Nem Gang, nem Máfia, como se especulou por uma tarde inteira ontem no Twitter.
Os protagonistas de mais um protesto contra a prefeita de Natal, Micarla de Sousa, foram mesmo estudantes e os curiosos que apinhavam calçadas e sacadas para gritar “Fora!” com o folêgo e força necessários.
Assim como no primeiro evento, na semana passada em frente ao Midway Mall, acertos e erros foram ampliados nas mesmas proporções. Comecemos pelos primeiros.
Pode público e manifestantes atuaram em harmonia ao longo de todo o trajeto – ou quase, mais na frente explico.
Fica um parabéns do tamanho do #ForaMicarla para a Polícia Rodoviária Federal (PFR). Orientou manifestantes e motoristas, que preferiram entrar na onda e também gritar contra a prefeita.
Outra muito rápida foi a Rocam – que identificou um grupo suspeito que rondava a movimentação e fez diligência apreendendo uma faca caseira.
Já a Polícia Militar exagerou um pouco. Sem propósito algum, na altura do Shopping Cidade Jardim, lançaram spray de pimenta no meio do evento. O reboliço foi grande. Caiu no olho de muita gente.
“Não vamos cair na provocação da Polícia Militar”, discursou um dos participantes, ao que todos fizeram coro.
O bonito da vez foi mesmo cerca de 1500 pessoas avançar pela cidade. Do Machadão ao Praia Shopping, os pisantes de quem protestou percorreram mais de 8 km. Ninguém parece ter se preocupado com a distância. Nem com o tempo, que foi de quase seis horas de protesto.
Vale o lembrete, também, de que uns gatos pingados se aproveitam da visibilidade do #ForaMicarla para desvirtuar o movimento e atentar contra o patrimônio público. Ao longo do trajeto, propaganda irregular foi cometida e aparelhos públicos foram pichados.
Fica a sugestão para a massa protestante não depender de seus dirigentes. O que os caras propõem no sentido de princípio de tumulto é acatado.
Foi assim com o boicote aos ônibus. Simplesmente decidiram que não iriam para casa pagando as tarifas cobradas e pularam as roletas e balburdiaram algumas linhas. Passageiros desentendidos foram tomados de susto.
Mas que isso não sirva como memória para lembrar o #foramicarla. Manifestação legítima que tem resistido até à covardia dos boatos e violência.
Ah, e a Máfia e a Gang? No máximo se empoleiraram em frente à TV para assistir à Copa do Brasil.
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