Opinião

Não podemos mais errar no combate à desinformação (fake news) – Por Herval Sampaio

Foto: Pedro França/Agência Senado

Por Herval Sampaio*

Em 2018 o Brasil conheceu de forma sistêmica o fenômeno que ocorrera dois anos antes, em 2016, no Reino Unido e nos Estados Unidos: a disseminação massiva e coordenada de fake news no processo eleitoral. Nosso país passou, naquele ano, por uma quebra de paradigmas que, nos anos seguintes, mostrou ter encontrado aderência social para se instalar e permanecer, causando tantos males à nossa democracia.

Feita a rápida contextualização do problema, chegamos a 2024, e embora o pleito deste ano tenha encerrado há pouco, algo, infelizmente, não cessou com o fim do Segundo Turno: os erros das pesquisas eleitorais para muito além das margens. Essa constatação, que não é novidade, está ancorada em dezenas de exemplos ocorridos ao longo desta quadra eleitoral por todas as partes do Brasil, e em especial no Rio Grande do Norte, Estado no qual moramos e nos orgulhamos, mas os dados a serem discorridos nos entristece e ao mesmo tempo nos fortalece no combate a esse direcionamento criminoso que alguns têm feito e com a mesma intensidade tem de ser reprimido e expurgado do nosso processo eleitoral.

A partir de um projeto desenvolvido em parceria com alguns pesquisadores, de monitoramento das pesquisas registradas desde 1 de janeiro até 20 de outubro, lastreado pelas bases de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), produzimos um estudo que reúne vasto acervo de informações que corroboram a premissa de que as pesquisas eleitorais tornaram-se um instrumento de desinformação (fake news) em massa, como modus operandi de partidos e políticos para lograr êxito nas disputas municipais, a saber: crescimento vertiginoso e atípico dos gastos com pesquisas, da quantidade delas, do preço médio, do número de institutos e do perfil dos contratantes, por vezes incompatível com o faturamento destes, dados irrefutáveis que merecem uma investigação muito rigorosa e criteriosa.

O primeiro dado que merece atenção diz respeito ao aumento dos gastos registrados no Brasil, comparando-se 2016 com 2024: foram R$ 71 milhões há 8 anos, e agora romperam a casa dos R$ 171 milhões. Ou seja, as 14,8 mil pesquisas registradas nesta eleição custaram R$ 100 milhões a mais. Isso implica dizer que o valor médio de cada levantamento cresceu de R$ 7,9 mil (2016) para R$ 11,5 mil (2024).

No Rio Grande do Norte, há números que chamam mais atenção sobre vários aspectos. O primeiro deles é o volume de recursos gastos com pesquisas registradas: R$ 5,3 milhões em 2024. Isso equivale a 8 vezes o que foi gasto na eleição de 2016 no estado (R$ 679 mil) – apenas em Natal, as cifras passaram de R$ 1,6 milhão agora, contra R$ 239 mil em 2016, com aumento de quase 7 vezes.

Quanto ao volume de levantamentos registrados, foram 744 neste ano, contra apenas 144 em 2016. Aumento de 600 pesquisas ou 416%. Isso fez com que o Estado ocupasse o 8º entre os 26 estados com mais pesquisas divulgadas, e 3 cidades aparecem entre as 30 do Brasil: Natal (4º, com 101), Parnamirim (23º, com 37) e São Gonçalo (30º, com 32). E Natal teve o crescimento mais vertiginoso, passando de apenas 15 em 2016 para 101 em 2024. Importante enfatizar, que no nosso estudo só consideramos as registradas no TSE. As chamadas “pesquisas internas”, realizadas pelas campanhas dos candidatos, é quase impossível no momento, de elaborar qualquer diagnóstico pela dificuldade na captação dos dados devido o seu caráter restrito aos contratantes/pagantes.

No que diz respeito aos institutos que atuaram no Rio Grande do Norte, o número saltou de 11 em 2016 para 31 neste ano, redundando em crescimento de 181% no comparativo. Na capital potiguar, no mesmo período, passaram de 4 para 19, equivalente a quase 5 vezes mais. A explosão numérica aqui mencionada é assombrosa por si só!

Com a elevada quantidade de institutos oferecendo serviços, criou-se um cenário no país inteiro, refletido de forma acentuada em solo potiguar, que nos parece ter desbordado na mercantilização das pesquisas, haja vista que o total de cidades do Estado que realizaram pesquisas subiu de 63 (2016) para 128 (2024), ou seja, mais do que dobraram.

Casos que ilustram o problema

A utilização de pesquisas como instrumento de desinformação tornou-se tão efetivo e presente nas eleições, que houve casos em que candidatos e partidos sentiram-se à vontade para, não apenas realizarem levantamentos, como fazê-los de forma pública, com registro oficial junto ao TSE, e compondo suas prestações de contas, sem qualquer constrangimento, e é nesta nódoa que para nós reside o problema.

No estado, tivemos candidatos a prefeito Coronel Ezequiel e São Bento do Trairí que contrataram, registraram e divulgaram pesquisas eleitorais ao longo da disputa. Houve também o caso de um partido (PSD) que contratou, registrou e deu publicidade a levantamentos onde seus candidatos concorriam, casos de Apodi, São Bento do Trairí e São Miguel do Gostoso.

Em outras cidades, houve candidatos que contrataram institutos de pesquisa com recursos de campanha, do fundo eleitoral, e esses institutos, mesmo diante do claro conflito ético, permaneceram publicando levantamentos na capital, casos da Consult, Exatus e Datavero, que no 1º turno tiveram suas projeções de véspera errando para além das margens de erro, inclusive na indicação de quais seriam os 2 candidatos a passarem ao 2º turno. Tais institutos obtiveram melhor desempenho no 2º turno, quando havia apenas 2 candidatos e a tendência de oscilação dentro das margens de erro é maior.

Também foi possível verificar situações, no mínimo, curiosas, como o fato de que ao menos 125 pesquisas registradas tiveram os institutos se autodeclarando como contratantes/pagantes dos trabalhos que eles próprios realizaram. É dizer que 1 a cada 5 serviços contratados foi ‘doado’. Inclusive apenas 2 institutos concentram a maioria desses 125 levantamentos. E esses dados ganham contornos mais chamativos quando se verifica que eles consumiram cerca de R$ 1,1 milhão. Ou seja, essas empresas vão na contramão a um princípio básico do capitalismo, a relação entre receitas e despesas, como forma de sobrevivência econômico-financeira.

Outro fato que chama atenção é que blogs, sites e portais foram responsáveis por R$ 2,5 milhões ou quase metade (47%) dos recursos que custearam as pesquisas, indicando uma representatividade desproporcional à fatia que ocupam do mercado publicitário potiguar. Tanto assim, que os veículos da mídia tradicional (TV e rádio) foram responsáveis por menos de 20% dos gastos, denotando também desproporcionalidade, neste caso inversa, da representatividade deles no mercado estadual. Tal fato nos faz se perguntar: o mercado dos blogs é tão virtuoso que permite investimento milionário? A pesquisa eleitoral é um “produto” rentável financeiramente capaz de tamanho gasto por seus proprietários?

Erros dos institutos

Para verificar o desempenho dos institutos é preciso utilizar um parâmetro justo e, no caso da eleição de 2024, no Rio Grande do Norte, o trabalho realizado por esses pesquisadores se valeu do comparativo entre os votos totais nas urnas e as intenções de votos estimuladas apontadas em cada levantamento, dentre aqueles realizados nos últimos 4 dias anteriores à eleição, particularmente do pleito das 6 cidades em que houve mais registros de pesquisas: Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu e Apodi.

Ao final do primeiro turno, apenas 1 (TS2, em Mossoró) entre as 28 pesquisas avaliadas aproximou-se do resultado das urnas, dentro das margens de erro. Significa que apenas 3,5% das pesquisas tiveram desempenho certeiro, e no caso de Natal, apenas 1 instituto (AtlasIntel) acertou quais candidatos iriam ao 2º turno. Contraditoriamente, embora o instituto que mais se aproximou do resultado em Mossoró, foi o que trouxe o maior “erro médio” em Natal. Conforme o quadro abaixo, nenhum instituto conseguiu obter desempenho abaixo dos 3,5% de margem de erro:

Já no 2º turno ocorrido em Natal, embora tenham melhorado na precisão, os institutos realizaram 29 levantamentos entre 07/10 e 26/10, 11 dos quais divulgados nos últimos dias, e ainda assim, verificou-se uma oscilação com discrepâncias acentuadas, variando de maioria pró-Natália Bonavides em 1,5% e pró-Paulinho Freire em 20,5%, quando o resultado das urnas trouxe uma diferença de 10,1% em favor do candidato do União Brasil, como detalhado a seguir:

As estimativas capturadas pelos institutos Seta e Qualittá são simbólicos do problema, na medida em que apresentam cenários diametralmente opostos em vencedor e maioria, para muito além do razoável das margens de erro, merecendo, nosso sentir, uma investigação rigorosa como defendida, pois no mínimo é estranho imaginar que uma pesquisa que é científica, por excelência, apresente um disparate muito além das margens de erro, sem que se aponte nenhum fato excepcional justificador. Com a palavra o Ministério Público!

Sociedade unida é o caminho para resolver o problema

Nos parece que o universo das pesquisas eleitorais, ao seguir uma dinâmica quase que exclusivamente entregue à iniciativa privada, no caso do Brasil, criou ambiente propício à formação de um ciclo vicioso que envolve políticos, institutos e blogs/portais, envidados no propósito dos seus respectivos interesses individuais, a despeito do compromisso único e imaculável de expressar o pensamento coletivo em dado recorte temporal.

Dessa constatação, deriva a necessidade de que, de igual modo, a sociedade se mobilize para, a partir também de uma tríade (universidades, judiciários e mídia tradicional), se possa construir uma alternativa que permita entregar à população, quando dos pleitos bienais, pesquisas isentas, íntegras, permeadas da credibilidade e da expertise técnica da academia, conduzindo, nesse campo, ao protagonismo da ciência e não das fake news.

Isto não significa, em momento algum, sugerir o fim dos institutos privados. Ao contrário. Com isso, as empresas cuidariam de um nicho bem maior e afeto aos interesses de seus contraentes, que é o das pesquisas de consumo interno, que para atingirem seus escopos, nunca vai se permitir que a ciência não seja priorizada, já que os resultados servirão realmente para a campanha e eventual governo.

Para completar, sugere-se que ao final de cada eleição, as universidades publicariam um ranking de desempenho dos institutos, de acordo com o erro médio calculado a partir do comparativo entre intenção de votos estimulada e votos totais nas urnas, a servir como balizador da reputação de todos os que participaram do pleito, como uma espécie de agência de checagens como existe no combate às fake news.

Ao contrário de uma pesquisa cientificamente fundamentada por uma universidade respeitada, uma pesquisa eleitoral sem a devida transparência e quem sabe, manipulada e tendenciosa, pode influenciar no resultado de uma eleição e na democracia.

Ao fim e ao cabo, estamos chamando atenção para o problema e dando uma pequena contribuição ao debate público, tentando unir a academia e o judiciário para oferecer alternativas a contornar a gênese da questão, porque se atores sociais como o – TSE, as universidades públicas e a mídia tradicional, sem olvidar os blogs e demais atores da mídia social que não aceitem participar de farsas – não se unirem para implementar iniciativas concretas como as aqui sugeridas, correremos o risco de repetir em 2026 o processo de corrosão e fragilização da democracia de modo ainda mais agudo, institucionalizando-se via “pesquisas fake news” na nossa cara e sem pudor, violando vários atos normativos de uma vez só, inclusive a nova resolução do TSE de combate à desinformação. Feito o alerta!

*José Herval Sampaio Júnior é Juiz de Direito TJ/RN, Doutor em Direito Constitucional pela UFPR e Professor do Curso de Direito da UERN.

Opinião dos leitores

  1. Esse magnifico trabalho do Doutor José Herval Sampaio Júnior, deveria se tornar a bussola para que as autoridades brasileiras e os politico se debrucem, em busca não só do aperfeiçoamento mas da moralização dessa ferramenta desagregadora da nossa DEMOCRACIA, usada como uma verdadeira banca de negócios nas campanhas eleitorais. Vale ressaltar que grande parte do seu efeito negativo, foram os mais de 33.000.000 (21,2%) de abstenção em todo o Brasil e 150.000 (26%) em Natal, no Segundo turno

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Geral

[VÍDEO] Caso Maria Fernanda: Vídeo mostra menina de 12 anos caminhando na rua antes de desaparecer

Imagens de câmeras de segurança flagraram de Maria Fernanda da Silva Ramos, de 12 anos, caminhando na rua antes de desaparecer na última quinta-feira (31) em São Gonçalo do Amarante. O corpo da menina foi encontrado nesta segunda-feira (4) e o principal suspeito foi preso em São José de Mipibu e confessou o crime.

Segundo a delegada-geral de Polícia Civil do Rio Grande do Norte, Ana Cláudia Saraiva Gomes, o homem relatou que teria matado Maria Fernanda na cidade de Extremoz e depois queimado o seu carro em Macaíba.

Fonte: Portal 98Fm

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Brasil

PIX por aproximação começa a funcionar; entenda o processo

Foto: Agência Brasil

O Google anunciou nesta segunda-feira (5) o lançamento do pagamento com PIX por aproximação para clientes de sua carteira digital, a GPay. Ou seja, o cliente poderá pagar sua conta aproximando o celular de uma máquina de cartão.

O evento de lançamento aconteceu na sede da empresa, em São Paulo, com a presença do presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto.

O PIX por aproximação estaria disponível em todo o país somente a partir de fevereiro de 2025, mas a funcionalidade tem sido antecipada por alguns bancos e financeiras.

“Fizemos uma pesquisa perguntando para as pessoas o que elas achavam do PIX, por que que elas usavam. Muita gente ainda não usa o PIX porque tem preguiça de entrar no aplicativo e digitar um número. Muita gente diz que usa o cartão de crédito porque o cartão de crédito você pode só aproximar”, disse Campos Neto.

“Se eu não me engano, 30% das pessoas que não usavam PIX no dia a dia, e usavam mais cartão, disseram que era porque era mais simples só aproximar o cartão. Então, agora a gente tem a possibilidade de aproximar.”

Com o novo percurso, o pagamento por PIX por aproximação se iguala ao sistema de aproximação já usado em cartões de crédito:

  • O comprador avisa ao lojista que deseja pagar por meio do PIX por aproximação;
  • O lojista seleciona o pagamento por PIX na maquininha;
  • O comprador habilita o pagamento por reconhecimento facial ou senha;
  • O comprador encosta o celular, confere o valor e confirma a transação.

A função está disponível para clientes de bancos que conseguem vincular suas contas à carteira digital do Google. São eles: C6 Bank, PicPay e, agora, do Itaú Unibanco.

O PicPay já libera a partir desta segunda o uso do PIX por aproximação. “A liberação aos clientes será feita em fases. A maquininha própria do PicPay também é a primeira do mercado habilitada a transacionar com o novo método — uma parte dos aparelhos já começou a aceitar, e todas estarão aptas até o fim deste mês”, diz o banco.

Também nesta segunda-feira, o Itaú Unibanco anunciou que suas maquininhas da Rede passarão a aceitar o pagamento por PIX por aproximação. Os clientes que tenham conta da carteira digital do Google também poderão usar a função em breve.

“A funcionalidade está sendo disponibilizada em fases e, em algumas semanas, todos os clientes Itaú Unibanco poderão cadastrar sua conta Itaú na wallet para pagar apenas aproximando o celular, sem a necessidade de abrir o Superapp do banco no momento da compra”, diz o banco.

O presidente do BC já havia adiantado o lançamento na semana passada.

“Agora, nesta semana, vamos ter um evento com o Google para lançar o pagamento por aproximação do PIX. Da mesma forma que você tem hoje no Google Wallet, onde encosta o cartão de crédito e paga, você vai poder fazer isso com o PIX a partir da próxima semana”, disse Campos Neto na última terça (29).

Também na semana passada, passou a funcionar o PIX Agendado Recorrente, modalidade que permite que qualquer pessoa agende pagamentos de mesmo valor de forma recorrente, para cair na conta do recebedor sempre no mesmo dia de cada mês.

O pagamento para outros profissionais autônomos, que recebam como pessoa física ou por meio de CNPJ, também pode ser cadastrado no agendamento recorrente do PIX, como terapeuta, diarista, personal trainer e professor de música, por exemplo.

Banco do Brasil já lançou

Em outubro, o Banco do Brasil havia anunciado a funcionalidade de PIX por Aproximação para parte dos seus correntistas, como um piloto — ou seja, um teste antes de ser liberado para o público geral. Esse grupo poderá testar o modelo em estabelecimentos comerciais previamente habilitados em Brasília (DF) e em São Paulo (SP).

A expectativa da instituição é que o PIX por aproximação seja liberado para todos os clientes já em novembro deste ano.

O sistema instaurado pelo banco, contudo, não tem integração imediata com as carteiras digitais. O cliente precisa abrir o app do banco e seguir o percurso.

Para as compras de até R$ 200, o cliente deverá:

  • conferir o valor da compra na maquininha
  • abrir o aplicativo do banco
  • clicar em “PIX por aproximação”
  • realizar a autenticação biométrica ou digitar a senha de login do app

Já para as compras acima de R$ 200, além desse mesmo passo a passo, o cliente precisará, também, digitar a senha transacional da conta.

Fonte: g1

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Brasil

Moraes intima PF após PGR cobrar acesso a laudos do Caso Marielle

Foto: Guilherme Cunha/ ALRJ

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) compartilhe todos os relatórios e laudos periciais realizados ao longo da investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).

A decisão atende a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou para alguns documentos “faltantes” sobre as análises dos materiais apreendidos nas operações de busca e apreensão.

A PGR quer examinar a integralidade desses laudos antes de elaborar suas alegações finais na ação penal aberta contra os supostos mandantes do crime.

Os prazos devem empurrar para início de 2025 o julgamento do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e do seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

Também são réus na ação penal o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, o major Ronald Paulo Pereira e o policial militar Robson Calixto Fonseca.

Fonte: CNN Brasil

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Geral

[VÍDEO] Suspeito diz a polícia que assassinou Maria Fernanda em Extremoz após desentendimento

A delegada-geral da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, deu mais detalhes sobre o caso Maria Fernanda. A menina de 12 anos foi encontrada morta em Extremoz, enquanto o principal suspeito, que confessou o crime, foi preso em São José do Mipibu, ambos os municípios na Grande Natal. Segundo a autoridade, o assassino disse ter marcado um encontro com a vítima e a matou ainda na última quinta-feira (31), dia do desaparecimento.

O Homem, disse a Polícia Civil que assassinou a vítima após um desentendimento. Relatou que teria matado Maria Fernanda na cidade de Extremoz e depois queimado o seu carro em Macaíba.

“Ele confessou ter matado ela na quinta-feira mesmo. Ele encontrou-se com ela por volta das 12h30. Segundo ele, marcaram um encontro ‘para namorar’”, disse a delegada-geral.

Fonte: Tribuna do Norte

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Geral

Homem que matou Maria Fernanda, de 12 anos, é identificado

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu o principal suspeito do assassinato de Maria Fernanda da Silva Ramos, de 12 anos, na tarde desta segunda-feira (04) durante uma operação das equipes da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Maria Fernanda foi vista pela última vez ao sair de casa para a escola, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, na última quinta-feira (31).

Após intensas buscas realizadas pela Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito, de 35 anos, foi localizado e confessou o crime. A prisão ocorreu no município de São José de Mipibu, na Grande Natal. A investigação contou com o apoio do Núcleo de Investigação Qualificada (NIQ).

Fonte: Via Certa Natal 

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Brasil

Gleisi critica debate sobre juros e corte de gastos. “Dá uma tristeza”

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara

Na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais criticar o atual patamar dos juros, que chamou de “estratosféricos”, e criticar medidas estudadas para corte de gastos públicos.

“As conversas da mídia e seus economistas para cortar o orçamento público só recaem em cima daquilo que atinge o povo trabalhador e os pobres: pisos de saúde e educação, reajuste do salário mínimo, seguro desemprego, abono salaria, BPC…”, escreveu Gleisi nesta segunda-feira (4/11).

Ela completou: “Nada se fala dos juros estratosféricos, que vem aumentando a dívida, do sistema tributário injusto e concentrador de renda, das desonerações bilionárias. Dá uma tristeza!”.

Esta é uma semana decisiva tanto para a política fiscal quanto para a política monetária.

Pelo lado fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as medidas de revisão de corte de gastos públicos devem ser anunciadas ainda nesta semana. A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro cancelou a viagem à Europa para focar na finalização da parte técnica do plano.

“Minha ida [viagem oficial à Europa] estava dependendo dessa definição – se, nesta semana ou [na] semana que vem, seriam feitos os anúncios. Como o presidente pediu para ficar, e como as coisas estão muito adiantadas do ponto de vista técnico, eu acredito que nós estejamos prontos nesta semana para anunciar [as medidas de corte de gastos]”, disse o ministro a jornalistas.

Passadas as eleições municipais, aumentou a pressão sobre a administração federal pela apresentação do plano de corte de gastos. Sem anúncios na semana passada, o dólar disparou na última sexta-feira (1º/11), quando fechou a R$ 5,869 — maior valor desde a pandemia, em 2020.

Reunião do Copom

Entre terça (5/11) e quarta-feira (6/11), os diretores do BC se reúnem para definir o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic, criticada por Gleisi.

O mercado financeiro aposta em uma nova elevação na Selic, que está em 10,75% ao ano. A projeção dos analistas é de alta de 0,50 ponto percentual (p.p.).

Caso a elevação de 0,50 p.p. seja aprovada, a Selic voltará ao patamar de janeiro, de 11,25% ao ano – época em que o Copom ainda fazia cortes. Em 2024, a redução dos juros só foi interrompida em 19 de junho, quando se manteve estável em 10,50% ao ano.

Fonte: Metrópoles

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Esporte

Comissão aprova proibição de venda e porte de bebidas alcoólicas em campeonatos de futebol em todo Brasil

Imagem: Reprodução / Redes Sociais

A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados aprovou projeto que proíbe a venda, a distribuição e o porte de bebidas alcoólicas nos campeonatos profissionais de futebol de âmbito nacional. O texto altera a Lei Geral do Esporte.

Atualmente, a venda de bebidas alcoólicas em estádios de futebol é regulada por leis estaduais e municipais.

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Delegado da Cunha (PP-SP), ao Projeto de Lei 4272/19. Ele modificou a versão original sem alterar o mérito da proposta.

Uma das mudanças incluiu a proibição à venda e porte de garrafa de vidro no raio de 500 metros de arenas esportivas, nos dias de jogos profissionais de futebol em campeonatos nacional e regional.

“Apesar de a violência praticada por torcedores não ter um único agente causador, o consumo de bebida alcóolica pode ser um dos agentes desencadeadores de conflitos violentos, inclusive no futebol”, justificou.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Portal 98Fm

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Saúde

Vacina em gotinhas da poliomielite é substituída por dose injetável; entenda mudanças

Foto: Agência Brasil

A partir desta segunda-feira (4), o Ministério da Saúde vai substituir as duas doses de reforço da VOPb (vacina oral poliomielite bivalente) por uma dose de vacina injetável da VIP (vacina inativada poliomielite). Ou seja, o esquema vacinal contra a doença será exclusivo com a VIP.

No esquema atual, a criança recebe três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses e duas doses de reforço da VOP, a gotinha, aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Veja como fica o novo esquema (todas as doses com a vacina injetável):

  • Primeira dose aos 2 meses;
  • Segunda dose aos 4 meses;
  • Terceira dose aos 6 meses;
  • Reforço aos 15 meses.

Importante: O Ministério da Saúde reforça que o Zé Gotinha continuará atuando em prol da vacinação.

A substituição segue uma tendência mundial e foi amplamente discutida na Reunião da Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI), com a participação dos representantes da Sociedade Científica, com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Organização Mundial da Saúde (OMS).

Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que a vacina em gotinhas foi muito importante para a imunização no país — o Brasil está há 34 anos sem a doença.

“A vacina oral era excretada nas fezes de quem recebia o imunizante. E quando a gente vacinava milhares de crianças, esse vírus era eliminado na comunidade e acabavam imunizando indiretamente mesmo aqueles que não apareciam nas campanhas. A vacina oral atingia vacinados e não vacinados, levando a uma ampla vacinação”, explica o infectologista e pediatra.

Hoje, isso não faz muito sentido. O vírus selvagem é encontrado em apenas no Afeganistão e no Paquistão. Além disso, mesmo que muito raro, o vírus vacinal que fica circulando no ambiente pode sofrer uma mutação e reverter sua atenuação.

“Ele pode se tornar virulento e causar paralisia em quem não foi vacinado. Hoje se tem mais casos de paralisia derivados desse vírus vacinal do que pelo próprio vírus selvagem que já eliminamos praticamente do planeta, restrito hoje a dois países”, completa Kfouri.

Kfouri lembra que a vacina é segura e que já faz parte do calendário de imunizações. “Não há mudanças no esquema de prevenção. As crianças precisam ser vacinadas. A paralisia só ocorre em quem não tem vacina“.

Fonte: g1

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Geral

Costeira Palace Beach Resort All Inclusive inicia vendas de hospedagens

Fotos: Cedidas

O grupo A.GASPAR, proprietário do Ocean Palace, abriu as vendas do seu segundo resort, o Costeira Palace Beach Resort All Inclusive, de categoria 4 estrelas. As reservas poderão ser feitas para hospedagens a partir do dia 01/02/2025, no sistema Soft Opening, através dos diversos canais de vendas.

Localizado na Via Costeira em Natal, o Costeira Palace Beach Resort All Inclusive possui uma área de lazer completa, com atividades para toda família. Dispõe de 360 apartamentos novos e modernos. Se for viajar com as crianças, elas terão acesso a um completo e divertido Kids Club, com monitores disponíveis o ano todo. O acesso ao Wi-Fi é gratuito em todas as áreas do resort. Já para o estacionamento é cobrada uma taxa adicional.

O Costeira Palace Beach Resort oferece a todos os seus hóspedes o sistema All Inclusive, ou seja, todas as refeições, petiscos, bebidas alcóolicas e não alcoólicas já estão inclusos na diária. É possível se servir à vontade de cerveja, chopp, whisky 8 anos, destilados nacionais, vinho, espumante, coquetéis de frutas com e sem álcool. Dentro dos apartamentos, os minibares são abastecidos de água, sem custos extras.

A Gerência Comercial ficará aos cuidados de Luana Fernandes, que já atua na área comercial do Ocean Palace há 12 anos, e na Diretoria Comercial ficará Ruy Gaspar, já diretor do Ocean Palace, o qual assumirá os dois resorts. Sendo assim, o Costeira Palace segue a excelência dos serviços oferecidos pelo Ocean Palace, garantido ser um grande sucesso na hotelaria de Natal.

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Judiciário

8 DE JANEIRO: Moraes manda Fátima de Tubarão cumprir pena de 17 anos de prisão em regime fechado

Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, a Fátima de Tubarão, comece a cumprir pena de 17 anos, em regime fechado, imediatamente. Ela foi condenada pela Corte pelo envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Fátima, 67 anos, foi acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e condenada pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

O caso foi julgado em plenário virtual, na Ação Penal nº 2.339. Além da condenação pelos crimes, Fátima de Tubarão terá de pagar R$ 30 milhões de forma solidária com os outros condenados, a título de danos materiais.

“Determino o início do cumprimento da pena de reclusão, em regime fechado, em relação à ré Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza. À Secretaria Judiciária para que autue, com esta decisão, procedimento da classe Execução Penal (EP) e efetue a baixa da respectiva Ação Penal (AP), devendo as petições recebidas na ação penal serem trasladadas para os respectivos autos da Execução Penal”, afirmou Moraes na decisão.

No voto que a condenou, Moraes, relator do caso, citou um vídeo em que Fátima aparece durante as manifestações em 8 de janeiro. E transcreveu um texto no qual “[…] um dos indivíduos que a acompanha chama-a por “Fátima”, afirma que ela vem de Tubarão (SC), e que estaria ali ‘quebrando tudo’”.

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