Ciência

Natal será a melhor capital no Brasil para observar o eclipse solar anular no sábado (14)

Foto: REUTERS/Tim Chong

Natal será a melhor capital do Brasil para observar o eclipse solar anular de 2023, que acontece no próximo sábado (14).

O dado é de um ranking feito pelo g1 com a ajuda do professor de física e mestre em cosmologia Felipe Sérvulo. As capitais foram elencadas com base em análises em um software especializado e levando em consideração o critério de porcentagem de cobertura do sol.

Segundo Felipe Sérvulo, as melhores cidades para observar o eclipse são aquelas que estão no centro da faixa de visibilidade do “anel de fogo”. Nelas, será possível ver o anel completo do eclipse anular.

No Rio Grande do Norte, a cidade mais ao centro da faixa e com probabilidade de ter a melhor visualização do fenômeno no estado é Caicó, localizada no Seridó.

Mapa com o 'rastro' do eclipse solar anular mostra que Natal e João Pessoa são as melhores capitais para ver o fenômeno. — Foto: Reprodução/Solarium

Mapa com o ‘rastro’ do eclipse solar anular mostra que Natal e João Pessoa são as melhores capitais para ver o fenômeno. — Foto: Reprodução/Solarium

“O eclipse é uma sombra que vai caminhando na superfície da Terra. E a linha desse eclipse de sábado vai passar em Caicó, uma cidade que está longe da faixa de umidade que há na região litorânea do Brasil. Então, possivelmente Caicó vai ser a melhor cidade para se observar o fenômeno no estado”, explicou o astrofísico José Dias do Nascimento Júnior, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Eclipse solar anular

O eclipse solar anular acontece em razão do alinhamento do sol, da lua e da Terra, formando uma espécie de “anel de fogo” brilhante no céu.

A observação do fenômeno neste sábado (14) começa a partir das 15h43 e vai até, no máximo, as 17h50.

O último eclipse solar anular aconteceu em junho de 2021, mas não pôde ser visto do Brasil. O próximo, após o de 14 de outubro, está previsto para acontecer em 2 de outubro de 2024.

g1-RN

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Saúde

Jovem potiguar precisa de ajuda para realizar transplante renal no Rio Grande do Sul

Foto: Divulgação

Aos 16 anos, Thalyta Vitória Silva de Santana enfrenta uma das batalhas mais difíceis da sua vida. Prematura extrema, nasceu com apenas 400 gramas e se tornou a menor bebê sobrevivente da história do Rio Grande do Norte. Hoje, ela luta contra a doença renal crônica em estágio final, com apenas 7% da função dos rins, além de sofrer com bexiga neurogênica crônica e perda de 90% da visão do olho direito.

Thalyta depende de hemodiálise para sobreviver e sente dores intensas diariamente. Um dos medicamentos essenciais para o controle das dores ósseas, antes fornecido pela UNICAT, está em falta há três meses. Sem condições financeiras de comprar o remédio, a família vive um momento desesperador.

Com uma trajetória marcada pela superação, Thalyta já passou por 23 cirurgias, incluindo a retirada de mais de 100 pedras da vesícula. As sucessivas intervenções fragilizaram seus ossos, tornando-a cadeirante. Hoje, a cadeira de rodas que utiliza está inadequada e quebrada, o que agrava ainda mais seus desafios diários.

De acordo com a nefropediatra Stella Beatriz, Thalyta precisa urgentemente de um transplante de rim. No entanto, por causa das comorbidades e do histórico de cirurgias, o procedimento só pode ser realizado em um centro de referência com estrutura adequada para o pós-transplante. Por isso, o tratamento precisa acontecer no Rio Grande do Sul, onde ela terá condições seguras para enfrentar essa etapa.

A família lançou uma campanha solidária para arrecadar R$ 100 mil, valor necessário para custear:
– Medicamentos de uso diário
– Fraldas e manutenção da cadeira de rodas adaptada
– Hospedagem, alimentação e transporte no Rio Grande do Sul
– Despesas básicas para Thalyta, sua mãe, sua irmã e o irmãozinho de 1 ano durante os seis meses de tratamento

Quem puder contribuir, qualquer valor faz diferença e pode ser doado via Pix:
Chave Pix: 8499610-4887 (Thalyta Vitória Silva de Santana)

Mais informações e atualizações sobre a campanha podem ser acompanhadas no Instagram: @thalyta_vitoria.ofc | https://www.instagram.com/thalyta_vitoria.ofc

Tribuna do Norte

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Geral

Joana Sanz, esposa de Daniel Alves, anuncia gravidez: “último embrião”

Foto: Reprodução

A esposa do jogador Daniel Alves, Joana Sanz, anunciou que está grávida em publicação nas redes sociais, nesta segunda-feira (31).

O anúncio veio quatro dias após a anulação da condenação por estupro que havia sido imposta ao jogador pela justiça espanhola em 2024. A modelo comentou a decisão da justiça e disse que foi atacada durante o período em que Alves foi acusado e preso.

No texto, Sanz explica que gostaria de compartilhar o anúncio quando a gravidez estivesse mais “evidente, mas quis compartilhar pelas estão na luta”, em referência à cobrança de não ter engravidado e da pressão social que sofreu para ser mãe. Ela explica que faz tratamentos para engravidar há cinco anos.

Ela também relata a emoção de ouvir o coração do bebê batendo durante a ecografia e o medo de um aborto, pois sofreu outros três ao longo do tratamento. Sanz destaque que este é seu “último embrião congelado”

No vídeo, ela aparece aplicando uma injeção na barriga, o que pode ser associado a um tratamento hormonal. Depois, Joana mostra um teste de gravidez positivo e um exame de ultrassonografia.

Daniel Alves está sem redes sociais e não se pronunciou sobre a gravidez da esposa. Ele não aparece no vídeo. O atleta tem dois filhos de um casamento anterior.

CNN

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Geral

Lula trava criação de comissão para fiscalizar contas de Itaipu

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O processo para a criação da Comissão Binacional de Contas da hidrelétrica de Itaipu, acordado por Brasil e Paraguai em 2021, está parado desde 2023. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) travou a análise da proposta de instalação do órgão externo que deverá fiscalizar os gastos da empresa. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o caso só deverá ser retomado a partir de junho, depois que os 2 países concluírem as negociações do chamado Anexo C, que redefinirá as bases financeiras das tarifas de energia.

Os gastos bilionários do lado brasileiro com projetos que não têm relação direta com a geração de energia têm sido alvo de críticas cada vez mais contundentes de políticos e da mídia. Entre outros gastos, Itaipu destinou R$ 1,3 bilhão para obras da COP30, conferência sobre o clima da ONU (Organização das Nações Unidas), que será realizada em novembro em Belém (PA), a mais de 2.800 km de Itaipu (que fica em Foz do Iguaçu, no Paraná). Outros R$ 15 milhões foram gastos em um evento cultural paralelo à Cúpula do G20, realizado no Rio, em novembro do ano passado.

As críticas abarcam também a falta de transparência na alocação desses recursos. Por ser uma empresa binacional, a hidrelétrica não está sujeita à fiscalização direta dos órgãos de controle brasileiros ou paraguaios. A usina diz, porém, que “já atende a padrões internacionais e tem uma política interna bastante rigorosa no controle das contas”.

O orçamento de Itaipu para 2025 destina quase R$ 9 bilhões (US$ 1,58 bilhão no câmbio atual) para a rubrica “outros”, em que não há especificação dos gastos. Desse total, R$ 4,8 bilhões (849,6 milhões) foram alocados para o lado brasileiro, e R$ 4,2 bilhões (US$ 730,5 milhões) para a gestão paraguaia. O montante é parte dos R$ 15,8 bilhões (US$ 2,8 bilhões no câmbio atual) que compõem o custo dos serviços de eletricidade para os consumidores brasileiros e paraguaios neste ano.

Esse tipo de despesa financia projetos e obras sociais, de infraestrutura, apoio cultural e preservação ambiental, entre outros. Além disso, desde 2023, o número de municípios beneficiados pela hidrelétrica passou de 54 para 434. Isso significa que a empresa pode destinar recursos para todas as cidades do Paraná e outras 35 no Mato Grosso do Sul.

Esses custos, no entanto, contribuem para encarecer a conta de luz dos brasileiros, principalmente dos moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Lula, porém, endossa e incentiva que Itaipu faça “política social”.

Poder 360

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Mundo

Trump critica Putin e ameaça impor tarifas ao petróleo russo

Foto: Reprodução/X

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou profunda irritação com Vladimir Putin, presidente da Rússia, devido aos ataques à credibilidade do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

As declarações de Donald Trump, realizadas durante em entrevista à NBC News neste domingo, 30, representa uma mudança significativa na postura do republicano em relação a Putin. O presidente norte-americano mantinha aproximação com o líder russo desde seu retorno à Casa Branca.

O republicano também ameaçou impor tarifas secundárias ao petróleo da Rússia se não houver avanços nas negociações para um acordo que encerre o conflito com a Ucrânia — que se iniciou em fevereiro de 2022.

“Se a Rússia e eu não conseguirmos chegar a um acordo para parar o derramamento de sangue na Ucrânia, e se eu achar que isso foi culpa da Rússia, vou impor tarifas secundárias sobre todo o petróleo vindo de lá”, disse Trump. “Isso significaria que, se você comprar petróleo da Rússia, não poderá fazer negócios nos EUA.”

Proposta de Putin irrita Trump

A proposta de Putin de formar um governo de transição na Ucrânia, que afastaria Volodymyr Zelensky do cargo, intensificou a irritação de Trump. Essa proposta foi feita na sexta-feira 28, baseando-se no fato de que o mandato do ucraniano expirou em maio do ano passado, mas a lei marcial impede novas eleições.

Anteriormente, Trump havia voltado suas críticas apenas a Volodymyr Zelensky, chamando-o de ditador em algumas ocasiões. Líderes europeus tentaram mediar um encontro entre Trump e o presidente ucraniano, que resultou em uma discussão pública no Salão Oval da Casa Branca.

A relação entre o republicano e Volodymyr Zelensky tem sido tensa, especialmente após a tentativa de aproximação falhar. Até então, os Estados Unidos eram vistos como aliados fundamentais da Ucrânia na guerra, que já dura mais de três anos.

Conflito na Ucrânia continua

Apesar das tensões, Kiev e Moscou concordaram com um cessar-fogo formal, o primeiro desde o início do conflito, que abrange o Mar Negro e infraestruturas energéticas. No entanto, os bombardeios continuam. Na noite deste sábado, 29, um ataque de drone russo em Kharkiv resultou na morte de duas pessoas e feriu 35, danificando um hospital militar e residências.

A Força Aérea da Ucrânia informou que a Rússia lançou 111 drones e um míssil balístico, atingindo regiões como Kharkiv, Sumy, Odessa e Donetsk. O Ministério da Defesa da Rússia mencionou que 140 distritos ucranianos foram atacados, mas não fez referência ao hospital. Durante a entrevista, Trump também ameaçou o Irã com bombardeios ou novas tarifas se não houver acordo sobre o programa nuclear.

Questão nuclear iraniana

Em seu primeiro mandato, Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015 com o Irã. Desde então, o país ultrapassou os limites de enriquecimento de urânio estabelecidos. Países ocidentais acusam o Irã de enriquecer urânio para desenvolver armas nucleares secretamente. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que o Irã está aberto a negociações.

Na quinta-feira passada, 27, sob pressão dos EUA, o Irã declarou estar disposto a negociar um novo acordo nuclear, desde que o processo ocorra de forma indireta. Não está claro se as ameaças de Trump envolvem ações unilaterais ou uma operação conjunta com Israel. Trump destacou a importância do diálogo para monitorar as atividades nucleares iranianas.

Possível nova candidatura de Trump

Quando questionado sobre uma nova candidatura presidencial, Trump não descartou a possibilidade, mas ressaltou as limitações impostas pela 22ª Emenda da Constituição dos EUA, que restringe os presidentes a dois mandatos.

Sem detalhar alternativas possíveis, o presidente norte-americano declarou: “Existem métodos pelos quais você poderia fazer isso”.

Trump também comentou o vazamento de informações confidenciais dos EUA por meio de um chat no aplicativo Signal. O presidente reafirmou sua confiança no conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz: “Eu não demito pessoas por causa de notícias falsas nem por causa de caças às bruxas”.

Revista Oeste

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Geral

Com Hugo de volta, oposição se mobiliza para pressão por projeto de anistia

Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O retorno do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ao Brasil deve mobilizar a oposição, ao longo desta semana, para tentar avançar na tramitação do projeto de lei que anistia condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.

Hugo passou a última semana em viagem oficial ao Japão ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e de outras autoridades, como ministros e parlamentares.

A bancada do PL e líderes que apoiam a proposta devem se reunir com Hugo na terça-feira (1º) para tentar convencer o presidente da Casa a pautar o requerimento de urgência do projeto. Se for aprovado, a matéria poderá ser analisada diretamente pelo plenário da Câmara, sem passar por uma comissão especial.

A expectativa do líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), é de debater o tema com Hugo e com os demais líderes partidários ao longo desta semana. O deputado quer votar a proposta no plenário a partir do dia 8 de abril.

O tema ganhou força após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados réus no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota do político nas eleições de 2022.

Obstrução

O PL tem ameaçado obstruir a pauta de votações da Câmara caso o projeto da anistia não seja pautado. A obstrução é um instrumento utilizado pelos parlamentares para atrasar ou evitar a votação de determinados projetos.

O movimento pode ser realizado por meio de mecanismos como pronunciamentos longos, pedidos de adiamento de discussão e até a saída do plenário para evitar o quórum mínimo para votações.

Na última quinta-feira (27), durante a ausência de Hugo Motta, o PL tentou obstruir a votação de acordos internacionais, sem sucesso. Dos quatro itens da pauta, dois foram aprovados. Os demais foram retirados.

A movimentação foi criticada pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ). “Nós não vamos aceitar que tentem paralisar o Brasil e pautas importantes para o povo brasileiro para salvar Bolsonaro da cadeia! É #SemAnistia!”, publicou o parlamentar no X (antigo TwitteR) na última quinta-feira (27).

Tramitação

Considerada pauta prioritária para a oposição, a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro está travada na Câmara desde o ano passado. No fim de outubro de 2024, o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), deu novo despacho e retirou o projeto da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde estava prestes a ser votado.

Desde então, está pendente a criação de comissão especial para analisar a proposta. Para tal, é necessário o aval de Hugo Motta para os chefes de bancada indicarem os integrantes do colegiado.

O projeto foi debatido na última reunião do colégio de líderes, mas não houve consenso para o seu avanço. O tema opõe governistas e integrantes da oposição, que têm pressionado Motta.

CNN

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Economia

Haddad afirma que Brasil resiste à guerra comercial

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil ocupa “posição privilegiada” para enfrentar a guerra comercial global. Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, publicada no domingo (30.mar.2025), Haddad evitou responder diretamente sobre o deficit fiscal brasileiro e comentou sobre a “chateação” do mercado com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Quando questionado se o governo tinha o deficit sob controle, o ministro comparou sua função a um piloto de Fórmula 1. “Você não liga para ele e pergunta se tudo está sob controle”, disse Haddad. “Acho que temos uma boa equipe, um bom carro e, quem sabe, talvez até um bom piloto”, declarou. O jornal destacou projeções do FMI que indicam aumento da dívida bruta brasileira de 87,6% do PIB em 2024 para 97,6% em 2029.

No cenário internacional, Haddad comentou o fato de o Brasil não sofreu medidas exclusivas americanas apesar das críticas às taxas brasileiras. O ministro citou o superavit norte-americano de US$ 7,4 bilhões na balança comercial com o Brasil como fator que explica a ausência de retaliações.

“Não vejo nenhuma chance de escolher um lado”, declarou Haddad sobre as relações com China e EUA, principais parceiros comerciais do Brasil. Ele destacou o “excelente relacionamento bilateral” com os chineses e a “parceria histórica” com os americanos.

O ministro mencionou o acordo entre Mercosul e União Europeia, assinado em dezembro de 2024 após mais de 20 anos de negociação. O acordo elimina tarifas em 90% do comércio bilateral, mas enfrenta resistência de países como França e Polônia.

Haddad também afirmou que o mercado financeiro está “chateado” com o governo Lula porque “deu certo”. O ministro disse que gestores que apostaram contra o governo após a vitória eleitoral de 2022 “perderam dinheiro”.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. GUERRA COMERCIAL COMEÇADA PELO GOVERNO DELE MESMO, COM IMPOSTOS, IMPOSTOS, TAXAS

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Geral

Mauro Cid mudou cinco vezes sua delação e abre flanco para contestação de outros réus em julgamento no STF

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Personagem central na investigação da suposta trama golpista, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid mudou cinco vezes sua delação e isso será um dos principais argumentos das defesas dos outros réus para tentar desqualificar as acusações no julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao longo de um ano e quatro meses em que prestou 12 depoimentos, o tenente-coronel elevou a gravidade dos fatos e mudou versões até incluir o ex-ministro Walter Braga Netto como peça-chave de uma reunião na qual teriam sido discutidas ações para promover o “caos social”.

As alterações e controvérsias, como a divulgação de um áudio em que Cid dizia estar sendo pressionado a falar à Polícia Federal “coisas que não aconteceram”, levantaram questionamentos das defesas dos outros acusados e pedidos de anulação da delação, o que já foi negado pelo STF.

O GLOBO analisou cerca de 250 páginas que tratam do teor dos depoimentos prestados por Cid entre agosto de 2023 e dezembro de 2024. O conteúdo revela que ele mudou de versão em pelo menos duas ocasiões e acrescentou informações novas em outras três. Procurada, a defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirmou que o “calendário e forma de coleta” da delação foram definidos pela Polícia Federal e que a colaboração “não teve idas e voltas”. A nota acrescenta que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, homologou a colaboração.

‘Mentiroso’

Como mostrou um levantamento feito com auxílio de inteligência artificial, os advogados dos outros sete integrantes do “núcleo central” tiveram como uma das estratégias a tentativa de desqualificar a delação — Cid chegou a ser chamado de “mentiroso”. O ministro Luiz Fux votou para tornar réus todos os denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas criticou “omissões” nos depoimentos do tenente-coronel e disse que ele foi “a cada hora acrescentando uma novidade”. A ponderação foi vista pelas defesas de forma positiva.

A delação de Cid foi corroborada por outros elementos ao longo da apuração. O tenente-coronel relatou a elaboração de uma minuta golpista e de reuniões para discuti-la, com a participação de Bolsonaro. A informação foi confirmada pelos ex-comandantes do Exército Marco Antônio Freire Gomes e da Aeronáutica Baptista Júnior. Mensagens encontradas no inquérito e registros de entrada no Palácio da Alvorada também reforçaram as declarações.

Cid iniciou a rotina de depoimentos em agosto de 2023, três meses após ser preso no curso da investigação sobre a suposta fraude nos cartões de vacinação de Bolsonaro e da filha — na sexta-feira Moraes arquivou o caso. Naquela ocasião, o militar prestou seis esclarecimentos sobre assuntos como a trama golpista, milícias digitais, vacinas e o suposto desvio de joias da Presidência. No mês seguinte, foi solto por determinação de Moraes e continuou colaborando.

Em março de 2024, deu dois novos depoimentos à PF, com mais detalhes sobre a suposta tentativa de golpe. Omissões e uma série de acontecimentos ao longo do ano passado, no entanto, provocaram reviravoltas. Naquele mesmo mês, ele foi preso novamente, logo após um interrogatório no STF, sob acusação de descumprir medidas judiciais e de obstruir a Justiça. O depoimento foi convocado para que ele explicasse áudios revelados pela revista Veja em que afirmava ter sido pressionado pela PF e fazia críticas aos métodos de Moraes. Depois, disse que havia feito as declarações como um “desabafo” e que se tornou delator de forma “espontânea e voluntária”.

Cid foi solto, mas a análise do conteúdo que havia sido deletado de celulares e computadores do tenente-coronel revelou elementos que haviam ficado fora das declarações, o que fez a PF e a PGR pedirem novas informações, deixando a delação em xeque. Foi aí que o ex-ajudante de ordens deu um passo além. Em 19 de novembro do ano passado, em audiência com Moraes, acrescentou informações relevantes. O novo tom foi antecedido por um aviso: o ministro disse que aquela seria a “última chance” de dizer a “verdade sobre tudo”, além de lembrá-lo que eventual rescisão do acordo poderia levar à “continuidade das investigações” sobre o pai, a mulher e uma das filhas.

Diante das novas circunstâncias, Cid pôs Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, como peça central na formulação do suposto plano golpista. Segundo o delator, o general foi o anfitrião de uma reunião em novembro de 2022, logo após a derrota de Bolsonaro, em que foram discutidas “ações” que provocassem “caos social” para a decretação de um estado de defesa ou de sítio.

“Na reunião se discutiu novamente a necessidade de ações que mobilizassem as massas populares e gerassem caos social, permitindo, assim, que o presidente (Bolsonaro) assinasse o estado de defesa, estado de sítio ou algo semelhante”, relatou Cid, pontuando que foi retirado da reunião pelo general pela sua “proximidade” com Bolsonaro.

A mesma história já tinha sido narrada de outra forma. Em março de 2023, Cid havia dito que a reunião teria sido um encontro comum com o pretexto de levar dois amigos militares a “tirarem uma foto” com Bolsonaro e “darem um abraço” no ex-chefe da Casa Civil. “Que não foi possível encontrar no Alvorada e, diante disso, acertou com o Braga Netto o encontro na casa do general”, disse ele.

Sobre os assuntos ali tratados, Cid listou a “conjuntura nacional do país, a importância das manifestações, o pedido de intervenção militar, se as manifestações podiam ou não estar estar lá”, em referência aos acampamentos em frente a instalações do Exército. Não houve naquele momento menção a discussões para insuflar a ofensiva golpista.

O Globo

Opinião dos leitores

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Geral

Sem mencionar grupos terroristas, governo Lula volta a criticar Israel

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar Israel pela guerra do Oriente Médio. Em nota publicada por meio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), a gestão petista “condenou” ações militares do país judaico nos subúrbios ao sul de Beirute, capital do Líbano, na sexta-feira 28.

Um bombardeio atingiu a capital libanesa depois de uma evacuação do bairro realizada pelo Exército de Israel. De acordo com a agência de notícias Reuters, o alvo da ação era uma instalação de armazenamento de drones na área pertencente ao grupo terrorista Hezbollah.

“O governo brasileiro condena os bombardeios israelenses realizados ontem, dia 28, em Beirute e no sul do Líbano”, afirmou o Itamaraty. “Assim como o lançamento de foguetes a partir do Líbano contra o território israelense, ambos em violação ao acordo de cessar-fogo de 26 de novembro.”

O MRE ainda disse expressar “forte preocupação com essa recente escalada de violência e com as violações sistemáticas do cessar-fogo”.

“O Brasil conclama as partes envolvidas a exercer máxima contenção e a cumprir, integralmente, os termos do referido acordo e as obrigações previstas na Resolução 1.701 do Conselho de Segurança”, prosseguiu o governo federal. “Incluindo a plena retirada das tropas israelenses do Sul do Líbano.”

Assim como em comunicados anteriores, o governo Lula critica apenas Israel. Não há nenhuma menção ao Hezbollah ou ao Hamas.

Grupo terrorista com base na Faixa de Gaza, o Hamas é o responsável pela deflagração da guerra. Em 7 de outubro de 2023, terroristas invadiram o sul israelense. Mais de mil civis foram mortos e centenas de pessoas foram sequestradas. Até hoje, o Hamas mantém reféns no território palestino.

Lula critica plano de Trump para cessar guerra entre Israel e Faixa de Gaza

No mês passado, Lula criticou o plano anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de assumir o comando da Faixa de Gaza. Para o petista, a estratégia é “praticamente incompreensível”.

“Os Estados Unidos participaram do incentivo a tudo que Israel fez na Faixa de Gaza”, disse Lula, em entrevista a rádios de Minas Gerais. “Então, não faz sentido se reunir com o presidente de Israel e dizer: ‘Nós vamos ocupar Gaza, vamos recuperar Gaza, vamos morar em Gaza.’ E os palestinos vão para onde, onde vão viver? Qual o país deles?”

Lula voltou a falar que as ações do Exército de Israel configuram um “genocídio” na Faixa de Gaza. “Sinceramente, não sei se os Estados Unidos, que fazem parte de tudo isso, seriam o país para tentar cuidar de Gaza.”

“Quem tem que cuidar de Gaza são os palestinos”, prosseguiu presidente brasileiro, que é considerado persona non grata pelo governo israelense. “O que eles precisam é ter uma reparação de tudo aquilo que foi destruído, para que possam reconstruir suas casas, hospitais, escolas, e viver dignamente com respeito.”

Ainda durante a entrevista a emissoras de rádio de Minas Gerais, Lula defendeu a criação do Estado Palestino, “igual o Estado de Israel” para “estabelecer uma política de convivência harmônica, porque é disso que o mundo precisa”.

Revista Oeste

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Geral

VÍDEO: Ato contra anistia em SP reuniu 6,6 mil pessoas, diz monitor da USP

Vídeo: USP – Guilherme Boulos / Divulgação

O Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da USP, e a ONG More in Common apontaram que 6.600 pessoas participaram do protesto realizado neste domingo (30/3), em São Paulo, convocado pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) contra a anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro e para participantes do 8 de Janeiro.

Estimativa é cerca de três vezes menor do que o que foi calculado pela mesma entidade no protesto do dia 16/3, no Rio de Janeiro, a favor da anistia.

Para chegar ao número, o Monitor do Debate Político da USP usou um drone que captou imagens aéreas da multidão. Em seguida, um software analisou automaticamente essas imagens para identificar e marcar as cabeças das pessoas.

Utilizando inteligência artificial, o sistema localizou cada indivíduo e calculou quantos pontos correspondiam a pessoas na imagem. Esse processo garantiu uma contagem precisa, mesmo em áreas densas.

Metrópoles

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  1. Como sempre, a USP sendo generosa com os extremistas comunistas, dando um super dimensionando o quantitativo de terroristas no “evento”.

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Geral

‘Críticos dizem que os mensaleiros querem voltar; nós nunca saímos’, diz José Dirceu

Foto: Bernando Mello Franco

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou que ele nunca saiu do PT e nem da política ao responder a críticos da candidatura de Edinho Silva à presidência do PT. Junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dirceu é um dos principais cabos eleitorais do ex-prefeito de Araraquara na corrida para assumir a presidência da legenda.

— Alguns dos nossos críticos da candidatura do Edinho (Silva) dizem que os mensaleiros querem voltar. Primeiro, eu nunca saí, nem o Delúbio (Soares), nem o Vaccari (Neto), nem o João Paulo (Cunha). Nós nunca saímos — disse Dirceu a integrantes da legenda.

A fala aconteceu durante uma reunião que aconteceu na sede do PT em Brasília na sexta-feira (28), da organização da campanha de Edinho a presidente do partido. O evento teve participação presencial e virtual.

Dirceu falou do esforço que o PT terá que fazer para reeleger Lula. Disse ainda que a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está sendo articulada. O ex-ministro defende que, como estratégia, o PT deve associar a Tarcísio à imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Dirceu avalia que o Edinho Silva tem o melhor perfil para liderar a renovação da legenda nessa nova fase do partido, com o PT ocupando o Palácio do Planalto e em governo de frente ampla, que pretende manter diálogo com empresários, entidades e diferentes partidos políticos.

Para o ex-ministro, Gleisi Hoffmann cumpriu papel fundamental de manter a militância unida na pior fase da legenda e segurar a onda no período em que Lula esteve preso.

Dirceu também trabalha para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026 pelo PT. Ele teve seu mandato cassado em 2005 em meio ao escândalo do mensalão e agora vê como questão de justiça retornar à Casa ao completar 80 anos.

Em outubro do ano passado, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, anulou as condenações do ex-ministro na Lava-Jato e reabilitou Dirceu politicamente. O magistrado considerou o ex-juiz Sergio Moro suspeito ao praticar atos contra Dirceu, mesmo entendimento aplicado em relação ao presidente Lula.

O Globo

Opinião dos leitores

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