Com a aplicação da nova tarifa, numa corrida de cinco quilômetros, por exemplo, o usuário terá que desembolsar R$14,90 na bandeira 1 e R$ 19,15 na bandeira 2, sem contar o tempo de parado em sinais ou congestionamentos. Uma hora parado dentro de um táxi custa R$ 22 ao consumidor. Em paralelo, Rio de Janeiro (RJ) e Campo Grande (MS) são as capitais onde se paga a bandeirada mais cara do país, com os taxistas cobrando R$ 4,50. Já São Luis (MA), Boa Vista (RR) e Rio Branco (AC) empatam como a bandeirada mais barata. Nessas capitais, são cobrados R$ 2,50 pela bandeirada.
De acordo com Alexis Manguinho, presidente do Sindicato dos Taxistas de Natal, como em qualquer aumento, a procura por táxis vai sofrer uma queda quando as novas tarifas entrarem em vigor. “Foi exatamente esse motivo que fez a categoria divergir no aumento da tarifa. Porém, nós sempre investimos no setor, desde relógios tarifários novos até à renovação da frota a cada três anos”, esclareceu Manguinho. “Isso exige investimento. Outro ponto que encarece a tarifa são os gastos com documentação, estrutura para GNV, além dos cursos e treinamentos, sempre contínuos, para os permissionários”, completou.
Concorrência com municípios vizinhos
Em Natal, o decreto de lei n.º 2.954/1984 exige uma proporção de mil habitantes para cada táxi em circulação. O número máximo de 1.010 taxistas já foi atingido em 2009, e desde essa data o número de permissionários em Natal permanece o mesmo. O que preocupa a categoria natalense é a concorrência com municípios como São Gonçalo do Amarante e Parnamirim. “Veículos de São Gonçalo do Amarante já são permitidos de circular e pegar corrida na Zona Norte de Natal. Se não houver uma fiscalização consistente por parte da Semob, em relação ao desrespeito da ordem de não pegar corridas no restante da capital, iremos ser ainda mais prejudicados”, realçou Alex Manguinho.
A venda de placas é outro negócio que vem se tornando cada vez mais frequente, apesar de não ser legal. Com o congelamento da entrada de novos permissionários no mercado natalense, o preço de uma placa atinge valores superiores a R$ 55 mil. “Não aconselho a nenhum taxista vender a sua placa. Isso porque já é difícil entrar no ramo, sendo uma profissão queconsegue atender ao suprimento familiar, imagine regressar à função. É quase impossível”, fortaleceu Manguinho.
De acordo com Márcio Ataliba, diretor do Departamento de Operações e Permissão da Semob, o município não tem como intervir na venda de placas e que o valor cobrado varia de mercado para mercado.
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