paragon teria sido comprada pelo grupo de investimento AE Industrial Partners, com sede na Flórida, nos Estados Unidos, no mês passado. Ele tentou se posicionar como uma das mais responsáveis no setor.

O site da Paragon oferece “ferramentas, times e dicas baseadas em ética” contra ameaças difíceis de controlar. Também são citadas reportagens onde pessoas familiarizadas com a empresa dizem que a Pagaron só vende seus produtos para governos de países onde a democracia é estável.

G1

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Celebridades

Empresas de Rodrigo Bocardi somam mais de R$ 2,3 mi em dívidas tributárias

Reprodução

Rodrigo Bocardi, âncora do Bom Dia São Paulo, foi desligado da Globo ontem após 26 anos na emissora. O jornalista, em paralelo à Globo, mantinha abertas três empresas em seu nome: a Free Live Produções e Editora (desde 1997), a DigLog Produções e Editora (desde 2015) e a Digital 720 (aberta em 2017). As empresas estão registradas como “produtoras de vídeo e publicidade”.

Só o fato de Bocardi ter empresas com foco em comunicação já pode ser algo encarado, dependendo da interpretação da emissora, como uma quebra do Código de Ética. Isso porque não é permitido que jornalistas do canal façam trabalhos extras.

A Free Live soma dívida de R$ 1.888.136,07. A empresa, que também tem como sócia a esposa do jornalista, a empresária Ana Claudia Bernardino Bocardi, foi aberta em 1997 com um capital social de R$ 1.000.

A Free Live está sediada em São Paulo e tem como atividades “a produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão”.

Já a Diglog acumula débito de R$ 412.164,21. A dívida da empresa com o Simples Nacional está em R$ 395 mil, de acordo com consulta realizada pela reportagem na tarde de sexta-feira (31).

A marca, que foi aberta em 2015, presta serviços de consultoria em publicidade e organização de feiras, congressos, exposições e festas.

Procurado por Splash, o apresentador não retornou até o momento. A reportagem também fez contato com advogados que representaram o jornalista em processos judiciais, mas não obteve resposta. O espaço está aberto.

Por que uma empresa vai parar na dívida ativa da União?

Quando o órgão público não identifica o pagamento de um valor devido, tem 90 dias para solicitar a inscrição do devedor na dívida ativa. Quem faz essa inscrição são as procuradorias. As dívidas das empresas de Bocardi, por exemplo, são tributárias —quando um imposto ou tributo deixa de ser pago.

UOL

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Esporte

VÍDEO: Neymar assina contrato com o Santos


Neymar está oficialmente de volta ao Santos! Na tarde desta sexta-feira (31), o novo camisa 10 assinou contrato com o clube da Vila Belmiro, no CT Rei Pelé, na cidade do litoral paulista.

No momento da assinatura, a caneta utilizada por Neymar falhou e arrancou risos do craque e de Marcelo Teixeira, presidente do Santos.

Início na Vila Belmiro

Revelado pelo Santos, Neymar estreou pelo profissional em 2009. Em síntese, seu talento precoce levou o Peixe para a conquista inédita da Copa do Brasil de 2010 e o fim do jejum de 48 anos sem conquistar a Copa Libertadores, vencida pelo clube alvinegro em 2011.

Ao todo, foram 136 gols marcados e seis títulos conquistados pelo Peixe. Logo, seu brilho chamou atenção de clubes da Europa, em especial o Barcelona, que contratou o atleta por 88 milhões de euros (aproximadamente R$ 233 milhões, na cotação da época), em 2013.

Carreira de Neymar fora do Brasil

No Barcelona, Neymar se destacou ao formar o temido “MSN” com Messi e Suárez. Na passagem, conquistou duas LaLigas, a Champions League de 2014/15, três Copas do Rei e o Mundial de Clubes. Assim, sua participação foi crucial em grandes vitórias do Barça, como a remontada histórica contra o PSG na Liga dos Campeões de 2016/17.

Em 2017, Neymar se envolveu na maior transferência da história do futebol ao ser comprado por 222 milhões de euros (R$ 821 milhões, na cotação da época) pelo Paris Saint-Germain. No clube parisiense, conquistou títulos da Ligue 1, Copas da França e, em 2020, foi fundamental na campanha do clube até a final da Liga dos Campeões, embora o título europeu tenha ficado fora de alcance.

Entretanto, por conta de problemas com lesões, a passagem ficou marcada mais pelas polêmicas extracampo do que pelas suas atuações no futebol saudita. Ao todo, foram apenas sete jogos, um gol marcado e duas assistências distribuídas.

Janela de transferências do Peixe

Agora, Neymar chega como o sexto reforço do Santos para a atual temporada. Anteriormente, o Peixe já havia anunciado os zagueiros Luisão e Zé Ivaldo, o lateral-direito Leo Godoy, o meia-atacante Thaciano e o centroavante Tiquinho Soares.

Ainda assim, o Peixe pretende anunciar em breve Álvaro Barreal, Gabriel Veron e Zé Rafael.

CNN Brasil

 

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